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Transcrição:

Documentação de apoio aos alunos 2017/18 Adaptado por: Prof. Lino Oliveira

A. RESUMO DA HISTÓRIA DO VOLEIBOL O Voleibol é um jogo desportivo coletivo, jogado sobre uma área de 18 metros de comprimento por 9 de largura, dividida por uma rede em duas partes iguais e opondo duas equipas compostas por seis elementos. Tendo como objetivo, fazer a bola tocar no terreno de jogo adversário, passando por cima da rede. Teve origem no Mintonette, jogo que foi criado em 1825, por William Morgam, Professor de Educação Física no colégio de Holioke, em Massachussets E.U.A, na tentativa de encontrar uma atividade recreativa para os alunos homens de negócios que frequentavam os seus cursos, pensou num jogo que não fosse tão fatigante como basquetebol e que não necessita-se de tanto material e espaço como ténis. Este jogo percursor do Voleibol, inicialmente era jogado com a câmara de ar de uma bola de basquetebol, num recinto retangular entre duas equipas que deveriam manter a bola em movimento fazendo-a transpor uma rede até que ela tocasse no campo do adversário ou fosse batida para fora do terreno de jogo, assim, este jogo poderia ser praticado em qualquer lugar e por um qualquer número de jogadores. Em 1986, durante uma primeira exibição pública deste jogo, o Professor A. Halstread sugeriu a mudança do nome da modalidade para Volleyball, designação que perdurou e é universalmente aceite. A expansão do Voleibol primeiramente nos países limítrofes dos E.U.A, nomeadamente no Canadá (1900), Cuba (1905), Porto Rico (1909), Uruguai (1912), Brasil e Perú (1917). Chegou à China e ao Japão em 1908 e durante a Primeira Guerra Mundial foi introduzido na Europa pelas tropas norte americanas, desenvolvendo-se rapidamente pela França, Checoslováquia, Bulgária e União Soviética. À medida que se expandiu o Voleibol evoluiu e desenvolveu-se de modo diferente nos vários países, em relação ao estilo de jogo e às próprias regras (nº de jogadores, nº de tentativas de serviço, ). Somente após a criação da F.I.V.B (Federação Internacional de Voleibol) em 1974, e é que se regulamentaram leis de jogo comuns a todos os países que se dedicavam à prática do Voleibol. Em 1948, realizou-se o 1º Campeonato da Europa masculino, no ano seguinte teve lugar o 1º Campeonato do mundo masculino tornando-se modalidade olímpica em Tóquio (1964). Em Portugal, o Voleibol foi introduzido pelas tropas norte-americanas que estacionaram nos Açores, durante a 1º Guerra Mundial, expandindo-se para Lisboa nas Escolas Superiores e Faculdades. A mocidade Portuguesa ao incluir nas suas atividades, divulgou e estendeu a sua prática por todo o país, assim como as Forças Armadas e a FNAT (atual INATEL). Sendo criado a Federação Portuguesa de Voleibol, em 1947, ajudando a fundar a juntamente com mais treze países a FIVB

(organismo que dirige o voleibol a nível mundial). Portugal participou no primeiro Campeonato da Europa em Roma, em 1948, classificando-se no quarto lugar entre seis equipas presentes. Nos nossos dias, o Voleibol, ultrapassou limites e ocupa espaços abertos, aparecendo, como alternativa o Voleibol de Praia. Esta nova variante é um fenómeno que se tem vindo a expandir um pouco por todo o mundo, chegando mesmo a alcançar o estatuto de modalidade Olímpica.

B. REGRAS DO JOGO O voleibol é um desporto coletivo jogado por duas equipas de seis jogadores num terreno dividido a meio por uma rede. A bola é jogada por batimentos efetuados principalmente com as mãos e os braços, podendo no entanto ser tocada com qualquer parte do corpo. 1. Objetivo do Jogo O objetivo do jogo é o de enviar a bola por cima da rede, por forma a tocar o campo contrário e impedir por sua vez que ela toque o solo no seu próprio campo. 2. Conquista de bola/conquista de Ponto A jogada desenvolve-se até que a bola toque no solo, seja enviada para fora ou seja cometida uma falta, atribuindo-se imediatamente um ponto. Quando a equipa que recebe conquista a jogada, ganha um ponto, ganha o direito de servir e os seus jogadores efetuam uma rotação, deslocando-se uma posição no sentido dos ponteiros do relógio, obrigando os jogadores a jogarem em todas as zonas e posições do campo (servir, atacar e defender). 3. Conquista de Ponto A equipa ganha ponto sempre que o adversário não devolver a bola ou cometer outra falta. 4. Ganhar um Set A equipa ganha um set quando obtém 25 pontos com uma vantagem de 2 pontos e ganha jogo quando vencer 3 sets. Em caso de vantagem de apenas um ponto, jogam até chegar a uma vantagem de dois pontos. No caso de estar 2-2 em sets, o último set é jogado até aos 15 pontos, se não houver vantagem de dois pontos, ganha a equipa que fizer primeiro 17 pontos. 5. A Área de Jogo A área de jogo é um retângulo com 18x9 metros, de superfície plana, horizontal e uniforme. 1- Linha de meio campo 2- Linha de ataque 3- Zona de serviço 4- Zona de ataque 5- Zona de defesa 6- Rede 7- Poste 8- Vareta

