UM MÉTODO DE CUSTEIO HÍBRIDO (ABC/UEP) APLICADO A UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO



Documentos relacionados
MÉTODO DE CUSTEIO HÍBRIDO PARA ORGANIZAÇÕES HOSPITALARES: UTILIZAÇÃO CONJUNTA DO ABC E DA UEP

CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO ABC

SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING. Jaime José Veloso

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio

Gestão de custos um fator de sobrevivência para as empresas

1 Shirleyanne Brasileiro Araújo de Lima

Estratégia de Manutenção em Oficinas utilizando Caminho Critico

Custeio Variável e Margem de Contribuição

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

PLANEJAMENTO PLANEJAMENTO ESTRATÉGIA CICLO PDCA CICLO PDCA 09/04/2015 GESTÃO DE ESCOPO GERENCIAMENTO DE PROJETOS ACT

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

ASPECTOS CONCEITUAIS OBJETIVOS planejamento tomada de decisão

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

O custeio ABC e sua utilização para estudar o preço de venda de produtos em uma empresa alimentícia e outra de bem durável na cidade de Uberlândia

GESTÃO POR PROCESSOS

NORMA BRASILEIRA DE CONTABILIDADE TÉCNICA DO SETOR PÚBLICO NBCT (IPSAS)

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA

AUTOR: DAVID DE MIRANDA RODRIGUES CONTATO: CURSO FIC DE PROGRAMADOR WEB VERSÃO: 1.0

Profa. Ma. Divane A. Silva. Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

A GESTÃO DE PESSOAS NA ÁREA DE FOMENTO MERCANTIL: UM ESTUDO DE CASO NA IGUANA FACTORING FOMENTO MERCANTIL LTDA

Marília Gottardi 1 Rodrigo Altério Pagliari 2 Rosemary Gelatti 3 FEMA 4

Implantação. Prof. Eduardo H. S. Oliveira

Casos de Sucesso. Cliente. Deloitte Touche Tohmatsu Consultores LTDA

Poder Judiciário TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO AMAPÁ. Estudos Preliminares. Descrição sucinta, precisa, clara e suficiente da STIC escolhida.

Estratégias para a implantação do T&V

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL

Indicadores de Desempenho Conteúdo

TERMO DE REFERÊNCIA (TR) GAUD VAGA

PROCESSOS DE PLANEJAMENTO E GERENCIAMENTO DE PROJETOS

Auditoria e Segurança da Informação GSI536. Prof. Rodrigo Sanches Miani FACOM/UFU

4 Avaliação Econômica

Gerenciamento de Projetos Modulo II Ciclo de Vida e Organização do Projeto

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS

GARANTIA DA QUALIDADE DE SOFTWARE

ANEXO X DIAGNÓSTICO GERAL

Avaliação de Processos Produtivos - APP

Como vai a Governança de TI no Brasil? Resultados de pesquisa com 652 profissionais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO CENTRO UNIVERSITÁRIO NORTE DO ESPÍRITO SANTO DISCIPLINA: ECONOMIA DA ENGENHARIA

Planejamento Financeiro

ABC e UEP um ensaio em empresa de software

TI em Números Como identificar e mostrar o real valor da TI

Sistemas de Informação I

componente de avaliação de desempenho para sistemas de informação em recursos humanos do SUS

Análise Estruturada de Sistemas

Proposta de avaliação de desempenho através dos custos da qualidade em sistemas de gestão da qualidade certificados

ENQUALAB 2013 QUALIDADE & CONFIABILIDADE NA METROLOGIA AUTOMOTIVA. Elaboração em planos de Calibração Interna na Indústria Automotiva

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS Departamento de Patologia Básica Pós-Graduação em Microbiologia, Parasitologia e Patologia

INSTRUMENTOS DE PLANEJAMENTO: PLANOS, PROGRAMAS E PROJETOS

Metodologia de Gerenciamento de Projetos da Justiça Federal

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

GESTÃO DE PROJETOS PARA A INOVAÇÃO

Curso Balanced Scorecard como ferramenta de Gestão por Indicadores

AS FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Matriz de Distribuição de OCC entre as Unidades Acadêmicas da UFMG 2010

INSTRUÇÃO DE TRABALHO PARA INFORMAÇÕES GERENCIAIS

Gerenciamento de Projetos no Marketing Desenvolvimento de Novos Produtos

4 Metodologia da Pesquisa

Gerenciamento de projetos.

