Economia Criativa no Ceará: um Estudo do Processo de Institucionalização da Música Gospel

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1 Economia Criativa no Ceará: um Estudo do Processo de Institucionalização da Música Gospel Autoria: Laane Lima Queiroz, Bruno Chaves Correia Lima, Augusto Cézar de Aquino Cabral, Sandra Maria dos Santos, Maria Naiula Monteiro Pessoa, Felipe Maia Balbueno da Silva RESUMO Este estudo visa analisar o processo de institucionalização da economia criativa da música gospel cearense, à luz de Tolbert e Zucker (1999). Trata-se de uma pesquisa qualitativa; exploratório-descritiva; bibliográfica e de campo. Foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado com cinco atores organizacionais. Os resultados indicam que forças de mercado e mudanças tecnológicas foram fatores causais para a inovação, caracterizando a habitualização. Quanto à objetificação, verificou-se a atuação consensual dos atores, entretanto a fase de teorização não teve ainda nenhuma normalização escrita. Dessa forma, concluiu-se que o campo está entre os estágios de objetificação e sedimentação do seu processo de institucionalização. Palavras-chave: economia criativa, processo de institucionalização, música gospel 1

2 1 INTRODUÇÃO A economia criativa tem sido um tema bastante discutido por instituições internacionais como United Nations Conference on Trade and Development (UNCTAD), o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e a United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization (UNESCO), sendo considerado um eixo de desenvolvimento para vários países (MINC, 2011). Conforme MINC (2011) define-se economia criativa como um conjunto das dinâmicas culturais, sociais e econômicas construídas a partir do ciclo de criação, produção, difusão e consumo de bens e serviços criativos, caracterizados pela prevalência de sua dimensão simbólica. Partindo-se, então, desse conceito, incluem-se como atividades criativas a música, dança, teatro, ópera, circo, pintura, fotografia, cinema, indústria de conteúdos e de mídias, design, arquitetura, entre outros. A música, objeto de pesquisa, é uma importante categoria dentro da economia criativa. O mercado musical brasileiro em 2011 cresceu 8,47% em relação a 2010, movimentando cerca de R$ 373,2 milhões. O gênero gospel, por sua vez, é o segundo segmento musical que mais vende no Brasil, atrás apenas do pop-rock. Em 2010, as vendas de CD/DVDs e a produção de festivais gospel arrecadou cerca de R$ 1,5 bilhão. A pirataria representa de 10% a 15% do setor gospel, um índice muito inferior que os 52% do mercado laico. Daí surge o interesse das grandes gravadoras como Sony e Som Livre no segmento gospel (ABPD, 2011). A presente pesquisa baseia-se na literatura sobre Teoria Institucional, segundo Tolbert e Zucker (1999) que dividem o processo em três fases: habitualização, objetivação e sedimentação. A habitualização envolve a geração de novos arranjos estruturais em resposta a problemas específicos; além disso, corresponde à formalização de tais arranjos em políticas e procedimentos que tenham problemas semelhantes. O segundo estágio, a objetivação, envolve o desenvolvimento de certo grau de consenso social entre os decisores da organização a respeito do valor da estrutura. A sedimentação, por sua vez, representa um processo que fundamentalmente se apoia na continuidade histórica da estrutura e em sua sobrevivência pelas várias gerações de membros da organização (TOLBERT; ZUCKER, 1999). Dentro desse contexto, o objetivo deste trabalho é analisar o processo de institucionalização da economia criativa da música gospel cearense. Para isto, buscou-se compreender sua contextualização histórica, a participação dos atores sociais envolvidos e, por fim, o seu processo de institucionalização. A relevância da pesquisa, por sua vez, se dá por gerar contribuições à linha de pesquisa dos estudos organizacionais, através da compreensão empírica da teoria Institucional relacionada com organizações que integram um campo da indústria criativa, especificamente a música religiosa. O presente estudo tem caráter exploratório-descritivo, de natureza qualitativa. Quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica e de campo. São sujeitos desta pesquisa cinco representantes da música gospel cearense, sendo um cantor, um empresário do setor evangélico, o idealizador de uma rádio cristã, o pastor-presidente da Ordem dos ministros evangélicos do Ceará e um produtor de eventos cristãos, selecionados de forma não aleatória, considerando a relevância e o tempo de atuação das organizações no campo em estudo. A coleta de dados foi feita através de entrevistas com roteiro semiestruturado dividido em três blocos de acordo com o referencial teórico abordado. Por fim, quanto à análise dos dados, as gravações de áudios das entrevistas foram transcritas, seguindo as etapas da análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). O artigo encontra-se estruturado em cinco seções. A primeira seção aborda a Introdução que sintetiza os aspectos gerais da pesquisa. A segunda seção apresenta uma fundamentação teórica sobre a Teoria Institucional e a música gospel como campo criativo. A terceira seção apresenta a metodologia utilizada para a realização do trabalho. A quarta seção 2

