Técnicas de planejamento: papéis e critérios rios para seleção Carlos T. Formoso Professor e pesquisador do NORIE - UFRGS Técnicas de OBRA : Pôr do Sul Engenheiro Responsável: Carlos Eduardo Mestre: Osmar Silveira Serviços Serviços Preliminares Fundações Estrutura 1996 1997 Out ov. Dez. Jan. Fev. Mar. Abril Maio Jun. Jul. Ago. Set. Out. ov. Alvenaria Revestimento Interno TOTAL 1
Técnicas de planejamento Gráfico de Gantt Técnicas de rede (PERT e CPM) Linha de balanço Last Planner: Look-ahead Planejamento semanal Mapeamento de processos Etc. Técnicas de rede Surgiram no final dos anos 50 Consideradas por muitos como a única técnica que pode modelar a complexidade dos empreendimentos em construção Grande número de atividades Grande número e variedade de relações de precedência 2
Vantagens das técnicas t de rede Explicita a cadeia de montagem de um produto Pensa-se na lógica dos acontecimentos e no método construtivo: Separa a lógica do cálculo de durações Permite avaliar o impacto do atraso de uma atividade específica Existem diversos softwares que facilitam a sua elaboração e revisão Limitações das técnicas t de rede É necessário elaborar uma rede detalhada no início da obra Necessidade calcular durações de atividades específicas Enfatiza o controle de prazos, através do caminho crítico Dá pouca ênfase ao controle de custos e uso eficiente dos recursos Continuidade do trabalho das equipes não é garantida Interdependências são preponderantemente tecnológicas 3
Limitações das técnicas t de rede CPM é mais adequada a atividades seqüencial, típicas de montagem: Seqüenciamento de atividades na construção é variável CPM pressupõe a rígida separação do trabalho entre as equipes Criar ou atualizar uma rede consome muito tempo Há dificuldades para entender uma rede complexa Muitas atividades Não há escala de tempo Linha de balanço Criada pela Goodyear no início dos anos 40 Desenvolvida pela Marinha dos Estados Unidos durante a Segunda Guerra Boa penetração na construção civil européia Utilização relativamente recente no Brasil 4
Aplicação da Linha de Balanço Obras repetitivas: Prédios altos (edifícios torre) Conjuntos residenciais compostos por casas (isoladas, geminadas ou em fita) Conjuntos residenciais compostos por edifícios Estradas Obras de saneamento Etc. Gantt Atividade Serviços iniciais fundações Alvenaria Portante Laje pré moldada Instalações hidráulicas Telhado Revestimentos Esquadrias Pisos Agosto Setembro Outubro Novembro 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 0 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 Linha de balanço cobertura 4 3 2 1 0 pavimento 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 1 3 5 7 9 1 1 1 3 1 5 1 7 1 9 21 23 25 27 29 31 Agosto Setembro Outubro Novembro 5
Objetivos típicos t na elaboração de uma Linha de Balanço Encontrar um ritmo adequado para a entrega das unidades base. Manter fluxo dos recursos contínuo ao longo das unidades. Tirar proveito do trabalho repetitivo quanto ao ganho de produtividade. Linha de Balanço - Exemplo Pav 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 I II IIIIV Tempo Total dias 6
Linha de Balanço - Exemplo Pav 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 I Folga II Tempo Total III Folga Folga IV dias Linha de Balanço - Exemplo Pav I II III dias 7
Montagem da Linha de balanço Determinar as unidades repetitivas (unidades-base) Identificar processos-chave Dimensionar equipes dos processos chave Calcular durações das atividades da unidade-base Definir plano de ataque Determinar os ritmos de execução e número de equipes Comparar planos de ataque alternativos Linha de Balanço: seqüenciamento enciamento de atividades O seqüenciamento de cada unidade pode ser realizado através de uma rede 1 4 0 3 5 6 7 2 8
Natureza das decisões Quais os são os processos chave para andamento da obra? Como a obra será atacada? Qual o ritmo adequado para estes processos? Qual o tamanho das equipes necessárias? Como evitar interferências entre as equipes? Quais são os processos chave? Não se pode dar igual atenção a todos os processos São aqueles que definem o ritmo da obra (takttime) e que envolvem mais recursos (gargalos) Podem definir processos puxados e empurrados Exemplos: Estrutura, alvenaria, revestimentos de fachada, esquadrias, dry-wall, etc. 9
Como definir o ritmo dos principais processos? Definir as principais tecnologias a serem utilizadas Dimensionar as equipes para os principais processos a partir das quantidades de serviço por unidade: Exemplo: 300 m2 de alvenaria = 3 pedreiros x 1 semana Definir o tempo de ciclo Linha de Balanço - Exemplo Pav 12 11 10 09 08 07 06 05 04 03 02 01 Tempo Total dias 10
Vantagens da Linha de Balanço Demanda informações normalmente disponíveis nas empresas Explora conceitos de gestão da produção relevantes: fluxo contínuo, takt time, tamanho do lote, tempo de ciclo, buffers, etc. Interpretação visual (gráfica) rápida e simples Elaboração relativamente simples Permite controlar ritmo dos processos Limitações da Linha de Balanço Poucos softwares disponíveis A maioria das obras têm etapas que não são repetitivas Não representa atividades em paralelo Não visualiza o montante em recursos Em geral os processos não têm ritmos constantes Não modela o fluxo dos processos em detalhe 11
Como cada processo será atacado? PÇ. 1 PÇ. 2 PÇ. 3 PÇ. 4 PÇ. 1 PÇ. 2 PÇ. 3 PÇ. 4 Guincho PAV 10 PAV 9 PAV 8 PAV 7 PAV 6 PAV 5 PAV 4 PAV 3 PAV 2 PAV 1 Estudo dos Fluxos de Trabalho (unidade-base) 12
Considerações finais Nenhuma técnica de planejamento é suficiente para o PCP Deve-se usar uma combinação de técnicas adequadas a cada situação Considerar requisitos importantes para sistemas de produção de alto desempenho: Participação dos envolvidos Transparência dos processos Busca de fluxo contínuo Eliminação de atividades que não agregam valor Redução da variabilidade ou proteção do sistema de produção contra a mesma 13