UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NEUROCIÊNCIA PEDAGÓGICA: UM ESTUDO DAS ÁREAS FUNCIONAIS DA LINGUAGEM RELACIONADAS À DISLEXIA POR LUCIANA JERONIMO LIMA ORIENTADORA: MARTA PIRES RELVAS RIO DE JANEIRO JANEIRO / 2011

2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES INSTITUTO A VEZ DO MESTRE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NEUROCIÊNCIA PEDAGÓGICA: UM ESTUDO DAS ÁREAS FUNCIONAIS DA LINGUAGEM RELACIONADAS À DISLEXIA OBJETIVOS: Esta publicação atende a complementação didático-pedagógica de metodologia de pesquisa e a produção e desenvolvimento de monografia para o curso de pósgraduação em Neurociências Pedagógica.

3 AGRADECIMENTOS 3 A Deus, em primeiro lugar, pela conclusão deste trabalho e de minha trajetória acadêmica; Aos meus familiares - Neusa, Ederson e Andreia por todo carinho, incentivo, amor e atenção; Aos amigos da Pós Graduação pela troca de experiências e aprendizados proporcionados nas aulas; Aos professores pelos incentivos e aprendizagens construídas.

4 DEDICATÓRIA 4 Dedico esta monografia a todos aqueles envolvidos com a educação e os seres humanos em formação. Acreditando que as crianças precisam ser amadas e orientadas para que se tornem adultos saudáveis e críticos. Que todos os bravos profissionais da escola, da saúde e os familiares, mesmo com dificuldades, mas com uma dose extra de persistência, não desistam do seu papel e colaborem com diferentes descobertas, valorizando e transformando nossa sociedade.

5 RESUMO 5 Esta obra refere-se às contribuições da neurociência pedagógica para a dislexia e apresenta a investigação das áreas funcionais da linguagem relacionadas à dislexia numa visão neuropedagógica. Para a elaboração deste trabalho, a metodologia compreendeu a pesquisa bibliográfica, voltada para a aprendizagem dos alunos disléxicos, onde as escolas devem estar comprometidas com a qualidade do ensino e também com a autonomia dos mesmos na sociedade. Os objetivos abordados foram: identificar e caracterizar a dislexia, explicar as descobertas da neurociência diante da dislexia e exemplificar ações neuropedagógicas que auxiliam os disléxicos. Com esta pesquisa foi possível perceber que a neurociência contribui para o bom desenvolvimento dos alunos disléxicos, uma vez que, compreende-se realmente o que é a dislexia e o que pode ser feito aos alunos por meio de um trabalho pedagógico eficiente do professor, melhorando sua ação pedagógica, alcançando assim, resultados satisfatórios com os alunos disléxicos.

6 6 SUMÁRIO Introdução...7 Capítulo I A importância da Neurociência um breve histórico Evolução Humana aspectos antropológicos Descobertas sobre o funcionamento do cérebro humano Uma visão neurocientífica do Aprender...19 Capítulo II Colaborações da Neurociência na compreensão da Dislexia Áreas Funcionais da Linguagem Dislexia e Linguagem...28 Capítulo III - Ações Neuropedagógicas: pressupostos para uma Educação Inclusiva dos disléxicos Ações que fazem a diferença O papel da escola...47 Conclusão...51 Bibliografia...57

7 INTRODUÇÃO 7 O presente estudo é uma investigação das colaborações da neurociência para a compreensão da dislexia no processo de aprendizagem dos sujeitos em nosso meio educacional. A educação encontra-se na vida de todos os educandos, educadores, responsáveis, membros das áreas da saúde, quando de alguma forma, há o envolvimento com a ação educativa, mesmo sendo este relacionado às investigações de como o sujeito aprende. A educação, assim como a aquisição da leitura e da escrita se constitui como um processo que permite ao educador acompanhar o desenvolvimento de seus alunos, observando se os objetivos propostos de acordo com a faixa etária estão sendo alcançados e assim, perceber algum entrave que possa estar impedindo a obtenção da aprendizagem e de resultados satisfatórios, tendo a possibilidade de modificar a sua prática, orientado por um profissional da saúde e por conhecimentos hoje existentes com base neurocientíficas que ajudam na compreensão das dificuldades e nas possíveis ações que facilitam o trabalho educativo. A neurociência torna-se desse modo, uma das ferramentas que está a serviço do aprendizado, quando as pessoas envolvidas no processo de aprendizagem a utilizam para conquistar melhorias. Todavia em no cotidiano escolar ou familiar, nem sempre esses grupos sociais a que pertencem os sujeitos disléxicos têm uma visão neuropedagógica e por isso, muitas vezes, não sabendo lidar com a dislexia, tal realidade traz desconfortos e insatisfações, tornando-se, em muitos casos, difícil e complexo o processo educativo, para alunos e professores, principalmente na fase da alfabetização. Pensando nesta complexidade da dislexia, envolvendo a aquisição da leitura e da escrita, cabe então, investigar como a neurociência, voltando-se para as áreas da linguagem presentes no encéfalo, contribui na compreensão dos aspectos que envolvem a dislexia.

8 8 É bem verdade que, segundo alguns profissionais da educação, estes se sentem despreparados para auxiliar nas escolas os alunos disléxicos, defendendo que as próprias escolas ainda precisam de meios para melhor atendê-los, na verdade não só a eles, mas a todos que, de certa forma, apresentam necessidades diferentes quanto à forma de aprender. Apesar desta realidade, pretende-se conquistar uma educação inclusiva e uma sociedade inclusiva de qualidade em nosso país, preocupada com o bem-estar sócio-cognitivo dos sujeitos, sejam quais forem suas diferenças. Com isto, tem-se como base a Declaração de Salamanca (1994), documento oficial da Confederação Mundial de Educação Especial, que pressupõe a educação inclusiva como o atendimento a todos, onde um mesmo currículo se apresente aberto às diferenças, garantindo o direito à construção de conhecimentos e valores. O que a torna um processo gradual e dinâmico, tomando-se o cuidado para que não se caia numa suposição falsa de inclusão que não colabora para a felicidade e desenvolvimento da cidadania dos sujeitos envolvidos nesta realidade. Com muita propriedade a UNESCO expressa sua posição quanto à educação inclusiva, afirmando em seus documentos, que a meta do processo de inclusão, ultrapassa o ambiente da sala de aula ou um segmento isolado, ela pretende, na verdade, alcançar e se organizar em todo o sistema educacional brasileiro, caminhando por uma via única, que possa oferecer uma educação que atenda às necessidades dos alunos. Para reforçar tal ideal de inclusão, utiliza-se as palavras da própria UNESCO, 1988 (citado por CARVALHO, 2000, p.19) que diz: Em termos da reforma do sistema escolar, cuja meta é a criação de uma escola comum que ofereça uma educação diferenciada a todos, em

9 9 função de suas necessidades e num marco único e coerente de planos de estudos. Diante da necessidade de uma reforma não só no sistema de ensino brasileiro, como também na postura social frente às diferenças para que aconteça uma inclusão de qualidade, tem-se um grande desafio, que precisa da colaboração da escola e da sociedade para alcançar seus objetivos na melhoria do sistema educacional, combatendo a exclusão e os preconceitos existentes diante das diferenças, priorizando ensinar aos diversos grupos sociais que, as diferenças devem ser respeitadas para proporcionar um ambiente de aprendizado agradável e acolhedor. Desse modo, cabe frisar que as diferenças humanas se constituem pelas singularidades que cada sujeito apresenta, assim o homem é um ser singular que precisa fazer parte do contato social para se desenvolver e que, sem as trocas as diversidades não seriam percebidas, nem compreendidas. Mesmo sendo um ser singular, o homem é um ser social e suas interações com o meio enriquecem seu processo de formação. Não se pode esquecer de suas singularidades e necessidades individuais. Assim, o desafio é oferecer a todos uma educação de qualidade que lhes proporcione oportunidades e mesmas possibilidades humanas e sociais inerentes a qualquer indivíduo, sejam eles disléxicos ou não. A cada ano o desafio é incluir e, além disso, desenvolver um trabalho de qualidade com as pessoas disléxicas, mas muitos educadores encontram dificuldades em realizar sua ação pedagógica, o que compromete também a aprendizagem nas escolas. Com esta situação surge a problemática deste estudo que pode ser expressa da seguinte maneira: como a Neurociência pode colaborar na compreensão da dislexia, abordando as áreas funcionais da linguagem, favorecendo o trabalho de todos aqueles envolvidos no processo de educar? Para responder a esta questão e realizar o objetivo deste trabalho, qual seja, investigar as contribuições que a Neurociência traz sobre a dislexia,

10 10 este estudo se deterá em três pontos específicos que são: explicar a evolução da espécie humana, as descobertas e avanços da Neurociência diante do funcionamento do cérebro e sua relação com a aprendizagem da linguagem aquisição da leitura e da escrita, identificar e caracterizar a dislexia; exemplificar ações neuropedagógicas que auxiliem os disléxicos. Buscando informações para a problemática abordada, é possível encontrar uma vasta bibliografia relacionada à aprendizagem e à dislexia, citando ainda estudos sobre a educação inclusiva, que vem se expandindo cada vez mais. Porém, quando se trata da Neurociência voltada para a dislexia com ações neuropedagógicas os estudos publicados ainda são recentes, por ser a Neurociência uma área nova. Daí a importância da continuidade de pesquisas empíricas relacionadas ao assunto. Desta forma, conceber tais ações com enfoque inclusivo que oriente os professores na sua prática docente e a família, deve ser um ideal que anseia por investigações e práticas contínuas para se obter respostas válidas e concretas que realmente colabore com a qualidade na aprendizagem dos disléxicos. Diante da situação desafiadora e a necessidade de uma prática neuropedagógica na educação, este estudo torna-se importante por refletir a atuação da Neurociência e sua contribuição com os aspectos pedagógicos e psicopedagógicos da educação. O estudo e a investigação do objeto as colaborações da Neurociência na compreensão da dislexia pretende oferecer subsídios aos educadores, familiares e todos aqueles envolvidos com a educação, no sentido de permitir um maior embasamento com relação às questões da dislexia, desejando que todos os sujeitos disléxicos ou não, sejam entendidos e respeitados com suas reais necessidades, pois são capazes e podem ser autônomos trazendo desenvolvimento à sociedade, oferecendo-lhes uma educação viva, ativa e de qualidade. Nesta perspectiva, com as novas contribuições da Neurociência, pretende-se alcançar mudanças e melhorias na educação brasileira, visando

11 11 uma aprendizagem de qualidade com o desenvolvimento de ações neuropedagógicas conscientes abertas às necessidades dos educandos, será possível considerar uma grande conquista no trabalho educativo e na vida dos sujeitos que convivem com a dislexia.