3 relata os resultados encontrados na pesquisa. E, por fim, encerra-se com as considerações finais. 2 REFERENCIAL TEÓRICO 2.1 Teoria Institucional A Teoria Institucional é uma das abordagens da Administração advinda das ciências sociológicas, políticas e econômicas buscando incorporar em suas proposições a ideia de instituições e de padrões de comportamento, de normas e de valores, de crenças e de pressupostos, onde se inserem indivíduos, grupos e organizações (MACHADO-DA-SILVA; GONÇALVES, 1999). Meyer, Scott, Tolbert, Zucker, DiMaggio e Powell, entre outros se destacam como relevantes pesquisadores do assunto em âmbito global. Greenwood et al., (2008) e Lawrence, Sudabby e Leca (2011) tratam a Teoria Institucional como provável abordagem dominante nos estudos organizacionais. No Brasil, autores como Machado-da-Silva e Fonseca se destacam por terem desenvolvido estudos que fomentaram o interesse de outros pesquisadores. Há também uma expansão quantitativa, aproximadamente de 20% ao ano, em termos de pesquisadores e artigos que abordam a Teoria Institucional (GUARIDO FILHO; MACHADO-DA-SILVA; GONÇALVES, 2009). A vertente institucional destaca um ambiente caracterizado pela atenção à legitimidade e à aceitação da organização perante os demais membros do campo ao qual está inserida por meio de adequações aos valores socialmente e culturalmente compartilhados, tendo por base a definição de campo organizacional como redes de relacionamentos que emergem como ambientes estruturados e estruturantes para organizações e participantes individuais (WHITE; OWEN-SMITH; MOODY; POWELL, 2004; MACHADO-DA-SILVA, GARIDO FILHO, ROSSONI, 2006). Tolbert e Zucker (1999) investigaram o efeito de diferentes níveis de institucionalização em realidades construídas sobre persistência cultural. Constataram que havia uma relação direta entre o grau de objetividade e exterioridade e o grau de institucionalização, de maneira que, aumentando-se o primeiro, aumenta-se o segundo (AGUIAR et al., 2005). Os autores também indicam que, a partir de um contexto de existência de forças causais críticas, se configuram três fases do processos inerentes à institucionalização: habitualização, objetivação e sedimentação, de acordo com a figura 1. Figura 1 Processos inerentes à institucionalização. Fonte: Tolbert e Zucker (1999, p. 207). 3

4 Para Tolbert e Zucker (1999), o estágio de habitualização indica a formação de novos arranjos estruturais em resposta a problemas organizacionais específicos e a formalização desses arranjos em políticas e procedimentos de organizações que encontrem problemas em comum. Considerado um estágio de pré-institucionalização, caracteriza-se pelo desenvolvimento de estruturas organizacionais similares que, mesmo que em pequeno número, de maneira independente, podem adotar semelhantes inovações como decorrência de estarem submetidas a circunstâncias parecidas, estimuladas por forças causais, tais como mudanças tecnológicas, legislação e forças de mercado. A objetificação, de acordo com Tolbert e Zucker (1999), em um significado de semiinstitucionalização, tem a ver com a difusão da estrutura criada anteriormente, entretanto, nesse estágio o valor da estrutura e de sua crescente adoção nas organizações envolve certo grau de consenso entre os decisores da organização, assumindo um caráter mais permanente e disseminado, tendo como fonte as duas forças causais apontadas por Tolbert e Zucker (1999) na figura 1: o monitoramento interorganizacional em que, a partir de evidências diversas, as organizações avaliam riscos de novas estruturas, considerando sua competitividade ao monitorar outros competidores; e a teorização, em que, a partir um problema organizacional genérico, um arranjo estrutural é justificado como solução para o problema com bases lógicas e empíricas. No estágio de sedimentação, as estruturas se perpetuam. Essa última fase representa um processo que fundamentalmente se apóia na continuidade histórica da estrutura e, especialmente, em sua sobrevivência pelas várias gerações de membros da organização (TOLBERT; ZUCKER, 1999, p. 209). Nessa última fase, destaca-se a presença dos três fatores críticos: os impactos positivos, como resultados efetivos relacionados à adoção da estrutura; a resistência de grupo, exercida por pessoas que são contrárias à estrutura por serem afetadas adversamente por ela; e, em contrapartida, a defesa de grupo de interesse, representado por pessoas beneficiadas pelas mudanças na estrutura. 2.2 Música gospel como campo da economia criativa A aceleração de transformações de valores sociais e culturais oriunda da década de 1990, chamadas de virada cultural (BONNELL; HUNT, 1999; GIBSON; KLOCKER, 2005), surgem da combinação de dois fenômenos que ocorrem ao mesmo tempo: a emergência da sociedade do conhecimento, localizada no setor de serviços, e a transição de valores materialistas para valores pós-materialistas (BENDASSOLLI et al., 2009). A economia criativa está associada às mudanças sociais e culturais catalisadas desde o final do século XX. Há uma transição de uma economia cada vez menos concentrada no tradicional modelo industrial, de produção em massa de bens tangíveis, para uma economia mais ligada à geração criativa de idéias, ou seja, de bens intangíveis (BORGES, 2005; UNCTAD, 2008). A economia criativa, além de ter como núcleo essencial as indústrias criativas, se configura como um campo amplo que abrange também o impacto de seus bens e serviços em outros setores e processos da economia, bem como as conseqüentes relações, provocando e incorporando-se a profundas mudanças sociais, políticas, econômicas organizacionais e educacionais (UNCTAD, 2008; REIS, 2008). Nas atividades centrais da economia criativa, são reconhecidas características marcantes em relação às demais indústrias tradicionais, tais como: a criatividade como elemento central e principal insumo; a valorização da arte pela arte (BENDASSOLLI et al. 2009). Para classificar as atividades e elucidar o funcionamento do campo das indústrias criativas, vários modelos foram desenvolvidos, dentre os quais este artigo destaca o da 4