Engenharia de Software II: Criando a Declaração de Escopo. Prof. Msc Ricardo Britto DIE-UFPI rbritto@ufpi.edu.br

Abordagem de Processo: conceitos e diretrizes para sua implementação

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

ESPECÍFICO DE ENFERMAGEM PROF. CARLOS ALBERTO

Programa de Excelência em Atendimento aos Clientes

5 Análise dos resultados

Elaboração e Análise de Projetos

Mapeamento de Processos

Unidade III GESTÃO EMPRESARIAL. Prof. Roberto Almeida

Instalações Máquinas Equipamentos Pessoal de produção

Universidade Paulista

Governança de T.I. Professor: Ernesto Junior Aula IV Unidade II

Esquema Básico da Contabilidade de Custos

CPF DO CANDIDATO (A): DATA: 17/11/2014. NOME DO CANDIDATO (A): PROVA ESCRITA

AVALIAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES PRESTADORAS DE SERVIÇOS DE RADIOLOGIA, DIAGNÓSTICO POR IMAGEM, RADIOTERAPIA E MEDICINA NUCLEAR

Modelo de Planejamento de Projeto orientado pelo Escopo

Gestão da Qualidade por Processos

PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO DE SOFTWARE. Modelos de Processo de Desenvolvimento de Software

O ESFORÇO PARA MELHORAR A QUALIDADE DA INFORMAÇÃO DE CUSTOS NAS INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO

Material de Apoio. Sistema de Informação Gerencial (SIG)

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

I CICLO ITINERANTE DE FORMAÇÃO PARA O TERCEIRO SETOR

ANEXO II: ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROPOSTA TÉCNICA E ECONÔMICA ÁREA DE PLANEJAMENTO 3.1

Disciplina: Suprimentos e Logística II Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

ESTÁGIO DE NIVELAMENTO DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS MACROPROCESSO DE GESTÃO DO PORTFÓLIO

6 Benefícios operacionais e financeiros atingidos após implantação do roteirizador de veículos

Aspectos Sociais de Informática. Simulação Industrial - SIND

Organização em Enfermagem

Revista Contemporânea de Contabilidade ISSN: Universidade Federal de Santa Catarina Brasil

6 Modelo proposto: projeto de serviços dos sites de compras coletivas

Estrutura da Gestão de Risco Operacional

11 de maio de Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

4. BANCO DE COMPETÊNCIAS PROPOSTA DE UMA FERRAMENTA DE APOIO À DECISÃO DE CAPACITAÇÃO DE RH

Transcrição:

! "#$ " %'&)(*&)+,.-/10.2*&4365879&4/1:.+58;.2*<>=?5.@A2*3B;.-C)D5.,.5FE)5.G.+ &4-(IHJ&?,.+ /?<>=)5.KA:.+5MLN&OHJ5F&4E)2*EOHJ&)(IHJ/)G.-D-;./);.& UM MÉTODO DE CUSTEIO HÍBRIDO (ABC/UEP) APLICADO A UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO Marcia Zanievicz da Silva (UNERJ) marciaza@unerj.br Altair Borgert (UFSC) borgert@cse.ufsc.br Charles Albino Schultz (UFSC) charles_mcr@yahoo.com.br Os tradicionais métodos de custeio aplicados na mensuração de custos - Absorção e Baseado em Atividades - de modo geral, apresentam limitações quanto à distribuição de custos indiretos a produtos e serviços. Uma forma alternativa é aplicaçãão do método das Unidades de Esforço de Produção - UEP que, em síntese, apresenta uma unidade comum de medida. Aplicada às organizações prestadoras de serviços de saúde, a utilização conjunta dos conceitos do ABC e UEP pode minimizar as dificuldades na implementação e manutenção de sistemas de gestão de custos. Neste sentido, o presente tem por objetivo sistematizar uma metodologia de custeio à luz do ABC e da UEP para custeamento de Procedimentos Médicos em organizações hospitalares, por meio de um estudo teórico-empírico, com o desenvolvimento de um modelo conceitual híbrido e aplicação prática das fases de reconhecimento e cálculo. O método sugerido é detalhado em três fases, compostas por doze etapas distintas para a sua aplicação. No que se refere à geração de informações, o método híbrido atende a dois aspectos distintos: um relacionado ao objetivo econômico e o outro à gestão das atividades. As informações relacionadas ao primeiro aspecto são disponibilizadas a partir das Ponderações por Procedimentos - PP, convertidas em unidades monetárias em dado período de tempo, adicionando-se ou não os custos diretos relacionados ao objeto de custeio pré-estabelecido. Já, o segundo aspecto é similar à visão horizontal do modelo ABC, com foco na gestão das atividades que, ao serem convertidas em Medidas de Esforço de Atividade - MEA, possibilitam a eliminação da abstração. Por fim, salienta-se que a MEA é uma unidade de medida que permanece fixa enquanto não acontecer alteração nos tempos de execução das atividades. Desta forma, para sua utilização, não necessita ser periodicamente indexada a valores monetários e serve de fonte de informação para a Gestão Baseada em Atividades - ABM.

