A ERA DO BIG DATA NO CONTEÚDO DIGITAL: OS DADOS ESTRUTURADOS E NÃO ESTRUTURADOS



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Transcrição:

A ERA DO BIG DATA NO CONTEÚDO DIGITAL: OS DADOS ESTRUTURADOS E NÃO ESTRUTURADOS Pedro Henrique Tessarolo¹, Willian Barbosa Magalhães¹ ¹Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pedrotessarolo@gmail.com, wmagalhaes@unipar.br Resumo: Estudos apontam que o conteúdo gerado no mundo digital está dobrando a cada dois anos, e que, apenas 22% disso contêm informação útil. Isso sugere que há um espaço para o crescimento da análise de dados através do Big Data. Esse artigo apresenta um estudo dessa ferramenta tecnológica que está sendo tratada como um divisor de águas na classificação de dados estruturados e não estruturados, que podem compreender através de ações, interações e conexões o que a sociedade quer. 1. Introdução Big Data é um termo utilizado para descrever grandes volumes de dados e que ganha cada vez mais relevância, à medida que a sociedade se depara com um aumento sem precedentes no número de informações geradas a cada dia. As dificuldades em armazenar, analisar e utilizar grandes conjuntos de dados tem sido um considerável gargalo para as companhias. [IBM 2014]. Com a globalização, e com o sistema de administração na produção que determina que nada deve ser produzido, transportado ou comprado antes da hora exata chamado Just in time, a expansão virtual se tornou necessária. A partir do início do século XXI, com a alta demanda e o grande anseio por tecnologia, a quantidade de dados e informações gerenciadas na rede mundial de internet se tornou volumosa, e crescia rapidamente a cada dia, tornando-se assim o maior reservatório de informações existente no mundo, atualmente sendo necessário assim organizar e gerenciar todos esses dados para que eles não se percam ou se tornem lixo eletrônico. Nos anos de 2008 e 2009 foram produzidos cerca de 6,3 quintilhões de bytes todos os dias e surpreendentemente 90% dos dados do mundo foram criados nos últimos anos, decorrente a adesão das grandes empresas à internet e criação de redes sociais e dispositivos móveis. [HILBERT e LOPEZ, 2011] O objetivo deste artigo é o desenvolvimento de um estudo baseando-se nos volumes de dados digitais existentes no mundo, englobando o conceito do Big Data. Tendo por finalidade a influência deste conceito de dados organizados para melhorar a qualidade de vida dos usuários.

2. Metodologia Para este trabalho foi feita uma extensa revisão bibliográfica utilizando materiais como livros, vídeos, outros artigos, sites na internet. Sempre por fim de buscar fontes seguras que dariam qualidade e confiança nas informações aqui dispostas. 3. Desenvolvimento 3.1. Dados Estruturados e Suas Vantagens A informação armazenada nos bancos de dados é conhecida como dados estruturados, porque é representada em um formato estrito. Por exemplo, cada registro em uma tabela de banco de dados relacional. [ELMASRI, Ramez, 2011] Quando se lida com um enorme volume de dados, eles vêm de diferentes fontes e maneiras. É um grande desafio minerar, limpar, organizar, correlacionar, vincular e transformar esses dados em informações relevantes. Para que isso seja possível, é necessária a criação de um banco de dados onde todas essas informações são capturadas por meio de aplicativos, criados com a finalidade de orientar estes dados, armazenandoos de maneira organizada e clara, facilitando assim a busca e manipulação desses dados. Dentro da rede de internet apenas um quarto destes dados se apresentam armazenados em bancos de dados. Muita informação se cria diariamente e menos de 10% consegue ser minerada e organizada, fazendo com que todos os dias enormes quantidades de informações se tornem lixo eletrônico, dificultando assim suas buscas e muitas vezes se tornando inútil. Da pequena parte que se concentra em bancos de dados, a maioria destas informações pertencem a empresas que precisam de um pouco mais de segurança e organização. Atualmente algumas instituições financeiras brasileiras como o Banco do Brasil, Itaú e Bradesco já utilizam o Big Data como uma solução, com a finalidade de organizar todos os dados que transitam diariamente em seus canais eletrônicos. O Big Data afeta diretamente ou indiretamente a vida de qualquer pessoa até mesmo em situações comuns, como ir para o trabalho ou sacar dinheiro de um caixa eletrônico no banco. Cidades pelo mundo todo já estão utilizando, com a finalidade de melhorar a qualidade de vida de seus cidadãos. Segundo a revista Exame, a prefeitura da cidade de Dublin na Irlanda, fechou um acordo com a IBM para atender o problema de congestionamento e da lotação de seu serviço de transporte público. Pesquisadores da gigante americana utilizam dados de uma série de fontes, como câmeras de monitoramento, GPS de ônibus e tabelas de horários, para criar um panorama digital do trânsito da capital irlandesa. Com esse mapa, operadores identificam pontos críticos de congestionamento e trabalhem alternativas. Birmingham na Inglaterra também adotou a cultura do Big Data para auxiliar o cotidiano das pessoas que nela vivem. A cidade no ano de 2012 lançou um projeto que instalou uma série de sensores em postes de luz da cidade, com o objetivo de melhorar a precisão meteorológica da cidade a partir da análise dos dados coletados pelos sensores. Estes equipamentos medem diversos índices e os transmitem às centrais de

