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c ideias b Dr. Augusto Pimazoni Netto Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim Universidade Federal de São Paulo UNIFESP Sexo Fetal e Risco de Diabetes Gestacional Uma análise retrospectiva de bases de dados perinatais apontou para uma intrigante possibilidade de um risco aumentado de diabetes gestacional em mulheres com fetos masculinos, mas tal associação ainda permanece nebulosa e sem comprovação efetiva. O objetivo desse estudo foi o de avaliar a relação entre o sexo fetal e o metabolismo materno de glicose num corte bem caracterizado de mulheres refletindo o espectro total de tolerância gestacional à glicose, desde as situações normais até às discretamente anormais e, mesmo, características do diabetes gestacional. A população do estudo incluiu 1.074 mulheres grávidas submetidas à caracterização metabólica, incluindo o teste oral de tolerância à glicose (TOTG) quando a gestação atingia 29,5 semanas. A prevalência de diabetes gestacional e dos determinantes fisiopatológicos (como a função da célula beta e a sensibilidade ou resistência à insulina) e seus fatores clínicos de risco foram comparados entre mulheres grávidas de fetos femininos (n = 534) e fetos masculinos (n = 540). Os resultados mostraram que as mulheres gestantes de fetos masculinos apresentavam uma redução da função de células beta e um nível médio mais elevado de glicemia durante o TOTG, em comparação com aquelas gestantes de fetos femininos. Além disso, as mulheres grávidas de fetos masculinos apresentavam um risco aumentado de desenvolvimento de diabetes gestacional da ordem de 39%. Os autores concluíram que a gestação de fetos masculinos está realmente associada a uma função mais comprometida das células beta, além de hiperglicemia pós-prandial e de um risco aumentado de diabetes gestacional na mãe. Ou seja, o sexo fetal pode potencialmente influenciar o metabolismo materno de glicose na gravidez. Texto original transcrito do site da Sociedade Brasileira de Diabetes Referência bibliográfica Retnakaran R, Kramer CK, Ye C et al. Fetal Sex and Maternal Risk of Gestational Diabetes Mellitus: The Impact of Having a Boy. Diabetes Care 2015. Published online before print February 18, 2015. DOI: 10.2337/dc14-2551. CONCENTRE SUA MOVIMENTAÇÃO EM SUA COOPERATIVA. Acabe com o custo de administrar diversas contas correntes. O Sicoob possui os serviços que você precisa com as vantagens de uma cooperativa. Concentrando sua movimentação financeira no Sicoob, você só tem a ganhar. diabetes 3 UniCentro Brasileira
abril de 2015 4 c início b Novos medicamentos auxiliam o tratamento Novidades terapêuticas melhoram a qualidade de vida dos diabéticos nos dois tipos da doença A diabetes é uma doença crônica que sofreu um aumento no número de casos nas últimas décadas. Segundo o endocrinologista e presidente do IAPD, Nelson Rassi, isso gera um peso grande para os pacientes, familiares e a sociedade. Afeta as esferas governamentais que dizem respeito à assistência médica. Como é uma doença crônica, demanda um tratamento contínuo, quase sempre de alto custo, explica. Nelson Rassi afirma que a diabetes é silenciosa, sendo que cerca de 50% das pessoas que a possuem desconhecem o diagnóstico. Quando o paciente começa a perceber os sintomas, como emagrecimento, perda de peso, excesso de urina e cansaço, não se pode mais evitá-la, afirma. Um dos grandes motivos para seu aumento é a falta de cuidado com o peso e o sedentarismo. À medida que nós ganhamos peso, devido a uma alimentação inadequada e reduzimos a atividade física, nos padecemos das complicações dentre elas, a diabetes, reforça. Outro ponto para o crescimento do índice é a sobrevida da população. As pessoas estão vivendo mais tempo. Por ser uma doença que pode estar relacionada à velhice, passam a ter mais chances de adquirir a doença, explica Nelson. Segundo o especialista, atualmente a maior preocupação dos profissionais é retardar as possíveis complicações causadas pela doença. Além de prejudicar suas atividades profissionais, há uma queda na qualidade de vida num período ainda útil, entre 50 e 60 anos. São consequências do controle inadequado da diabetes, mais comuns nas pessoas de menor poder aquisitivo e assistidas pelo sistema de saúde público. Esta é a razão pela qual a sociedade médica, as entidades e as indústrias trabalham para aperfeiçoar o tratamento e melhorar os profissionais de saúde em todos os níveis do atendimento, reforça Nelson. Dentre os tratamentos lançados recentemente estão as insulinas especiais para o tratamento da diabetes Segundo Nelson Rassi, atualmente a maior preocupação dos profissionais é retardar as possíveis complicações causadas pela doença