Palavras-chaves: Método de Custeio Híbrido, Activity Based Costing, Unidade de Esforço de Produção, Custos hospitalares 2

1. Introdução Os tradicionais métodos de custeio aplicados na mensuração de custos Absorção e Baseado em Atividades de modo geral, apresentam limitações, em maior ou menor grau, geradas pela dificuldade na distribuição de custos indiretos a produtos e serviços produzidos ou executados durante o período de sua ocorrência. As dificuldades na atribuição desses custos indiretos estão relacionadas a fatores como a complexidade dos vários processos executados na elaboração de um produto ou prestação de um serviço, grande diversificação simultânea de itens ofertados e aumento da proporção de custos indiretos em relação aos diretos, dentre outros. Autores como Martins (2003), Kaplan e Cooper (1998), Brinson (1996) e Gabram et al. (1997) evidenciam a superioridade do Método ABC, comparativamente aos demais métodos, em razão de seu fundamento básico. Assim, considera-se que atividades consomem os recursos e os produtos e serviços consomem as atividades; ou seja, o método ABC rastreia os custos e distribui às atividades que os consomem na tentativa de reduzir a subjetividade na alocação dos custos indiretos. O diferencial do Método ABC é o foco na atividade e como esta consome os recursos. No entanto, o alto custo de implantação e manutenção em empresas prestadoras de serviços, freqüentemente, inviabiliza a sua utilização (ARVEY, 1990). Uma forma alternativa para a solução do problema de alocação dos custos, principalmente quando este ocorre em função da diversificação da produção, pode ser através da metodologia de custeio denominada Unidade de Esforço de Produção UEP. O método das UEP s busca, em síntese, a criação de uma unidade comum de medida para quantificar produtos de diferentes naturezas como se iguais o fossem, no sentido de simplificar o processo de alocação de custos e de gestão da produção. Além disso, o baixo custo de manutenção se apresenta como critério favorável. A utilização dos conceitos relacionados à UEP conjuntamente com os do ABC já foi objeto de estudo de Gantzel (1995), Selig, Possamai e Kliemann Neto (1995) e Borgert e Silva (2005), dentre outros. De modo geral, os autores propõem a aplicação conjunta das metodologias ABC e UEP no intuito de ampliar a geração de informações e de simplificar o processo de obtenção. Aplicada às organizações prestadoras de serviços a saúde, a utilização conjunta desses conceitos pode minimizar as dificuldades que estas instituições enfrentam na implementação e manutenção de sistemas de mensuração e controle de custos que, conforme Gabram (1997), Young e Saltman (1983) e Rocha (2004), em organizações hospitalares, se constitui numa tarefa difícil, em razão de fatores como a complexidade da sua estrutura organizacional e necessidade de investimento em recursos humanos, financeiros e organizacionais. Assim, o presente trabalho parte da suposição de que a utilização conjunta do ABC e da UEP pode facilitar a gestão dos custos em organizações hospitalares e tem por objetivo sistematizar uma metodologia de custeio à luz do ABC e da UEP para custeamento de Procedimentos Médicos nestas organizações. 2. Metodologia A presente pesquisa consiste num estudo teórico empírico e um estudo de caso que decorre de estudos preliminares da literatura, posterior desenvolvimento de um modelo conceitual de um método de custeio híbrido baseado nas metodologias ABC e UEP e aplicação prática das fases 3

