Seminário Internacional em Agricultura Urbana e Segurança Alimentar

Tamanho: px

Começar a partir da página:

Download "Seminário Internacional em Agricultura Urbana e Segurança Alimentar"

Danilo Santana Canejo
5 Há anos
Visualizações:

1 Seminário Internacional em Agricultura Urbana e Segurança Alimentar Lubango, Abril 2010 Contributo da educação para o desenvolvimento da agricultura urbana sustentável Fernanda Lages HERBÁRIO DO LUBANGO (LUBA)/MUSEU DE ORNITOLOGIA E MAMALOGIA - Instituto Superior de Ciências de Educação do Lubango

HERBÁRIO: fundado em 1950, contém mais de 50 000 espécimes no seu acervo Actividades: Reorganização e

2 HERBÁRIO: fundado em 1950, contém mais de espécimes no seu acervo Actividades: Reorganização e informatização do acervo; levantamentos botânicos; formação em botânica Colaboração: South African Biodiversity Institute

MUSEU DE ORNITOLOGIA E MAMALOGIA: fundado em 1958, contém uma colecção ornitológica com cerca de 41 000 espécimes, incluindo a colecção de A. Rosa Pinto.

3 MUSEU DE ORNITOLOGIA E MAMALOGIA: fundado em 1958, contém uma colecção ornitológica com cerca de espécimes, incluindo a colecção de A. Rosa Pinto. Alberga também uma colecção de peles e crânios de mamíferos, representada por mais de 3000 espécimes, que inclui uma colecção de Crawford Cabral Actividades: Conservação da floresta Afromontana, Morro do Moco, Huambo; formação em ornitologia Colaboração: Percy FitzPatrick Institute of African Ornithology, BirdLife International

4 A partir de 2008 iniciámos um programa de reabilitação, que além de incluir actividades destinadas a ampliar, inventariar e valorizar o acervo, abrange acções educativas e formativas, visando a conscientização dos estudantes e futuros professores para a necessidade de preservar os recursos biológicos e compreender as relações de interdependência entre o Homem, o seu meio e a sua cultura

6 A EDUCAÇÃO É O MOTOR PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Tratados, Acordos, Leis, Estratégias...

7 EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Realização da Conferência sobre a Biodiversidade (CDB) no Rio de Janeiro - os governos mundiais, incluindo o de Angola, comprometeram-e a encontrar soluções sustentáveis e duradouras e a precaver situações que conduzam à degradação do meio ambiente e à perda de recursos biológicos. Agenda 21 - Plano de acção do ambiente, no artigo 36 sobre a Promoção do Ensino, da Conscientização e do Treinamento, contém princípios para ajudar os Governos e outras instituições, na implementação de políticas e programas visando atingir esse objectivo.

8 EDUCAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL Conferência Mundial para o Desenvolvimento Sustentável em Joanesburgo - A Educação é crucial para o desenvolvimento sustentável A Assembleia Geral das Nações Unidas a Década das Nações Unidas sobre Educação para o Desenvolvimento Sustentável Plano de Implementação - os países devem desenvolver políticas e práticas que fortaleçam o papel da educação de forma a possibilitar um desenvolvimento sustentável (sustentabilidade ecológica, direitos humanos, desenvolvimento social e crescimento económico equitativo).

9 SADC Lançou uma iniciativa para elaborar linhas de orientação para os educadores na Região. É reconhecido o papel da EDUCAÇÃO para que se consigam alcançar os objectivos: do Plano Indicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional (RISDP), do Plano de Implementação da Cimeira Mundial sobre Desenvolvimento Sustentável, dos Acordos Multilaterais sobre o Ambiente e dos Objectivos de Desenvolvimento do Milénio.

10 LEI DE BASES DO AMBIENTE (1998) Artigo 4º (Princípios Específicos) Alínea a) Da formação e educação ambiental: todos os cidadãos têm o direito e o dever de receberem educação ambiental por forma a melhor compreenderem os fenómenos do equilíbrio ambiental, base essencial para uma actuação consciente na defesa da Política Ambiental Nacional

11 LEI DE BASES DA EDUCAÇÃO (2001) ARTIGO 3º (Objectivos gerais) b)formar um indivíduo capaz de compreender os problemas nacionais, regionais e internacionais de forma crítica e construtiva para a sua participação activa na vida social, à luz dos princípios democráticos; c) promover o desenvolvimento da consciência pessoal e social dos indivíduos em geral e da jovem geração em particular, o respeito pelos valores e símbolos nacionais, pela dignidade humana, pela tolerância e cultura de paz, a unidade nacional, a preservação do ambiente e a consequente melhoria da qualidade de vida.

