Como Preparar e Apresentar uma Aula Giuseppe D Ippolito DDI EPM/UNIFESP Hospital São Luiz
Introdução Em qualquer atividade profissional e principalmente na carreira docente, não basta ser eficiente e bem preparado. É preciso demonstrar ser eficiente e bem preparado A capacidade de se comunicar é o principal fator de sucesso na atividade profissional e no convívio social No campo da ciência comunicar-se significa: Saber preparar uma apresentação Saber escrever um artigo E assim aumentar a disseminação da informação
Objetivos desta apresentação Fornecer um roteiro básico e algumas dicas úteis para melhorar uma apresentação oral Otimizar a comunicação e a transmissão da informação que se deseja divulgar
Como falar (bem) em público Para alguns é um dom... Para todos é + fácil quando se está bem preparado e se conhecem algumas regras básicas
Roteiro desta apresentação Quem é a audiência? Quanto tempo para se preparar? Estruturação da aula Preparação dos slides Local da apresentação Apresentação da aula Os 7 Pecados Capitais
Características Quem é a Audiência? Grupo pequeno, conhecido, alunos de graduação, leigos, etc... Platéia desinteressada, hostil, cansada Nível de interesse Tema O que desejam saber? Coloque-se no seu lugar Platéia de especialistas Os grupos nos extremos do conhecimento são os mais difíceis de serem alcançados
Quanto tempo para se preparar? Quão importante é a apresentação para V.? Como V. lida com o ato?
Objetivos da Aula Qual o tempo disponível? Qual é o público alvo? Objetivos muito claros para si mesmo Objetivos possíveis de serem alcançados (considerando-se o tempo disponível, o seu conhecimento e a formação da audiência) Comunicar / informar à platéia estes objetivos Nome e tema da aula dos outros expositores (programa)
Organização da Aula Traçar um roteiro lógico Pesquisa bibliográfica Divisão: introdução, corpo, conclusão Título: específico, atraente, instigante Introdução: linhas gerais, sumário, Corpo da palestra: muitas imagens Conclusão: forte, simples, concisa. Enviar uma mensagem relevante que possa ser guardada. Marcar bem a passagem de um tópico para outro
Traçar um roteiro lógico Ex.: Diferenciação de lesões biliares malignas e benignas (com fôco no diagnóstico por imagem) Fequência deste tipo de lesões Diferenciação define tratamentos diferentes De que maneira podem ser diferenciadas Clínica, laboratorial, Imagem Limites da clínica e laboratório Exames de imagem disponíveis Vantagens e limites de cada um Estudos comparativos Sinais específicos Experiência pessoal (dicas)
Exercício Exames radiológicos na gravidez Para radiologistas e ginecologistas
Pesquisa bibliográfica Iniciar familiarizando-se com o assunto Livros textos Artigos de revisão Aprofundar alguns aspectos de maior interesse Ex.: Papel do US na diferenciação de lesões benignas e malignas Atualizar o tema www.pubmed.org Últimos 2 á 5 anos: dependendo do número de artigos publicados e da abrangência do tema
Exemplos de Títulos Diagnóstico por imagem do trauma abdominal fechado
Algumas dicas sobre slides... Domínio básico do powerpoint Slides com fundo escuro e letras claras Slides sóbrios (ex:evitar + que 3 cores por slide) Frases curtas (usar tópicos). Evitar abr. Tamanho da letra: min 20 ou 24. Ideal 28 ou 32 Até 10 linhas por slide Evitar tabelas com muitos dados. Preferir gráficos Cuidado com os erros de português! E exçeso de pirotecnia! Referências bibliográficas adequadas e em destaque Annet L. Radiology 2003; 229:409-414
Alguns exemplos... Slides com fundo escuro e letras claras Slides sóbrios (ex:evitar + que 3 cores por slide) Frases curtas (usar tópicos). Evitar abr. Tamanho da letra: min 20 ou 24. Ideal 28 ou 32 Até 6 linhas por slide Evitar tabelas com muitos dados. Preferir gráficos Referências bibliográficas adequadas Annet L. Radiology 2003; 229:409-414
Slides com fundo escuro e letras claras Slides sóbrios (ex:evitar + que 3 cores por slide) Frases curtas (usar tópicos). Evitar abr. Tamanho da letra: min 20 ou 24. Ideal 28 ou 32 Até 6 linhas por slide Evitar tabelas com muitos dados. Preferir gráficos Referências bibliográficas adequadas Annet L. Radiology 2003; 229:409-414
Slides com fundo escuro e letras claras Slides sóbrios (ex:evitar + que 3 cores por slide) Frases curtas (usar tópicos). Evitar abr. Tamanho da letra: min 20 ou 24. Ideal 28 ou 32 Até 6 linhas por slide Evitar tabelas com muitos dados. Preferir gráficos Referências bibliográficas adequadas Annet L. Radiology 2003; 229:409-414
Slides com fundo escuro e letras claras Slides sóbrios (ex:evitar + que 3 cores por slide) Frases curtas (usar tópicos). Evitar abr. Tamanho da letra: min 20 ou 24. Ideal 28 ou 32 Até 10 linhas por slide Evitar tabelas com muitos dados. Preferir gráficos Referências bibliográficas adequadas Annet L. Radiology 2003; 229:409-414
We studied preoperative variables in a contemporary series of men who underwent nonnerve sparing radical prostatectomy in an effort to establish criteria that would predict side specific extraprostatic extension (EPE) of cancer. MATERIALS AND METHODS: We reviewed the records of 430 patients who underwent radical prostatectomy for localized prostate cancer with no prior therapy between 1996 and 1998, and for whom we had at least sextant biopsy information. We evaluated biopsy data (Gleason score, maximum length of cancer in positive cores, percent of cancer per involved core, proportion of positive biopsy cores, tumor location and number of positive biopsy cores) and correlated these findings with EPE at the neurovascular bundle and posterior lateral (NVB/PL) region. RESULTS: We found that a higher number of positive cores, a higher biopsy Gleason score on a side, a positive core at the basal region, 50% or greater tumor in the core or a maximum tumor length of 7 mm or greater increased the likelihood that EPE was present at the NVB/PL region on the corresponding side of the prostate. On multivariate analysis maximum tumor length 7 mm or greater and positive basal core location were the strongest independent predictors of EPE at the NVB/PL region on a given side (p <0.0001 and 0.002, respectively). CONCLUSIONS: Excluding any patient with 1 positive biopsy core with a maximum tumor length of 7 mm or greater plus a positive basal core of any tumor length and grade can decrease the risk of EPE at the NVB/PL region to approximately 10%.