12 CAPÍTULO I 12 A IMPORTÂNCIA DA NEUROCIÊNCIA UM BREVE HISTÓRICO Este primeiro capítulo traz alguns aspectos relevantes referentes ao percurso histórico dos avanços da Neurociência, abordando a evolução dos estudos e descobertas sobre o cérebro, o que atualmente colabora com diversas áreas, inclusive a educação. Para compreender um pouco mais este processo histórico faz-se necessário abordar questões pertinentes à antropologia e a própria história da neurociência, o que ajuda a entender o fantástico funcionamento do cérebro humano. 1.1 Evolução Humana aspectos antropológicos O naturalista inglês Charles Darwin propôs sua famosa teoria da seleção natural, em 1860, o que permitiu aos especialistas dizer que a espécie humana moderna, o Homo Sapiens, evoluiu a partir de outras espécies, que o remete a um primata, o primeiro dos hominídeos. Ao longo do século XX, inúmeras descobertas paleoantropológicas demonstraram a existência de um grande número de espécies de hominídeos, como o Australopithecus, todas elas surgidas na África, em um período que cobre os últimos 5,5 milhões de anos. O crescimento gradativo da capacidade craniana e do volume do cérebro, o aparecimento da postura ereta permanente, o surgimento do uso de ferramentas e da cultura simbólica, o domínio de tecnologias como o fogo e a construção de abrigos e a caça, tudo isso é bastante evidente a partir do exame do registro arqueológico dos hominídeos, até o surgimento, 2 milhões de anos atrás, do Homo Habilis (homem habilidoso)

13 13 e do Homo Erectus (homem ereto), as primeiras espécies que podem ser consideradas "humanas", no seu sentido moderno, pois desenvolveram a linguagem falada complexa, a escrita, a construção de ferramentas, as vestimentas, o fogo e tiveram sua capacidade craniana aumentada de 500 para 1200 cm3. Todas essas características, diretas ou indiretamente, se relacionam ao desenvolvimento do nosso cérebro. O enorme cérebro desenvolvido principalmente no córtex cerebral dotou o ser humano de propriedades que não existem, ou existem de forma primitiva em outros animais. É no córtex que há os mais altos níveis de análise sintética. É lá que a visão do mundo é analisada, planejada e programada para executar uma ação. O grande desenvolvimento do cérebro, por sua vez, levou ao nascimento de símbolos verbais, objetos da realidade e conceitos abstratos. Além da capacidade verbal, desenvolve-se a habilidade de emitir sons de alta precisão o que permitiu a evolução cultural e a transmissão de símbolos de um ser humano a outro. Com isso desenvolveu-se o conhecimento, que é uma propriedade única do ser humano, tendo relação com o pensamento e a consciência (que certamente podem existir em outros primatas não humanos, mas que diferem em um grau muito amplo em relação à espécie humana). Quando o homem se tornou um animal tribal, desde que começou a andar ereto, mais de 4 milhões de anos atrás, passou a ser um caçador e guerreiro tribal, onde a cooperação social era um fator importante de sobrevivência. Todos os instintos sociais humanos se desenvolveram bem antes da esfera intelectual: instinto maternal, cooperação, curiosidade, criatividade, compaixão, altruísmo, e competitividade são comportamentos antigos, e podem ser vistos também em outros seres da natureza. Mas, o ser humano novamente se distingue dos outros primatas através de uma característica mental muito forte: o autocontrole, a capacidade de modificar qualquer comportamento social, mesmo que instintivo, de maneira

14 14 a torná-lo mais útil para a sobrevivência. Quanto mais disciplinado e capaz de autocontrole e de planejamento, mais humano pode ser considerado. Portanto, a espécie humana também tem o singular dom de dominar o cérebro emocional por meio do cérebro racional. Isto, acoplado à capacidade de planejar, gerou um animal capaz de vencer através da inteligência, usando para si aquelas espécies que são úteis para seu próprio benefício como: as bestas de carga, as cobaias de laboratório, transformando os outros animais em alimentos. Diante da evolução tanto de suas estruturas internas como da capacidade de se adaptar ao meio externo, atualmente já se conhece características fundamentais do funcionamento cerebral, permitindo classificar o cérebro em três tipos: a) Cérebro Primitivo - formado pelo tronco cerebral, pelo bulbo, pelo cerebelo, ponte e mesencéfalo, pelo globo pálido e os bulbos olfatórios, responsável pela manutenção da vida vegetativa, capaz de adaptar-se ao frio, ao calor, à fome e à sede. Pode comandar a maior ou a menor intensidade de multiplicação das partes e do todo; de corrigir os inúmeros desvios do processo de formação do ser; de identificar o perigo e comandar a resposta. É, enfim, a expressão maior da pulsão inicial da vida na cadeia evolutiva. É neste cérebro que ocorre a manifestação primeira da vida, que se encontram as informações de maior importância da experiência evolutiva do homem, desde a célula inicial até hoje. De alguma forma, nesta evolução, todas as experiências do homem, estão inscritas nas sinapses do cérebro primitivo. O cérebro humano ainda adquiriu três componentes que foram surgindo e se superpondo: a parte inferior, a mais primitiva, correspondendo ao cérebro dos répteis, é onde se encontram algumas estruturas como as do tronco cerebral, responsáveis pelas ações involuntárias e o controle de certas funções viscerais (cardíaca, pulmonar, intestinal, etc), indispensáveis à preservação da vida.

15 15 É nesta porção primitiva que são gerados os atos e comportamentos mais básicos para a sobrevivência e preservação da espécie (os mecanismos de agressão, de defesa, as posições hierárquicas no grupo e a delimitação de território). Apesar da impressionante dominância do neocórtex, até hoje muitos atos são conduzidos com base no cérebro primitivo, como os antepassados, há milhares de anos, pois possuíam e ainda possuem comportamentos ritualísticos, matam para comer, tendem a discriminar pessoas fora do mesmo grupo imediato (família, aldeia, raça) e defendem o espaço (domínio territorial). b) Cérebro Intermediário local onde se encontram as estruturas límbicas que têm como principal função coordenar as emoções. Corresponde ao cérebro dos mamíferos antigos. Muito se tem estudado e discutido quanto à localização e os caminhos que as emoções percorrem, tem-se observado que não há uma delimitação precisa da região onde se dão as emoções, pode-se apenas afirmar que a região que intermedeia as emoções localiza-se entre o cérebro primitivo e o neocórtex. c) Cérebro Superior - a mente é resultado da ação combinada e integrada de todas estas partes. O cérebro superior ou cérebro racional posiciona-se recobrindo todo o encéfalo. É composto pelos dois hemisférios cerebrais e de alguns conjuntos de neurônios subcorticais. É constituído por um tipo de tecido cortical de formação recente chamado neocórtex. Acima de tudo encontra-se o neocórtex, que funciona como a sede da consciência. No processo evolutivo do embrião humano, percebe-se que foi o último a ser formado. O homem, através do neocórtex, toma consciência de si mesmo e assume um papel dominante na escalada evolutiva do planeta. Foi através do neocórtex que ele se projetou no mundo da ciência, buscando conhecimento. O conhecimento gerado através desta estrutura de certa forma se tornou independente de sua origem. A tomada de consciência nada mais é do que uma experiência evolutiva que pode resultar em bem ou mal sucedida, de acordo com a aplicação dessa consciência. Se aplicada na perpetuação da pulsão de vida,

