OS EFEITOS DO TREINAMENTO FORÇA SOBRE A POTÊNCIA E A VELOCIDADE EM ATLETAS DE FUTSAL DA CATEGORIA ADULTO MASCULINO.



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Transcrição:

OS EFEITOS DO TREINAMENTO FORÇA SOBRE A POTÊNCIA E A VELOCIDADE EM ATLETAS DE FUTSAL DA CATEGORIA ADULTO MASCULINO. THE EFFECTS OF STRENGTH TRAINING ON THE POWER AND THE SPEED IN ATHLETES OF FUTSAL OF MALE ADULT CATEGORY. LÁSARO CAIANA DE OLIVEIRA (1) ORIENTADOR: 1 Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho Futebol e Futsal: As Ciências do Esporte e a Metodologia do Treinamento. 2 Instituto Brasileiro de Pesquisa e Ensino em Fisiologia do Exercício. E-mail: lasaro.caiana@hotmail.com Av. 85, nº1025 Edifício Camburiu - apto 503, Q. 49ª L. 1E Condomínio Praias do Sol. Setor Marista Goiânia Goiás. 74160-010. Goiânia, Turma 3162, Entrega no dia 30/11/2013

Resumo Este estudo teve como objetivo avaliar se os efeitos do treinamento de força, ou treinamento com pesos, sobre a velocidade e a potência em atletas da categoria adulto masculino de futsal. Os programa de treinamento de força foi de 1 a 2 vezes por semana, variando as series entre 2 a 4 e s repetições de 6 a 12, sempre se adequando a realidade e cronograma de competições a equipe. Os testes realizados foram velocidade 10m e para avaliar a potência o salto horizontal. Utilizou-se 17 atletas do Grupo Principal, que realizou o programa de treinamento de força, e o Grupo Controle, 16 atletas, que não realizou o programa de treinamento de força. Conclui- se que o um Os resultados do programa de treinamento de força de no mínimo uma vez por semana demonstrou ser positivo, quanto ao ganho de velocidade e potência. Palavras chave: Futsal, Potência e Velocidade.

Abstract This study aimed to evaluate the effects of strength training or weight training on speed and power athletes in the adult division male soccer players. The program was strength training 1-2 times a week, varying between 2-4 series es 6-12 repetitions, always adapting to reality and schedule the team competitions. The tests were carried out to evaluate speed and 10m horizontal jumping power. We used 17 athletes of the Core Group, which conducted the program of strength training, and the control group, 16 athletes who did not perform strength training program. We conclude that one of the results of strength training program at least once a week proved positive for gain of speed and power. Key words: Futsal, power and speed.

Elementos Textuais Introdução (Objetivo) O futsal é o esporte mais praticado no Brasil, com mais de 20.000.000 de adeptos, englobando atletas federados, não federados e praticantes do lazer desta modalidade, segundo (Bello e Alves, 2008). Partindo desta demanda de milhões de praticantes, temos poucos estudos realizados na área do treinamento e preparação física voltados para o futsal. O treinamento de força é um grande aliado do treinamento de alto rendimento de atletas, existindo vários métodos e exercícios para o aumento da massa muscular. O método utilizado neste estudo foi de treinamento com pesos utilizando pesos livres e alguns equipamentos de musculação. Sendo assim, o treinamento resistido potencializa a força e potência e eleva a um melhor desempenho nos esportes, mas tudo dependendo da especificidade ou transferência entre o programa de treinamento e a atividade, segundo Fleck e Kraemer (2006). O objetivo do presente estudo foi verificar se um programa de treinamento de força com pesos livres e exercícios de musculação com a frequência de uma a duas vezes por semana, poderia interferir no desempenho motor de atletas de futsal, em específico nas capacidades físicas velocidade e potência. Materiais e Métodos

Este artigo se caracteriza pelo método de procedimento experimental quantitativo, segundo (Mattos, Júnior e Blecher, 2008), onde foi utilizado dois grupos para avaliação da velocidade e da potência. Sujeitos Os grupos submetidos para a avaliação foram a equipe Adulto Masculino de Futsal UNIVERSO/JAÓ (Grupo Principal), com 17 atletas e a equipe Sub 20 de Futsal UNIVERSO/JAÓ (Grupo Controle), com 16 atletas, ambas as equipes são da cidade de Goiânia, Goiás. As duas equipes são não profissionais, tendo frequência de treinamento de 5 a 6 vezes por semana dependendo do calendário de competições. Procedimentos e Instrumentos Tratamento Os grupos foram divididos em Grupo Principal, que realizou o programa de treinamento com pesos, e Grupo Controle, que não realizou treinamento com pesos. O grupo controle realizou seis meses de treinamento, com o programa de treinamento com pesos de no mínimo de 1 vez por semana e no máximo de 2 vezes por semana alternando os métodos de treinamento de acordo com a realidade e o com o cronograma de competição da equipe. Os dois grupos, controle e principal realizaram os teste sempre na mesma data.