de reconhecimento e cálculo. A estruturação de uma metodologia híbrida, direcionada especificamente para as organizações hospitalares se justifica pela tentativa de se aproveitar os benefícios apresentados em ambos os métodos, bem como minimizar parte das suas desvantagens identificadas na revisão da literatura levando-se em consideração as características de tais organizações. Como resultado da unificação, estabelece-se um método de custeio que, após a fase de implementação, pode fornecer informações úteis ao processo de gestão hospitalar com baixa aplicação de recursos humanos e tecnológicos, conforme observado na revisão da literatura. 3. Aspectos conceituais A partir da análise das pesquisas de Selig, Possamai e Kliemann Neto (1995), Gantzel (1995), Rucinski e Lima (1995), Coral et al. (1998) e Borgert e Silva (2005) pode-se, resumidamente, classificá-las em três abordagens distintas, quanto a unificação do ABC com a UEP: a) Selig, Possamai e Kliemann Neto (1995) propõem a utilização do conceito de atividade proposto pelo ABC, para estabelecer quais atividades se calculam pela UEP e quais podem ser rateadas aos produtos através de rateios específicos; b) Gantzel (1995), Rucinski e Lima (1995) e Coral et al. (1998) separam as atividades das empresas em atividades produtivas e não produtivas, utilizando-se da UEP para mensuração das produtivas e o ABC para as não produtivas; c) Borgert e Silva (2005) utilizam o ABC como base para o cálculo da UEP e a aplicam no setor de serviços. 4. Estruturação do método de custeio híbrido O método híbrido se baseia nos conceitos e sistemáticas de implementação da metodologia do ABC, para que, a partir dos valores alocados às atividades conforme a sistemática de rastreamento dos custos do ABC seja, então, estabelecido o custo do Procedimento Médico Base e o índice de relação, não apenas entre os demais procedimentos médicos (PP) em relação ao base, mas também, aos índices das atividades (MEA). Fase 1 Identificação e treinamento 1 - Estabelecer escopo do projeto 2 - Orientação para os gestores 3 - Formação e treinamento da equipe do projeto Etapas para implementação da metodologia Fase 2 Reconhecimento 4 - Mapeamento do processo atual 5 - Levantamento e descrição das atividades 6 - Levantamento de dados financeiros 7 - Identificação dos direcionadores de recursos e de atividades Fase 3 Cálculo 8 - Alocação dos custos às atividades 9 - Determinação do Procedimento Base 10 - Cálculo do custo do Procedimento Base 11 - Cálculo da Constante de Esfornço da Atividade (CEA) 12 Determinação da Medida de Esforço da Atividade (MEA) e a Ponderação por Procedimento (PP) Figura 1 Fases de implementação do método híbrido e suas etapas De modo genérico, o modelo conceitual proposto (figura 1) está dividido em três fases, compostas de doze etapas, desenvolvidas a partir das fases de implantação do ABC sugeridas por Ching (2001) e das etapas de implantação da UEP propostas por Bornia (2002). As três fases consistem em: 4

a) Fase de Identificação e Treinamento: as etapas que compõem esta fase estão relacionadas com a estratégia que é utilizada para formar e treinar as equipes de trabalho, com a elaboração de um roteiro para implementar o projeto e com a identificação e estudo do maior número possível de variáveis envolvidas; b) Fase de Reconhecimento: agrupa as etapas que têm por objetivo o levantamento de dados físicos e financeiros, além dos processos exigidos para a execução dos serviços prestados; c) Fase de Cálculo: inclui as etapas destinadas ao cálculo do custo dos Procedimentos Médicos em um dado período de tempo e a determinação da Medida de Esforço de Atividade MEA e da unidade Ponderada destes Procedimentos PP. 4.1. Fase de Identificação e Treinamento Nesta fase, o modelo sugere três etapas distintas, que são: estabelecer o escopo do projeto; orientação para os gestores e formação e treinamento da equipe do projeto. Etapa 1 estabelecer o escopo do projeto: ao ser atendido no hospital, o paciente requer serviços muito distintos, que são desencadeados a partir da transação do Prontuário Médico ou da Ficha de Internação. Alguns destes serviços são completamente independentes e o departamento que os realiza pode ser percebido como uma outra empresa que está fisicamente constituída no mesmo local. Assim, uma decisão importante é: como caracterizar serviços prestados de forma indireta aos pacientes serviços de base e auxiliares como um serviço distinto que tem seu processo de prestação de serviços acionado a partir da demanda exigida de seus clientes internos, ou, como um departamento que está inserido no processo de prestação de serviços necessários para atender vários tipos de eventos que desencadeiam transações e atividades. Sugere-se que os serviços de base e auxiliares sejam tratados como serviços finais e que o custo de suas atividades seja rastreado para cada tipo de serviço que prestam. Assim, é possível transferi-lo para os clientes solicitantes por meio de alocação de custos direta. Outro fator a ser determinado no início do processo é a forma de organização das equipes de trabalho durante o processo de implantação. É necessário planejar o número de pessoas por equipe, a periodicidade das reuniões de trabalho, os responsáveis em cada equipe e o responsável pelo projeto como um todo. Etapa 2 orientações para os gestores: chamada de sessão educacional por Ching (2001), as orientações para os gestores têm o objetivo de esclarecer dúvidas dos gestores envolvidos em relação ao método, objetivos, etapas de implantação, resultados esperados, limitações, recursos necessários e familiarizá-los com os termos técnicos empregados na metodologia. Etapa 3 formação e treinamento da equipe do projeto: destina-se a formar os grupos, estabelecidos pela primeira etapa, com delegação de um líder e relator em cada grupo. A partir da formação desses grupos de trabalho, promovem-se, então, encontros para orientações e treinamento quanto a conceitos relacionados a custos e ao método aplicado, objetivos pretendidos, as etapas, a importância para a gestão do hospital. Neste momento, é necessário a geração de um clima positivo a fim de criar um impacto favorável nos envolvidos. 4.2. Fase de reconhecimento A fase de reconhecimento é composta por quatro etapas que compreendem: o mapeamento do processo atual, o levantamento e descrição das atividades, o levantamento dos dados financeiros e a identificação dos direcionadores de recursos e das atividades. Etapa 4 mapeamento do processo atual: após definir como são tratados os setores auxiliares, 5