6. A Rede A rede encontra-se a 2.43m de altura nas competições masculinas e a 2.24m nas competições femininas em um 1 metro de largura e 9,5 cm de comprimento, tendo na parte superior uma banda de tela branca com 5 cm e lateralmente tem duas bandas colocadas verticalmente com igual largura. As varetas limitam lateralmente o espaço de passagem da bola e são consideradas como fazendo parte da rede. 7. A Bola A bola tem um peso entre 260 a 280 g, circunferência de 65 a 67 cm. 8. Composição da Equipa A equipa é composta por 12 jogadores, sendo um deles o capitão de equipa, um treinador, treinador-adjunto, um massagista e um médico. 8.1 Jogador Líbero Cada equipa pode ter, entre os jogadores inscritos no boletim de jogo, um ou dois jogadores que desempenham a função de líbero. Estes jogadores, que estão equipados com uma camisola de cor diferente dos restantes colegas, podem entrar e sair do campo sem autorização dos árbitros, no intervalo entre duas jogadas, para ocupar uma posição defensiva (zonas 5, 6 e 1). O líbero não pode atacar nenhuma bola acima do bordo superior da rede, mesmo na zona defensiva, e não pode distribuir em toque de dedos dentro da zona de ataque. É obrigado a sair do campo (troca) quando a rotação implica a sua passagem para a zona de ataque (zona 4). O líbero pode trocar diretamente com outro líbero. 9. Posições dos Jogadores As posições dos jogadores de campo estão numeradas de 1 a 6, partindo da zona de serviço, partindo da zona de serviço e no sentido contrário ao dos ponteiros de relógio. 10. Execução do Serviço O jogador tem apenas uma tentativa de 5 segundos para efetuar o serviço após o apito do árbitro, não podendo pisar a linha de fundo antes ou durante o batimento. A bola pode tocar na rede, desde que a passe para o campo adversário. A bola terá de ser largada ou lançada ao ar e só depois batida. 11. Passe No passe a bola tem de ser tocada simultaneamente com as duas mãos, sendo considerado transporte quando a bola é empurrada em vez ser tocada pelos dedos.

12. Toque na Rede Não é permitido tocar na rede em toda a sua extensão e nas varetas. 13. Bola Fora A bola é considerada fora quando toca no solo exteriormente às linhas laterais e finais do campo, quando tocar num objeto exterior fora do terreno de jogo, teto, varetas e postes. Um jogador pode ultrapassar os limites do terreno de jogo para ir jogar uma bola, impedindo-a de tocar no solo exteriormente às linhas limítrofes. 14. Bola Dentro A bola é dentro quando toca no solo da área de jogo, incluindo as linhas de delimitação. 15. Tocar a bola A bola pode sempre tocar na rede, na ação de bloco é permitido tocar na bola do outro lado da rede. 16. Rotação Para executar o serviço, a equipa que adquire o direito de servir deve efetuar, previamente, uma rotação dos jogadores no sentido dos ponteiros do relógio. A cada mudança de serviço corresponde uma rotação.

17 - Permutações A partir do momento da execução do serviço, os jogadores podem trocar de posição no terreno. Estas trocas deposição, também chamadas permutações, devem no entanto respeitar a zona defensiva e a zona de ataque. Os jogadores defesas, dentro da zona de ataque, não podem participar no bloco, em lances de ataque ou enviar a bola para o campo adversário, quando esta se encontra a um nível mais elevado do que o bordo superior da rede. As permutações fazem-se no sentido de: * Aproveitar ao máximo as características de cada jogador; * Especializar os jogadores numa dada posição * Melhorar a adaptação à equipa contrária. 18 Penetração De modo a criar uma maior eficácia atacante, as equipas utilizam geralmente três atacantes na acção defensiva, o que obriga um jogador da zona defensiva a deslocar-se para a zona de ataque na tarefa de distribuir o jogo. A este jogador damos o nome de passador, distribuidor ou até mesmo levantador. Esta movimentação, que se opera num plano perpendicular à rede, tem o nome de penetração. De acordo com a colocação do passador, esta movimentação pode efectuar-se a partir das posições 1, 6 ou 5.