5 UNCTAD (2010), que ressalta a existência de quatro grupos e nove subgrupos classificados mediante as características essenciais de suas atividades, conforme apresentado na figura 2: Figura 2 Classificação das Indústrias Criativas Fonte: Adaptado de UNCTAD (2010) Com base na classificação das indústrias criativas proposta, ressalta-se o grupo das artes, mais especificamente o subgrupos das apresentações musicais, por ser a área onde está incluso a atividade objeto deste trabalho: apresentações musicais, que se associa à definição de artes performáticas da UNCTAD (2010, p. 141): arte de espetáculos de palco, apresentada ao vivo por artistas a um público interessado. São artes que se configuram em campos estabelecidos que envolvem instituições, habilidades e bases de conhecimento que são aperfeiçoados ao longo do tempo, adquirindo valor cultural dentro das suas próprias redes sociais que formam sistemas complexos de agentes públicos e privados (O CONNOR, 2009). As apresentações musicais são compostas por artistas, gestores e agentes, promotores, roadies, som e iluminação, aluguel de equipamentos, bem como locais adequado. Nesse contexto, a prática das artes, apesar de nem sempre resultarem em elevadas recompensas financeiras aos seus artistas, contribui sobremaneira à produção de valores e sustentabilidade culturais essenciais da região à qual está inserida (UNCTAD, 2010). É importante também delimitar a música gospel como campo criativo. Nesse sentido, Possenti (2010) ressalta traços inerentes a um campo, tais como o cumprimento de regras específicas pelos participantes; existência de peculiaridades no processo de formação, de organização e de vivência e de procedimentos claros; circulação de discursos característicos; e identificação de limites que evitem confundi-lo com outro campo. Na música gospel, verifica-se que seus membros estabelecem regras em comum, tais como participar de congregações, os fiéis devem se submeter a rígidas normas comportamentais e devem seguir princípios bíblicos. Outra característica é a circulação de discursos peculiares como pregações evangelísticas, mensagens de perseverança, vitória, dentre outros. Os cantores evangélicos são os atores que mais divulgam esses discursos, vistos como canais para a propagação da graça de Deus (SOUSA, 2011). 5

6 Finalmente, a música gospel estabelece limites que evitem confundi-lo com outro campo. Um dos principais limites refere-se às letras das canções que contém conteúdos religiosos como evangelização, arrependimento, princípios bíblicos, dentre outros. Há alguns anos atrás, as músicas evangélicas também eram limitadas aos meios de comunicação exclusivamente cristãos, mas este limite foi sendo ultrapassado à medida que o campo se popularizou nacionalmente (MARTINS, 2012). Dessa forma, classifica-se a música gospel como campo criativo. 3 METODOLOGIA A pesquisa apresenta a abordagem qualitativa, caraterizada pela forma interpretativa de investigação que o pesquisado e pesquisador utilizam para entender o tema (CRESWELL, 2010). Esta abordagem busca investigar fatos do passado, estudos referentes a grupos dos quais se dispõem de pouca informação e análise de atitudes e valores (RICHARDSON, 2011). Quanto aos meios, a pesquisa é bibliográfica realizada por meio de levantamento em livros, periódicos e anais de eventos para dar sustentação teórica ao tema abordado; é também de campo, em razão do levantamento e da coleta de dados primários (TRIVINOS, 2007). Quanto aos fins, esta pesquisa é exploratória, tendo em vista o pouco conhecimento sobre o fenômeno estudado. Verificou-se que a música gospel foi objeto de poucos estudos, conforme mapeamento da literatura realizado. É também descritiva, pois visa relatar as características de determinada população ou fenômeno e estabelecer relações entre as variáveis em foco (COLLIS; HUSSEY, 2005; VERGARA, 2000). Nesta pesquisa, tal abordagem ocorreu por meio da descrição de fatos e características do campo da música gospel, buscando assim compreender como se configura seu processo de institucionalização. No âmbito qualitativo, Fraser e Gondim (2004) afirmam que o critério mais importante para a escolha dos sujeitos não é o numérico, pois não se busca apenas quantificar opiniões, mas explorar e compreender os diferentes pontos de vista que se encontram delimitados em um meio particular. Dessa forma, são sujeitos desta pesquisa cinco atores organizacionais da música gospel cearense, sendo um cantor, um empresário do setor evangélico, o idealizador de uma rádio cristã, o pastor-presidente da Ordem dos ministros evangélicos do Ceará e um produtor de eventos cristãos (Figura 3). Figura 3- Perfil dos entrevistados Código do Idade pesquisado Organização representada AA 34 anos Ecomusical Profissão Produtor de eventos/ Cantor Tempo de Atuação no campo 13 anos FG 32 anos Graça Music Cantor 6 anos JN 61 anos Casa da Bíblia Empresário 30 anos Logos FM/ Pastor e idealizador ES 53 anos Espaço Logos da rádio Logos FM 22 anos FP 62 anos ORMECE Pastor 38 anos Fonte: Elaborado pelos autores A seleção foi feita de forma não aleatória, utilizando como critérios a relevância das organizações que eles representam e o seu tempo de atuação no campo em estudo. Para isto, foi feito um mapeamento através de algumas fontes, tais como rádios, redes sociais, jornais e ferramentas publicitárias. 6