inicia-se o processo de mapeamento das atividades, que é executado pelas equipes de trabalho, com o apoio dos gestores. Esta etapa demanda tempo, devido a série de processos que são executados em um hospital. Sugere-se que se estabeleça um roteiro de trabalho que contemple por onde se inicia o processo de mapeamento. Ainda, deve-se criar o fluxograma das principais atividades e determinar qual fator que desencadeia a entrada e a saída das atividades (CHING, 2001). Etapa 5 levantamento e descrição das atividades: é o início da validação do processo mapeado. São realizadas entrevistas com os profissionais envolvidos nas rotinas de cada atividade. A partir do mapeamento da fase anterior, descreve-se detalhadamente cada atividade e suas rotinas, os profissionais envolvidos, confere-se a entrada (o que dispara a atividade) e a saída e determina-se o tempo gasto para sua realização. Sugere-se a elaboração de um dicionário de atividades ou adequar algum manual de rotinas já existente, para uniformizar as atividades realizadas em cada processo. Etapa 6 levantamento de dados financeiros: tem o objetivo de coletar dados sobre os gastos relacionados à mão-de-obra direta e indireta, materiais indiretos, depreciação e demais despesas junto aos setores responsáveis. Além disso, torna-se necessária verificar a alocação dos custos dos materiais diretos aos procedimentos e avaliar se os critérios utilizados são coerentes com o escopo do projeto. Etapa 7 identificação dos Direcionadores de Recursos e dos Direcionadores de Atividades: em um hospital, a predominância dos custos é relacionada a recursos humanos (75% aproximadamente). Dessa forma, o direcionador tempo, é indicado como direcionador de segundo estágio (CHING, 2001). Porém, no que se refere ao Direcionador de Primeiro Estágio a análise da forma de consumo dos recursos com base nos dados identificados na etapa cinco, pode oferecer a possibilidade de determinação de direcionadores diferentes do direcionador tempo. 4.3. Fase de Cálculo Para a aplicação do modelo subdivide-se esta fase em cinco etapas distintas: alocação dos custos às atividades; determinação do Procedimento Base; cálculo do custo do Procedimento Base; cálculo da Constante do Esforço da Atividade CEA; cálculo das Medidas de Esforço da Atividade MEA e da Ponderação por Procedimento PP. Etapa 8 alocação dos custos às atividades: trata-se da distribuição dos custos identificados às atividades com base nos direcionadores estabelecidos. A alocação dos recursos indiretos às atividades pode ficar limitada àqueles julgados representativos e com possibilidade de rastreamento objetivo. A não inclusão de recursos de difícil alocação e com baixa representatividade nos custos totais é defendida por Allora e Allora (1995) e Perrin (1971), pois para o método da UEP, o objetivo da determinação monetária dos custos é apresentar uma quantificação capaz de estabelecer uma relação proporcional entre a atividade e os vários serviços prestados. Considerando-se que a medida de saída é o tempo, estabelece-se, nesta etapa, a capacidade total de horas disponíveis para cada atividade. O número de horas disponíveis é obtido através da multiplicação do número de funcionários pelas suas respectivas horas de trabalho, descontadas as folgas, férias e licenças. Depois de determinada a capacidade de horas disponível, divide-se o valor obtido com a soma de todos os custos alocados para cada atividade pela sua respectiva capacidade em horas. 6

