Título: Competências para a Economia Rural Subtítulo: O programa TREE no Zimbabué
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1 Data: 5 de maio de 2015 Título: Competências para a Economia Rural Subtítulo: O programa TREE no Zimbabué Moderadores: Cephas Mudavanhu e Manzoor Khaliq Instituição: Governo do Zimbabué e OIT Zimbabué
2 Situação no Zimbabué População: mais de 13 milhões (e em crescimento) Economia rural; mais de 70% da população é rural Desafios económicos - desemprego elevado Desafio emprego-pobreza. Taxa de emprego geral 11,4% (Inquérito às Forças de Trabalho, 2004) Desemprego jovem (15-24 anos) superior a 50% Informalização da economia, Trabalhadores pobres Mulheres sobretudo em empregos precários Mais de 60% das famílias vivem abaixo da linha de pobreza Trabalho infantil, disparidades de género, privação de direitos
3 O que fazer? O governo do Zimbabué pede o apoio da OIT para enfrentar o desemprego jovem no país A OIT respondeu positivamente e iniciou um programa com o objetivo de criar oportunidades para jovens em situação de subemprego e desemprego através do desenvolvimento de competências e de outros serviços de apoio O programa adotou as metodologias QIA e TREE para as áreas urbanas e rurais, respetivamente (ambas incidem sobre as inadequações do sistema de formação no Zimbabué)
4 Metodologia TREE Metodologia da OIT para criar emprego essencialmente através do desenvolvimento de competências e de outros serviços de apoio Ferramenta de identificação, conceção e implementação de programas de assistência a ações de formação e pós-formação que visam criar emprego (próprio) e gerar rendimento a nível local Facilita o contacto dos prestadores de formação com grupos vulneráveis (inelegíveis para formação) de comunidades rurais Capacitação económica das mulheres como meio para a igualdade de género Efeito multiplicador os beneficiários criam emprego para outros jovens nos seus locais de trabalho/explorações agrícolas
5 Processo tripartido do programa TREE Fase 1: Medidas na fase de pré-formação Seleção das províncias e dos distritos e implantação de estruturas (PIC, DIC) Recolha de dados para identificar oportunidades económicas e as competências necessárias para as respetivas áreas Identificação dos parceiros prestadores de formação e de serviços Seleção dos beneficiários através de critérios preestabelecidos Revisão e avaliação dos currículos de formação, quando existentes
6 Processo tripartido do programa TREE Fase 2: Medidas na fase de formação Reforço das capacidades do pessoal e instituições de formação Planeamento, conceção e implementação da formação Monitorização processual da qualidade da formação DIC (Comité de implementação distrital), PIC (Comité de implementação do projeto), TWG (Grupo de trabalho técnico), NSC (Comité de direção nacional) Comités técnicos em cada instituição Pessoal do projeto Parceiros de implementação Resolução de lacunas identificadas durante o processo de formação
7 Processo tripartido do programa TREE Fase 3: Medidas na fase de pós-formação Apoio na fase de pós-formação, sob a forma de Serviços consultivos e de gestão de empresas para trabalhadores com emprego próprio (contabilidade; cálculo de lucros e perdas; marketing) Competências de comunicação e outras competências de empregabilidade Acesso ao microfinanciamento Ligações ao mercado e recursos tecnológicos Apoio técnico continuado do ministério competente Facilitação de grupos de autoajuda, Cooperativas e seu registo junto das autoridades governamentais competentes Apoio à criação de valor acrescentado ao longo das cadeias de abastecimento
8 Progressos em 31 de março de 2015 BENEFICIÁRIOS META RESULTADO Jovens na metodologia TREE Jovens em aprendizagem informal Mestres artesãos Formadores/Facilitadores do programa TREE Funcionários governamentais (NSC, TWG, PIC, DIC, FO (provedores federais) Sindicatos (ZCTU - Congresso de sindicatos do Zimbabué, ZCIEA - Câmara de Comércio das Associações de Economia Informal do Zimbabué) Empregadores (EMCOZ - Confederação Patronal do Zimbabué) TOTAL: 31 de dezembro de /24/2015 8
9 Resultados do projeto em janeiro de 2014 Homens/ Emprego próprio/ Aprendizes Em curso/ Empregados Mulheres/ Emprego próprio/ Aprendizes Em curso/ Empregadas Self employed 58% Apprentices 21% Self employed 84% Employed 11% In Process 10% Employed 2% In Process 9% Apprenticeship 5%
10 História de sucesso do programa TREE Mutoko-1 Ernest Chamanga, filho de um invisual pobre, não completou a escolaridade obrigatória, é casado e tem 3 filhos. Realizava trabalhos servis e mal conseguia sobreviver. Em 2011 participou durante 5 meses numa ação de formação de competências para a produção hortícola através do programa TREE da OIT. Com aplicação, conseguiu aumentar o seu rendimento inicialmente para dólares, decidiu expandir-se e plantou várias culturas que, em poucos meses, lhe renderam lucros adicionais de dólares. Entretanto, o arrendamento de terras permitelhe aumentar a produção e o rendimento das culturas e prosseguir a expansão do seu negócio. Jovem com pouca escolaridade e desempregado, Ernst tornou-se um empregador no seu distrito. Emprega 3 pessoas em permanência para o ajudar nos campos e contrata outros 15 membros da comunidade durante a época da plantação, da monda e das colheitas. Construiu uma casa nova e comprou um camião de 2 toneladas no valor de dólares. Tem um motorista que distribui os seus produtos e os produtos de outros agricultores locais nos mercados urbanos por um preço diário acordado
11 História de sucesso do programa TREE Mutoko-2 Josephine Muchena, mãe de três filhos, recebeu formação e meios de produção em Realizou a colheita da sua primeira cultura em novembro de 2013 e a segunda em dezembro de Desde então tem vindo a melhorar e a expandir as suas culturas e área cultivada. Tem 7 trabalhadores para ajudar nas colheitas. Josephine e o marido transformaram a sua habitação de um quarto numa casa com cinco quartos, construíram latrinas e têm os seus filhos a estudar num colégio interno, com as propinas em dia, graças à comercialização bem sucedida dos seus produtos
12 História de sucesso do programa TREE Murehwa-3 Elton Godobo é um jovem agricultor de 27 anos que viu a sua vida transformar-se em 2012, quando recebeu formação ao abrigo do programa TREE da OIT, um programa que retira as comunidades da pobreza através da identificação e exploração de oportunidades económicas locais. Elton colhe em média 80 caixas de tomates por dia, de plantas cultivadas num terreno com 2,5 hectares que arrendou a um proprietário. Num dia bom, uma caixa pode ser vendida por 40 dólares, mas, na época baixa, os seus clientes não pagam mais que 10 a 20 dólares. Emprega 5 trabalhadores em permanência. Na estação alta, aumenta o número de trabalhadores para dez. Tem um lucro líquido semanal de aproximadamente dólares. Elton construiu uma habitação digna, alimentada com energia solar, composta pela casa principal, com dois quartos e televisão por satélite; uma cozinha separada e um armazém para cereais e alfaias, incluindo um gerador de 5 KVA de reserva, bem como um poço tubular. Também comprou duas carrinhas, uma carrinha de caixa aberta para o serviço agrícola e uma carrinha de luxo para uso da família. A mulher tem acesso aos dois veículos e assegura a entrega de produtos químicos, fertilizantes e refeições aos trabalhadores nos campos
13 Obrigado pela vossa atenção Outras histórias relacionadas com o projeto estão disponíveis em:
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