CORRELAÇÃO ENTRE OS MÉTODOS CORRELAÇÕES ENTRE O ÍNDICE MORFOLÓGICO (IM) NA TC SEM O MEIO DE CONTRASTE, IM NA TC COM O MEIO DE CONTRASTE, PRESENÇA DE NECROSE E ÍNDICE DE GRAVIDADE DA TC PARA PA (IGTC) POR MEIO DO QUI- QUADRADO E DO ÍNDICE DE KAPPA KAPPA (k) QUI-QUADRADO (p) IM sem contraste x IM com contraste 0,961 < 0,0001* IM sem contraste x Presença de Necrose 0,274 0,052 IM sem contraste x IGTC 0,320 0,002* IM com contraste x Presença de Necrose 0,249 0,076 IM com contraste x IGTC 0,299 0,003* Presença de Necrose x IGTC 0,723 < 0,0001*
IM sem contraste x IM com contraste CORRELAÇÕES ENTRE O ÍNDICE MORFOLÓGICO (IM) NA TC SEM O MEIO DE CONTRASTE, IM NA TC COM O MEIO DE CONTRASTE, PRESENÇA DE NECROSE E ÍNDICE DE GRAVIDADE DA TC PARA PA (IGTC) POR MEIO DO QUI-QUADRADO E DO ÍNDICE DE KAPPA KAPPA (k) QUI-QUADRADO (p) IM sem contraste x IM com contraste 0,961 < 0,0001* IM sem contraste x Presença de Necrose 0,274 0,052 IM sem contraste x IGTC 0,320 0,002* < 0,00 Sem acordo IM com contraste x Presença de 0,249 0,076 Necrose 0,00 0,20 Insignificante IM com contraste x IGTC 0,299 0,21 0,40 0,003* Mediano 0,41 0,60 Moderado Presença de Necrose x IGTC 0,723 < 0,0001* 0,61 0,80 Substancial 0,81 1,00 Quase perfeito
Índice de Gravidade da TC para PA 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 92 35 17 3 8 6 0 a 3 4 a 6 7 a 10 Mortalidade Morbidade Balthazar, E.J. et al. Radiology. 1990 Feb;174(2):331-6
Caprichar nas imagens
Caprichar nas imagens
Caprichar nas imagens
Local da Apresentação Dimensões do auditório Chegar mais cedo Equipamento disponível Conhecer o local com antecedência Deixar acesas as luzes do fundo Levar apontador luminoso com pilhas novas
Apresentação Comunicação extra-verbal 60% é extra-verbal (portanto, usem o corpo) Cuidado com a voz monótona (zzzzz!!!) Ritmo: nem rápido de mais, nem lento demais... Mãos vazias (pelo menos uma) Usar pausas (recurso dramático) Olhos nos olhos interação com a platéia. (Cuidado para não se desconcentrar)
Apresentação Comunicação extra-verbal Movimentar a cabeça e variar a direção da atenção Postura: o foco é a platéia Evitar tiques Trajes adequados (não é necessário uma consultora de moda!)
Apresentação Agradecer os organizadores Ler ou não ler Decorar ou não decorar Ritmo das frases Microfone Ponteira Podium: pode ser um elemento negativo
Apresentação Concentração: antes e durante a apresentação Nervosismo / medo: primeiros 2 minutos Preparar bem, praticar Planejar o 1 o minuto Controlar a voz. Água Conhecer a seqüência de slides Piadas (só de si mesmo) Respeito pela platéia Arrogância x Humildade (não exagerar!)
Comunicação Contar uma história que faça sentido Tom de conversa, sempre que possível e o ambiente e a platéia permitirirem Evitar pedir desculpas e apontar os próprios equívocos Sentenças curtas e fortes. Usar afirmativas. Neurolinguística Repetir conceitos: fixar
Comunicação Conectar slides Exemplos: abundantes Entusiasmo (cuidado para não exagerar!) Não falar do que não conhece Humildade (até para recusar o convite) Dêem e peçam feed-back
Os 7 Pecados Capitais 1. Não considerar a platéia 2. Objetivos indefinidos 3. Idéias desordenadas ou desconectadas 4. Excesso de informação 5. Excesso (ou falta) de entusiasmo 6. Recursos visuais inadequados 7. Exceder o tempo disponível
Conclusão http://www.unifesp.br/ddi/abdome/