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Transcrição:

As Condições de Sa ú d e Oc u l a r n o Br a s i l 2012 124 Dados gerais sobre o atendimento oftalmológico no Brasil

As Condições de Sa ú d e Oc u l a r n o Br a s i l 2012 126 Dados de financiamento do sistema de saúde no Brasil: O sistema de saúde brasileiro é financiado por componentes público e privado. O sistema público Sistema Único de Saúde (SUS) é de acesso universal, descentralizado e financiado por meio de impostos das três esferas administrativas. É gerenciado pelos governos federal, estadual e municipal. O sistema privado é composto pelos atendimentos particulares (pagamento direto) e pelos prestados pelos Seguros de Saúde e Planos de saúde, cujo acesso depende da adesão de indivíduos aos planos de assistência médica e/ou odontológica. Os planos coletivos são principalmente financiados pelas empresas empregadoras. Proporção (%) de gastos em relação ao total de gastos em saúde (de acordo com relatório OMS 2007) Gastos públicos: 42% Gastos seguro saúde privado: 23% Gastos particulares: 35% Gastos per capita em saúde (PPP $) (OMS 2007): 837 Renda Bruta per capita (PPP $) (OMS 2008): 10.080 A cobertura do sistema privado de saúde difere significativamente entre Estados e entre Regiões Brasileiras. De modo geral, estimase que mais de 70% da população brasileira dependa exclusivamente do SUS. Para determinarmos como o enorme contingente populacional de cerca de 150 milhões de brasileiros que não possuem plano de saúde vem recebendo assistência oftalmológica, é importante analisarmos dados do DATASUS banco de dados do Sistema Único de Saúde do Brasil. Só em 2011 foram realizadas mais de 6,2 milhões de consultas oftalmológicas pelo SUS em todo o Brasil, o que representou um gasto de 83,92 milhões de reais. Os número detalhados de consultas oftalmológicas realizadas em cada unidade federativa pode ser observada nas tabelas que se seguem: Consultas oftalmológicas pelo SUS 2011 (ambulatorial)

Acesso a o s c u i d a d o s c o m a s a ú d e o c u l a r no Brasil Numero total de consultas pelo SUS em Oftalmologia (inclui consulta de glaucoma e Olhar Brasil) 127 2007 2008 2009 2010 2011 7.995.453 8.361.764 8.807.489 9.535.289 6.263.221 Até o ano de 2007 a tabela SUS dividia os procedimentos em Ambulatoriais (SIA Sistema de Informações Ambulatoriais) e Hospitalares (SIH Sistema de Informações Hospitalares). A partir de 2008 houve a implantação da Tabela Unificada SUS, que descreve os procedimentos cobertos pelo Sistema Único de Saúde, sua modalidade (se ambulatorial, hospitalar ou hospitaldia), valores e características, estando disponível para consulta pública através do sítio da internet: http:// sigtap.datasus.gov.br. O custeio da Oftalmologia pelo SUS representa o terceiro maior orçamento por especialidade, ficando atrás somente de cardiologia e oncologia. Dentre as principais ações desenvolvidas nos últimos dez anos pelo Ministério da Saúde no combate à cegueira no Brasil destacamse os mutirões de catarata e de retinopatia diabética, ampliação do número de estabelecimentos de saúde ocular credenciados no SUS, expansão consistente do número anual de consultas oftalmológicas, implantação de programa de refração para escolares e adultos em alfabetização (com doação de óculos para os estudantes) e a implantação de uma Política de Assistência ao Deficiente. Destacamse, também, ações de incentivo ao Transplante de Córnea e a implantação de uma Política específica para a Atenção Oftalmológica no Brasil. Com a implantação da Política Nacional de Atenção em Oftalmologia, em 2008, e com o Programa Olhar Brasil, realizouse a inclusão, em todo o Brasil, de mais de quatro milhões de brasileiros em programas de doação de óculos ou de colírios para glaucoma. O Programa de Doação de Colírios para Glaucoma do Ministério da Saúde, que prevê o fornecimento de colírios antihipertensivos oculares diretamente aos necessitados, por meio dos prestadores de serviços, teve grande evolução no número de atendidos. Em 2003, primeiro ano do Programa, 11.001 colírios foram doados. Em 2004 o número subiu para 41.103. Em 2007, este número já superava a marca de 271.000 colírios. Esta política apresenta crescimento exponencial ao longo dos anos, consumindo recursos do Ministério da Saúde da ordem de trezentos e oito milhões de reais entre 2008 e 2011. Recursos do SUS para a política de Glaucoma 2008 2009 2010 2011 12.562.786,25 29.900.534,79 90.936.664,23 174.845.511,32 Fonte: Tabwin/DATASUS/SIA Total 20082011(R$) 308.245.496,59 A Política de Cirurgias Eletivas, regida pela Portaria 958/GM, de 15 de maio de 2008, inovou com a criação de um Programa de Combate às Causas Prevalentes de Cegueira. Define, para isso, como prioritários, o combate à cegueira provocada por catarata, glaucoma, retinopatia diabética e degeneração macular relacionada à idade e elenca uma série de procedimentos que receberam custeio via FAEC (Fundo de Ações Estratégicas), o que significou um recurso adicional ao que já era regularmente repassado às Secretarias de Saúde, gestoras locais e responsáveis por definir quais dos procedimentos elencados na Política de Cirurgias Eletivas deviam ser contemplados em seu município. Foram incluídos procedimentos importantes: para tratar casos complexos e avançados de retinopatia diabética, foram incluídos na tabela SUS procedimentos complexos como: vitrectomia

