A IMPORTÂNCIA DA CAMADA PRÉ-SAL NO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL

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Transcrição:

A IMPORTÂNCIA DA CAMADA PRÉ-SAL NO PLANEJAMENTO ENERGÉTICO NACIONAL SEMINÁRIO PRÉ-SAL E A NOVA LEI DO PETRÓLEO - DESAFIOS E POSSIBILIDADES Mauricio T. Tolmasquim Presidente Empresa de Pesquisa Energética - EPE São Paulo, 23 de Junho de 2010.

O PETRÓLEO NO MUNDO

RESERVAS PROVADAS DE PETRÓLEO NO MUNDO EM 2008 (1.409 BILHÕES DE BARRIS) Leste Europeu Outros Eurasia Oceania Índia México Europa Ocidental Brasil China Outros Ásia EUA Outros América Latina África CEI (ex-urss) Canadá Oriente Médio 0,0% 0,1% 0,3% 0,4% 0,8% 0,9% 0,9% 1,1% 1,2% 2,2% 7,8% 8,9% 9,0% 12,7% Concentração em áreas sensíveis à geopolítica! 53,5% 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 bilhões de barris Fonte: EPE [A partir de BP (2009)]

DISTRIBUIÇÃO DAS RESERVAS PROVADAS DE PETRÓLEO NO MUNDO EM 2008 Reservas Provadas Mundiais de Petróleo (2008) 1.409 bilhões de barris Arábia Saudita 28% Irã 14% OPEP 952 bilhões de barris (68%) Não-OPEP 457 bilhões de barris (28%) Fonte: EPE [A partir de BP (2009)] Catar, Argélia, Angola e Equador 6% Nigéria 4% Líbia 5% EUA 7% Outros 18% Venezuela 10% China 3% Canadá 38% Iraque 12% Kuwait 11% Emirados Árabes Unidos Rússia 17% 10% Noruega 2% México 3% Brasil 3% Cazaquistão 9%

PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NO MUNDO EM 2008 (81.820 MIL BARRIS DE PETRÓLEO DIA) Leste Europeu Outros Eurasia Oceania Índia Brasil Outros Ásia México Canadá China Europa Ocidental Outros América Latina EUA África CEI (ex-urss) Oriente Médio 0,1% 0,5% 0,7% 0,9% 2,3% 3,4% 3,9% 4,0% 4,6% 5,4% 5,8% 8,2% 12,6% 15,5% Concentração no Oriente Médio, ex-urss e África (60% do total) 32,0% 0 2.500 5.000 7.500 10.000 12.500 15.000 17.500 20.000 22.500 25.000 27.500 30.000 bilhões de barris Fonte: EPE [A partir de BP (2009)]

FLUXO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL DE PETRÓLEO (MILHÕES BARRIS DE PETRÓLEO DIA) 0,98 2,50 Canadá 0,00 8,18 Ex-URSS 12,87 1,97 EUA 13,80 2,00 Europa 0,42 20,13 Oriente Médio 0,54 1,61 México 1,47 3,62 América do Sul e Central 1,50 8,20 África 22,92 5,75 Outros Ásia e Oceania Importação Exportação Fonte: EPE [A partir de BP (2009)]

CONTROLE DAS RESERVAS MUNDIAIS DE PETRÓLEO 14% 23% 17% 8% 16% 7% 6% 6% 11% 12% 11% 12% 6% 85% 59% 64% 65% 77% 1% 1970 1980 1998 2005 2006 Companhias Nacionais - NOCs (sem participação de IOCs) Companhias Nacionais - NOCs (com participação de IOCs) Companhias Internacionais (IOCs) Reservas Soviéticas Empresas Russas Fonte: EPE [A partir do PFC Energy (2006n e 2007)]

SISTEMAS REGULATÓRIOS DE EXPLORAÇÃO E PROSPECÇÃO (E&P)

SISTEMAS REGULATÓRIOS DE EXPLORAÇÃO E PROSPECÇÃO (E&P) Regimes Fiscais do Petróleo Exercício Exclusivo por Empresa Estatal Sistemas Contratuais Sistemas de Concessão Contrato de Serviço Partilha de Produção Contrato de Associação Concessão com Parceria Estatal Concessão Pura Serviço Puro Serviço com Risco Fonte: EPE [Adaptado a partir de Johnston (1994)]

SISTEMAS REGULATÓRIOS DE EXPLORAÇÃO E PROSPECÇÃO (E&P) UTILIZADOS NO MUNDO Exclusivo Estatal Serviços Estatal / Serviços Concessão Pura Concessão c/ Parceria Estatal Apenas Partilha Misto (partilha e outras formas) Fonte: EPE