16 16 pode ser uma experiência positiva, porém, se aplicada de forma desastrosa, age contrariamente à pulsão de vida, como se vem fazendo, daí a importância do uso deste cérebro racional em observações e pesquisas significativas que ajudem a espécie humana a compreender melhor sua evolução, seu organismo biológico, suas dificuldades, possíveis distúrbios e problemas que afetem a sua rotina saudável de vida, caminhando em busca de respostas e soluções que amenizem as dores e os sofrimentos humanos. 1.2 Descobertas sobre o funcionamento do cérebro humano Pode-se dizer que desde a antiguidade ocorreram participações significativas neste processo de busca pelo entendimento das estruturas do encéfalo, permeando estudos e descobertas, muitas vezes, pertinentes nesta compreensão o que ajudou o homem no combate a prejuízos à sua saúde. Sendo assim, pode-se citar vários exemplos de contribuições que ajudaram a chegar naquilo que se sabe atualmente. A começar pelos gregos, pois acreditavam que os ventrículos cerebrais eram órgãos sede dos humores e da capacidade intelectual do homem, tal ideia deste povo aguçou a curiosidade de vários estudiosos e pesquisadores, como Galeno, por exemplo (177 d. c), mas no século XVI Andrea Versalius comparou a ideia da capacidade intelectual estar nos ventrículos com o exemplo dos asnos, refutando esta crença, pois os asnos possuem ventrículos e não tem capacidade intelectual. O Período Clássico abordou duas correntes: Hipocrática, a qual localizava a mente no cérebro e Aristotélica, a mente tinha sua sede no coração, ao cérebro cabia somente esfriar o sangue. Para Aristóteles a psique era uma entidade (não material) que governava o comportamento, visão esta também adotada pelo cristianismo em todo o Ocidente. Na Era Moderna (1649) Descartes se opõe ao pensamento aristotélico, localizando a mente no cérebro. Além de localizá-la no cérebro, ele a ligou ao

17 17 corpo, via a mente e o corpo como coisas separadas que se interligavam. Os nervos eram ocos, por onde circulava o espírito animal e que a sede da mente estava na glândula pineal. Ele ainda utilizou seus conhecimentos de dispositivos mecânicos para explicar que as funções do corpo tinham princípios semelhantes. Também propôs a ideia de arco reflexo, identificando seus componentes, como: a sensação de dor, a condução da mesma pelos nervos que levam ao sistema nervoso central, os nervos motores sendo excitados e finalmente os músculos que são responsáveis pela ação. Gall ( ) foi o primeiro médico e neuroanatomista a defender a ideia de que diferentes funções do córtex se localizam em diferentes regiões. Explicou em seus estudos três ideias radicais: 1) Todo comportamento emana do cérebro; 2) Determinadas regiões do córtex controlam funções específicas, não agindo como um órgão único, dividido pelo menos em 27 órgãos; 3) Sem comprovação científica, seria de que o centro de cada função cresceria com o uso, o crânio incharia nas regiões mais desenvolvidas. Diferente de Gall, Johann Spurzheim o dividiu em mais de 35 órgãos. Em 1815 Thomas Foster chamou o trabalho de Gall e Spurzheim de Frenologia (phrenos do grego = mente). Com o passar do tempo a frenologia foi atacada pela ciência oficial, porém os estudos de Gall contribuíram para a realização em laboratórios de experimentos por meio de lesões em animais para analisar suas consequências, dando origem a Neurociência Experimental. A partir daí, várias pesquisas sérias seguiram os estudos de Gall referentes ao localizacionismo cerebral. Cita-se ainda, Luigi Rolando que descobriu uma fissura no cérebro que recebeu seu nome, sendo o responsável pela primeira estimulação de um nervo no tecido cerebelar em 1809; pesquisando em cérebros de pombos Pierre Flourens ( ) foi considerado o pai da pesquisa experimental cerebelar e Phineas Gage (1848) atingido em uma explosão por uma barra de ferro na parte frontal do cérebro, apesar de ter vivido muitos anos depois deste incidente, teve seu comportamento totalmente transformado.

18 18 Entre Pierre Broca descobre a área do cérebro relacionada à expressão da fala, em seus estudos sobre afasia, com base em dados anatômicos, situou o centro da imagem motora das palavras na terceira circunvolução frontal, no hemisfério cerebral esquerdo, ao observar que este hemisfério era sede desta função simbólica e cognitiva que é a linguagem. Alguns anos depois, Carl Wernicke (1874) estudou uma área do cérebro relacionada a um tipo de afasia, compreensão da linguagem (área auditiva da linguagem), mais à frente, estas áreas serão abordadas de forma detalhada diante das questões da dislexia. Os progressos conquistados nas correlações das funções do cérebro com determinadas áreas, só foi possível com as descobertas de Luigi Galvani abordando a Eletricidade Animal, utilizando rãs que o levou a dedicar-se a eletrofisiologia a contração muscular só acontece por meio de estímulos elétricos. Assim, a eletricidade quebrava o paradigma da mecânica, sendo a principal responsável pelo funcionamento do sistema nervoso. Luigi Galvani, médico e anatomista italiano, foi um dos primeiros a investigar experimentalmente o fenômeno chamado bioeletricidade. Em uma série de experimentos descobriu que a corrente elétrica liberada por um jarro de Leyden ou um gerador eletrostático rotatório causava a contração dos músculos na perna de um sapo e de muitos outros animais, tanto ao aplicar a carga no músculo ou no nervo. Para ele a contração muscular era uma prova de que os músculos do sapo estavam gerando eletricidade por si próprios, como um tipo de energia vital similar, mas diferente da eletricidade natural gerada por máquina ou raios. Os experimentos de Galvani estabeleceram as bases para o estudo biológico da neurofisiologia e neurologia. Com isso, a mudança de paradigma se consolidou - os nervos não eram tubos de água ou canais, como Descartes e seus contemporâneos pensavam, mas condutores elétricos. A informação no sistema nervoso era transmitida pela eletricidade gerada diretamente pelo tecido orgânico.

19 19 No século XIX já era possível o uso de técnicas sofisticadas em animais e em humanos, ferramentas capazes de construir mapas detalhados das funções cerebrais. Em 1902, Fedor Krauze publica 142 casos em humanos, e também é publicada a citoarquitetura do córtex, com 47 áreas. Os estudos de pesquisas na área de bioeletricidade e do localizacionismo cerebral se incrementaram com os avanços técnicos, com a descoberta de novos aparelhos: como Eletrômetros, Galvanômetros, Comutadores e Indutores e também com avanços na microscopia. No final do século XIX o conceito de localização cerebral foi estabelecido nas Neurociências. Atualmente, a informação de que determinadas funções cerebrais são desempenhadas por algumas estruturas e não por outras, é de conhecimento da grande maioria das pessoas, graças aos estudos persistentes de longos anos, destes vários pesquisadores que de forma tímida ou mais evidente, trouxeram marcantes e preciosas informações aos dias atuais. Comprova-se assim, a doutrina do localizacionismo cerebral com a ajuda dos mais sofisticados exames de imagens como ressonância magnética funcional (FMRI), tomografia por emissão de positron (PET), dentre outros que permite com precisão, visualizar as funções cerebrais no momento em que as mesmas estão sendo realizadas pelo cérebro. Tal desenvolvimento das ciências e da tecnologia foi um marco no auxílio à humanidade, sendo utilizado com o intuito de trazer respostas não só a doenças, lesões e distúrbios, como é o caso da dislexia, mas colaborar, inclusive, com a própria aprendizagem humana. 1.3 Uma visão neurocientífica do Aprender Como se aprende sempre despertou a curiosidade daqueles interessados nas capacidades cerebrais, por este motivo, muito se pesquisou e se descobriu diante da arte do aprendizado, afinal abordar todo o

20 20 processamento neuronal que envolve a aprendizagem pode ser considerado uma verdadeira obra-prima, até mesmo do ponto de vista educacional. Assim, a necessidade de melhor conhecer o Sistema Nervoso Central e o crescimento de investigações sobre o seu funcionamento nas últimas décadas, levou a Organização Mundial de Saúde a eleger a década de 90 como a Década do Cérebro. Deste modo, não se poderia simplesmente relatar as questões da dislexia sem primeiramente compreender com a ajuda destas investigações onde se dá a aprendizagem. RIESGO (2006, p. 21) aborda que... o processo de aprendizagem se dá do Sistema Nervoso Central que é uma estrutura complexa. Quando chega ao SNC uma informação conhecida, ela gera uma lembrança, que nada mais é do que uma memória; quando chega ao SNC uma informação inteiramente nova, ela nada evoca e sim produz uma mudança isso é aprendizado, do ponto de vista estritamente neurobiológico. Entende-se dessa forma que, o cérebro tem uma ampla capacidade de aprender e de sofrer modificações do que se pensava até anos atrás, uma vez que, cada cérebro apresenta cerca de cem bilhões de neurônios e o sistema nervoso tem duas funções básicas: a manutenção da homeostase do organismo e a emissão de comportamentos, resultados da interação dos fatores genéticos com o ambiente externo, sofrendo modificações constantes, a partir desta relação entre meio externo e interno a aprendizagem começa a ser definida. Com a chegada das informações captadas pelos órgãos dos sentidos no cérebro, por meio dos neurônios, as áreas de processamento dessas informações

21 21 são ativadas, depois de interpretadas e compreendidas, são enviadas para a amígdala que é uma estrutura subcortical situada no lobo temporal, decidindo quais experiências foram importantes o bastante para armazenar. Essa seleção depende, é claro, do significado emocional, ou seja, se um fato não marca suficientemente o indivíduo para ser arquivado, a amígdala não exerce seu papel. Caso ocorra o contrário, um fato chocante demais, ela ficará hiperativa, provocando o cancelamento da memória. Tal função confere a amígdala uma posição extremamente importante na aprendizagem, pois sendo significativa ficará retida na memória. O próximo passo das informações é chegar ao hipocampo, onde serão fixadas por segundos ou dias, na memória de curta duração, sendo depois, distribuídas para as outras áreas do cérebro onde ficarão arquivadas. Com a ajuda de processos bioquímicos e estruturais muitas conexões entre células de diferentes regiões cerebrais são ativadas, formando redes neurais de combinações infinitas, permitindo, o armazenamento da memória. Após a consolidação destas informações, inicia-se a próxima etapa caracterizada pela evocação das mesmas, entrando em ação o córtex frontal para comparar informações novas e antigas, colaborando na resolução de problemas e planejamento. Entende-se desse modo que, as capacidades de linguagem, percepção, compreensão, fala, escrita e resolução de problemas requerem o armazenamento de informações, pois aprender nada mais é do que a formação de uma rede de conexões das unidades neuronais, em que a aprendizagem se dá pela modificação e consolidação dessas conexões, após experiências vividas, retenção de hábitos ou aquisição de novas informações. O sistema nervoso codifica a linguagem, coordena sua emissão e recepção e a decodifica. Para a emissão, trabalham os órgãos relacionados ao aparelho fonador e os músculos da escrita. Na recepção da linguagem trabalham principalmente as orelhas e os olhos. Quanto aos aspectos neurais, a emissão abrange, basicamente, o cerebelo, o córtex motor do cérebro (situado na porção posterior do lobo frontal), a área de Broca (também localizada na porção posterior do lobo frontal esquerdo) e os nervos motores.