As Condições de Sa ú d e Oc u l a r n o Br a s i l 2012 128 posterior com implante de perfluocarburato e endolaser, vitrectomia posterior com implante de óleo de silicone e endolaser e panfotocoagulação. Para combate à cegueira por glaucoma, além da cirurgia fistulizante, a Política de Cirurgias Eletivas prevê o fomento de cirurgias de implante de prótese antiglaucomatosa e cirurgia do glaucoma congênito além de tratamentos a laser (iriditomia e fototrabeculoplastia). A degeneração macular relacionada à idade é contemplada com a fotocoagulação a laser. Há um protocolo para o Tratamento da DMRI em fase final de discussão no Ministério da Saúde que estuda a possibilidade da incorporação de terapia antiangiogênica intravítrea para os portadores de DMRI exsudativa. Um dos pontos em que a Política Nacional de Atenção Oftalmológica ainda necessita de avanço é na implantação das Redes Estaduais de Atenção em Oftalmologia. A orientação para a conformação das Redes Estaduais está estabelecida pela Política Nacional de Atenção em Oftalmologia do Ministério da Saúde, prevendo a hierarquização dos prestadores de serviços em Serviços de Atenção Primária à Saúde Ocular, Unidades de Atenção Especializada em Oftalmologia (para fazer média complexidade), Unidades de Atenção Especializada em Oftalmologia (habilitadas para fazer a alta complexidade) e Centros de Referência em Oftalmologia. A Coordenação de Média e Alta Complexidade do Departamento de Atenção Especializada da Secretaria de Assistência à Saúde do Ministério da Saúde está, atualmente, trabalhando na revisão e atualização da Política Nacional de Atenção Oftalmológica.

Atendimento no setor privado: medicina suplementar Dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar indicam que 47 milhões de brasileiros possuem cobertura de planos privados de assistência médica (considerandose aqui as modalidades de operadoras descritas pela Agência: medicina de grupo, segurosaúde, autogestão, cooperativa médica e filantropia), o que representa 24,6% da população. Beneficiários de planos de saúde (Brasil 2011) Ano 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Beneficiários em planos privados de assistência médica com ou sem odontologia 31.771.197 33.673.600 35.010.992 36.970.319 38.733.419 40.714.608 42.089.660 45.693.122 47.008.888 Fonte: Sistema de Informações de Beneficiários/ANS/MS 102011 Taxa de cobertura por cobertura assistencial do plano e localização, segundo Grandes Regiões e Unidades da Federação (Brasil setembro/2011) Grandes Regiões e Unidades da Federação Brasil Norte Rondônia Acre Amazonas Roraima Pará Amapá Tocantins Nordeste Maranhão Piauí Ceará Rio Grande do Norte Paraíba Pernambuco Alagoas Sergipe Bahia Sudeste Minas Gerais Espírito Santo Rio de Janeiro São Paulo Sul Paraná Santa Catarina Rio Grande do Sul CentroOeste Mato Grosso do Sul Mato Grosso Goiás Distrito Federal Unidade da Federação 24,6 10,6 12,0 6,0 15,2 5,9 9,8 10,3 6,1 11,3 6,0 6,9 12,2 16,3 9,7 16,0 11,8 13,1 10,4 37,8 25,5 32,1 37,7 44,2 23,7 23,8 24,1 23,5 16,9 17,3 13,2 15,1 25,2 Assistência médica com ou sem odontologia Capital 43,4 24,0 23,9 12,0 27,9 9,1 28,4 14,3 19,2 31,1 26,3 20,0 32,6 39,6 27,3 42,4 26,7 35,2 27,6 58,2 55,4 76,1 55,7 59,6 50,8 52,5 48,2 49,5 26,4 25,2 30,3 27,8 25,2 Região Metropolitana da Capital 38,0 22,8 24,1 24,0 13,0 25,6 19,7 16,7 25,9 29,1 20,1 30,4 23,0 26,5 26,4 48,4 42,8 48,1 42,2 53,4 37,3 39,8 36,1 35,6 22,4 25,4 19,4 25,2 Fontes: SIB/ANS/MS 10/2011 e População IBGE/DATASUS/2010 Caderno de Informação da Saúde Suplementar dezembro de 2011 Interior 18,8 4,7 7,6 0,9 1,5 0,5 5,6 4,5 3,5 5,9 2,3 2,3 3,9 8,4 5,5 10,4 5,5 4,7 6,3 31,0 21,4 27,6 25,9 38,5 19,7 18,0 22,4 19,5 11,3 13,5 9,4 11,6