Ž ŒŒŒ Š P PQ RSRUT8V W XYVAZ\[ XVA]W RSXYVA]^F_Y`6`.aYbY`8aYcY% dye%f_y`6gud hy_yi jk% h Desta forma, obtém-se o custo para cada hora de atividade, em cada uma das atividades, ou seja, o Custo por Hora (Foto-Índice), conforme equação n onde, Ch é o custo para Ch = CTi i=1 uma hora de trabalho; CT é a soma dos custos identificados na atividade; HT é o total de horas trabalhadas no período. Etapa 9 determinação do Procedimento Base: na metodologia da UEP necessita-se de um produto que sirva de parâmetro, para que se calcule o valor em UEP dos demais produtos fabricados. Neste estudo utiliza-se a mesma metodologia, porém o objeto de custo é um procedimento médico, uma vez que, na área da saúde os procedimentos médicos, normalmente, servem de base para a cobrança dos serviços prestados. Logo, a alocação dos custos por procedimento favorece a confrontação entre receitas e despesas. O Procedimento Base deve ser representativo, seja pelo número de vezes em que ocorre, seja pela complexidade ou tempo de execução ou por um conjunto de fatores. Assim, recomendase que seja feito o fluxo de execução do Procedimento Base. Etapa 10 cálculo do Custo do Procedimento Base: trata-se da identificação das atividades consumidas pelo Procedimento Base e o tempo de realização, em cada uma das atividades. O cálculo do Custo do Procedimento Base é a soma dos custos do tempo de passagem em cada atividade, realizado por meio da equação n CPB = ( ), onde: CPB é o custo do i= 1 TpB i Ch i Procedimento Base e TpB é o tempo de passagem do Procedimento Base em cada atividade. Etapa 11 cálculo da CEA: o valor da CEA é obtido através da divisão do Custo por Hora pelo Custo do Procedimento Base. Desse modo, estabelece-se uma relação proporcional entre o tempo de execução do procedimento utilizado como base e o custo atribuído, naquele momento, a este procedimento base. Pela concepção teórica da UEP, esta relação entre tempo e custo permanece a mesma enquanto não houver mudanças na forma de execução dos procedimentos médicos, ou seja, enquanto as atividades ou os tempos de execução não sofrerem alterações. O valor da CEA é determinado pela equação Ch CEA =. CPB Etapa 12 determinação da MEA e da PP: a partir da CEA, que deve ser atribuída a todas atividades identificadas é possível determinar a unidade base para os demais procedimentos realizados. Esta unidade base é denominada pelo método da Unidade de Produção de UEP. No caso de serviços hospitalares sugere-se que esta unidade base seja denominada de Ponderação por Procedimento PP adequando-se a nomenclatura para a área médica. Para se obter o valor da PP, primeiramente é necessário calcular a MEA, que é obtida através da multiplicação do tempo de passagem do procedimento objeto de cálculo em cada atividade pela respectiva CEA da atividade, conforme a equação MEA = Tp CEA. O PP é determinado pela soma das MEAs de todas as atividades necessárias na execução n desse serviço, como representado pela equação PP = MEA i. 4.4. Resultados do estudo de caso As etapas relacionadas às fases 2 e 3 que se destinam ao reconhecimento e cálculo propriamente dito foram testadas por meio de um estudo de caso realizado no setor de Tocoginecologia de um Hospital Universitário da Federal HU, especificamente para a i= 1 ( HT ) 7

