Resultados do Exercício de 2014 Auditados



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Transcrição:

Nota à Imprensa 22 de abril de 2015 Resultados do Exercício de 2014 Auditados A Petrobras apresentou prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano de 2014, em função, principalmente, da perda por desvalorização de ativos - impairment (R$ 44,6 bilhões), da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), do provisionamento de perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 4,5 bilhões), das baixas dos valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,8 bilhões) e do provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário- PIDV (R$ 2,4 bilhões). No 3º trimestre de 2014 foi apurado prejuízo de R$ 5,3 bilhões. A diferença em relação ao lucro líquido divulgado em 27 de janeiro de 2015, de R$ 3,1 bilhões, reflete a baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), além de um complemento de provisão para perdas com recebíveis do setor elétrico de R$ 1,6 bilhão. O prejuízo de R$ 26,6 bilhões no 4º trimestre de 2014 refletiu a perda por desvalorização de ativos (impairment). A maior parte dessa perda foi relacionada às atividades de refino, devido a problemas de planejamento dos projetos, utilização de taxa de desconto com maior prêmio de risco, postergação da expectativa de entrada de caixa e menor crescimento econômico. Na atividade de Exploração e Produção o impairment ocorreu em função do declínio nos preços do petróleo. Como destaque operacional, a produção de petróleo e gás natural (Brasil e exterior) cresceu 5% em relação a 2013, atingindo a média de 2 milhões 669 mil barris de óleo equivalente por dia (boed) em 2014. A produção do Pré-sal contribuiu com 381 mil bpd no ano, com recorde de produção diária de petróleo estabelecido em 21 de dezembro, com 713 mil barris. No ano, quatro novas plataformas entraram em operação e 87 novos poços foram interligados no Brasil. No refino, a produção total de derivados de 2014 foi de 2 milhões 170 mil bpd, 2% acima de 2013. Em novembro entrou em operação o 1º trem da RNEST. Os investimentos totalizaram R$ 87,1 bilhões em 2014, uma redução de 17% em relação a 2013. A Companhia terminou o ano com R$ 68,9 bilhões em caixa. EBITDA Ajustado (R$ milhões) Lucro Líquido (R$ milhões) 62.967 59.140 23.570-21.587 2013 2014 2013 2014 Produção Total de Óleo, LGN e Gás Natural (mil boed) 2.598 2.539 2.669 243 219 209 Reservas Provadas Totais (Critério SPE/ANP bilhões boe) 16,44 16,57 16,61 2355 2320 2460 15,73 15,97 16,18 2012 2013 2014 Brasil Internacional 2012 2013 2014 Brasil Internacional 1

Operação Lava Jato e seus reflexos na Petrobras I) Baixa decorrente da Operação Lava Jato A Companhia reconheceu no 3º trimestre de 2014 uma baixa de R$ 6,2 bilhões de gastos capitalizados, referente a valores pagos adicionalmente na aquisição de ativos imobilizados. Segundo depoimentos obtidos no âmbito das investigações da Operação Lava Jato tornados públicos a partir de outubro de 2014, empreiteiras, fornecedores e outros envolvidos se organizaram em cartel, o qual, entre 2004 e abril de 2012, sistematicamente impôs gastos adicionais na aquisição de ativos imobilizados pela Companhia. A Petrobras acredita que tais gastos adicionais não deveriam ter sido incluídos no seu ativo imobilizado. Entretanto, a Companhia não consegue identificar os valores específicos de cada pagamento realizado ou os períodos em que tais pagamentos adicionais ocorreram. Como resultado, a Petrobras desenvolveu uma metodologia para estimar o valor total de gastos adicionais incorridos para determinar o valor das baixas a serem realizadas. Estas baixas refletem, portanto, o montante de superavaliação