7 Foram realizadas entrevistas com roteiro semiestruturado constituído por questões abertas, dividido em três blocos: a contextualização histórica da formação do campo, a participação dos atores sociais e, por fim o processo de institucionalização, de modo a atingir o objetivo geral proposto. Para Collis e Hussen (2005), o uso desse tipo de instrumento de coleta de dados é válido em pesquisas qualitativas, pois se pode assim ter melhor compreensão das opiniões dos entrevistados acerca do objeto de pesquisa. A pesquisa foi realizada em duas etapas. A primeira etapa está relacionada ao levantamento bibliográfico através da consulta em livros, trabalhos monográficos, periódicos, anais de eventos e sítios acerca dos temas Teoria Institucional, indústria criativa e música gospel. Na segunda etapa, a pesquisa de campo ocorreu por meio de uma exploração do campo estudado através das informações colhidas nas entrevistas. Por fim, quanto à análise dos dados, as gravações de áudios foram transcritas, seguindo as etapas da análise de conteúdo proposta por Bardin (2009). Para a autora, a análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise que utiliza procedimentos de descrição do conteúdo das mensagens. O método utilizado na presente pesquisa tem três etapas: a préanálise, realizada a partir das leituras iniciais dos textos; exploração do material, feita a partir da enumeração das informações colhidas; e, por fim o tratamento de dados, através da associação dos resultados alcançados ao referencial teórico. 4 RESULTADOS 4.1 Evolução histórica da música gospel no Ceará A história da música gospel cearense está diretamente relacionada com o fortalecimento das igrejas evangélicas no Estado. Todos os entrevistados foram unânimes em afirmar que houve e ainda há grande influência das igrejas para a inserção de cantores e grupos evangélicos no Estado. A Assembléia de Deus é a denominação religiosa que tem maior expressão no campo evangélico cearense, fundada no Estado desde 1914 e com 520 mil fiéis, segundo IBGE (2010). No mesmo período, outras igrejas se estruturaram no Estado e algumas delas adotaram forma diferente quanto à pregação da mensagem evangelística e quanto à sonoridade da música cristã. Tradicionalmente, as músicas ministradas eram somente hinários e sem nenhum instrumento musical, sendo cantada apenas com as vozes dos fiéis. Com o tempo, a musicalidade religiosa introduziu os instrumentos musicais como violão e teclado. Apesar deste novo cenário, a Assembléia de Deus não alterou muito sua forma de ministração e, até hoje, esta é ainda uma característica peculiar da denominação (SOUSA, 2011). Nesta fase de formação do campo, as igrejas e seus músicos viviam isoladamente sem muitos contatos com indivíduos ou grupos de denominações diferentes da que pertenciam. FP relembra essa época e conta que: Um cantor batista, por exemplo, dificilmente teria a oportunidade de cantar em igrejas pentecostais, e vice-versa. O meio evangélico, por muito tempo, foi dividido em denominações e a interação era apenas dentro delas. Não havia muita unidade por conta da diferença de doutrina entre uma e outra. A partir da década de 1990, com a eclosão do movimento gospel no Brasil, começouse a perceber grandes transformações no campo da música cristã no Ceará. Ritmos anteriormente rejeitados pelos cristãos foram inseridos nas músicas cantadas em igrejas e eventos gospel. Muitos cantores e bandas de forró, funk, rap, samba e rock surgiram no campo da música gospel e algumas delas até alcançaram expressão nacional, tais como Oficina G3, Pregador Luo, Fruto Sagrado, Lázaro, dentre outros (SOUSA, 2011). Tais 7

8 mudanças possibilitaram também maior interação entre os atores sociais e organizacionais do campo. AA afirma que: A interação entre os cantores hoje é muito melhor do que, por exemplo, nos anos 70, pois o celular, a internet e as redes sociais aproximaram mais os cantores uns dos outros, bem como do público. Mas ainda prevalece certo desconhecimento a respeito do outro. É muito comum cantores e grupos evangélicos desconhecerem nomes e discos de outros cantores e grupos, especialmente das décadas anteriores. As relações entre cantores com as gravadoras também ficaram melhores, mas isso não significa que ficou mais fácil ser contratado por alguma dela. Outra interação percebida ocorreu entre os produtores e os lojistas de artigos religiosos. Empresários despertaram o interesse em patrocinar eventos gospel, buscando divulgar seu negócio, esperando retorno financeiro a longo prazo. Observou-se assim relativa difusão de cantores, de empresas parceiras e de organizações formais relacionadas à música. Pode-se evidenciar que, no campo em estudo, existem heterogeneidades estruturais e comportamentais, principalmente entre cantores quanto à forma de cantar e se apresentar em público. Estes fatores, por sua vez, estão diretamente relacionados à influência religiosa através das doutrinas denominacionais. Apesar de ser uma só religião, as várias congregações divergem entre si quanto a alguns aspectos, associados aos ensinamentos bíblicos e interpretação da mesma. Dessa forma, percebe-se que a interação entre os atores são realizados de forma fragmentada de acordo com os interesses de cada grupo participante da música gospel no Ceará. Quanto aos atores sociais que tiveram papel preponderante no processo de formação e de desenvolvimento do campo, FP explica que: Inúmeros artistas, grupos, pastores e igrejas contribuíram para o desenvolvimento da música evangélica no Ceará. Em Juazeiro do Norte, o Reverendo Eduardo Mc Lain, lançou uma coleção de 10 discos, gravados nos Estados Unidos, na voz dos missionários João Canfield e Ricardo Waddell. Sei o nome das 20 músicas da coleção, porém mais nada sei sobre eles e essa obra. De qualquer forma não se sabe quais contribuições essa coleção trouxe para a formação da música evangélica cearense. Sobre os fatores preponderantes para o desenvolvimento da música gospel no Ceará, JN cita: A gente pode vê por aí a quantidade de igrejas que tem e todas cheias de pessoas. Teve também muita influência musical secular nos anos 90. Aí naturalmente houve maior interesse dos evangélicos em montar bandas e fazer carreira solo. Mas a gente sabe, principalmente aqui no Ceará, que ainda é muito difícil sobreviver desta profissão, porque ainda não há a devida valorização dos cantores evangélicos. Alguns acontecimentos também foram muito relevantes para o fortalecimento do campo da música gospel no Estado. Em 1963, foi criada a Ordem dos ministros Evangélicos do Ceará (ORMECE) com a missão de promover a integração dos ministros evangélicos do Estado, através de parcerias nas atividades evangelísticas e no aperfeiçoamento das lideranças, visando a excelência moral, ética, espiritual e uma maior influência junto à sociedade. Desde 1994, acontece no Ceará um dos eventos cristãos mais importantes, que ocorre anualmente em quase todas as capitais brasileiras com apresentação de vários cantores nacionais e locais e com pregações evangelísticas. Em 2010, cerca de 70 mil pessoas 8