determinação da CEA, MEA e PP dos procedimentos médicos relacionados ao evento: parto normal e cesárea. A tabela de reembolso do SUS subdivide o evento parto em quatro procedimentos médicos Parto Normal, Parto Cesárea e Parto Normal e Parto Cesárea para pacientes de alto risco porém, na pesquisa o mesmo foi subdivido em oito possibilidades distintas PP1 a PP8 (quadro 1). Esta subdivisão foi identificada junto aos funcionários envolvidos na sua execução durante a fase de conhecimento e mapeamento do processo atual, onde se constatou que o tempo de execução de tais procedimentos é mais sensível do que o estabelecido pelo SUS e, inclusive, pelos planos de saúde. Em relação às atividades, identificadas na fase de coleta de dados, como necessárias para a execução dos eventos (quadro 1), tem-se que as atividades A1 até A5 se referem a prestação de serviços. As atividades A6 até A8 se referem às atividades relacionadas à disponibilidade da estrutura tecnológica e física para atender a permanência dos pacientes (mãe e filho) e seu acompanhante durante toda a sua estada no hospital. Atividades Procedimentos A1 Executar atos de auxílio de enfermagem PP1 Parto normal sem episiotomia e sem laceração A2 Executar assistência obstétrica PP2 Parto normal com episiotomia A3 Executar assitência anestésica PP3 Parto normal com laceração de 1º grau A4 Executar assistência neonatal PP4 Parto normal com laceração de 2º grau A5 Executar assistência de enfermagem PP5 Parto normal com laceração de 3º grau A6 Apoiar fase ativa do parto PP6 Parto normal com episiotomia e analgesia A7 Apoiar fase expulsiva do parto PP7 Parto cesárea com analgesia peridural A8 Apoiar fase pós-parto PP8 Parto cesárea com analgesia geral Quadro 1 Atividades e procedimentos relacionados ao evento parto normal ou cesárea no HU O cálculo da CEA (quadro 2), consiste em dividir o custo/hora de cada atividade pelo custo do Procedimento Base. O custo do Procedimento Base que neste estudo é o PP7 foi calculado por meio do acompanhamento e cálculo detalhado de cada item de custo fundamentado a partir dos conceitos do ABC. Atividade Custo/hora Custo do Procedimento Padrão CEA A1 Executar atos auxílio de enfermagem 22,12 0,2778 A2 Executar assistência obstétrica 37,20 0,4673 A3 Executar assistência anestésica 34,40 0,4321 A4 Executar assistência neonatal 34,73 0,4364 795,98 A5 Executar assistência de enfermagem 30,10 0,3782 A6 Apoiar fase ativa de parto 0,69 0,0086 A7 Apoiar fase expulsiva de parto 6,84 0,0859 A8 Apoiar período pós-parto 2,18 0,0274 Quadro 2 Cálculo da CEA Isso consiste dizer que uma hora de atividade A1 vale 0,2778 CEA. A CEA é um índice e sua relação com o Procedimento Base permanecerá equivalente independentemente das oscilações dos custos. Esse índice somente se modifica quando há modificação nos tempos que cada atividade leva para ser realizada ou na estrutura utilizada para realizar cada atividade. Com a observação dos tempos de execução (TE) das atividades para cada procedimento, identificados no estudo de caso, no quadro 2 apresenta-se o cálculo da MEA e da PP para os 8

oito procedimentos. O cálculo da MEA consiste na multiplicação da CEA pelo TE que cada atividade despende, conforme o tipo de procedimento. A partir da soma dos valores das MEAs obtém-se o valor da PP de cada procedimento. PP1 PP2 PP3 PP4 PP5 PP6 PP7 PP8 CEA TE MEA TE MEA TE MEA TE MEA TE MEA TE MEA TE MEA TE MEA A1 0,278 7,900 2,195 8,713 2,421 8,713 2,421 9,380 2,606 11,380 3,161 9,047 2,513 10,880 3,022 10,880 3,022 A2 0,467 2,833 1,324 3,500 1,636 3,500 1,636 3,667 1,713 4,333 2,025 3,667 1,713 4,250 1,986 4,250 1,986 A3 0,432 - - - - - - - - - 1,250 0,540 1,750 0,756 1,583 0,684 A4 0,436 1,250 0,546 1,250 0,546 1,250 0,546 1,250 0,546 1,583 0,691 1,250 0,546 1,250 0,546 1,250 0,546 A5 0,378 4,083 1,544 4,417 1,670 4,417 1,670 4,917 1,859 5,583 2,112 4,583 1,733 5,083 1,923 5,083 1,923 A6 0,009 2,333 0,020 2,333 0,020 2,333 0,020 2,333 0,020 2,333 0,020 2,333 0,020 2,667 0,023 2,667 0,023 A7 0,086 5,000 0,430 6,000 0,515 6,000 0,515 6,500 0,558 8,000 0,687 12,000 1,031 5,000 0,430 5,000 0,430 A8 0,027 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 48,00 1,315 Valor da PP 7,37 8,12 8,12 8,62 10,01 9,41 10,00 9,93 Quadro 2 Cálculo da Ponderação por Procedimento PP Com relação ao quadro 2, observa-se que os esforços necessários para realizar um Parto normal com laceração de 3º grau (PP5) é de 10,01 PP, similar ao necessário para realizar um Parto cesárea com analgesia peridural (PP7) que tem PP igual a 10. Ainda, pode-se inferir que, a MEA da Atividade A1 em um Parto normal com laceração de 3º grau (PP5) é, isoladamente, a que mais despende recursos humanos, enquanto que os recursos despendidos pela atividade A8 são indiferentes ao tipo de parto realizado. 5. Conclusão Este estudo destinou-se a estruturar o método híbrido direcionado para as organizações hospitalares com base na revisão literária. Na tentativa de melhorar a compreensão do método híbrido sugerido, optou-se em detalhá-lo em doze fases distintas, julgadas necessárias à aplicação do modelo de forma genérica. No entanto, na prática, conforme a necessidade, as etapas podem ser unificadas, eliminadas ou ampliadas. Além disso, há a possibilidade de que algumas destas etapas se estendam durante todo o processo de implantação, como no caso das três primeiras. Assim como ocorre com o ABC e a UEP, o método híbrido necessita de revisões periódicas que identifiquem alterações significativas em processos ou tempo de execução das atividades que podem afetar o valor das Medidas de Esforços das Atividades MEA e, conseqüentemente, da Ponderação por Procedimento PP. No que se refere à geração de informações, acredita-se que o método híbrido pode servir sob dois aspectos distintos, um relaciona-se ao objetivo econômico e o outro à gestão das atividades. O primeiro aspecto é similar à visão vertical do ABC, pois enfatiza as informações relacionadas com a determinação do preço de custo para objetos de custeio que podem ser: procedimentos médicos; paciente; especialidades clínica; setores; dentre outros. No modelo proposto, as informações relacionadas ao primeiro aspecto são disponibilizadas a partir das Ponderações por Procedimentos PP, convertidas em unidades monetárias em dado período de tempo, adicionando-se ou não os custos diretos relacionados ao objeto de custeio pré-estabelecido. Já o segundo aspecto é similar à visão horizontal do modelo ABC, pois seu foco é a gestão das atividades, que, ao serem convertidas em Medidas de Esforço de Atividade MEA possibilitam a eliminação da abstratação, característica da execução dos serviços, o que 9