de seus ativos em decorrência dos referidos gastos adicionais. Esta metodologia é composta dos seguintes passos: (1) Identificação da contraparte do contrato: foram listadas todas as companhias citadas como membros do cartel e, com base nessa informação, foram levantadas as empresas individualmente e os grupos econômicos envolvidos; (2) Identificação do período: foi concluído que o período foi de 2004 a abril de 2012; (3) Identificação dos contratos: foram apurados todos os contratos assinados com as contrapartes do passo 1 durante o período descrito no passo 2, incluindo os aditivos assinados entre 2004 e abril de 2012. Em seguida, foram identificados os respectivos ativos imobilizados; (4) Identificação dos pagamentos: foi calculado o valor total dos contratos do passo 3. (5) Aplicação de um percentual fixo: sobre o valor total de contratos do passo 4, o percentual de 3%, indicado nos depoimentos, foi utilizado para estimar os gastos adicionais dos contratos. No caso de valores cobrados por empresas fora do escopo do cartel, a Companhia considerou como baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente os montantes específicos de pagamentos indevidos ou o percentual sobre o contrato citados nos depoimentos, uma vez que estes gastos também foram utilizados por tais empresas para financiar pagamentos indevidos. A Companhia ainda não recuperou nenhum valor referente aos pagamentos indevidos e não pode estimar de forma confiável qualquer valor recuperável nesse momento. As investigações ainda estão em andamento, porém a Companhia está tomando as medidas jurídicas necessárias perante as autoridades brasileiras para buscar ressarcimento pelos prejuízos sofridos, incluindo aqueles relacionados à sua reputação. A Petrobras considerou cuidadosamente todas as informações disponíveis e não acredita que novas informações oriundas das investigações poderão impactar ou mudar de forma relevante a metodologia adotada. Não obstante, a Companhia monitorará continuamente as investigações para obter informações adicionais e avaliará seu potencial impacto sobre os ajustes realizados. II) Resposta da Companhia às questões descobertas nas investigações em curso A Petrobras não tolera corrupção ou práticas de negócio ilegais por parte de seus fornecedores ou tampouco o envolvimento de seus empregados em tais práticas. A Companhia vem realizando uma série de ações, seja no intuito de aprofundar a apuração das irregularidades seja para aprimorar seu sistema de governança corporativa. Dentre as principais medidas ressaltam-se: 2

Constituição de diversas Comissões Internas de Apuração e fornecimento das descobertas às autoridades brasileiras; Contratação de dois escritórios de advocacia para condução de investigação interna independente; Cooperação total com a Polícia Federal, o Ministério Público Federal, o Poder Judiciário e outras autoridades brasileiras, como o Tribunal de Contas da União (TCU) e a Controladoria Geral da União (CGU); Constituição de comissões para analisar a aplicação de sanções contra os fornecedores e empreiteiras e imposição de bloqueio cautelar de grupos econômicos citados como membros do cartel; Adoção de medidas para o aprimoramento da governança, controle e gestão de riscos, documentadas em Padrões e Atas da Diretoria e do Conselho de Administração (CA); Instituição do cargo de Diretor de Governança, Risco e Conformidade, cuja missão é assegurar a conformidade processual e mitigar riscos em suas atividades, incluindo os de fraude e corrupção. O CA aprovou para o cargo a indicação de João Adalberto Elek Junior; Formação de Comitê Especial independente para servir de interlocutor entre o CA e os escritórios de advocacia independentes. O