9 estiveram na Marcha pra Jesus em Fortaleza e a cada ano, a presença do público aumenta (DIÁRIO DO NORDESTE, 2012). A partir de 2005, realizou-se anualmente também a 1ª Expoevangélica em Fortaleza. É uma feira que tem a participação de artistas e palestrantes reconhecidos local e nacionalmente. Este evento já se consagra como um dos maiores na história cristã das regiões Norte e Nordeste. Além de lançar as mais importantes novidades da área, também se consolidou como um importante encontro de igrejas, reunindo pastores e cantores (ARAÚJO, 2012). No entanto, um das maiores conquistas do campo musical gospel cearense ocorreu em 2011 com a criação da Lei de Nº 331/2011 que declara a música e os eventos gospel como manifestação cultural para os benefícios legais previstos na legislação estadual de incentivo à cultura. A partir desta lei, será criado o Festival cearense de música gospel. Essas políticas públicas voltadas para o segmento gospel deverão ser incrementadas pela Secretaria da Cultura do Ceará (SECULT CE) que já tem a prática de apoiar projetos culturais. Essa iniciativa visa contribuir de maneira significativa para a produção, divulgação e circulação de bens culturais gospel ao povo cearense. Por meio dela muitos cristãos terão direitos a benefícios, que poderão utilizá-los para a realização de inúmeros eventos, inserindo projetos de shows, turnês, festivais, gravação de CD/DVD, livros, espetáculos e projetos cinematográficos. Dessa forma, verifica-se que tais fatos foram preponderantes para o desenvolvimento do campo e possibilitaram a adoção de arranjos estruturais comuns entre os atores ao longo do tempo. 4.2 Participação dos principais atores sociais no processo de formação e estruturação do campo da música gospel no Ceará Para melhor identificar a diversidade de atores que compõem o campo em foco, elencou-se, na presente pesquisa, nove categorias que englobam diversos participantes do campo da música gospel no Ceará, a saber: cantores evangélicos, emissoras de TV e de rádio, produtores de eventos gospel, casas de espetáculos, igrejas protestantes, público cristão, órgão governamental, lojas evangélicas e Ordem dos ministros evangélicos. O primeiro grupo, cantores evangélicos, não tem uma quantificação exata daqueles que atuam no Estado, pois não há nenhuma associação que controle isto. No entanto, estimase que haja mais de 200 cantores, segundo FP. Sobre esses agentes, o entrevistado ES cita: Os mais importantes que tenho conhecimento são: Carlos Rilmar, Chagas Sobrinho, Alberto River, Alex Alves e Kátia di Jesus. Poderia citar, também, a cantora Eyshila, que nasceu em Fortaleza, mas que na infância mudou-se para o Rio de Janeiro onde fez sua carreira. Mas o tipo de música que ela sempre fez não tem nada a ver com a cultura cearense, ou seja, não parece uma cantora da terra do forró. Dentre esses e até outros artistas, eu diria que o Carlos Rilmar e o Chagas Sobrinho são os principais representantes, por causa da sua discografia, ou seja, gravaram mais CDs e são conhecidos nacionalmente. Quanto à segunda categoria, emissoras de TV e de rádio, sabe-se que a veiculação de programas evangélicos televisivos no Estado ainda é muito recente. As principais são: TV s Diário, União, Canaã, Record. A TV Diário tem o programa evangélico mais reconhecido pelos cearenses e pelos artistas evangélicos, o Paz e Amor. O programa prima por exibir os exemplos de superação e experiências positivas do povo cristão. A TV União tem o programa Transformando vidas, e é voltado para pregação evangelística. A TV Canaã é a emissora cearense mais recente. Estreou em agosto de 2011 e por enquanto só é transmitida em Fortaleza e algumas cidades cearenses. A TV Record, emissora nacional, é pioneira neste segmento religioso. Foi referência para a criação de vários programas gospel e foca na pregação de mensagens evangelísticas. 9