12 Estratégia de Combate à Pobreza (2003) A educação constitui o eixo central do desenvolvimento humano sustentável Meta: satisfação das necessidades alimentares internas e no relançamento da economia rural, Estratégias: melhoria do sistema de educação, envolvimento activo das comunidades, desenvolvimento sustentável dos recursos naturais, com foco na biodiversidade, gestão dos recursos e ambiente.

13 Estratégia e Plano de Acção do Governo para a Biodiversidade (2006) Área Estratégica B: Educação para o Desenvolvimento Sustentável Objectivo B1- Desenvolver metodologias e abordagens sobre educação para o desenvolvimento sustentável de forma a assegurar uma melhor conservação e uso sustentável da biodiversidade em Angola. Acção B.1.1. Formular uma estratégia de educação para desenvolvimento sustentável de sentido amplo, que contemple a educação formal, não-formal e para a promoção da conservação e uso sustentável de biodiversidade.

14 Sem educação e sem conhecimento, as estratégias declaradas dificilmente passarão de intenções. Como é que a educação se enquadra num programa de agricultura urbana e periurbana? Formando cidadãos esclarecidos e comprometidos com as principais preocupações da sociedade: segurança alimentar, saúde para todos, ambiente saudável.

15 IMPLEMENTAÇÃO DE UM PROGRAMA PILOTO DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA Nº 59 DO MUNICÍPIO DO LUBANGO CONSTRUÇÃO DE UMA HORTA PEDAGÓGICA PRINCÍPIO Valorizar o papel da escola e o seu potencial para influenciar a transformação da sociedade A Horta escolar como tema central para: a educação ambiental e para o desenvolvimento sustentável a educação alimentar e a promoção da saúde

16 OBJECTIVOS Valorizar as plantas alimentares e medicinais da região e despertar o interesse pela produção e consumo de alimentos orgânicos ; Promover a reciclagem de resíduos orgânicos, o reaproveitamento de materiais e a utilização racional da água; Fomentar valores voltados para a conservação e valorização da biodiversidade nacional;

17 OBJECTIVOS Contribuir para a implementação da Educação para o Ambiente e Desenvolvimento Sustentável nas Escolas; Proporcionar aos professores do Ensino Geral o conhecimento, capacidade e confiança para desenvolver projectos educativos na área ambiental e incentivar aprendizagens através de um laboratório natural; Motivar os estagiários em Educação a incluir a educação ambiental na sua prática de ensino

18 Dimensão Pedagógica Interrelacionar os vários conteúdos disciplinares das 5ª e 6ª classes: Ciências (ciclo das plantas, pragas, diversidade biológica, solos, saúde humana e ambiental...); Geografia (clima, distribuição das culturas); Matemática (medições, elaboração de gráficos, tabelas); História (povos, cultura alimentar) e Língua Portuguesa (elaboração de textos, descrição das actividades)

19 Dificuldades Sensibilização e criação do interesse no programa Interferência na rotina da escola A abordagem interdisciplinar choca com o ensino tradicional Problema da manutenção e continuidade

20 Intervenientes Herbário do Lubango Departamento de Ciências Naturais (Biologia e Geografia) Departamento de Química Professores da 5ª e 6ª classes Estudantes finalistas do ISCED Engº Agrónomo

Documentos relacionados

ISCED-HUÍLA HERBÁRIO E MUSEU DE ORNITOLOGIA E MAMALOGIA DO LUBANGO

ISCED-HUÍLA HERBÁRIO E MUSEU DE ORNITOLOGIA E MAMALOGIA DO LUBANGO Experiência de cooperação com Universidades Europeias na área de Biodiversidade WORKSHOP CONJUNTO ANGOLA/UNIÃO EUROPEIA LUANDA, 13-14