C. PRINCIPAIS AÇÕES TÉCNICO-TÁTICAS 1. Posição de Base Fundamental O que é? Pode-se definir como a atitude preparatória que o jogador adota, de modo a responder com mais eficácia às várias situações de jogo e a permitir uma intervenção mais correta e tecnicamente mais adequada, permitindo um menor tempo de reação, uma maior facilidade de deslocamento e um bom equilíbrio na ação efetuar. Componentes críticas: - um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados à largura dos ombros; - a planta do pé em contacto com o solo; - membros inferiores ligeiramente fletidos ( C.G. baixo ); - tronco ligeiramente inclinado à frente; - membros superiores à frente; olhar dirigido para a bola. 2. Deslocamentos O que são? São os movimentos de locomoção dos jogadores, sendo um aspeto determinante para a realização correta dos gestos técnicos de ataque ou defesa. Permite adotar uma relação favorável entre o corpo a bola e o gesto técnico a efetuar, ajustando a sua posição com a dos colegas e espaço de jogo. Os deslocamentos devem ser precisos, com um ritmo contínuo, rápidos e controlados. A paragem deve ser equilibrada permitindo uma boa intervenção sobre a bola.

Componentes críticas: - Partindo da posição base, deslocamentos alternados dos pés - Ligeira elevação dos joelhos - Pés sempre colocados lateralmente 3. Passe O que é? È utilizado como meio de transmissão da bola e de preparação do ataque. O passe pode ser executado com as mãos (toque de dedos) ou com os antebraços (passe em manchete) Componentes críticas: - um pé ligeiramente avançado em relação ao outro e afastados à largura dos ombros; - flexão/extensão em simultâneo dos membros inferiores e dos membros superiores (mola); - membros superiores em extensão; - mãos em forma de concha (dedos afastados e polegares orientados para o rosto); - a zona de contacto com a bola são os dedos; - o passe é feito acima e à frente da cabeça; - ligeira abdução, no final movimento dos pulsos; - cabeça levantada e olhar dirigido para a frente. 4. Manchete O que é? É o gesto técnico normalmente utilizado na receção do serviço. Excecionalmente pode ser usado como meio de passar a bola. É um aspeto

fundamental do jogo, já que é a partir da receção que se organiza toda a ação ofensiva. Para a sua execução é importante considerar os deslocamentos e uma posição de espera correta. Componentes críticas: - O ponto de contacto com a bola são antebraços, oferecendo uma ampla superfície de contacto, estando os braços em completa extensão e rotação externa; - As mãos sobrepostas, uma envolver a outra, ou tocarem-se pelos pulsos com os cotovelos praticamente unidos; - No momento do contacto com a bola, deverá existir um movimento de extensão de todo o corpo para cima e para a frente, partindo dos membros inferiores acompanhada da elevação dos braços; - Bola contactada abaixo do plano dos ombros, os braços não devem passar este plano e o seu movimento deverá estar sempre controlado; - Controlo visual da bola e dos antebraços e continuação da extensão e retroversão da bacia acompanhada o movimento de saída da bola. 5. Serviço O que é? É o primeiro gesto técnico a iniciar o jogo, consiste em bater a bola com uma mão enviando-a para o meio campo opositor. Quando bem executado é um excelente meio de ataque e de preparação da própria defesa. 5.1. Serviço por Baixo

Componentes críticas: - Corpo paralelo à linha final, flexão dos membros inferiores e ligeira flexão do tronco à frente; - O pé mais adiantado é contrario ao braço de batimento; - A mão que segura a bola deverá estar colocada num plano ligeiramente superior ao plano dos joelhos e no prolongamento do braço que vai bater. - Movimento detrás para a frente do braço de batimento e da mão que segura a bola acompanhado da extensão das pernas para a frente e para cima, passando o peso do corpo para o apoio da frente; - O contacto com a bola é feito no plano inferior com a mão aberta e braço em extensão, imprimindo-lhe uma trajetória de baixo para cima e para a frente, tal como o movimento das pernas; - Após o batimento da bola, a elevação do braço continua acompanhando a saída da bola, passando o pé colocado atrás para a frente do apoio dianteiro, permitindo a entrada imediata do jogador em campo. 5.2. Serviço por cima Componentes críticas: - Corpo paralelo à linha final com os membros inferiores um à frente do outro em ligeira flexão; - O pé mais avançado deverá ser o contrário ao do braço de batimento; - Bola lançada ao ar com uma ou duas mãos, na vertical entre o plano da cara e do ombro dominante, acompanhada de um avanço da bacia e de um movimento posterior do tronco com a elevação dos dois braços; - O braço de batimento encontra-se armado atrás e por cima da cabeça e o braço livre elevado. - No momento do batimento todo o corpo efetua um movimento de trás para a frente, passando o peso do corpo para o apoio da frente;