poderá facilitar a gestão hospitalar. Por fim, salienta-se que a MEA é uma unidade de medida que permanecerá fixa enquanto não houver alteração nos tempos de execução das atividades. Desta forma, para sua utilização não necessita ser periodicamente indexada a valores monetários e serve de fonte de informação para a Gestão Baseada em Atividades ABM. Referências ALLORA, F.; ALLORA, V. UP unidade de medida da produção para custos e controles gerenciais das fábricas.são Paulo: Pioneira, 1995. ARVEY, R. Controlling service sector costs. CMA Management, v. 6, n. 64, p. 26-27, jul./ago.1990. BORGERT, A.; SILVA, M.Z. da. Método de custeio híbrido para a gestão de custos em uma empresa prestadora de serviços. In. II CONGRESSO MERCOSUL DE CUSTOS E GESTÃO, IX CONGRESSO INTERNACIONAL DE CUSTOS E XII CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Anais. Florianópolis: ABC, nov. 2005. BORNIA, A.C. Análise gerencial de custos: aplicação em empresas modernas. Porto Alegre: Boockman, 2002. CHING, H.Y. Manual de custos de instituições de saúde: sistemas tradicionais de custos e sistema de custeio baseado em atividades (ABC). São Paulo: Atlas, 2001. CORAL, E. et al. Management information and evaluation system (MIES): a structured cost planning and control tool. In: V CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Anais. Fortaleza: ABC, set. 1998. BRINSON, J.A. Contabilidade por atividades: uma abordagem de custeio baseado em atividades. São Paula: Atlas, 1996. GABRAM, S.G.A. et al. Why activity-based costing works: health care costing systems. Physician Executive, v.23, n. 6, p. 31-46, jul./ago. 1997. GANTZEL, G.L. Aplicação integrada dos métodos ABC e UEP. In. II CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Anais. Campinas: ABC, out. 1995. KAPLAN, R.S.; COOPER, R. Custo desempenho: administre seus custos para ser mais competitivo. São Paulo: Futura, 1998. MARTINS, E. Contabilidade de custos. 9.ed. São Paulo: Atlas, 2003. PERRIN, G. Control de costes por el método G.P. Madri: Ibercio Europea de Ediciones, 1971. ROCHA, V.L. da. Dificuldades na implantação de sistemas de custeio em instituições hospitalares: estudo de caso em um hospital de Florianópolis. 2004. 115 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia de Produção) Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2004. RUCINSKI, L.; LIMA, P.C. Integração da metodologia do ABC e UEP no sistema ABC. In. II CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Anais. Campinas: ABC, out. 1995. SELIG, P. M.; POSSAMAI, O.; KLIEMANN NETO, J.F. A inter-relação entre a capacidade e a melhoria do valor de uma empresa. In. II CONGRESSO BRASILEIRO DE CUSTOS. Anais. Campinas: ABC, out. 1995. YOUNG, D.W.; SALTMAN, R.B. Preventive medicine for hospital cost. Harvard Business Review. v. 61, p. 126-133, Jan./fev. 1983. 10