diabetes 5 tipo 1 avanços que já presentes no mercado brasileiro. Um exemplo é degludec, que tem um perfil de ação prolongado, cujo beneficio é ter uma redução no número de crises hipoglicêmicas. O medicamento permite que o indivíduo utilize uma dosagem única e sem horário fixo, interessante para quem possui um horário complicado pela manhã, afirma o médico. Outra novidade na terapêutica do tipo 1 é a insulina inalada, que já está presente no mercado norte-americano, mas não tem data para chegar no Brasil. Ainda no campo das insulinas, existem novas gerações de bombas, isto é, aparelhos que injetam insulina de maneira contínua, acoplados a monitores de glicemia em tempo real. Para o tratamento da diabetes tipo 2, vários outros medicamentos estão sendo utilizados atualmente, como a classe de inibidores do SGLT2, que funciona provocando uma eliminação do açúcar pela urina, reduzindo os valores deste no sangue. Existem alguns produtos aplicados subcutaneamente capazes de reduzir o peso e a glicose, com aplicações semanais. O mais importante é investir nestas novas terapêuticas para melhorar a qualidade de vida dos portadores da doença, finaliza o endocrinologista.
abril de 2015 6 c procedimento b Braquioplastia: conheça um pouco desse método Pacientes devem sanar todas as dúvidas com o especialista, a fim de ficarem mais tranquilos durante todo o processo cirúrgico A cirurgia bariátrica trouxe vários benefícios para o ser humano, como controle da hipertensão e da diabetes e melhoria da qualidade de vida dos obesos. Porém, após a fase eufórica da redução de medidas, sobram alguns detalhes que começam a interferir no bem-estar da pessoa, como é o caso dos excessos de pele, sendo o braço um dos locais que mais causam incômodo nesses pacientes. A braquioplastia é uma cirurgia plástica indicada para tratar o excesso de gordura localizada, flacidez ou pele na região do braço, principalmente a do músculo tríceps, popularmente conhecido como músculo do tchau. A cirurgiã plástica Larissa Oliveira Rodrigues informa que cada paciente é único e que ele não deve sair do consultório com dúvidas sobre o procedimento e como o próprio corpo pode reagir ao método. Não deixe de nos transmitir qualquer tipo de preocupação. Nós especialistas somos preparados a prestar esclarecimentos necessários para sua tranquilidade, aconselha. O pré-operatório envolve exames complementares a serem especificados a cada pessoa. Faz-se uma fotografia da região, que é um instrumento importante para avaliação e programação, bem como um documento do médico e do paciente. Nesse momento a interação entre médico e paciente é importante para que se façam eficientes orientações de medicações pré-operatórias, as quais interferem de forma positiva na cicatrização e no equilíbrio do organismo daquele indivíduo, informa. Na braquioplastia, a incisão é determinada de acordo com a quantidade de pele que está em excesso, sendo realizada na face interna do braço ou na axila. A anestesia pode ser realizada com sedação com peridural ou geral, sendo que a dor pode ser contida com o uso de analgésicos e anti-inflamatórios. Larissa explica, ainda, que há alguns cuidados essenciais no pós-operatório. Um exemplo dentre a séria de medidas prescritas por causa do método cirúrgico é que nos primeiros 15 dias após a realização do procedimento a higiene na região axilar A cirurgiã plástica Larissa Oliveira Rodrigues, ressalta que a braquioplastia é um método para tratar o excesso de gordura localizada, flacidez ou pele na região do braço deve ser realizada com água, sabão e álcool 70%, para se evitar risco de contaminação bacteriana. Durante os primeiros seis meses a região se apresentará inchada, havendo uma acomodação gradativa dos tecidos no decorrer do tempo. O processo de cicatrização está aliado ao tempo em que o organismo de cada um reflete a esse fator e à genética do paciente, informa a cirurgiã sobre o resultado final.