meteorologia. Com informações mais precisas de cada localidade, é possível traçar um mapa mais completo e confiável para os moradores. Definitivamente o Big Data é fundamental em tempos como hoje. Sem ele, em alguns anos todas as informações seriam perdidas e má utilizadas, onde se tornariam uma montanha de lixo eletrônico. O Big Data ajuda as empresas a serem mais eficientes. Hoje em dia, elas podem usar dados para tomarem decisões de informações e de analítica que permitem que operem melhor e mais rapidamente. Hoje em dia é preciso ter uma estratégia para a coleta de dados dentro de uma organização, e frequentemente, dados de seus clientes e fornecedores e de dados não estruturados. Assim, graças a essas análises é possível prever o futuro, por exemplo. 3.2. Dados Não Estruturados Dominam o Mundo Dados não estruturados são quaisquer documentos, arquivos, gráficos, imagens, textos, relatórios, formulários ou gravações de vídeo ou áudio que não tenha sido codificados, ou de outra forma estruturados em linhas e colunas ou registros. De acordo com muitas estimativas, cerca de 90% de todos os dados armazenados são mantidos fora de bancos de dados relacionais. Dados não estruturados se apresentam como informações armazenadas em contexto. De fato, há sempre alguma estrutura no qual os dados fornecem informações, e essa estrutura pode até ser tabular em sua apresentação. [O GUIA DAMA, 2012] Dados não estruturados compõem a rede. De todos os dados do mundo que foram gerados nos últimos anos apenas 10% destes dados estão estruturados. Os 90% restantes estão desestruturados e se reúnem na sua grande parte nas redes sociais como Facebook, Twitter, Pinterest, entre outras. 3.3. Big Data nas mídias sociais e qualidade de vida dos usuários O uso do Big Data nas redes sociais tem como objetivo buscar soluções para organizar o grande volume de dados que cresce absurdamente a cada dia na web. Diariamente, uma gigante quantidade de dados é literalmente jogada, armazenada e manipulada, e para profissionais que dependem destas informações surge a dúvida de como identificar os dados mais relevantes e utiliza-los para tomar as melhores decisões? Segundo a especialista em marketing digital Michele Nemschoff [2013], o Big Data permite mensagens mais personalizadas e direcionadas. A análise dos dados permite que esses profissionais identifiquem tendências importantes em seus mercados de atuação. Assim, eles podem criar conteúdo personalizado e altamente customizado para seu público alvo. Com isso, conseguem melhores resultados, pois as pessoas respondem melhor às campanhas qualificadas que vão ao encontro daquilo que elas gostam, compartilham e falam a respeito. No Brasil, empresas de telecomunicações como a Rede Globo, Record e SBT utilizam o Big Data para medir a popularidade de seus programas. Eles utilizam os serviços de social media que buscam informações nas redes sociais como Facebook e Twitter se determinado assunto abordado em algum programa foi aceito pelos

telespectadores alvos ou não. Desta forma, os produtores e diretores conseguem tomar melhores decisões a partir destas informações coletadas nas mídias. A cada hora, minuto, segundo, milhões de informações são expostas nas redes sociais em formas de textos, fotos, vídeos etc. A figura 1 a seguir mostra a realidade destes dados digitais, quantos deles estão estruturados, ou seja, armazenados em bancos de dados e quais deles ainda continuam não estruturados: Figura 1: Gráfico com a quantidade de dados estruturados e não estruturados. Fonte: TAURION, 2013. 4. Conclusão O Big Data se torna realidade a cada dia, a cada dado que é colocado em rede. Todos os dias utilizamos sem sabermos do que se trata, mas em alguns anos isso não será mais verdade. Para que toda a informação criada diariamente não se perca e se torne útil, é preciso que haja uma reorganização e mineração destes dados digitais e a solução sem dúvidas é o Big Data. Este artigo abordou uma análise dos dados digitais que são gerados ao decorrer dos últimos tempos, expressando a situação atual do Big Data no mundo e como está sendo utilizando, ou seja, utilizando o Big Data como solução para muitos problemas de acumulação de dados digitais.

Referências IBM (2013) Infográfico: Saiba o que é o Big Data e seus desafios http://www.ibm.com/midmarket/br/pt/infografico_bigdata.html, Agosto. Hilbert, Martin e LOPEZ, Priscila (2011). A Capacidade Tecnológica do Mundo para Armazenar, Comunicar as Informações, Editora Science 332. EXAME (2013) 5 Cidades que Usam Big Data Para Melhorar a Vida dos Moradores http://exame.abril.com.br/tecnologia/noticias/5-cidades-que-usam-big-data-para-melhorar-vidados-moradores#2, Setembro. O GUIA DAMA (2012) O VITI Guia Para a Gestão de Dados Corpo, http://my.safaribooksonline.com/book/quality-management/9781935504177, Editora DAMA International. IDEA (2013) Descubra como o Big Data tem influenciado as mídias sociais http://www.ideiademarketing.com.br/2013/11/15/descubra-como-o-big-data-tem-influenciadoas-midias-sociais/, Novembro. IBM; TAURION, Cezar, (2013) O Futuro das Redes Sociais http://www.ibm.com/midmarket/br/pt/articles_newtecno_3q05.html, Outubro.