SISTEMAS REGULATÓRIOS DE EXPLORAÇÃO E PROSPECÇÃO (E&P) UTILIZADOS PELOS MAIORES PLAYERS MUNDIAIS Exclusivo Estatal Serviços Estatal / Serviços Concessão Pura Concessão c/ Parceria Estatal Apenas Partilha Misto (partilha e outras formas) Fonte: EPE

País 1 Arábia Saudita 264,1 18,7% 2 Canadá 179,3 12,7% 3 Irã 137,6 9,8% 4 Iraque 115,0 8,2% 5 Kuwait 101,5 7,2% 6 Venezuela 99,4 7,1% 7 Emirados Árabes 97,8 6,9% 8 Rússia 79,0 5,6% 9 Líbia 43,7 3,1% 10 Cazaquistão 39,8 2,8% 11 Nigéria 36,2 2,6% 12 Estados Unidos 30,5 2,2% 13 Catar 27,3 1,9% 14 China 15,5 1,1% 15 Angola 13,5 1,0% 16 Brasil 12,6 0,9% 17 Argélia 12,2 0,9% 18 México 11,9 0,8% 19 Noruega 7,5 0,5% 20 Azerbajão 7,0 0,5% Exclusivo Estatal Estatal / Serviços Misto (Partilha e outras formas) Apenas Partilha Concessão c/ Parceria Estatal Concessão Total 1.331,0 94,5% 19,5% 17,0% 26,1% 7,4% 8,7% 15,8% Total Mundo 1.409,0 100,0% RESERVAS PROVADAS E SISTEMAS REGULATÓRIOS DE E&P UTILIZADOS PELOS MAIORES PLAYERS MUNDIAIS Reservas (bilhões barris) % Total Sistemas Regulatórios Pura Fonte: EPE [A partir de legislação dos países, BP (2009), Schlumberger (2009), Taverne (2008), Johnston (1994)]

MOTIVAÇÕES PARA A MUDANÇA DO MARCO REGULATÓRIO NO BRASIL

Parcela do Governo PRÉ-SAL ALTERA A RELAÇÃO RISCO-RECOMPENSA baixo interesse por parte das empresas petrolíferas alto interesse por parte das empresas petrolíferas e potencial para a imposição de um maior GT Baixo Potencial Geológico Alto

CONTEXTO EM QUE FOI APROVADA A LEI N O 9478/1997 VS. QUADRO GERAL EM 2009 1997 2009 CONTEXTO Redução do papel do Estado Preço do petróleo US$ 19 /barril Revisão do papel do Estado Preço do petróleo oscilando em torno de US$ 65 /barril Alto endividamento externo Baixo endividamento externo BRASIL Importador de petróleo Carente de Investimento Descoberta de uma das maiores províncias petrolíferas do mundo Perspectiva de aumento da capacidade de exportação Dificuldade de captação externa Parque industrial diversificado

RAZÕES PARA AMPLIAÇÃO DO PAPEL DO ESTADO NA INDÚSTRIA DE PETRÓLEO BRASILEIRA Aumento da apropriação da renda petrolífera pelo governo Melhor gerenciamento de recursos de hidrocarbonetos evitar a maldição do petróleo adequar ao desenvolvimento da indústria de equipamentos, logística, engenharia, novos materiais etc. evitar a depleção precoce das jazidas em favor das gerações futuras Ampliação da inserção geopolítica do Brasil nas relações internacionais

REGIME REGULATÓRIO PARA A ÁREA DO PRÉ-SAL

CARACTERÍSTICAS DO CONTRATO DE PARTILHA PROPOSTO PRODUÇÃO Excedente em óleo p/ União Excedente em óleo p/ empresas Custo em óleo Royalties A empresa contratada empreenderá por sua conta e risco todas as atividades exploratórias Em caso de sucesso, a empresa contratada será reembolsada em óleo pelos investimentos exploratórios e de desenvolvimento da produção e custos operacionais de produção ( custo em óleo ) O excedente em óleo será repartido conforme estabelecido em contrato

CARACTERÍSTICAS GERAIS DO MODELO PROPOSTO Abrangência: Área do pré-sal e áreas estratégicas (exclui blocos em concessão) União não realiza investimentos, a não ser em casos que julgar conveniente União é representada por uma empresa pública na gestão dos contratos de partilha