Foram utilizados métodos de treinamento de força máxima, potência e hipertrofia, dentro dos mesociclos de treinamento, pois as equipes tinham competições importantes em seus cronogramas mensais. A carga era selecionada subjetivamente e os exercícios que sempre compunham as atividades de força eram o agachamento, avanço, adução, abdução, panturrilha em pé, leg-vertical e stiff, sempre entre 2 a 4 series de 6 a 12 repetições, alternando a carga, series e repetições de acordo com o mesociclo de treinamento e com o cronograma de competições, segundo Fleck e Kraemer (2006). Aspectos Éticos Mediante a autorização da Universidade Salgado de Oliveira e do Clube Jaó, realizou-se testes com os atletas que se dispuseram voluntariamente para realização dos testes e do cronograma de treinamento e força. Mesmo assim todos os atletas após serem informados sobre os propósitos do estudo e procedimentos aos quais seriam submetidos assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido. Testes Motores Os testes motores realizados, seguiu-se do principio e da realidade das quadras de jogo em que os grupos avaliados mais jogavam, pois os mesmos participavam de competições em quadras com no máximo 36 metros de comprimento e 18 metros de largura.

Para a realização dos testes motores todos os atletas realizaram alongamentos dos membros superiores, inferiores e aquecimento antes dos testes nos períodos pré e pós-teste. A primeira coleta de dados de velocidade e potência foi realizada antes do inicio dos treinamentos, ou seja com os atletas retornando de férias. Os outros dados foram coletados mês a mês, até o sexto mês, onde finalizamos a coleta. Como indicador de velocidade, utilizou-se o teste de corrida de 10m. Cada sujeito realizou três tentativas, com intervalo de cinco minutos entre elas, sendo registrado o menor tempo gasto para percorrer a distância pré-determinada, segundo Silveira, Marques e Alves, (2008). Como indicador de força/potência muscular, utilizou-se o teste de salto em distância parado. Cada sujeito realizou três tentativas em cada um dos testes, com intervalo de cinco minutos entre eles, sendo registrado o maior valor obtido segundo Guedes e Guedes, (2006). Tratamento Estatístico A análise descritiva de todos os dados foi feita através de média. Resultados Os resultados obtidos nas avaliações realizadas nos períodos pré, durante e pós-experimento para ambos os grupos, são apresentados nos gráficos 1, e 2. As modificações ocorridas no período de avaliação são expressas em medias.

A capacidade física avaliada de velocidade vem descrita no gráfico 1, sendo subclassificado em grupo controle na cor vermelha e grupo principal na cor azul, onde foram colhidos valores mês a mês, iniciando no mês de fevereiro e se encerrando no mês de julho. Os resultados revelaram uma diminuição significativa no tempo gasto em segundos do grupo principal para o grupo controle. Onde a média de velocidade dos dois grupos pré-treino com pesos, era acima 2 segundos, o grupo principal demonstrou melhora significante na media de velocidade baixando seu tempo 1,98 segundos no primeiro mês, e ao decorrer dos meses o grupo principal conseguiu diminuir o tempo, chegando ao final de seis meses de treinamento com o tempo de 1,72 segundos de média, e o grupo controle acabou não conseguindo diminuir o tempo médio abaixo de 2 segundos. Vale ressaltar que houve uma significante diferença nos resultados do grupo controle e do grupo principal, onde o grupo principal demonstrou um maior ganho de velocidade que o grupo controle, em um período de trinta dias, e demonstrou uma evolução e manutenção de velocidade em um período de seis meses. Gráfico 1. Teste de Velocidade 10 metros.

O gráfico 2 apresenta os resultados do teste de impulsão horizotal, demonstrando o grupo controle na cor vermelha e grupo principal na cor azul, onde também foram colhidos valores mês a mês, iniciando no mês de fevereiro e se encerrando no mês de julho. Os resultados deste teste revelaram que o grupo principal obteve melhora inicialmente após seu primeiro mês de treinamento nos niveis de potencia, inicialmente no pré-treino com a média de 2,07 cm, evoluindo em um mês para 2,17 cm, ganhando 10 cm, conseguindo manter sua media nos próximos dois meses, e ainda consegui uma grande evolução nos dois últimos meses. Nota-se que no mês de abril para maio, houve uma estaguinação na curva do teste de impulsao horizontal, mas sem uma queda, pois neste mês a equipe principal, estava envolvida em duas competições no mesmo período, o que desgastou muito a equipe, mas mesmo assim neste teste consguiu-se manter os niveis de potência. Nota se também, que o grupo controle conseguiu pouca evolução na sua média, onde no pré-teste apresentou 1,97 cm, e depois de um mês apresentou evolucão de 1 cm, na média, tendo um salto na sua média somente após o terceiro mês. Gráfico 2. Teste de Impulsão Horizontal.

