UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE PROGEPE PRO REITORIA DE GESTÃO DE PESSOAS CASQ COORDENAÇÃO DE ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE E QUALIDADE DE VIDA DPVS DIVISÃO DE PROMOÇÃO E VIGILÂNCIA DA SAÚDE STSO SEÇÃO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E SAÚDE OCUPACIONAL Orientações sobre conduta em caso de acidente em serviço ou do trabalho Com o intuito de auxiliar todos aqueles que direta ou indiretamente trabalham e transitam na universidade, elaboramos esta orientação sobre as condutas que devem ser adotadas em caso de acidente em serviço/trabalho. 1- Público Alvo: Para esta orientação, escolhemos as categorias que compõe a maior parte do contingente de pessoas que participam ativamente da vida desta instituição. São elas: a) servidor b) contratados por concurso c) alunos d) terceirizados De acordo com a categoria e com o regime trabalhista que lhes regem, temos condutas diferenciadas: I - o servidor público é regido pelos preceitos do RJU Regime Jurídico Único, definido pela Lei 8112/90. II - o servidor contratado por concurso para trabalhar por tempo determinado é regido por legislação própria, advinda da CLT Consolidação das Leis Trabalhistas e pelo RGPS Regime Geral da Previdência Social III - o aluno, que não possui legislação própria, mas está sob a tutela da instituição por adentrar em seus diversos ambientes. IV - o trabalhador terceirizado, regido pela CLT e pelo RGPS, contratado para atividades como limpeza, vigilância, manutenção, entre outras. 2- Definição: Acidente em serviço é a ocorrência não programada resultante do exercício do trabalho, que provoque lesão corporal, perturbação funcional ou doença (profissional ou do trabalho) e que determine morte, perda total ou parcial, permanente ou temporária da capacidade laborativa, incluindo-se o acidente decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor no exercício do cargo e o sofrido no percurso da residência para o trabalho e vice-versa. (Lei 5316/67). cartilha ORIENTAÇÕES A.T. versão 001/2011 Página 1 de 5
Como os acidentes e as doenças relacionadas ao trabalho normalmente geram conseqüências individuais, como invalidez ou limitações, conseqüências sociais e financeiras, é relevante determinar as causa destes eventos, como forma de promoção à saúde dos servidores. Sendo assim, incentivar os registros de acidente contribui para utilizá-los como indicadores das condições de trabalho. 3- Benefícios: a) para os servidores, licença por motivo de acidente em serviço ou doença profissional (art.212 da Lei 8.112/90, art. 20 de Lei 8.213/91 e ON SRH/MP n.3/2010 republicada em 18/03/2010). b) para os servidores ocupantes de cargos em comissão, sem vínculo efetivo com a administração pública federal, os contratados por tempo determinado e os empregados públicos anistiados, quando vitimados por acidente de trabalho, deverão ser encaminhados ao INSS a partir do 16º dia de afastamento do trabalho (art.75, 2, do Decreto 3048/99). c) para alunos, não existe previsão legal para enquadramento em doenças ou acidentes do trabalho, por não haver vínculo empregatício com contribuição previdenciária. d) para os trabalhadores terceirizados, licença remunerada pela empresa até o 15º dia, e auxílio-doença a partir do 16º dia, após avaliação médica do INSS. 4- Conduta geral: Ao sofrer acidente típico do tipo lesão, deve-se procurar com a máxima urgência o atendimento médico para avaliação do quadro clínico. Para isso, deve o acidentado procurar um hospital público, posto de saúde ou hospital particular, que possa realizar atendimento de emergência. Nos casos graves o médico emitirá um documento denominado atestado médico, onde deve constar o CID Código Internacional de Doenças e número de dias de licença. No caso de acidente de trajeto, o acidentado além do atendimento médico, se necessário, deve providenciar o BO - Boletim de Ocorrência. Para o caso de suspeita de doença relacionada ao trabalho ou profissional, deve o acidentado se dirigir ao CASQ/Perícia Médica com todos os exames e documentação médica para confirmação do diagnóstico e construção do nexo causal entre o quadro clínico e a atividade. 5- Licença e registro: a.1) acidente com servidor sem afastamento do trabalho O servidor retorna ao trabalho sem exigência de licença médica cartilha ORIENTAÇÕES A.T. versão 001/2011 Página 2 de 5