22 22 Há diferentes pontos do córtex motor que geram os movimentos da laringe, da mandíbula, da língua e dos lábios, como também pontos que comandam a habilidade das mãos para vários movimentos, inclusive a escrita. O Sistema Nervoso Central recebe os estímulos do meio também pela área auditiva situada no lobo temporal e pela visual localizada com predominância no lobo occipital. Tem-se ainda, a área de Wernicke localizada na parte posterior do lobo temporal esquerdo, nervos sensitivos e as áreas motoras, relacionadas com os movimentos oculares e a rotação da cabeça, movimentos presentes durante a leitura. Uma lesão na área de Wernicke impede a pessoa de entender as palavras que ouve, embora reconhecendo os sons e emitindo palavras com significado claro. A decodificação da linguagem escrita acontece no giro angular, situado na junção dos lobos parietal, temporal e occipital, integrando as informações sensoriais, auditivas e visuais. Estas informações são processadas respectivamente em cada uma dessas regiões. Outra área importante é o giro angular esquerdo, fundamental para a leitura e a escrita por ocupar uma posição central, lesões nesta área impedem a pessoa de compreender o que lê, embora não tenha comprometimento na fala. Sendo assim, foi possível perceber as áreas cerebrais que apresentam uma valiosa participação e importância nas questões relacionadas à aprendizagem de uma forma global e como as descobertas de especialistas, neurocientistas e pesquisadores trouxeram a oportunidade de maior compreensão e entendimento frente ao funcionamento do nosso organismo, sua atuação com o meio, nesta interdependência. Esta trajetória de descobertas possibilita sair um pouco do desconhecido e pensar a aprendizagem e possíveis dificuldades em uma ótica biológica e não somente filosófica ou teórica, permite compreender que as áreas cerebrais precisam estar em sintonia, uma com a outra, para que efetivamente as conexões neurais se estabeleçam e a aprendizagem aconteça.

23 CAPÍTULO II 23 COLABORAÇÕES DA NEUROCIÊNCIA NA COMPREENSÃO DA DISLEXIA O interesse crescente dos estudiosos ligados às neurociências tanto na área da saúde como da educação tem contribuído de forma significativa para o conhecimento da das áreas responsáveis pela linguagem, que é de fundamental importância na comunicação interpessoal e para este estudo no sentido de compreender a dislexia. Como já foi abordado no capítulo anterior, com as descobertas da neurociência, hoje já é possível ver o cérebro de alguém em funcionamento. Estudos sofisticados com imagens do cérebro de uma pessoa que está lendo permite aos pesquisadores rastrear o registro da palavra impressa (a leitura pelo lobo occipital) quando ela é percebida visualmente, sendo depois transformada em som da linguagem (área de Broca) e logo após ativa seu significado (área de Wernicke). Sabe-se então, que a comunicação humana (fala e linguagem) depende diretamente dos processos que ocorrem no sistema nervoso, quando o funcionamento ou desenvolvimento deste processo não está acontecendo como deveria, algumas dificuldades podem surgir, com isso é necessário estar atento. Muitas vezes, no início do desenvolvimento, quem percebe a dificuldade na aquisição da linguagem é a família ou uma pessoa mais próxima da criança, comparando-a com outras crianças de mesma idade ou o profissional da saúde, um pediatra, por exemplo, que a acompanha. Por isso, este profissional deve possuir um bom entendimento da definição, da natureza e das causas dos distúrbios e das dificuldades para contribuir no processo de diagnóstico, visando uma intervenção precoce e intensiva, pois quanto antes isso acontecer melhor será para a criança.

24 24 Com isso, cabe ressaltar que um distúrbio refere-se a uma questão que compromete um normal desenvolvimento de alguns aspectos no sujeito, trazendo um prejuízo ao convívio e bem-estar social do mesmo, todavia, compreende-se que uma pessoa com algum tipo de distúrbio da linguagem tende a sentir-se desvalorizada ou incapaz diante das dificuldades que apresenta, atingindo diretamente sua comunicação e causando prejuízos em seu relacionamento com os outros indivíduos e na sua autoestima. 2.1 Áreas Funcionais da Linguagem Entende-se que a linguagem é uma capacidade peculiar de se comunicar por meio de um código simbólico adquirido (fala, gestos ou escrita), o que permite transmitir pensamentos, ideias, emoções e sentimentos aos semelhantes. No primeiro capítulo já foram abordadas as contribuições de Broca e Wernicke com suas descobertas relacionadas à linguagem, mas vale retomar estes estudiosos referindo-se de forma mais aprofundada sobre suas colaborações. A partir dos estudos de Broca, afirmando que a fala acontece no hemisfério esquerdo, deu-se início a ideia de assimetria hemisférica, observando-se uma mão dominante, geralmente, a direita e a lateralização das atividades com a mão, o pé e o olho, dando a este hemisfério as características de dominância para os três seguimentos. Com estas contribuições, sabe-se atualmente que o hemisfério esquerdo é, na maioria das vezes, o responsável pelo controle da sequência temporal do ato de falar, sendo sua função mais lógica com uma análise sequencial da informação, tendo esta área relação com a articulação da fala. Mais tarde Wernicke estudando pacientes afásicos, encontrou mais dificuldades na compreensão do que na expressão, ficando claro que, a área de Wernicke no hemisfério esquerdo está relacionada ao significado da palavra

25 25 e sua relação com as outras palavras da frase. Já esta região na parte temporal no hemisfério direito relaciona-se a compreensão da emoção contida no ato de falar, ou seja, a compreensão da afetividade na linguagem. Os avanços dos estudos relacionados às áreas da linguagem mostram que as áreas anatômicas da linguagem são mais complexas e constam de: a) área de Broca (área 44) e parte da área de Brodmann (área 45) localizada no pé da circunvolução frontal ascendente, responsável pelo planejamento motor da linguagem oral; b) área de Wernicke (área 42 de Brodmann) nas porções mediana e superior do lobo temporal, responsável pela percepção auditiva envolvida na linguagem; c) fascículo arqueado que liga as duas áreas anteriores; d) circunvolução angular ou prega curva, que corresponde à área 39 de Brodmann responsável pela integração do lobos parietal, occipital, frontal e temporal, situada no entroncamento parietotemporoccipital, mas tem ligações com as áreas motoras da fala e da escrita; e) circunvolução supramarginal, localizada no lobo parietal inferior; f) fibras de associação como o corpo caloso, que constitui a principal estrutura integradora inter-hemisférica; g) áreas subcorticais que constituem o quadrilátero de Pierre Marie, acrescido do tálamo; h) área frontomesial anterior, nos dois hemisférios, sendo predominante no esquerdo, responsável pela intenção e vontade de usar a linguagem; i) hemisfério não dominante responsável pela prosódia e pelo pragmatismo. Compreende-se melhor as áreas relacionadas à linguagem nas figuras abaixo de acordo com SHAYWITZ (2006, p.62 e 71)

26 26 Vale ressaltar que nas crianças tais áreas ainda não estão bem estabelecidas e as desordens aferenciais, sensoriais e motoras podem transtornar a organização da linguagem, mesmo sem uma lesão cerebral, pois

27 27 não há centros pré-formados e sim, pré-formas de organização que aos poucos vão adquirindo forma à medida que a comunicação vai se estabelecendo. A maturação acontece primeiro nas áreas posteriores occipitotemporais e depois nas anteriores frontais e pré-frontais, por isso a maturação da assimetria hemisférica no nascimento apresenta-se nos dois hemisférios cerebrais, contudo, diante da herança genética já se pode observar em recém-nascidos leve assimetria na parte temporal do hemisfério esquerdo, o que ocorre devido a rápida maturação e maior plasticidade cerebral nos dois primeiros anos de vida. A partir desta idade, o lado esquerdo do cérebro apresenta a região temporal, responsável pela linguagem, mais desenvolvida no hemisfério esquerdo do que no direito. Quando chega a fase adulta, a linguagem é controlada, na maioria das vezes, pelo hemisfério esquerdo. A percepção da fala é conduzida para a área de Wernicke, no lobo temporal esquerdo pelo nervo auditivo (VIII nervo craniano), onde a mensagem é decodificada. A informação é transmitida pelo fascículo arqueado para a área de Broca, também no hemisfério esquerdo, local de elaboração da resposta motora, sendo assim, entende-se que o hemisfério esquerdo é dominante para a linguagem no adulto, mas não na criança bem pequena. Nesse caminho que a informação faz em nosso cérebro para chegar à aquisição da linguagem, não se pode desconsiderar os estímulos do meio, compreendidos pelos sentidos que também fazem parte de todo o processo e assim, a linguagem acontece em etapas dependentes entre si, que podem ser classificadas em: 1) Sensação capacidade de sentir o som; 2) Percepção capacidade em que se reconhece o som; 3) Elaboração capacidade de reflexão sobre os sons percebidos; 4) Programação ou organização das respostas e articulação capacidade de permitir a emissão sonora que depende da articulação da fala.