ATRIBUIÇÕES DO CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA ENERGÉTICA - CNPE O CNPE proporá: o ritmo de contratação dos blocos os blocos que serão objeto de licitação e os blocos que serão contratados diretamente com a Petrobras os parâmetros técnicos e econômicos dos contratos a delimitação de áreas estratégicas e ampliação da área do Pré-sal conforme a evolução do conhecimento geológico a política de comercialização do petróleo e gás natural destinados à União pela partilha de produção

PETROBRAS COMO OPERADORA DE TODOS OS BLOCOS EM CONTRATOS DE PARTILHA DE PRODUÇÃO Operador Empresa responsável pela execução das atividades de exploração e produção nos blocos contratados Importância da operação Conhecimento geológico do Pré-sal, desenvolvimento tecnológico, aquisição de bens e serviços no país e sinergia operacional Petrobras como operadora exclusiva É prática mundial garantir um papel de destaque para as empresas estatais nos sistemas de partilha de produção

PETROBRAS COMO OPERADORA DE TODOS OS BLOCOS EM CONTRATOS DE PARTILHA DE PRODUÇÃO detém o maior conhecimento sobre as formações geológicas brasileiras e notadamente sobre o Pré-sal detém a melhor tecnologia de perfuração e produção em águas profundas é ator fundamental para o desenvolvimento e a disseminação de novas capacitações tecnológicas no país a distância média da costa de 300 km requer a gestão integrada das operações e da logística de apoio (maior flexibilidade e ganho de escala)

PREMISSAS NO PROCESSO DE LICITAÇÃO A Petrobras será operadora com participação não inferior a 30%, para: remunerar os riscos operacionais sob responsabilidade do operador remunerar a gestão da operação (não coberto integralmente pelo custo em óleo ) remunerar o custo de oportunidade das sondas e equipamentos alocados pelo operador repartir os riscos e os investimentos com os outros sócios, garantindo a gestão operacional eficiente do empreendimento (evitar risco moral )

PREMISSAS NO PROCESSO DE LICITAÇÃO Exigência de qualificação técnica dos concorrentes Preferência por sócios que participam da indústria do petróleo traz benefícios para a gestão dos empreendimentos Percentual mínimo do excedente em óleo destinado a União Garantia de participação mínima para a União na renda do empreendimento Critério de Escolha Vence quem ofertar maior percentual de excedente em óleo para a União

REPARTIÇÃO DA PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL NO CONTRATO DE PARTILHA DE PRODUÇÃO RESULTADO DO LEILÃO 60% PRODUÇÃO Excedente em óleo p/ União DISTRIBUIÇÃO FINAL DO EXCEDENTE EM ÓLEO 100% União 60 % do exced. óleo 40% Excedente em óleo p/ empresas 70 % Empresas licitantes 30 % Petrobras 28 % do exced. óleo 12 % do exced. óleo Custo em óleo 70 % Empresas licitantes 30 % Petrobras Royalties

PREMISSAS NO PROCESSO DE LICITAÇÃO A Petrobras poderá participar da licitação de modo a ampliar sua participação mínima O licitante vencedor deverá constituir consórcio com a Nova Empresa Pública e com a Petrobras A participação da Petrobras no consórcio implicará sua adesão às regras do edital e à proposta vencedora

GESTÃO DO CONTRATO DE PARTILHA DE PRODUÇÃO Para cada contrato de partilha de produção será estabelecido um Comitê Operacional, que será o fórum de decisões em relação: aos planos e operações a serem realizadas no bloco aos orçamentos e custos realizados que implicarão montantes correspondentes ao custo em óleo pago pela União às empresas contratadas Os comitês operacionais serão constituídos por representantes da Nova Empresa Pública e por representantes das empresas contratadas A Nova Empresa Pública: representa os interesses da União no comitê operacional indica o presidente e a metade dos integrantes do comitê operacional tem poder de veto e voto de qualidade sobre questões definidas no contrato de partilha

INDIVIDUALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO Quando a jazida se estende além do bloco contratado em partilha ou concedido, deverá ocorrer a individualização da produção, que consiste na divisão da produção entre os detentores de direitos de cada bloco Tipo 1: campo contido em apenas um bloco Tipo 3: campo contido em blocos e áreas não concedidas Tipo 2: campo contido em mais de um bloco Tipo 4: campo isolado em área não concedida / contratada

A Nova Empresa Pública (NEP) representará a União no acordo de individualização quando a jazida se estender por áreas não concedidas ou não partilhadas A ANP: INDIVIDUALIZAÇÃO DA PRODUÇÃO acompanhará a negociação do acordo e fornecerá à Nova Empresa Pública as informações necessárias para o acordo poderá contratar diretamente a PETROBRAS para realizar as atividades de avaliação da jazida determinará o prazo para que os interessados celebrem o acordo de individualização da produção, observadas as diretrizes do CNPE deverá se manifestar em até sessenta dias, contados do recebimento da proposta de acordo Transcorrido o prazo estabelecido, não havendo acordo entre as partes, caberá à ANP arbitrar em até 180 dias