diabetes 7 c nutrição b A especialista em nutrição clínica, Lucilene Branco, explica que a contagem de carboidratos permite uma contagem mais racional da dosagem de insulina a ser ministrada no paciente diabético A alimentação do paciente com diabetes deve ser equilibrada e saudável, priorizando o consumo de fibras, a redução do consumo de gorduras saturadas e do colesterol. A contagem de carboidratos contabiliza os gramas de carboidratos consumidos, com o propósito de manter a normoglicemia, mas não é a única estratégia nutricional disponível aos diabéticos. Além disso, não se deve confundir contagem de carboidratos com contagem de doces, mas sim inseri-la no contexto de alimentação saudável. Contagem de carboidratos permite maior flexibilidade na alimentação Estratégia possibilita ao portador de diabetes uma alimentação saudável, contendo carboidratos, proteínas e gorduras Em pacientes sob tratamento intensivo, com a utilização da contagem de carboidratos é possível ter maior flexibilidade no plano alimentar prescrito e um planejamento mais racional da dose de insulina a ser administrada antes de cada refeição. Dessa forma, não há esquemas rígidos, fixos, em que as doses são préestabelecidas, independentemente do tipo de alimento consumido em cada refeição. Isso reduz bastante a incidência de hipoglicemias, descreve a nutricionista especialista em nutrição clínica Lucilene Branco. Conforme a educadora em diabetes, o método enfoca a identificação dos alimentos fontes de carboidratos e a correta realização dos cálculos, direcionando, assim, o paciente com diabetes a uma alimentação saudável, fracionada, com a ingestão total de energia e macronutrientes adequados. Como é realizada essa contagem? Utilizando o método de gramas, soma-se os carboidratos de cada refeição. Após pré-definir a quantidade em gramas de carboidratos por refeição a ser ingerida, o paciente pode, de acordo com a preferência, utilizar qualquer alimento. O carboidrato é medido em gramas, mas é importante não confundir com o peso em gramas total do alimento. Esse processo estimula a pesagem dos alimentos, a fim de conhecer o tamanho exato da porção que será ingerida, informa Lucilene.
abril de 2015 8 c tratamento b Desafios do diabetes tipo I na adolescência Especialista informa sobre como a contagem de carboidratos aliada à participação familiar e equipe multiprofissional auxilia no tratamento da doença no jovem Sintomas como perda de peso, excesso de sede, fome e vontade de urinar podem ser indicativos de diabetes tipo I. Segundo a especialista em pediatria e endocrinologista infantil Hercília Cruvinel, no início do quadro de descompensação, o paciente também pode apresentar cansaço, fraqueza, dor abdominal e sintomas de desidratação. Além disto, os quadros infecciosos comuns como infecção de ouvido, garganta ou urina podem descompensar ou aflorar um diabetes latente. Os casos de diabetes tipo I são diagnosticados, na maioria das vezes, durante a infância e adolescência. A especialista informa que assim que for reconhecida a doença, o paciente deve ser encaminhado para o acompanhamento com endocrinologista. O médico indica o uso de insulina imediatamente, passa, junto com o nutricionista orientações alimentares. E ainda, são ensinadas medidas educativas para o cuidado com o jovem. A família é treinada e aprende a aplicar insulina, como medir a taxa de açúcar no sangue e como atuar em situações especiais, por exemplo, em caso de hipoglicemia, quando há uma baixa de açúcar no sangue. O tratamento da doença no adolescente apresenta alguns obstáculos a serem vencidos. Hercília conta que um dos desafios da equipe médica em relação a esse grupo em específico está na adesão do paciente à contagem de carboidratos. Para realizar este tipo de tratamento alimentar, o jovem tem que medir a taxa de açúcar no sangue, fazer cálculos orientados pelo médico e/ou nutricionista para encontrar a dose de insulina necessária para controlar a taxa de glicose após ter realizado aquela determinada refeição. Como o paciente diabético tipo I possui uma deficiência na produção de insulina pelo pâncreas, ao fazer a contagem dos carboidratos este realiza o trabalho da glândula e calcula o tanto de insulina necessária a ser aplicada para o controle da glicose no organismo, enquanto o mesmo metaboliza o alimento, informa Cruvinel. Segundo a endocrinologista, Hercília Cruvinel, constam no mercado aplicativos de celular com a tabela de contagem de carboidratos