28 28 Este panorama sobre os processos cerebrais que envolvem a linguagem facilita a compreensão frente ao trabalho do cérebro e as vias de acesso que possui para que tal capacidade de comunicação seja eficiente. 2.2 Dislexia e linguagem Para uma melhor noção da complexidade do universo que envolve a dislexia e sua relação com a linguagem, deve-se entender a definição de leitura que, para muitos em um sentido amplo, é como a interpretação de sinais gráficos, levando o pensamento a imaginar uma outra situação além daquela vivida no momento real. Fazendo uma análise de forma restrita, a leitura é vista como a interpretação de sinais gráficos, que uma comunidade convencionou utilizar para substituir os sinais linguísticos da fala, em se tratando de substituir, mentalmente ou pela fala, as palavras ou ainda dizer que a leitura é a capacidade de levantar hipóteses e conclusões diante das informações coletadas no texto, criando novas ideias. Sendo assim, ao perceber que a leitura apresenta um enredamento relacionado à aprendizagem simbólica, pois uma pequena mudança em uma palavra já altera seu sentido e pronúncia, convém explicar que ler envolve atenção, habilidade motora, vários tipos de memória, organização de texto e imagem mental. Neste aspecto também é preciso levar em consideração a subjetividade, a idade, o sexo, hereditariedade, prática e motivação do indivíduo. Para tanto, a linguagem como a leitura são atividades que, apesar de simples para muitos, podem para alguns ser sinônimo de entraves e dificuldades, principalmente no caso dos disléxicos. Sabe-se que a aquisição da leitura é um processo muito importante em nossa sociedade, principalmente na fase da alfabetização, contudo alguns sujeitos a partir deste período começam a apresentar significativas dificuldades no que se refere à leitura e a escrita. É bem verdade que nem todos os casos de dificuldades de aprendizagem, em se tratando da leitura e da escrita, deve

29 29 ser entendido como dislexia, por isso a necessidade de ter o cuidado em não generalizar e buscar um diagnóstico sério e preciso, pois afeta uma minoria de sujeitos. No Brasil, como em muitos outros países foi adotado atualmente o termo dislexia para denominar um distúrbio específico na aquisição da leitura e da escrita, tal nomenclatura foi dada pelo fato de etimologicamente, ao desmembrar a palavra dislexia termos: dis = distúrbio, dificuldade; lexia = leitura (do latim) e /ou linguagem (do grego), então, temos dislexia = distúrbio da linguagem. Este termo foi usado pela primeira vez por Berlin, em 1872, ressurgiu em 1917 com Hinshelwood que atendeu um paciente com inteligência normal, mas apresentava dificuldades na leitura e na escrita. Foram observadas distorções perceptivas em crianças que não conseguiam reconhecer e compreender palavras impressas, concluiu-se na época que a causa mais provável seria um defeito no cérebro, afetando a memória visual de palavras e letras, por isso os oftalmologistas foram os primeiros profissionais a auxiliarem no reconhecimento da dislexia, suas contribuições ocorreram no sentido de mostrar que a dificuldade apresentada não estava relacionada a um problema nos olhos, e sim, no funcionamento de áreas responsáveis pela linguagem no cérebro. A primeira definição mais esclarecedora sobre dislexia é do neurologista americano, Dr. Samuel T. Orton, que foi homenageado tendo seu nome na primeira instituição para pesquisas e estudos sobre a dislexia, a Orton Dislexia Society, a atual International Dyslexia Association, cuja definição foi citada por IANHEZ e NICO (2002, p. 21) È uma dificuldade que ocorre no processo de leitura, escrita, soletração e ortografia, não é uma doença, mas um distúrbio com uma série de características. Torna-se evidente na época da

30 30 alfabetização, embora alguns sintomas já estejam presentes nas fases anteriores. Apesar da instrução convencional, adequada inteligência e oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos fundamentais, a criança falha no processo de aquisição da linguagem. A dislexia independe de causas intelectuais, emocionais e culturais. É hereditária e a maior incidência é em meninos na proporção de três para um (ou seja, a cada três meninos que nascem com dislexia, apenas uma menina nasce disléxica). Com base nas descobertas do dr. Orton e outros pesquisadores que se dedicaram ao tema, a partir da década de 60 intensificou-se a busca na tentativa de encontrar uma definição para o termo dislexia, considerando-a um distúrbio que se manifesta pela dificuldade na aprendizagem da leitura, mesmo com um bom nível de inteligência e um ambiente sociocultural adequado. A definição mais aceita atualmente é a que segue abaixo, encontrada nas pesquisas de neuroanatomia e neuropsicologia e adotada pela Associação Brasileira de Dislexia, elaborada no Comitê de Abril de 1994, citada por IANHEZ e NICO (2002, p. 23) A dislexia é um dos distúrbios de aprendizagem. É um distúrbio específico de linguagem, de origem constitucional caracterizado pela dificuldade em decodificar palavras simples. Mostra uma insuficiência no processo fonológico. Essas dificuldades em relação às palavras simples não são esperadas em relação à idade. Apesar de

31 31 instrução convencional, adequada inteligência, oportunidade sociocultural e ausência de distúrbios cognitivos e sensoriais fundamentais, a criança falha no processo da aquisição da linguagem com frequência, incluídos aí os problemas de leitura, aquisição e capacidade de escrever e soletrar. Convém ainda expressar que, ao menor sinal de dificuldade na linguagem, não podemos identificar um indivíduo como disléxico. Para um diagnóstico preciso é necessário investigar e observar várias causas com caráter multidisciplinar e de exclusão, a observação de alguns sintomas deve ser incluído em um quadro de risco, ou seja, apresentar algumas características que podem confirmar a dislexia, mas isso precisa ser aprovado com uma avaliação adequada. Em todas as idades os leitores que apresentam uma leitura consistente e fluente ao lerem ativam fortemente a parte posterior do cérebro, com menor ativação na parte frontal, os disléxicos apresentam mudanças com o passar da idade nas ativações cerebrais, tal ativação nas crianças disléxicas mais velhas é maior nas regiões frontais, de forma que, quando adolescentes acontece uma superativação na área de Broca, ou seja, passam a usar mais frequentemente as regiões frontais para a leitura e então, precisam usar sistemas da parte frontal do cérebro para compensar o problema da parte posterior, esta é uma maneira de tentar equilibrar a dificuldade de leitura, como vemos na figura a seguir SHAYWITZ (2006, p. 74)

32 32 Por conta disso, os disléxicos utilizam sistemas de leitura compensatórios, além de dependerem mais da área de Broca, eles usam outros caminhos secundários, fazendo uma diferente rota de leitura, localizado no lado direito na parte anterior do cérebro, mas que não é automático, impedindo o reconhecimento rápido das palavras, o desenvolvimento da parte anterior e do lado direito, permite uma leitura precisa, mas ainda muito lenta. Também é importante frisar que durante muito tempo não havia um consenso com relação às características mais aparentes da dislexia, mas atualmente especialistas abordam que os sintomas mais comuns da dislexia são: Desempenho inconstante; Demora na aquisição da leitura e da escrita; Lentidão nas tarefas de leitura e escrita, mas não nas orais; Dificuldade com os sons das palavras e, consequentemente, com a soletração; Escrita incorreta com trocas, omissões, junções e aglutinações de fonemas;

33 Dificuldade em associar o som ao símbolo; 33 Dificuldade com rima (sons iguais no final das palavras) e aliteração (sons iguais no início das palavras); Discrepância entre as realizações acadêmicas, as habilidades linguísticas e o potencial cognitivo; Dificuldade em associações, por exemplo, associar um rótulo ao seu respectivo produto; Dificuldade na organização sequencial, por exemplo, ordenar as letras do alfabeto, os meses do ano, tabuada, etc; Dificuldade em nomear objetos, tarefas, etc; Dificuldade em organizar-se com o tempo (hora), no espaço (antes e depois) e direção (direita e esquerda); Dificuldade em nomear números de telefone, mensagens, fazer anotações ou fazer alguma tarefa que sobrecarregue a memória imediata; Dificuldade em organizar tarefas e realizar cálculos mentais; Desconforto em tomar notas e /ou relutância para escrever; Persistência no mesmo erro, embora conte com ajuda profissional. Segundo o dr. Norman Geschwind, diretor da unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital em Boston, citado por IANHEZ e NICO (2002, p. 27) O que pode ser dito é que os conhecimentos de vários aspectos da dislexia podem ser enriquecidos se forem vistos por um enfoque biológico e