NOVA EMPRESA PÚBLICA (NEP) OBJETO Gestão dos Contratos de Partilha de Produção, visando aumentar o excedente em óleo da União O corpo técnico deverá ser qualificado, com experiência comprovada na indústria petrolífera É vedada a operação das atividades de exploração e produção de petróleo e gás natural Contratação e Gestão dos Contratos para Comercialização do Petróleo e do Gás Natural, visando obter melhores resultados comerciais em consonância com as diretrizes governamentais relativas a acordos comerciais

NOVA EMPRESA PÚBLICA (NEP) FONTES DE RECURSOS Capitalização inicial Rendas provenientes da gestão dos contratos de partilha de produção Percentual dos bônus

NOVO FUNDO SETORIAL

NOVO FUNDO SETORIAL (NFS) O pré-sal proporcionará renda para o Estado Brasileiro que será direcionada para o Novo Fundo Social O NFS tem por objetivo criar uma fonte regular de recursos para projetos e programas nas áreas de educação, combate à pobreza, ciência e tecnologia, consideradas prioritárias pelo Governo O NFS também poderá colaborar com a preservação do equilíbrio cambial (evitar a doença holandesa ) pela gestão adequada dos recursos financeiros

FLUXO DE RECUROS ENTRE A UNIÃO E O NOVO FUNDO SETORIAL Comercialização de Petróleo e Gás (Parcela que cabe à União no Contrato de Partilha) Royalties (parcela) Bônus das contratações Investimentos no Brasil Aplicação Retorno UNIÃO NFS Resgate do NFS pela União Aplicação Retorno Combate à Pobreza, Educação, Ciência e Tecnologia Investimentos no Exterior

GESTÃO DO NOVO FUNDO SETORIAL Conselho de Gestão Financeira Define a política de investimentos do Fundo Conselho Deliberativo Propõe a destinação dos recursos resgatados nas áreas de combate à pobreza, educação, ciência e tecnologia

MODALIDADES DE INVESTIMENTOS PARA VALORIZAÇÃO DO NOVO FUNDO SETORIAL Aplicação financeira operada por instituição financeira federal Aquisição direta de ativos, no Brasil ou no Exterior, pelo Ministério da Fazenda Investimento de recursos através de fundo de investimentos específico, com a União como cotista única, a ser constituído e operado por instituição financeira federal

POLÍTICA DE INVESTIMENTO INVESTIMENTOS NO BRASIL Poderão ser destinados a projetos de infra-estrutura (ex: transporte e geração de energia) INVESTIMENTOS NO EXTERIOR Têm por objetivo diversificar os riscos e evitar flutuações excessivas de preços e renda

RESGATE DE RECURSOS A União realizará resgates regulares do NFS (receita primária) O critério de transferências deverá assegurar a sustentação financeira do NFS O resgate realizado pela União será destinado ao combate à pobreza, educação, ciência e tecnologia A proposta de alocação dos recursos por programas será submetida à aprovação do Congresso Nacional via PLOA

OFERTA DE COMBUSTÍVEIS PDE 2019

MILHÕES DE BARRIS/DIA PREVISÃO DA PRODUÇÃO ANUAL DE PETRÓLEO 6 5 RND CONTINGENTE RESERVAS 5,1 4 3 2,2 2 1 0 2010 2012 2014 2016 2018 Fonte: EPE (PDE 2019) ANO O crescimento da produção de petróleo previsto para o período 2009 / 2019 é de aproximadamente 155 % (de 2,0 MM bpd para 5,1 MM bpd)

MILHÕES DE BARRIS/DIA PREVISÃO DA PRODUÇÃO POTENCIAL BRUTA NACIONAL DE PETRÓLEO, DESTACANDO A CONSTRIBUIÇÃO DE RECURSOS DO PRÉ-SAL 6 5 5,11 4 PRÉ-SAL 2,64 3 2 1 2,26 2,20 EXTRA PRÉ-SAL 2,47-2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: EPE (PDE 2019)

MILHÕES DE M 3 /DIA PREVISÃO DA PRODUÇÃO POTENCIAL BRUTA NACIONAL DE GÁS NATURAL, DESTACANDO A CONSTRIBUIÇÃO DE RECURSOS DO PRÉ-SAL 250 230,83 200 150 PRÉ-SAL 95,43 100 50 80,07 78,44 EXTRA PRÉ-SAL 135,40-2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: EPE (PDE 2019)