10 No tocante às rádios, constata-se que existem cerca de 168 rádios do Estado, sendo sete evangélicas e com boa colocação no ranking de audiência, segundo dados da Melhores Rádios (2013). A melhor programação das rádios, maior profissionalização e melhor qualidade de som e sinal de satélite também são fatores decisivos para a boa colocação no ranking de audiência das rádios cearenses. Os produtores de eventos gospel no Ceará, por sua vez, tem domínio de poucas empresas, principalmente quando estes acontecem em casas de espetáculos. A Comunidade Cristã Logos e a Ecomusical são as organizações mais atuantes neste segmento. A empresa Ecomusical, existe desde 1997 foi responsável por trazer ao Estado cantores evangélicos de expressão nacional e incentivar a apresentação de bandas locais nas apresentações. A Logos, por sua vez, tem dominado a produção de eventos gospel na atualidade. O fato de ter também a Logos FM ajuda muito a divulgar os eventos e a animar os crentes para ir ao show. Acho que já temos a credibilidade do povo de Deus, pois buscamos fazer tudo com perfeição, pois assim devem ser feitas tudo que é dedicado a Deus (ES). Outro aspecto relevante é o acesso a recursos materiais e financeiros. De forma unânime, todos os entrevistados comentaram que patrocínios com organizações formais e parcerias com rádios são as principais formas de capturar estes recursos. São estabelecidas cotas de patrocínio e os níveis de benefícios que as empresas terão de acordo com o valor. A gente já tem os contatos das empresas que costumam patrocinar e entramos em contato, ai facilita ( ). E é ai que a empresa produtora do evento lucra mais, porque nem sempre o lucro da venda dos ingressos é satisfatória (AA). O quarto grupo, as casas de espetáculo, tem atualmente o Espaço Logos como o único local de eventos cristãos, mas vários outros espaços já foram importantes no campo, tais como Metrópole show, Siara Hall e Arena. A diferença entre o Espaço Logos e as demais é que a primeira é exclusivamente evangélica. Esse fator também deu maior credibilidade ao local, sendo considerado pelo público como um local de adoração a Deus. Sempre tive vontade de ter um local só para eventos evangélicos, mas não tinha e não tenho dinheiro para isso. ( ) Antes quando tinha um evento, nós alugávamos as casas de show e geralmente eram as mesmas. Agora tem o Espaço Logos que não é meu, mas é do povo de Deus (ES). Já as igrejas protestantes são os participantes que mais exercem influência no campo. O crescimento do número de templos no Estado ocorre, como não poderia deixar de ser, paralelamente ao aumento do número de evangélicos. Estima-se que há cerca de 3500 igrejas evangélicas somente em Fortaleza. Manter o controle sobre o surgimento dos templos é tarefa quase impossível. Muitos dos imóveis estão no nome de pessoas físicas, afirma FP. Vale ressaltar que esta categoria é figura central no estabelecimento de valores, crenças e normas no campo. ES explica: O principal valor é cantar o que se prega, o que se acredita. Há exceções, mas no geral todos pensam assim. Quando alguém abandona a fé, consequentemente seus discos são desprezados e as vendas diminuídas ou cessadas, o que prejudica financeiramente as gravadoras e os próprios cantores. Uma norma que não é formalizada, mas que deve ser respeitada é que o cantor evangélico só deve cantar e gravar música para Jesus, não pode cantar música secular. Há cantores que tentam quebrar essa regra, cantando e gravando músicas não-evangélicas, porém a maioria dos crentes não dá nenhum apoio. Pelo contrário, às vezes essa atitude confunde, pois começam a achar que a pessoa abandonou a fé. (...) 10

11 Ademais, ES afirma, ainda: Outro valor ou norma que destaco é cantar para Deus acima de qualquer coisa. Bom isso já mudou muito. Até a década de 80 era muito mais comum cantores e grupos se apresentarem nas igrejas, ou locais públicos, aceitando apenas que cobrissem suas despesas com viagem e estadia, não sendo normal exigir luxos. Na maioria das vezes o cantor ou grupo nem se importava em ficar hospedado na casa de irmãos da igreja. Hoje é muito comum o artista ou grupo exigir um cachê e estadia em bons ou luxuosos hotéis, o que geralmente fica muito mais caro para quem os convida. O público cristão, por sua vez, tem aproximadamente três milhões de pessoas, sendo a maioria destes pentecostais e a metade residente em Fortaleza, capital do Estado. Quando se observa o quadro religioso na Região Nordeste, o Ceará ocupa a 7ª posição em termos de número de evangélicos, perdendo apenas para os estados de Sergipe e Piauí (IBGE, 2010). Outra categoria, órgão governamental, tem a SECULT-CE como a entidade pública mais relevante no campo da música gospel, confirma FP. Uma das maiores contribuições desse órgão deve-se a elaboração de um projeto de lei que declara a música gospel e os eventos gospel como manifestação cultural para os benefícios legais previstos na legislação estadual de incentivo à cultura. As lojas evangélicas, na presente pesquisa, estão representadas por JN, proprietário da Casa da Bíblia que é a livraria cristã com o maior tempo de atuação no segmento de produtos cristãos no Ceará. A Casa da Bíblia existe há quase 30 anos. Começou como Editora Trevo, depois J M Nogueira Representações, só depois passou a ser conhecida como Casa da Bíblia. Nossa história, mais que nossa, é a história de nossos clientes, colaboradores e parceiros. Durante estes anos ela fez chegar às mãos de milhares de pessoas a Bíblia, CD s, DVD s, bons livros, presentes, filmes, documentários e pregações.(...) O início de toda esta história começa comigo e minha esposa (...) nós sonhamos, acreditamos e o sonho virou realidade. Além destas, outras livrarias se destacam no mercado religioso, tais como a Bíblia e Opções, o Espaço da Bíblia, Livraria evangélica, Editora Alfa e Ômega, dentre outros. No setor de óticas, sobressai a Ótica dos Evangélicos. Foi fundada em 1998, como resultado de uma parceria entre duas ex-funcionárias da Ótica Boris. Pode-se citar também a Ótica evangélica, que apesar de ter nome muito semelhante com a citada anteriormente não pertencem aos mesmos proprietários; Reis ótica ; Cristo Ótica, dentre outros empreendimentos deste segmento. Vale ressaltar que a maioria destas empresas são muito atuantes em patrocinar eventos evangélicos e programas de rádios. Por último, a Ordem dos Ministros Evangélicos do Ceará reúne a liderança das maiores denominações do nosso Estado. Hoje, a ORMECE permanece como o instrumento de Deus para unir os líderes fiéis, honestos e que procuram pregar e viver a Palavra de Deus, independentemente da sua denominação. Atua no campo através da organização do maior evento evangelístico do Estado, a Marcha para Jesus. 4.3 Estágio atual de institucionalização do campo da música gospel no Ceará O crescimento de número de eventos gospel no Estado que, há mais uma década se configura como alternativa de entretenimento do público cristão passou por diferentes fases, envolvendo diversos atores sociais, que podem ser associadas a um processo de institucionalização de um campo organizacional. De acordo com as entrevistas realizadas, verifica-se que a nova forma de promoção de eventos gospel, em casas de espetáculos, teve motivação mercadológica, buscando tornar a 11