Comitê é presidido por Ellen Gracie Northfleet, Ministra aposentada do Supremo Tribunal Federal, e composto por Andreas Pohlmann, Chief Compliance Officer da Siemens AG de 2007 a 2010 e pelo Diretor de Governança, Risco e Conformidade, João Adalberto Elek Junior. Testes de Recuperabilidade de Ativos (Impairment) A Companhia também realizou testes de recuperabilidade para determinados ativos. Estes testes geraram perdas reconhecidas no 4º trimestre do ano. As perdas foram de R$ 44,6 bilhões. Os principais ativos impactados foram: Ativos de refino no Brasil (R$ 31 bilhões): O 2º trem da Refinaria Abreu e Lima (RNEST) e o Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) foram avaliados separadamente da unidade geradora de caixa do refino (i.e., o conjunto das refinarias no país), uma vez que estes projetos/ativos foram postergados. Tal postergação foi motivada por medidas de preservação do caixa e por problemas na cadeia de fornecedores. As perdas resultaram de problemas no planejamento dos projetos, utilização de taxa de desconto com maior prêmio de risco, postergação da expectativa de entrada de caixa e menor crescimento econômico; Ativos de Exploração e Produção (R$ 10 bilhões): devido à revisão de premissas, decorrente da queda dos preços do petróleo. Ativos de Petroquímica (R$ 3 bilhões): devido à redução na demanda e nas margens. Prejuízo de R$ 21,6 bilhões no ano de 2014 O prejuízo decorreu, principalmente, da perda por desvalorização de ativos-impairment (R$ 44,6 bilhões), da baixa de gastos adicionais capitalizados indevidamente no âmbito da Operação Lava Jato (R$ 6,2 bilhões), do provisionamento de perdas com recebíveis do setor elétrico (R$ 4,5 bilhões), das baixas dos valores relacionados à construção das refinarias Premium I e II (R$ 2,8 bilhões) e do provisionamento do Programa de Incentivo ao Desligamento Voluntário- PIDV (R$ 2,4 bilhões). O lucro bruto cresceu 15% em relação a 2013, alcançando R$ 80,4 bilhões, refletindo o aumento da demanda e maiores preços de venda de derivados no mercado interno em virtude dos reajustes no diesel e na gasolina em 2013 e 2014. Os maiores preços de energia e gás natural também contribuíram para a elevação do lucro bruto. A geração de caixa operacional medida pelo EBITDA ajustado alcançou R$ 59,1 bilhões em 2014, sendo 6% inferior à de 2013. 3

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 3,9 bilhões, apresentando melhora de R$ 2,3 bilhões em relação ao de 2013, notadamente pela redução da perda cambial, fruto da menor exposição passiva líquida em dólar e da extensão da contabilidade de hedge. INDICADORES ECONÔMICOS CONSOLIDADOS R$ milhões 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Receita de Vendas 85.040 88.377 (4) 81.028 337.260 304.890 11 Custo dos Produtos Vendidos (63.025) (67.936) (7) (64.445) (256.823) (234.995) 9 Lucro Bruto 22.015 20.441 8 16.583 80.437 69.895 15 Despesas Operacionais (54.841) (25.362) 116 (9.546) (101.759) (35.531) 186 Lucro Operacional (1) (32.826) (4.921) 567 7.037 (21.322) 34.364 (162) Resultado Financeiro Líquido (1.814) (972) 87 (3.021) (3.900) (6.202) (37) Imposto de Renda/Contribuição Social 8.488 (117) (7.355) 2.104 3.892 (5.148) (176) Lucro Líquido (26.600) (5.339) 398 6.281 (21.587) 23.570 (192) EBITDA ajustado (2) 20.057 8.488 136 15.555 59.140 62.967 (6) (1) Lucro antes do resultado financeiro, das participações e impostos. (2) EBITDA ajustado = EBITDA + participações em investimentos e perda no valor de recuperação de ativos (impairment ). Produção de petróleo e gás natural A produção total, no Brasil e no exterior, em 2014, atingiu a média diária de 2 milhões 669 mil barris de óleo equivalente (boed), um crescimento de 5,1% em