Milhões de m³/dia PREVISÃO DA OFERTA POTENCIAL ANUAL DE GÁS NATURAL 200,0 160,0 120,0 Malha Integrada (exclui Região Norte) 167 21 MMm³/d 30 MMm³/d 80,0 100 46 MMm³/d 25 MMm³/d 40,0 49 MMm³/d 45 MMm³/d - 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: EPE (PDE 2019) Anos Descobertos Contingentes Recursos Não-Descobertos Importação Gasoduto Importação GNL O crescimento da oferta de gás natural previsto para o período 2010 / 2019 é de aproximadamente 67% (de 100 MMm³/d para 167 MMm³/d) O crescimento da oferta nacional de gás natural previsto para o período 2010 / 2019 é de aprox. 137% (de 49 MMm³/d para 116 MMm³/d)

mil m 3 /dia PREVISÃO DO BALANÇO DE GÁS NATURAL 180.000 160.000 140.000 Malha Integrada (exclui Região Norte) 55 MMm³/d 120.000 100.000 12 MMm³/d 80.000 7 MMm³/d 50 MMm³/d 60.000 40.000 20.000 100 MMm³/d 0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Anos Térmicas Bicombustível Térmicas Gás Demanda termelétrica média Demanda Não-Termelétrica Oferta Total Fonte: EPE (PDE 2019) O crescimento da demanda média de gás natural previsto para o período 2010 / 2019 é de aprox. 96% (de 57 MMm³/d para 112 MMm³/d)

EVOLUÇÃO DO PARQUE DE REFINO PREMIUM I (MA) 2014/2016 PREMIUM II (CE) AMPLIAÇÕES E NOVAS UNIDADES 2010-2019 (DESTILAÇÃO, CONVERSÃO E TRATAMENTO) 2014/2016 RPCC (RN) 2011 RNEST (PE) 2012 CAPACIDADE NOMINAL DE REFINO EM 2019 (mil bpd) PARQUE DE REFINO ATUAL 1.980 AMPLIAÇÕES (REPLAN 2010) 38 RPCC (2011) 30 RNEST (2012) 230 COMPERJ (RJ) 2013 COMPERJ (2013) 150 PREMIUM I (2014/2016) 600 PREMIUM II (2014/2016) 300 TOTAL 3.328 Fonte: EPE (PDE 2019)

mil bpd BALANÇO DE DERIVADOS GASOLINA 450 400 350 PRODUÇÃO 300 DEMANDA 250 200 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 GASOLINA 2009 2019 D D (%) Produção (mil bpd) 355 385 30 8% Demanda (mil bpd) 325 260 (65) -20% Saldo (mil bpd) 30 125 Fonte: EPE (PDE 2019)

mil bpd BALANÇO DE DERIVADOS DIESEL 1.500 1.400 1.300 1.200 1.100 1.000 900 800 700 DEMANDA PRODUÇÃO 600 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 DIESEL 2009 2019 D D (%) Produção (mil bpd) 730 1.410 680 93% Demanda (mil bpd) 785 1.375 590 75% Saldo (mil bpd) (55) 35 Fonte: EPE (PDE 2019)

mil bpd EXPORTAÇÃO LÍQUIDA DE DERIVADOS 600 500 480 400 300 200 230 100 0 (100) (200) (300) 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: EPE (PDE 2019)

milhões bpd EXCEDENTE DE PETRÓLEO 6 5 4 2,2 3 PRODUÇÃO 2 DEMANDA 1 0 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 Fonte: EPE (PDE 2019)

BALANÇO DE PETRÓLEO NACIONAL RUMO A AUTOSSUFICIÊNCIA E EXPORTAÇÃO 10 3 bep/dia 2.500 Começo da produção em Tupi (Bacia de Santos, Pré-Sal) 2.000 1.500 1.000 500 Crise Mundial do Petróleo Descoberta de Albacora (1984) e Marlim (1985) 0-500 -1.000-1.500 1 a fase da produção na Bacia de Campos (1980) Começo da produção em Roncador (1999) Começo da produção em Jubarte (2007) 1 a fase do Pré-Sal Fonte: Baseado nos dados da Petrobras

SÍNTESE DOS INVESTIMENTOS R$ bilhões Período 2010-2019 Petróleo e Gás Natural 672 Exploração e Produção de Petróleo e Gás Natural 506 Oferta de Derivados de Petróleo 151 Oferta de Gás Natural 15 Fonte: EPE (PDE 2019)

Ministério de Minas e Energia