Discussão Os resultados encontrados no presente estudo indicam que o treinamento com pesos proporciona aumento de velocidade e potência, capacidades físicas essenciais para prática de rendimento do futsal em alto nível, segundo Arruda e Hespanhol, (2009). Esses resultados, contudo são semelhantes a alguns estudos na literatura que estudaram os efeitos do treinamento de força isoladamente, como no estudo de Dias, Cyrino e Salvador, et. al, (2005), onde realizaram treinamento de força no período de 8 semanas com 23 homens e 15 mulheres, e conseguiram resultados expressivos no aumento de força no exercício agachamento, com valores para masculinos de 7,6 pontos na média de aumento de força. Em outro estudo realizado sobre treinamento de força rápida e força máxima, Lamas, Urgrinowitsch, Eduardo, et. al (2007), obtiveram resultados relevantes em ambos os protocolos de treinamento de força, onde produziram em 8 semanas de treinamento de força rápida e máxima, aumento similar na área de secção transversa das fibras musculares, em ambos tipos de treinamento, constatando segundo Fleck e Kraemer (2006), um aumento na força e consequentemente ganhos de velocidade e potência, devido o aumento da secção transversa das fibras. Os resultados demonstram uma constante evolução nos níveis de velocidade e de potência no grupo que realizou o programa de treinamento de força, mas precisamente uma evolução maior nos primeiros meses de treinamento. Nesse

sentido, Trancoso e Farinatti, (2002), constataram em um período de 12 semanas uma tendência no aumento de força de 58% para idosos com mais de 60 anos, apesar do menor período de investigação. Segundo Bompa, 2002 a potência é o produto de duas capacidades, força e velocidade, representando a capacidade de executar a força máxima no tempo mais curto, neste estudo se obteve um ganho acentuado de potência, esta hipótese é reforçada pelos achados de Gomes, (2011), que realizou um estudo com dois goleiros sub 17 masculino, onde realizaram treinamento de força duas vezes por semana e se obteve resultados excelentes no testes referentes a potência. Vale ressaltar e frisa que o programa de treinamento com pesos realizado neste estudo foi adaptado sempre ao cronograma de treinamento da equipe e do cronograma de competições da equipe, o que pode ter interferido nos ganhos de velocidade e potência do grupo principal. Conclusão Os resultados do programa de treinamento de força de no mínimo uma vez por semana demonstrou ser positivo, quanto ao ganho de velocidade e potência e que apesar das informações sobre a preparação física para o futsal serem ainda escassas na literatura, as formas e métodos de treinamento de força voltados para o futsal, merecem ser estudadas mais criteriosamente.

Elementos pós-textuais Referências ARRUDA, M.; HESPANHOL, J. E.; Treinamento de Força em Futebolistas. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2009. 126p. BELLO, N.; ALVES, U. S. Futsal Conceitos Modernos. 1ed. São Paulo: Phorte, 2008. 63p. DIAS, R. M. R.; CYRINO, E. S.; SALVADOR, E. P.; NAKAMURA, F. Y.; PINA, F. L. C.; OLIVEIRA, A. R. Impacto de 8 semanas de treinamento com pesos sobre a força muscular de homens e mulheres. Rev. Bras. Med. Esporte. Londrina, v.11, n.4, p 324-28, Julho/Agosto. (2005). FLECK, S. J.; KRAEMER, W. J. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3ed. Porto Alegre: Artmed, 2006. 376p. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Manual Prático para Avaliação em Educação Física. 1ª Ed. Barueri. SP: Manole, 2006. 483p. LAMAS, L. URGRINOWITSCH, C. EDUARDO, G. R. C., et. al. Treinamento de força máxima x treinamento de potência: alterações no desempenho e adaptações

morfológicas. Rev. Bras. Educ. Fís. Esp. São Paulo, v.21, n.4, p. 331-40, Dezembro. (2007). MATTOS, M. G.; JÚNIOR, A. J. R.; BLECHER, S. Metodologia da Pesquisa em Educação Física: Construindo sua monografia, artigos e projetos. 3 ed. São Paulo: Phorte, 2008. 224p. SILVEIRA, A. F.; MARQUES, C. F.; ALVES, E. A. Guia prático de avaliação física. 1 ed. São Paulo: Phorte, 2008. 271p. TRANCOSO, E. S. F.; FARINATTI, P. T. V. Efeitos de 12 semanas de treinamento com pesos pobre a força muscular de mulheres com mais de 60 anos de idade. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 16(2): 220-29, jul./dez. 2002.

DECLARAÇÃO DE FÉ PÚBLICA Eu, Lásaro Caiana de Oliveira autor do Artigo Científico produzido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) no Programa de Pós-Graduação Lato Sensu da Universidade Gama Filho, Futebol e Futsal: As Ciências do Esporte e a Metodologia do Treinamento, declaro por FÉ PÚBLICA, assinado e datado, que este documento deste estudo que entrego como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) foi redigido em termos de originalidade, conforme instruções acadêmicas e científicas e respondo dessa forma sob as penas da lei. GOIÂNIA, 30 de novembro de 2013.