12 música evangélica como negócio. Esse contexto se relaciona ao modelo de Tolbert e Zucker (1999) que indica as forças de mercado e avanço tecnológico como uma das forças que causam a inovação e, consequentemente, a fase de habitualização, caracterizada como fase em que novos arranjos estruturais são criados em resposta a situações organizacionais específicas. Entretanto, não foi identificada influência relevante da legislação no início do campo da música gospel no Ceará. A segunda fase do processo de institucionalização, conforme o modelo de Tolbert e Zucker (1999) é a objetificação, caracterizada pela difusão das estruturas bem sucedidas que deixam de ter caráter circunstanciais e passam a ser permanentes. No campo da música gospel no Ceará, essa realidade foi percebida com maior intensidade a partir de 1990 sob influência do movimento gospel no Brasil. Nesta época houve uma difusão quanto ao número de cantores que ingressaram no campo buscando espaços para divulgarem seus trabalhos. A partir do monitoramento interorganizacional como força causal, observou-se também o fortalecimento gradual da difusão na quantidade de empreendimentos comerciais que cresceram com o desenvolvimento do campo no Estado, assim como relata JN: Como empresário posso dizer com propriedade que a música ajudou muito o desenvolvimento de negócios principalmente no ramo religioso no Ceará. À medida que as músicas evangélicas eram conhecidas, mais as pessoas tinham interesse em comprar artigos religiosos. A venda de CD'S, DVD's eram os principais, mas com o tempo os livros, blusas e outros artigos foram beneficiados. O modelo teórico de Tolbert e Zucker (1999) enfatiza também que, entre a fase de habitualização, caracterizada pelos arranjos inovadores e bem-sucedidos, e a fase de objetificação, caracterizada pela difusão das estruturas, existem duas forças a serem consideradas: o monitoramento interorganizacional e a teorização. Observou-se, no entanto, que a última ainda não teve normalização escrita, documental que assegurasse definições de parâmetros, limites e fronteiras de estruturas e comportamentos, no entanto, o compartilhamento de valores e crenças entre os atores pode vir a configurar uma certa teorização. Evidenciou-se maior disputa por espaço, reconhecimento e retorno financeiro por parte dos cantores evangélicos no Ceará. Essas disputas mercadológicas motivadoras de esforços geraram impactos positivos relacionados, principalmente, a quatro aspectos: a) aumento no tamanho das casas de espetáculo assim como oferecimento de melhor qualidade em infra estrutura do local e dos eventos apresentados; b) construção de igrejas maiores e mais confortáveis para que possam reunir maior número de evangélicos num só lugar; c) inserção de programações gospel em televisão, possibilitando maior divulgação do trabalho musical dos cantores cearenses; d) ampliação dos enlaces interorganizacionais entre cantores, organizações formais e ao poder público gerando aumento da quantidade e da importância dos atores organizacionais no campo. A maior difusão no campo da música gospel, cantores e organizações formais mudaram alguns comportamentos, hábitos e estruturas em comparação ao início da formação do campo. Observaram-se algumas discordâncias entre os cantores, pois alguns não aceitam a inserção de ritmos como forró, funk, rock, dentre outros, nas músicas cristãs. Assim, essas divergências se configuram como resistências internas no campo, conforme o pesquisado FG. Quanto às dificuldades surgidas a partir do desenvolvimento do campo, AA afirma que a maior dificuldade está no fato do pouco interesse das gravadoras nacionais em cantores 12