relação a 2013. A produção de petróleo e gás natural no Brasil atingiu a média de 2 milhões 460 mil boed, 6% superior à produção em 2013. Esse aumento foi impulsionado pela entrada em operação das plataformas P-58 (Parque das Baleias), P-62 (Roncador), FPSO Cidade de Mangaratiba (área de Iracema Sul) e FPSO Cidade de Ilhabela (Sapinhoá), além do ramp-up das plataformas P-63 (Papa-Terra), P-55 (Roncador), FPSO Cidade de Itajaí (Baúna), FPSO Cidade de Paraty (Lula NE) e FPSO Cidade de São Paulo (Sapinhoá). Em 2014 foram interligados 87 novos poços, sendo 61 produtores e 26 injetores. O número de poços interligados cresceu 71% em relação a 2013. Sobre a produção no pré-sal, da Petrobras manteve o excelente desempenho, alcançando a média diária de 381 mil bpd em 2014. Em 21 de dezembro, atingimos mais um recorde na produção diária de petróleo nesta camada, com 713 mil barris. A produção internacional foi de 209 mil boed, 5% inferior à de 2013, em decorrência da venda de ativos internacionais. A produção perdida pela venda de ativos foi parcialmente compensada pelo incremento da produção nos campos de Cascade e Chinook, nos Estados Unidos. PRODUÇÃO DE PETRÓLEO E GÁS NATURAL Mil boed 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Produção Nacional 2.603 2.531 3 2.340 2.460 2.320 6 Petróleo e LGN 2.150 1.972 9 1.960 2.034 1.931 5 Gás Natural (1) 453 411 10 380 426 389 10 Produção Internacional Consolidada 165 182 (9) 162 178 200 (11) Petróleo e LGN 75 86 (13) 73 85 109 (22) Gás Natural 90 96 (6) 89 93 911 (90) Produção Internacional não consolidada 31 33 (6) 32 31 19 63 Produção Internacional Total 196 215 (9) 194 209 219 (5) Produção Total 2.799 2.746 2 2.534 2.669 2.539 5 (1) Não inclui gás liquefeito e inclui gás reinjetado Produção de Derivados A produção de derivados no país atingiu 2 milhões 170 mil barris por dia em 2014, sendo 2% superior à de 2013. A carga processada diária também aumentou 2%, em função do bom desempenho operacional das refinarias. O fator de utilização do parque de refino permaneceu elevado, alcançando 98% no ano. Do volume total do petróleo processado, 82% vieram de campos brasileiros. 4

PRODUÇÃO DE DERIVADOS Mil barris por dia 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Produção de Derivados 2.328 2.379 (2) 2.301 2.345 2.309 2 Nacional 2.171 2.204 (1) 2.105 2.170 2.124 2 Internacional 157 175 (10) 196 175 185 (5) Fator de utilização do parque de refino (%) Nacional 98 100-2 p.p. 95 98 97 +1 p.p. Internacional 64 68-4 p.p. 74 69 70-1 p.p. Participação do óleo nacional (%) 84 80 4 p.p. 83 82 82 - Venda de derivados O volume de venda de derivados no mercado interno em 2014 totalizou 2,4 milhões de barris por dia, um crescimento de 3% em relação ao ano anterior. Os destaques foram: Gasolina (+5%): crescimento da frota de veículos associado à vantagem do preço da gasolina em relação ao etanol em diversos estados. Estes fatores foram parcialmente compensados pelo aumento do teor de etanol misturado na gasolina de 20% para 25%; Diesel (+2%): maior consumo em obras de infraestrutura, crescimento da frota de veículos leves movidos a diesel e maior consumo por parte de termelétricas; Óleo combustível (+21%): maiores entregas para termelétricas. VOLUME DE VENDAS - MERCADO INTERNO Mil barris por dia 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Gás Natural 455 449 1 392 446 409 9 Derivados 2.487 2.533 (2) 2.425 2.458 2.383 3 Diesel 1.010 1.049 (4) 1.005 1.001 984 2 Gasolina 644 616 5 610 620 590 5 Óleo Combustível 126 126-99 119 98 21 Nafta 152 160 (5) 164 163 171 (5) GLP 233 247 (6) 235 235 231 2 QAV 113 110 3 108 110 106 4 Outros 209 225 (7) 204 210 203 3 Alcóois, Nitrogenados, Renováveis e Outros 113 98 15 