Eficácia do tratamento A adolescência é uma fase da vida onde o indivíduo passa por muitas mudanças físicas e psicológicas e o fato de o jovem ter o diabetes tipo I, que é uma doença crônica, o coloca em situações de conflito. Muitas vezes ele se sente envergonhado em medir as taxas de açúcares ou em aplicar insulina na frente dos colegas e, ainda, sente-se desafiado no convívio social ao buscar uma alimentação mais saudável, já que os colegas só comem fast foods, analisa a especialista sobre a juventude que lida com a doença. Hercília aponta que a família tem um papel decisivo para a evolução do tratamento do jovem com diabetes. Uma vez que as orientações dos médicos envolvem comportamentos disciplinados, como o uso correto da medicação e o prosseguimento dos padrões alimentares estabelecidos, o ambiente familiar pode oferecer ao adolescente a motivação necessária para que ele realize seus deveres cotidianos. A atuação de uma equipe multiprofissional auxilia na eficácia do tratamento do jovem que possui a patologia, possibilitando-o viver com mais qualidade de vida. Cruvinel salienta a importância do acompanhamento psicológico ao adolescente, que passa por um período de turbulência característico da idade, além da família que acompanha o doente. O apoio emocional melhora a adesão ao tratamento e consequentemente leva a um melhor controle da doença. O educador físico também auxilia no tratamento multidisciplinar, já que a atividade física ajuda a abaixar as taxas de glicose no sangue, prescreve. Em geral, o médico trabalha em parceria com o nutricionista, realizando as programações de metas e orientando os cálculos para a contagem de carboidratos, para que sejam efetuados corretamente pelo indivíduo. Como os jovens estão cada vez mais envolvidos com a internet e as mídias sociais, é interessante aproveitar dos dispositivos existentes no mercado. Hercília conta que existem aplicativos de celulares que contam com a tabela de contagem de carboidratos, agilizam as contas e disparam alarmes com lembretes do horário de realizar as refeições. Ultimamente, com o uso das tecnologias, o tratamento do diabetes tem ficado mais interessante para os jovens, permitindo que o paciente tenha o controle da doença na palma das suas mãos, revela. diabetes 9
abril de 2015 10 c planeta medicinab IAPD 2015 Revista Diabetes em Goiás Direção de Jornalismo: Iúri Rincon Godinho Editora: Larissa Oliveira Redação: Joyce Fernandes, Lara Leão e Luciana Paiva Comercialização: Márcia Moraes e Kelly Cristina Arte Final: Vinícius Carneiro e Thálitha Miranda Endereço: Rua 27-A, 150, St. Aeroporto Goiânia - GO - 74.075-310 Fone: 3224-3737 - Fax: 3229-0871 www.contatocomunicacao.com.br Mix Nuts Mundo Verde: mistura de oleaginosas torradas e levemente salgadas O Mix Nuts é uma boa fonte de proteínas e fibras relacionadas à saciedade e emagrecimento, além de ser fonte de vitaminas e minerais antioxidantes. O alimento protege contra câncer e Alzheimer. Seu consumo está relacionado à proteção contra doenças do coração e ajudam a diminuir a pressão arterial e as taxas de colesterol. É uma excelente opção de lanche saudável, ideal para o consumo entre as refeições. Contém amendoim torrado e salgado, uva passa, castanha-de-caju, castanha-do-pará e amêndoa. Conselho Editorial Nelson Rassi Victor Gervásio e Silva Sérgio Vêncio Elias Hanna Haroldo Souza Judith Mesquita Fonte: Mundo Verde O IAPD está com uma forte programação para este ano. Diversas ações foram elaboradas para promover a saúde e a prevenção da doença. Todos os meses o instituto realiza um evento de conscientização em diversos bairros de Goiânia, em conjunto com as associações de moradores. Além deste projeto mensal, algumas comemorações estão previstas para este ano. Dentre elas o 1º Passeio Ciclístico do IAPD, o 2 Arraiá do Diabetes, as ações do Dia mundial do Diabetes. Fonte: IAPD Hidratação por até 30 horas Além de deixar os pés delicadamente perfumados, o Creme de Pés Exótico Ameixa também oferece hidratação prolongada, permanecendo na pele por até 30 horas! Graças à sua textura mais aveludada, o creme apresenta maior absorção e cria um filme sobre a pele, mas sem deixála úmida ou com aspecto grudento. Fonte: O Boticário Nacionais Ruy Lira (Pernambuco) Saulo Cavalcanti (Belo Horizonte) Jorge Luiz Gross (Rio Grande do Sul) Balduíno Tschiedel (Porto Alegre) Mirnaluci Gama (Paraná) Mauro Scharf (Paraná) Antônio Chacra (São Paulo) Daniel Giannella (São Paulo) Durval Damiani (São Paulo) Amélio Godoy (Rio de Janeiro) Leão Zagury (Rio de Janeiro) Publicação com a qualidade: Reine Fonseca (Bahia) Walter Minicucci (Campinas - São Paulo) Hermelinda Pedrosa (Distrito Federal) Reginaldo Albuquerque (Distrito Federal)