13 e estilos cearenses. Segundo ele, um contrato com a gravadora ajuda a divulgar melhor seu trabalho dentro e fora do Estado. Outra dificuldade são os altos custos de divulgação pelas rádios. Já FG assinou neste ano um contrato com a Graça Music, gravadora reconhecida nacionalmente e diz que sua dificuldade ainda é a rejeição de alguns evangélicos quanto ao estilo musical que representa, o forró. Acho que as pessoas lembram de mim na época que eu cantava o forró secular. Depois da minha conversão, passei a cantar mais músicas de adoração justamente para fugir do estilo que me tornou conhecido. Mas um dia, numa igreja senti que Deus queria que eu apenas usasse o estilo que gostava de uma forma diferente. Assim, voltei a cantar forró, mas agora pra Deus. Assim, com base nas entrevistas realizadas, é possível afirmar que o campo em estudo está entre as fases de objetificação e sedimentação. 5. CONCLUSÕES A economia criativa representa um dos setores mais dinâmicos da economia de um País e, por isso tem sido um tema bastante discutido por instituições internacionais (MINC,2011). As atividades criativas não são importantes apenas por gerar emprego e renda, mas também por contribuir para a construção de uma identidade cultural. Esta pesquisa buscou analisar o processo de institucionalização da música gospel no Ceará, sob a perspectiva da economia criativa. Para cumprir o objetivo geral pretendido, buscou-se primeiramente identificar os fatores históricos relacionados à formação do campo. Nesse sentido, constatou-se que a história da música gospel cearense está diretamente ligada ao estabelecimento de igrejas no Estado. No entanto, ainda havia pouca interação entre os cantores que tinham doutrinas diferentes. O movimento gospel, por sua vez, possibilitou a inserção de ritmos, antes considerados seculares, no meio cristão. E, ao longo tempo também percebeu-se enlaces mais fortes entre os cantores, produtores e gravadoras, principalmente. Outros acontecimentos marcantes como a criação da ORMECE, da Marcha para Jesus, da Expoevangélica e da Lei Nº 331/2011 também foram relevantes para a formação e desenvolvimento da música cristã no Ceará. Em seguida, pretendeu-se analisar a participação dos principais atores sociais no processo de formação e estruturação do campo da música gospel no Ceará. Para isso, enumerou-se nove categorias, dentre elas cantores, emissoras de TV e rádios, igrejas, público protestante, órgão governamental, ORMECE, produtores de eventos, casas de espetáculos e lojas de artigos religiosos. Verificou-se a atuação mais forte de alguns grupos no campo musical, mas ainda uma interação muito limitada entre as categorias, de acordo com seus interesses. E, por fim, buscou-se identificar o estágio atual de institucionalização do campo da música gospel, segundo o modelo de Tolbert e Zucker (1999). Os resultados indicam que as forças de mercado e mudanças tecnológicas foram fatores causais para a inovação do campo da musica gospel cearense, caracterizando a fase de habitualização. Entretanto, não se constatou a influência da legislação na formação do campo musical gospel. A objetificação é percebida no campo da música gospel no Ceará a partir de 1990 sob influência do movimento gospel no Brasil. Nessa época houve uma difusão quanto ao número de cantores que ingressaram no campo buscando espaços para divulgarem seus trabalhos. Constatou-se, no entanto, que essa segunda fase ainda não foi completamente vivenciada pelo campo musical gospel no Ceará. Na última fase do processo de institucionalização, a sedimentação, com base nas entrevistas realizadas, não se observou características pertinentes a este estágio. 13

14 Dessa forma, conclui-se que esse campo da economia criativa cearense está entre as fases de objetificação e sedimentação do seu processo de institucionalização. Como limitação da presente pesquisa, destacou-se a escassez de fontes bibliográficas sobre a história da música cristã no âmbito local e nacional, fazendo-se necessário o uso de matérias de revistas e jornais populares. No tocante à coleta de dados, houve dificuldades no que diz respeito ao tempo disponível dos cantores para entrevistas, que estão envolvidos em muitos compromissos, inclusive fora do Estado. Para futuras pesquisas, sugerem-se estudos sobre o processo de institucionalização de outras atividades criativas cristãs como editoração e publicação de livros, dança, teatro, publicidade, dentre outros, para obtenção de maiores conhecimentos sobre o campo gospel, tendo em vista a raridade de estudos dessa área na produção científica cearense e nacional. REFERÊNCIAS ABPD-ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODUTORAS DE DISCO. Mercado fonográfico no Brasil. Disponível em: < Acesso em: 01 de maio de AGUIAR, A. B.; GUERREIRO, R.; PEREIRA, C. A.; REZENDE A. J. Fatores determinantes no processo de institucionalização de uma metodologia de programação de orçamento implementada em uma unidade do SESC São Paulo In: CONGRESSO USP DE CONTROLADORIA E CONTABILIDADE, 5., 2005, São Paulo, Anais... São Paulo: FEA/USP, ARAÚJO, S. Expo Evangélica deve reunir 25 mil pessoas com shows e serviços. O Povo Online. Fortaleza, 05 jul Disponivel em: < xpo-evangelica-deve-reunir-25-mil-pessoas-com-shows-e-servicos.shtml>. Acesso em 24 de dezembro de BARDIN, L. Análise de Conteúdo. Lisboa, Portugal; Edições 70, BENDASSOLLI, P. F.; WOOD Jr., T.; KIRSCHBAUM, C.; CUNHA, M. P. Indústrias criativas: definição, limites e possibilidades. Revista de Administração de Empresas, v. 49, n. 1, p , jan./mar., BONNELL, V. E; HUNT, L. (Ed). Beyond the cultural turn. Berkeley, CA: University of California Press, BORGES, J. D. Competitividade criativa. GV Executivo, v. 4, n. 3, p , ago./out., COLLIS, J.; HUSSEY, R. Pesquisa em Administração: um guia prático alunos de graduação e pós-graduação. Porto Alegre: Bookman, CRESWELL, J. W. Projeto de pesquisa: métodos qualitativo e quantitativo. 3 ed., Porto Alegre: Artmed, DIARIO DO NORDESTE. Marcha para Jesus atrai multidão. Diário do Nordeste online. Fortaleza, 22 de jul Disponível em: < em 24 de dezembro de FRASER, M. T. D.; GONDIM, S. M. G. Da fala do outro ao texto negociado: discussões sobre a entrevista qualitativa. V.14, n.28, GIBSON, C; KLOCKER, N. The Cultural Turn in Australian regional economic development discourse: neoliberalising creativity? Geographical Research, v. 43, n. 1, p , GREENWOOD, R.; OLIVER, C.; SAHLIN, K.; SUDDABY, R. (Org.). The Sage Handbook of Organizational Institutionalism. Los Angeles: Sage, 2008, p LAWRENCE, Thomas.; SUDDABY, Roy; LECA, Bernard. Institutional Work: Refocusing Institutional Studies Organization. Journal of Management Inquiry, v.20(1), p.52-58,

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