Deve registrar o acidente no formulário próprio (CIAT), independentemente de gerar ou não afastamento. O registro deve ser feito na DPVS/CASQ Divisão de Promoção e Vigilância da Saúde do Servidor. a.2) acidente com servidor com afastamento do trabalho O servidor após atendimento médico recebe do mesmo um documento denominado atestado médico, onde deve constar o CID Código Internacional de Doenças e número de dias de licença. No caso de acidente de trajeto, envolvendo colisão de veículos/atropelamento, deve providenciar o Boletim de Ocorrência Policial BO. Deve solicitar a chefia o preenchimento da GLM Guia de Solicitação de Licença Médica (ver modelo) ou FLIP (Formulário para Licença Pericial) e o CIAT Comunicação Interna de Acidente de Trabalho (ver modelo). Este último pode ser preenchido pelo próprio acidentado ou terceiros nos quesitos que lhe cabem. Munido destes documentos, o servidor acidentado se apresenta na CASQ Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida, para que a perícia médica oficial analise seu pedido, deferindo a licença médica e emitindo o laudo que oficializa o afastamento junto à instituição. Em caso da impossibilidade de locomoção, a documentação deve ser entregue por terceiro, para que a perícia médica agende o atendimento domiciliar/hospitalar, a critério do perito que fizer o atendimento. No caso de licença emitida por um Odontólogo ou se a lesão que gera a incapacidade laborativa estiver situada nas regiões dentárias e peridentárias; regiões das mucosas de revestimento da boca; regiões de bases ósseas; regiões das articulações temporomandibulares; regiões das glândulas salivares, o servidor será submetido à Perícia Odontológica A prova do acidente em serviço será feita no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data do acidente, prorrogados quando as circunstâncias exigirem, no entanto a licença pericial tem previsão de comparecimento de 5 ( cinco) dias. b.1) acidente com servidor contratado sem afastamento do trabalho O servidor retorna ao trabalho sem exigência de licença médica Deve registrar o acidente no formulário próprio (CAT- Comunicação de Acidente de Trabalho) independente de gerar ou não afastamento. b.2) acidente com servidor contratado com afastamento do trabalho - Licença até 15 dias: O servidor após atendimento médico recebe do mesmo um documento denominado atestado médico, onde deve constar o CID Código Internacional de Doenças e número de dias de licença. No caso de acidente de trajeto, envolvendo colisão de veículos/ atropelamento, deve providenciar o Boletim de Ocorrência Policial BO. Deve solicitar a chefia o preenchimento da GLM Guia de Solicitação de Licença Médica (ver modelo) ou FLIP (Formulário de Licença Pericial), e a CIAT Comunicação Interna de Acidente de Trabalho. Para fins previdenciários junto ao INSS Instituto Nacional do Seguro Social deve ser preenchido o CAT. Este último pode ser preenchido pelo próprio acidentado ou terceiros nos quesitos que lhe cabem. cartilha ORIENTAÇÕES A.T. versão 001/2011 Página 3 de 5
Munido destes documentos, o servidor acidentado se apresenta na CASQ Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida, para que a perícia médica oficial analise seu pedido, deferindo a licença médica e emitindo o laudo que oficializa o afastamento junto à instituição, se for o caso. Em caso da impossibilidade de locomoção, a documentação deve ser trazida por terceiro, para que o perito avalie e peça a visita domiciliar/hospitalar para o caso. - Licença a partir do 16º dia: Para os casos em que a licença ultrapasse 15 dias, a própria perícia indica a necessidade de encaminhamento ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), a ser processada e orientada com encaminhamento feito pelo Setor de Pessoal. Para as demais categorias: Para alunos e tercerizados, em caso de acidente a conduta geral pode ser adotada quanto ao atendimento médico. No entanto como o terceirizado é segurado do RPGS, deve buscar na sua empresa as informações sobre os procedimentos a seguir. Observações: 1- A CAT de segurado do RPGS, obrigatoriamente, tem que ser emitida em 24 horas do evento, independentemente do acidente gerar afastamento ou não. Nos casos de afastamento, os primeiros 15 dias são pagos pelo órgão e a partir do 16º dia avaliado pela perícia médica da instituição para ser encaminhado ao INSS pelo Setor de Pessoal. 2- Cabe ao Sistema de Previdência Social (INSS) a realização da perícia médica do segurado da instituição e a responsabilidade pela remuneração do período que exceder aos 15 dias, com base no salário-contribuição. 3- No caso de acidente de trabalho (lesão ou doença) de segurado do RGPS, a instituição deve comunicar o acidente de trabalho à Previdência Social até o primeiro dia útil seguinte ao da ocorrência e, em caso de morte, de imediato à autoridade competente, sob pena de multa variável entre o limite mínimo e o limite máximo do salário de contribuição, aplicada e cobrada pela Previdência Social. 4- Para servidores do RJU, as licenças por acidente em serviço por até 120 dias no período de 12 meses, a contar do primeiro dia de afastamento, são realizadas pela perícia singular, e a partir de então, por junta. 5- Considera-se como data do acidente em serviço a da ocorrência do fato. 6- No caso de doença do trabalho, a data é considerada a da comunicação (CAT) à instituição ou a data de entrada do pedido de licença, para os segurados do RGPS. cartilha ORIENTAÇÕES A.T. versão 001/2011 Página 4 de 5
7- A prova do acidente em serviço será feita no prazo de 10 (dez) dias, a contar da data do acidente, prorrogado quando as circunstâncias exigirem. cartilha ORIENTAÇÕES A.T. versão 001/2011 Página 5 de 5