34 34 sociológico. Temos de entender sua relação com o talento muito desenvolvido e também com as condições sociais que fazem dele um distúrbio. Temos de entender também as outras formas de distúrbio de aprendizagem, uma vez que estas podem nos ajudar a perceber aspectos da dislexia que, de outra forma, nos poderiam ter escapado. Quanto mais amplo o contexto em que observamos a dislexia, mais poderemos entender suas causas e isso, por sua vez, poderá contribuir para o refinamento do diagnóstico e também para o tratamento mais eficaz. Em se tratando da dislexia ou de qualquer outro distúrbio, um diagnóstico correto, feito no momento adequado, logo que as dificuldades tenham surgido ou as tenham observado, é de suma importância para a criança e para a família, liberando-os de um outro diagnóstico ou das dúvidas sobre o que realmente aquela criança apresenta. O diagnóstico da dislexia é de exclusão e por isso, deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, formada por: psicólogo, fonoaudiólogo, psicopedagogo e quando necessário, deve ser feito um encaminhamento ao neurologista e outros profissionais, como: oftalmologista, pediatra, otorrinolaringologista, para se determinar se realmente existem fatores que possam estar comprometendo o processo de aprendizagem ou mesmo comprovar a dislexia. Por isso um diagnóstico multidisciplinar, pois todos os profissionais devem trocar informações para confirmar o distúrbio, ao grupo de profissionais também deve estar atrelado ainda a família e a escola, dois grupos aos quais a criança faz parte que sem nenhuma dúvida podem colaborar com informações e práticas valiosas nesse processo de investigação. A dislexia é um problema persistente até a vida adulta, o disléxico tem dificuldades em automatizar as operações relacionadas ao reconhecimento de

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

Profa. Ma. Adriana Rosa

Profa. Ma. Adriana Rosa Unidade I ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO Profa. Ma. Adriana Rosa Ementa A teoria construtivista: principais contribuições, possibilidades de trabalho pedagógico. Conceito de alfabetização: história e evolução.

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

e (Transtornos Específicos da Aprendizagem (TEA)) Dulcelene Bruzarosco Psicóloga/Terapeuta de Família e Casal.

e (Transtornos Específicos da Aprendizagem (TEA)) Dulcelene Bruzarosco Psicóloga/Terapeuta de Família e Casal. e (Transtornos Específicos da Aprendizagem (TEA)) Dulcelene Bruzarosco Psicóloga/Terapeuta de Família e Casal. Entre os gregos e romanos antigos, havia divergências quanto à maneira de ver e considerar

Leia mais

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934.

Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Semenovich Vygotsky, nasce em 17 de novembro de 1896, na cidade de Orsha, em Bielarus. Morre em 11 de junho de 1934. Lev Vygotsky, viveu na mesma época que Piaget (ambos nasceram em 1896 entanto Vygotsky

Leia mais

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO.

V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014. Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. V Seminário de Metodologia de Ensino de Educação Física da FEUSP- 2014 Relato de Experiência INSERINDO A EDUCAÇÃO INFANTIL NO CONTEXTO COPA DO MUNDO. RESUMO Adriana Vieira de Lima Colégio Marista Arquidiocesano

Leia mais

Roteiro VcPodMais#005

Roteiro VcPodMais#005 Roteiro VcPodMais#005 Conseguiram colocar a concentração total no momento presente, ou naquilo que estava fazendo no momento? Para quem não ouviu o programa anterior, sugiro que o faça. Hoje vamos continuar

Leia mais

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização

O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização O uso de Objetos de Aprendizagem como recurso de apoio às dificuldades na alfabetização Juliana Ferreira Universidade Estadual Paulista UNESP- Araraquara E-mail: juliana.ferreiraae@gmail.com Silvio Henrique

Leia mais

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia

Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia PSICOMOTRICIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL Jéssica Victória Viana Alves, Rospyerre Ailton Lima Oliveira, Berenilde Valéria de Oliveira Sousa, Maria de Fatima de Matos Maia INTRODUÇÃO A psicomotricidade está

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA Diretoria de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e Tecnologias para a Educação Básica Coordenação Geral de Materiais Didáticos PARA NÃO ESQUECER:

Leia mais

Raciocínio Lógico e o Cérebro Humano. Vídeo: Córtex cerebral e memória (5 min).

Raciocínio Lógico e o Cérebro Humano. Vídeo: Córtex cerebral e memória (5 min). Raciocínio Lógico e o Cérebro Humano Vídeo: Córtex cerebral e memória (5 min). 1 Raciocínio Lógico e Cérebro: o Lobo Frontal O lobo frontal está envolvido no raciocínio lógico, pois é responsável pelo

Leia mais

Por uma pedagogia da juventude

Por uma pedagogia da juventude Por uma pedagogia da juventude Juarez Dayrell * Uma reflexão sobre a questão do projeto de vida no âmbito da juventude e o papel da escola nesse processo, exige primeiramente o esclarecimento do que se

Leia mais

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade

Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Resumo Aula-tema 01: A literatura infantil: abertura para a formação de uma nova mentalidade Pensar na realidade é pensar em transformações sociais. Atualmente, temos observado os avanços com relação à

Leia mais

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas.

SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SAÚDE E EDUCAÇÃO INFANTIL Uma análise sobre as práticas pedagógicas nas escolas. SANTOS, Silvana Salviano silvanasalviano@hotmail.com UNEMAT Campus de Juara JESUS, Lori Hack de lorihj@hotmail.com UNEMAT

Leia mais

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens

Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens Entusiasmo diante da vida Uma história de fé e dedicação aos jovens A obra salesiana teve início em Turim, na Itália, onde Dom Bosco colocou em prática seus ideais de educação associados ao desenvolvimento

Leia mais

111 ENSINO FUNDAMENTAL

111 ENSINO FUNDAMENTAL ENSINO FUNDAMENTAL 111 A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL DE NOVE ANOS NO MUNICÍPIO 112 O Sistema Público Municipal de Ensino de Viana, acompanhando as mudanças educacionais de ordem político-pedagógica

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de

Recomendada. A coleção apresenta eficiência e adequação. Ciências adequados a cada faixa etária, além de Recomendada Por quê? A coleção apresenta eficiência e adequação metodológica, com os principais temas relacionados a Ciências adequados a cada faixa etária, além de conceitos em geral corretos. Constitui

Leia mais

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar

Colégio La Salle São João. Professora Kelen Costa Educação Infantil. Educação Infantil- Brincar também é Educar Colégio La Salle São João Professora Kelen Costa Educação Infantil Educação Infantil- Brincar também é Educar A importância do lúdico na formação docente e nas práticas de sala de aula. A educação lúdica

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br Educação Inclusiva Direito à Diversidade O Ensino comum na perspectiva inclusiva: currículo, ensino, aprendizage m, conheciment o Educação Inclusiva Direito à Diversidade Profª. Maria Ivone Grilo Martinimariaivone@superig.com.br

Leia mais

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET

Denise Fernandes CARETTA Prefeitura Municipal de Taubaté Denise RAMOS Colégio COTET O DESENVOLVIMENTO DA LINGUAGEM INFANTIL NAS PERSPECTIVAS SÓCIO-HISTÓRICA, ANTROPOLÓGICA E PEDAGÓGICA: UM ESTUDO DO REFERENCIAL CURRICULAR NACIONAL DA EDUCAÇÃO INFANTIL Denise Fernandes CARETTA Prefeitura

Leia mais

O interesse por atividades práticas contribuindo na alfabetização através do letramento

O interesse por atividades práticas contribuindo na alfabetização através do letramento O interesse por atividades práticas contribuindo na alfabetização através do letramento A contribuição do interesse e da curiosidade por atividades práticas em ciências, para melhorar a alfabetização de

Leia mais

O DOM DA DISLEXIA. Ronald D. Davis Rio de Janeiro, Rocco, 2004

O DOM DA DISLEXIA. Ronald D. Davis Rio de Janeiro, Rocco, 2004 O DOM DA DISLEXIA Ronald D. Davis Rio de Janeiro, Rocco, 2004 O QUE É REALMENTE A DISLEXIA Um talento latente Transtorno de aprendizagem Efeitos de desorientação Problemas com a leitura Problemas com a

Leia mais

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 0 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL 1 O PAPEL DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL Renato da Guia Oliveira 2 FICHA CATALOGRÁFICA OLIVEIRA. Renato da Guia. O Papel da Contação

Leia mais

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma

ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS. O Mascote da Turma ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTA BÁRBARA DE GOIÁS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO SANTA BÁRBARA DE GOIÁS O Mascote da Turma SANTA BÁRBARA DE GOIÁS JANEIRO 2013 ESTADO DE GOIÁS PREFEITURA

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE

A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE A IMPORTÂNCIA DAS DISCIPLINAS DE MATEMÁTICA E FÍSICA NO ENEM: PERCEPÇÃO DOS ALUNOS DO CURSO PRÉ- UNIVERSITÁRIO DA UFPB LITORAL NORTE ALMEIDA 1, Leonardo Rodrigues de SOUSA 2, Raniere Lima Menezes de PEREIRA

Leia mais

Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos

Instituto Educacional Santa Catarina. Faculdade Jangada. Atenas Cursos Instituto Educacional Santa Catarina Faculdade Jangada Atenas Cursos Curso de Capacitação em AEE Aluna: Ivete D. Poleto De Cezare Vanini, 01 de Maio de 2015. 1 - Tema: Deficiência Intelectual 2 - Problema:

Leia mais

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças

Estudo Exploratório. I. Introdução. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado. Paula Rebouças Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Pesquisa de Mercado Paula Rebouças Estudo Exploratório I. Introdução A Dislexia é uma síndrome caracterizada por problemas na leitura: ao ler a pessoa

Leia mais

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia

Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia Currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia 1. Componentes curriculares O currículo do Curso de Licenciatura em Filosofia engloba as seguintes dimensões. 1.1. Conteúdos de natureza teórica Estes conteúdos

Leia mais

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.

TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA. Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp. TRABALHO PEDAGÓGICO NA PERSPECTIVA DE UMA ESCOLA INCLUSIVA Profa. Maria Antonia Ramos de Azevedo UNESP/Rio Claro. razevedo@rc.unesp.br O que é educação inclusiva? Inclusão é um processo de aprendizagem

Leia mais

O USO DE SOFTWARE EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇA COM SEQUELAS DECORRENTES DE PARALISIA CEREBRAL

O USO DE SOFTWARE EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇA COM SEQUELAS DECORRENTES DE PARALISIA CEREBRAL O USO DE SOFTWARE EDUCATIVO NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA DE CRIANÇA COM SEQUELAS DECORRENTES DE PARALISIA CEREBRAL Introdução Com frequência as tecnologias digitais estão sendo empregadas pelos educadores em

Leia mais

Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida

Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida Direitos Reservados à A&R - Reprodução Proibida AUTISMO: UMA REALIDADE por ZIRALDO MEGATÉRIO ESTÚDIO Texto: Gustavo Luiz Arte: Miguel Mendes, Marco, Fábio Ferreira Outubro de 2013 Quando uma nova vida

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

Pedagogia Estácio FAMAP

Pedagogia Estácio FAMAP Pedagogia Estácio FAMAP # Objetivos Gerais: O Curso de Graduação em Pedagogia da Estácio FAMAP tem por objetivo geral a formação de profissionais preparados para responder às diferenciadas demandas educativas

Leia mais

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Dos projetos individuais, aos projetos de grupo e aos projetos das organizações, dos projetos profissionais, aos projetos de formação; dos projetos

Leia mais

Sistema Límbico. Norma M. S. Franco

Sistema Límbico. Norma M. S. Franco Sistema Límbico Norma M. S. Franco Sistema Límbico O sistema é de extrema importância pois controla comportamentos ligados a nossa sobrevivência. O sistema límbico é a unidade responsável pelas emoções.

Leia mais

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS

FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS FORMAÇÃO DOCENTE: ASPECTOS PESSOAIS, PROFISSIONAIS E INSTITUCIONAIS Daniel Silveira 1 Resumo: O objetivo desse trabalho é apresentar alguns aspectos considerados fundamentais para a formação docente, ou

Leia mais

Projeto: Música na Escola. O amor é a melhor música na partitura da vida e sem ele, você é um eterno desafinado.

Projeto: Música na Escola. O amor é a melhor música na partitura da vida e sem ele, você é um eterno desafinado. Projeto: Música na Escola O amor é a melhor música na partitura da vida e sem ele, você é um eterno desafinado. Justificativa De acordo com as diretrizes curriculares, o som é a matériaprima da música;

Leia mais

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR

EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR EDUCAÇÃO INCLUSIVA: ALUNO COM DEFICIÊNCIA MÚLTIPLA NO ENSINO REGULAR Autoras: Natália Aparecida DAL ZOT, Rafaela Alice HORN, Neusa MARTINI Identificação autores: Acadêmica do Curso de Matemática-Licenciatura

Leia mais

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um 1 TURISMO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DERIVADOS DA I FESTA DA BANAUVA DE SÃO VICENTE FÉRRER COMO TEMA TRANSVERSAL PARA AS AULAS DE CIÊNCIAS NO PROJETO TRAVESSIA DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS CAVALCANTI LURDINALVA

Leia mais

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi

Sistema Nervoso Professor: Fernando Stuchi Fisiologia Animal Sistema Nervoso Sistema Nervoso Exclusivo dos animais, vale-se de mensagens elétricas que caminham pelos nervos mais rapidamente que os hormônios pelo sangue. Mantido vivo pela eletricidade,

Leia mais

Elaboração de Projetos

Elaboração de Projetos Elaboração de Projetos 2 1. ProjetoS John Dewey (1859-1952) FERRARI, Márcio. John Dewey: o pensador que pôs a prática em foco. Nova Escola, São Paulo, jul. 2008. Edição especial grandes pensadores. Disponível

Leia mais

MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013

MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013 AV1 Estudo Dirigido da Disciplina CURSO: Administração Escolar DISCIPLINA: Educação Inclusiva ALUNO(A):Claudia Maria de Barros Fernandes Domingues MATRÍCULA: 52862 DATA: 15/09/2013 NÚCLEO REGIONAL: Rio

Leia mais

OS LIMITES DO ENSINO A DISTÂNCIA. Claudson Santana Almeida

OS LIMITES DO ENSINO A DISTÂNCIA. Claudson Santana Almeida OS LIMITES DO ENSINO A DISTÂNCIA Claudson Santana Almeida Junho 2012 Introdução O que o leitor encontrará neste artigo? Uma apresentação do sistema de Ensino a Distância (EAD), conhecer as vantagens e

Leia mais

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA

TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA TEMA: O LÚDICO NA APRENDIZAGEM DA LEITURA E DA ESCRITA RESUMO Os educadores têm se utilizado de uma metodologia Linear, que traz uma característica conteudista; É possível notar que o Lúdico não se limita

Leia mais

20/08/2010 REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

20/08/2010 REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM I Seminário de Reabilitação Cognitiva nos Transtornos de REABILITAÇÃO NEUROPSICOLÓGICA NA PESSOA COM TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM Marina Nery 1 Conceito Transtorno de Transtorno de Dificuldade de Inteligência

Leia mais

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar:

A Educação Bilíngüe. » Objetivo do modelo bilíngüe, segundo Skliar: A Educação Bilíngüe Proposta de educação na qual o bilingüismo atua como possibilidade de integração do indivíduo ao meio sociocultural a que naturalmente pertence.(eulália Fernandes) 1 A Educação Bilíngüe»

Leia mais

Educação especial: um novo olhar para a pessoa com deficiência

Educação especial: um novo olhar para a pessoa com deficiência Educação especial: um novo olhar para a pessoa com deficiência INOCÊNCIO, Sibelle Williane Dias dos Santos DAXENBERGER, Ana Cristina Silva Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Agrárias Departamento

Leia mais

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA

O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA O PROCESSO DE INCLUSÃO DE ALUNOS COM DEFICIÊNCIA VISUAL: UM ESTUDO DE METODOLOGIAS FACILITADORAS PARA O PROCESSO DE ENSINO DE QUÍMICA Bruna Tayane da Silva Lima; Eduardo Gomes Onofre 2 1 Universidade Estadual

Leia mais

DISLEXIA: QUE BICHO É ESSE?

DISLEXIA: QUE BICHO É ESSE? DISLEXIA: QUE BICHO É ESSE? Lívia Ferreira da Silveira 1 Tatiana Azevedo de Souza da Cunha Lima 2 Resumo: O presente trabalho apresenta algumas reflexões acerca da historicidade e do conceito de dislexia

Leia mais

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU 1 EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU Resumo Rodrigo Rafael Pinheiro da Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros digasmg@gmail.com

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

NeuroBiologia da Cognição Como o sistema nervoso decodifica os sinais do ambiente?

NeuroBiologia da Cognição Como o sistema nervoso decodifica os sinais do ambiente? NeuroBiologia da Cognição Como o sistema nervoso decodifica os sinais do ambiente? Profa Silvia Mitiko Nishida As empresas objetivam vender produtos e tentam convencer os consumidores por meio da P R O

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES PRÓ-MATATEMÁTICA NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES Regina Luzia Corio de Buriasco * UEL reginaburiasco@sercomtel.com.br Magna Natália Marin Pires* UEL magna@onda.com.br Márcia Cristina de Costa Trindade Cyrino*

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO

ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO ATIVIDADE DE NEGOCIÇÃO A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO NA NEGOCIAÇÃO RIO BRANCO- ACRE 2013 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...3 1- A IMPORTÂNCIA DA COMUNICAÇÃO...4 2- COMUNICAÇÃO E NEGOCIAÇÃO...6 2.1 Os quatros conceitos

Leia mais

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS.

A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS. A UTILIZAÇÃO DE RECURSOS VISUAIS COMO ESTRATÉGIA PEDAGÓGICA NO PROCESSO DE ENSINO - APRENDIZAGEM DE ALUNOS SURDOS. Rosane Batista Miranda¹ Eliane Vasconcelos Soares² Introdução O presente artigo visa á

Leia mais

Pedagogia. Objetivos deste tema. 3 Sub-temas compõem a aula. Tecnologias da informação e mídias digitais na educação. Prof. Marcos Munhoz da Costa

Pedagogia. Objetivos deste tema. 3 Sub-temas compõem a aula. Tecnologias da informação e mídias digitais na educação. Prof. Marcos Munhoz da Costa Pedagogia Prof. Marcos Munhoz da Costa Tecnologias da informação e mídias digitais na educação Objetivos deste tema Refletir sobre as mudanças de experiências do corpo com o advento das novas tecnologias;

Leia mais

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica

BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica BRINCAR É UM DIREITO!!!! Juliana Moraes Almeida Terapeuta Ocupacional Especialista em Reabilitação neurológica PORQUE AS CRIANÇAS ESTÃO PERDENDO TODOS OS REFERENCIAIS DE ANTIGAMENTE EM RELAÇÃO ÀS BRINCADEIRAS?