106 99 91 9 Total Mercado Interno 3.055 3.080 (1) 2.923 3.003 2.883 4 Balança de derivados e petróleo A balança comercial da Petrobras no acumulado do ano registrou um déficit de 415 mil barris por dia, sendo 4% superior ao registrado em 2013. O aumento na importação de derivados, para atendimento ao mercado interno, e as menores exportações de óleo combustível, direcionado para atender termelétricas, foram os principais fatores para a elevação da importação liquida neste ano. A balança comercial de petróleo registrou um déficit menor que no ano anterior, devido à maior produção de petróleo nacional. Por outro lado, houve elevação da participação do óleo nacional na carga processada. BALANÇA COMERCIAL Mil barris por dia 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Importação Total de Petróleo e Derivados 783 713 10 780 805 793 2 Petróleo 371 303 22 354 393 404 (3) Derivados 412 410 0 426 413 389 6 Exportação Total de Petróleo e Derivados 393 491 (20) 402 390 393 (1) Petróleo 270 323 (16) 242 232 207 12 Derivados 123 168 (27) 160 158 186 (15) Importação Líquida de Petróleo e Derivados 390 222 76 378 415 400 4 Preços dos Produtos O preço médio dos derivados no mercado interno, em reais, (para as distribuidoras) cresceu 8% em relação a 2013, refletindo, principalmente, os aumentos de preços da gasolina e do diesel que ocorreram em 2013 e 2014. 5

O preço do petróleo Brent caiu 9% em dólares (US$ 98,99/bbl em 2014 vs US$ 108,66/bbl em 2013). Porém, devido à desvalorização cambial média de 9%, o preço do petróleo calculado em reais caiu 1%. INDICADORES DE PREÇOS R$/bbl 4T14 3T14 4T14/3T14 (%) 4T13 2014 2013 2014/22013 (%) Derivados - Mercado Interno 228,81 224,52 2 210,00 226,52 209,17 8 US$/bbl Petróleo Nacional - Venda 66,49 90,73 (27) 96,92 87,84 98,19 (11) Petróleo Internacional - Venda 73,66 84,05 (12) 86,43 82,93 89,86 (8) Petróleo Brent 76,27 101,85 (25) 109,27 98,99 108,66 (9) Investimentos A realização dos investimentos em 2014 foi de R$ 87,1 bilhões, 17% inferior à de 2013. O foco dos investimentos foi o segmento de Exploração e Produção no Brasil, com destaque para os projetos de desenvolvimento da produção. A principal redução dos investimentos ocorreu no segmento de Abastecimento, em virtude da conclusão de projetos de modernização das refinarias existentes e da primeira fase (1º trem) da Refinaria Abreu e Lima (RNEST). INVESTIMENTOS R$ milhões 2014 2013 2014/22013 (%) Exploração e Produção 56,841 59,993 (5) Abastecimento 18,322 30,740 (40) Gás e Energia 6,002 5,919 1 Internacional 3,593 5,127 (30) Distribuição 1,053 1,120 (6) Biocombustível 281 322 (13) Corporativo 1,049 1,195 (12) Total de Investimentos 87,141 104,416 (17) Endividamento Em 31.12.2014, o endividamento líquido da Companhia aumentou 27% em relação a 31.12.2013. O principal fator para este crescimento foi o impacto da depreciação cambial sobre financiamentos e novas captações. O indicador Dívida Líquida/EBITDA ajustado fechou o período em 4,77 vezes e a alavancagem (Endividamento Líquido/ (Endividamento Líquido + Patrimônio Líquido)) em 48%. ENDIVIDAMENTO R$ milhões 31/12/2014 31/12/2013 Var (%) Endividamento Total 351,035 267,820 31 Endividamento Curto Prazo 31,565 18,782 68 Endividamento Longo Prazo 319,470 249,038 28 Disponibilidades Ajustadas 68,946 46,257 49 Disponibilidades 44,239 37,172 19 Títulos públicos federais e Time Deposits (vencimento superior a 90 dias) 24,707 9,085 172 Endividamento Líquido 282,089 221,563 27 Dívida Líquida / EBITDA ajustado (1) 4,77 3,52 36 Endiv. Líquido / (Endiv. Líquido + Patrimônio Líquido) (%) 48 39 +9 p.p. (1) EBITDA ajustado = EBITDA + participações em investimentos e perda no valor de recuperação de ativos (impairment). 6