As Condições de Sa ú d e Oc u l a r n o Br a s i l 2012 130 Mapa 1 Taxa de cobertura dos planos privados de assistência médica por Unidades da Federação (Brasil setembro/2011) Mais de 5 % a 10% Mais de 10 % a 20% Mais de 20 % a 30% Mais de 30% Fontes: SIB/ANS/MS 10/2011 e População IBGE/DATASUS/2010 Caderno de Informação da Saúde Suplementar dezembro de 2011 Modalidade da operadora Total Administradora de benefícios Autogestão Cooperativa médica Cooperativa odontológica Filantropia Medicina de grupo Odontologia de grupo Seguradora especializada em saúde Total 1.618 74 235 332 127 94 439 304 13 Sem beneficiários 222 74 28 7 9 4 50 50 Pequeno porte (Até 20.000) 988 166 169 92 67 273 219 2 Médio porte (20.000 a 100.000) 307 31 119 22 21 89 22 3 Grande porte (Acima de 100.000) 101 10 37 4 2 27 13 8 Fontes: CADOP/ANS/MS 10/2011 e SIB/ANS/MS 10/2011 Caderno de Informação da Saúde Suplementar dezembro/2011

As mudanças etárias no Brasil e o atendimento à saúde: A ampliação do número de idosos e a maior utilização do sistema de saúde configuramse como grandes desafios. Em todo o mundo, estudos recentes comprovam que políticas de promoção e prevenção de saúde estão provando eficácia, por meio da redução do declínio funcional entre os idosos (FRIES, 2002; SCHOENI et al, 2005). Esta redução poderia ser mais ampla, caso se incluíssem os segmentos que não desfrutam de condições socioeconômicas satisfatórias. O Estatuto do Idoso no Brasil (2003) promoveu avanços no que tange aos direitos dos cidadãos com idade igual ou superior a 60 anos, ampliando a Política Nacional do Idoso, de 1994. Entre as diferentes políticas públicas contempladas pelo Estatuto, destacase a Saúde, por meio de atendimento preferencial no SUS, distribuição gratuita de remédios de uso continuado, impedimento de reajuste das mensalidades dos planos de saúde de acordo com o critério de idade e direito a acompanhante, em caso de internação hospitalar. Entretanto essa mudança contempla um número pequeno de usuários, já que há percentual importante de beneficiários com idade igual ou superior a 60 anos ainda vinculado a planos antigos (vínculo anterior a 2004), usuários de planos por adesão, e de planos empresariais, que seguem lógica diferente de reajuste. A Portaria 2.528, de 19 de outubro de 2006, estabeleceu a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, com foco na recuperação, na manutenção e na promoção da autonomia e da independência dos indivíduos idosos, direcionando medidas para esse fim, em consonância com os princípios e diretrizes do SUS. No âmbito da saúde suplementar, cerca de 11% da população de beneficiários de planos privados no Brasil têm 60 ou mais anos de idade, entre os quais 5,8% estão entre 60 e 69 anos de idade, 3,5% entre 70 e 79 anos e 1,9% têm 80 anos ou mais. Pirâmide etária dos beneficiários de planos privados de assistência médica, por sexo (Brasil setembro/2011) Fonte: SIB/ANS/MS 10/2011 Caderno de Informação da Saúde Suplementar dezembro/2011 Notas: O termo beneficiário referese a vínculos aos planos de saúde, podendo incluir vários vínculos para um mesmo indivíduo.

As Condições de Sa ú d e Oc u l a r n o Br a s i l 2012 132 O atendimento oftalmológico na Medicina Suplementar De acordo com a ANS Agência Nacional de Saúde Suplementar, dos 5.565 municípios brasileiros, apenas em 30 não há usuários de planos de saúde. Estimase que 46,1% dos médicos brasileiros atuam na saúde suplementar e que cerca de 95,0% dos oftalmologistas dependam dos convênios médicos para sobreviver na profissão. O Censo Oftalmológico 2010, publicado pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia, mapeou a presença de oftalmologistas em 1.214 municípios brasileiros (onde se concentram 73% da população brasileira e 94% dos usuários de planos de saúde). Segundo o mesmo estudo, a relação oftalmologista/habitantes no Brasil é de um especialista para cada 10.724 habitantes. A relação usuários de planos de saúde/oftalmologista foi estimada no estudo de Mello (2011) em um especialista para cada grupo de 2.381 pacientes. Relação oftalmologista/ usuários de plano de saúde de acordo com a região brasileira A distribuição entre os estados brasileiros apontou São Paulo como a maior concentração de oftalmologistas e de usuários de planos de saúde, com 5.725 oftalmologistas e 17.429.052 usuários; relação de 3.044 usuários/oftalmologista.

Acesso a o s c u i d a d o s c o m a s a ú d e o c u l a r no Brasil Relação oftalmologista/ usuários de plano de saúde de acordo com a Unidade de Federação 133 Fonte: Oftalmologia e Medicina suplementar: uma análise da distribuição dos especialistas e a população usuária de planos de saúde. Paulo Augusto de Arruda Mello, Regina Carvalho, Alice Selles e Fabrício Lacerda. Maio de 2011.