Leia mais

Núcleo de Educação Infantil Solarium

Núcleo de Educação Infantil Solarium 0 APRESENTAÇÃO A escola Solarium propõe um projeto de Educação Infantil diferenciado que não abre mão do espaço livre para a brincadeira onde a criança pode ser criança, em ambiente saudável e afetivo

Leia mais

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE

PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE 1 PRÁTICAS LÚDICAS NO PROCESSO DE AQUISIÇÃO DA LÍNGUA ESCRITA DO INFANTIL IV E V DA ESCOLA SIMÃO BARBOSA DE MERUOCA-CE 1 Rochelle Lopes da Silva- UVA 2 Andrea Abreu Astigarraga- UVA INTRODUÇÃO De acordo

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

O Planejamento Participativo

O Planejamento Participativo O Planejamento Participativo Textos de um livro em preparação, a ser publicado em breve pela Ed. Vozes e que, provavelmente, se chamará Soluções de Planejamento para uma Visão Estratégica. Autor: Danilo

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Curso de Férias Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto

ANATOMIA HUMANA. Faculdade Anísio Teixeira Curso de Férias Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto ANATOMIA HUMANA Faculdade Anísio Teixeira Curso de Férias Prof. João Ronaldo Tavares de Vasconcellos Neto Tecido Nervoso Compreende basicamente dois tipos celulares Neurônios unidade estrutural e funcional

Leia mais

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador:

INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: INSTITUTO FLORENCE DE ENSINO COORDENAÇÃO DE PÓS-GRADUAÇÃO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM (TÍTULO DO PROJETO) Acadêmico: Orientador: São Luis 2015 (TÍTULO DO PROJETO) (NOME DO ALUNO) Projeto de Pesquisa do Programa

Leia mais

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr. A Chave para o Sucesso Empresarial José Renato Sátiro Santiago Jr. Capítulo 1 O Novo Cenário Corporativo O cenário organizacional, sem dúvida alguma, sofreu muitas alterações nos últimos anos. Estas mudanças

Leia mais

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA

A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA 1 A ENERGIA DO BRINCAR: UMA ABORDAGEM BIOENERGÉTICA Dayane Pricila Rausisse Ruon Sandra Mara Volpi* RESUMO O brincar é um tema bastante discutido e de muita importância no desenvolvimento infantil. Esse

Leia mais

Projeto Ludoteca do Turismo: atuação em escolas de Pelotas

Projeto Ludoteca do Turismo: atuação em escolas de Pelotas Projeto Ludoteca do Turismo: atuação em escolas de Pelotas Carmen Maria Nunes da Rosa 1. Universidade Federal de Pelotas Resumo: O presente trabalho trata das atividades, desenvolvidas pelo projeto Elaboração

Leia mais

Papo com a Especialista

Papo com a Especialista Papo com a Especialista Silvie Cristina (Facebook) - Que expectativas posso ter com relação à inclusão da minha filha portadora da Síndrome de Down na Educação Infantil em escola pública? Quando colocamos

Leia mais

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA.

ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. ENSINO E APRENDIZAGEM DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS, COM A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA. Josilene Maria de Almeida 1 ; Rosângela Miranda de Lima 2 ; Maria Sônia Lopes da Silva; Maria Anunciada

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

ABORDAGEM INTERACIONISTA COGNITIVISTA: A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE PIAGET

ABORDAGEM INTERACIONISTA COGNITIVISTA: A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE PIAGET ABORDAGEM INTERACIONISTA COGNITIVISTA: A EPISTEMOLOGIA GENÉTICA DE PIAGET 1- QUEM FOI JEAN PIAGET? Piaget nasceu em 9 de agosto de 1896, na Suíça. Foi psicólogo do desenvolvimento e, anteriormente, biólogo.

Leia mais

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado A pesquisa e o tema da subjetividade em educação Fernando Luis González Rey 1 A subjetividade representa um macroconceito orientado à compreensão da psique

Leia mais

Caderno do aluno UM POR BIMESTRE: teoria, exercícios de classe, as tarefas de casa atividades complementares.

Caderno do aluno UM POR BIMESTRE: teoria, exercícios de classe, as tarefas de casa atividades complementares. NOSSA META Que todos os alunos entendam todas as nossas aulas! TUDO GIRA EM TORNO DA AULA COMO? Aula bem proposta (autor) Aula bem preparada (professor) Aula bem dada (professor) Aula bem assistida (aluno)

Leia mais

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER

LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER LINGUAGEM, LÍNGUA, LINGÜÍSTICA MARGARIDA PETTER Duas explicações da Origem do mundo palavra (a linguagem verbal) associada ao poder mágico de criar. Atributo reservado a Deus. Através dela ele criou as

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

Dificuldades de aprendizagem

Dificuldades de aprendizagem Dificuldades de aprendizagem Dificuldades versus distúrbios Dificuldades escolares ou de aprendizagem Origem externa: no ambiente e no outro. Distúrbios/transtornos Origem interna: disfunção do Sistema

Leia mais

O que é Administração

O que é Administração O que é Administração Bem vindo ao curso de administração de empresas. Pretendemos mostrar a você no período que passaremos juntos, alguns conceitos aplicados à administração. Nossa matéria será puramente

Leia mais

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez

Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Avaliação da aprendizagem... mais uma vez Cipriano Carlos Luckesi 1 Artigo publicado na Revista ABC EDUCATIO nº 46, junho de 2005, páginas 28 e 29. Recentemente, tenho acompanhado crianças que saíram de

Leia mais

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA

CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Fundação Carlos Chagas Difusão de Idéias novembro/2011 página 1 CURSOS PRECISAM PREPARAR PARA A DOCÊNCIA Elba Siqueira de Sá Barretto: Os cursos de Pedagogia costumam ser muito genéricos e falta-lhes um

Leia mais

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS

A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL E NO TRABALHO COM AUTISTAS XXII Semana de Educação da Universidade Estadual do Ceará 31 de agosto a 04 de setembro de 2015 A NECESSIDADE DA PESQUISA DO DOCENTE PARA UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA INCLUSIVA, PRINCIPALMENTE NA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Leia mais

AS INQUIETAÇÕES OCASIONADAS NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO

AS INQUIETAÇÕES OCASIONADAS NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO AS INQUIETAÇÕES OCASIONADAS NA ALFABETIZAÇÃO DE CRIANÇAS COM SÍNDROME DE DOWN NA REDE REGULAR DE ENSINO MORAES Violeta Porto Resumo KUBASKI Cristiane O presente artigo tem como objetivo colocar em pauta

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

Dislexia: Como Suspeitar e Identificar Precocemente o Transtorno na Escola

Dislexia: Como Suspeitar e Identificar Precocemente o Transtorno na Escola Dislexia: Como Suspeitar e Identificar Precocemente o Transtorno na Escola Autor: Telma Pantano Data: 30/12/2009 Releitura realizada por Lana Bianchi e Vera Lucia Mietto. A identificação precoce de um

Leia mais

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO

A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO A DANÇA E O DEFICIENTE INTELECTUAL (D.I): UMA PRÁTICA PEDAGÓGICA À INCLUSÃO CARNEIRO, Trícia Oliveira / Centro Universitário Leonardo da Vinci SODRÉ, Marta Patrícia Faianca / Universidade do Estado do

Leia mais

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola

EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola EDUCAÇÃO FÍSICA PARA PORTADORES DE NECESSIDADES ESPECIAIS (PNEE): construindo a autonomia na escola Autora: CAMILA SOUZA VIEIRA Introdução A presente pesquisa tem como temática Educação física para Portadores

Leia mais

Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219)

Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219) Luz, olho humano e óculos Capítulo 12 (pág. 219) Raios de Luz - Alguns filósofos gregos pensavam que nossos olhos emitiam raios que permitiam enxergar os objetos; - Só nos é possível ver quando há luz

Leia mais

ORIENTADOR EDUCACIONAL

ORIENTADOR EDUCACIONAL ORIENTADOR EDUCACIONAL 01. A discussão sobre a Organização do Trabalho na Escola permitiu que fosse determinada uma das atribuições inerentes à Orientação Educacional que é: (A) organizar as turmas homogêneas,

Leia mais

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS

Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Nome da Instituição: Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais/ NÚCLEO DE APOIO À INCLUSÃO DO ALUNO COM NECESSIDADES EDUCACIONAIS ESPECIAIS Responsável pelo preenchimento das informações: HELIANE

Leia mais

JANGADA IESC ATENA CURSOS

JANGADA IESC ATENA CURSOS JANGADA IESC ATENA CURSOS MÁRCIA INÊS DE OLIVEIRA DA SILVA SURDEZ PROJETO DE PESQUISA Passo Fundo 2015 TEMA: Surdez DELIMITAÇÃO DO TEMA: O Tema delimita-se a inclusão de crianças surdas nas escolas de

Leia mais

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil

A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil A Tecnologia e Seus Benefícios Para a Educação Infantil As crianças das novas gerações desde pequenas estão inseridas nesta realidade da tecnologia,

Leia mais

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento

As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento As Tecnologias de Informação e Comunicação para Ensinar na Era do Conhecimento Nirave Reigota Caram Universidade Sagrado Coração, Bauru/SP E-mail: nirave.caram@usc.br Comunicação Oral Pesquisa em Andamento

Leia mais

Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos. Programa de Preparação para a Aposentadoria

Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos. Programa de Preparação para a Aposentadoria Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade Física Adaptada e Saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Quando o entardecer chega... o envelhecimento ainda surpreende muitos Programa de Preparação para

Leia mais