- O braço de batimento efetua um movimento rápido, procurando bater a bola no seu ponto mais alto, continuando o movimento do braço após o batimento. 6. Remate O que é? É o gesto técnico de finalização do ataque, de alta espetacularidade e difícil execução. O remate envolve diversas ações motoras, quando qualquer delas for executada incorretamente poderá comprometer à eficácia final do gesto. Componentes críticas: - O penúltimo apoio é o mais largo e resulta do maior avançado da perna oposta à da chamada. - Grande flexão dos membros inferiores e movimento dos braços da frente para trás e sua colocação em extensão atrás do corpo; - Movimento de elevação de todo o corpo apoiado na extensão dos membros inferiores e no movimento dos braços de trás para a frente e de baixo para cima; - Elevação dos dois braços; - Armar o braço de remate por trás da cabeça, colocando o ombro livre a apontar para a zona de remate. - Movimento rápido do braço de remate de cima para baixo, acompanhado simultaneamente do movimento de trás para a frente de todo o corpo; - A bola deve ser batida no ponto mais alto com a mão rígida e dedos unidos; - A bola é batida à frente do plano do corpo com o braço em extensão, continuando o movimento após o batimento.

7. Bloco O que é? O bloco constitui a primeira acção defensiva no intuito de suster o ataque adversário. Esta acção situa-se junto e acima da rede, no próprio campo e/ou no campo do adversário. O bloco é uma acção efectuada por um, dois ou três jogadores atacantes, que, elevandose e formando uma barreira com as mãos, procuram modificar e impedir a trajectória da bola, tentando reenviá-la para o campo do adversário e anular a acção de ataque. Pode ser considerada como a primeira acção defensiva quando as mãos dos blocadores são colocadas no seu próprio campo, tomando o nome de bloco defensivo. Como a primeira acção ofensiva, quando as mãos dos blocadores são posicionadas no campo adversário, opondo-se assim com mais eficácia à acção de ataque e tomando o nome de bloco ofensivo. Podemos considerar três tipos de bloco: Bloco simples - formado por apenas um jogador e que é utilizado na iniciação ou por equipas de fraco nível técnico. Bloco duplo - a acção mais comum de bloco, que cobrindo uma maior superfície de rede responde de um modo mais eficaz ao ataque adversário. Bloco triplo - formado pelos três jogadores atacantes.

Componentes críticas: Neste gesto técnico, e numa posição inicial, os braços estão flectidos com as mãos à altura do peito. Pode ser efectuado com ou sem corrida preparatória. Durante a acção de bloco propriamente dita as mãos devem estar bem abertas, dedos tensos e ligeiramente recurvados, tentando cobrir a maior superfície possível. São condições necessárias para um bom bloco: distância bastante reduzida relativamente à rede salto executado bem na vertical ombros paralelos à rede apreciar a trajectória da bola (altura, velocidade e distância) apreciar os gestos preparatórios do atacante prever o ataque adversário tomar a posição adequada saltar tão alto quanto possível bom tempo de salto passar as mãos acima da rede agilidade e flexibilidade no ar Fases: 1. A atitude de espera Abaixamento do centro de gravidade do corpo. Flexão dos membros inferiores. Colocação das mãos numa posição alta com as palmas das mãos viradas para a rede. Braços semi-flectidos. Cotovelos colocados à altura do rosto. 2. Corrida preparatória O deslocamento pode ser executado de dois modos: - Com os apoios paralelos Um apoio nunca ultrapassa o outro. Posição do corpo sempre paralela à rede. O deslocamento integra geralmente dois apoios. No deslocamento para o lado direito o primeiro apoio a ser colocado é o direito. No deslocamento para o lado esquerdo o primeiro apoio a ser colocado é o esquerdo. - Com cruzamento dos apoios Corpo perpendicular à rede durante o deslocamento. No deslocamento para o lado direito o primeiro apoio a ser colocado é o esquerdo, seguido de uma rotação do corpo, de modo a colocá-lo paralelo à rede e logo seguido da colocação do apoio direito. Em qualquer dos tipos de deslocamento, no momento do último apoio deverá existir um maior abaixamento do centro de gravidade do corpo e um bom equilíbrio corporal, de

modo a poder assegurar-se correctamente a elevação e a alcançar-se a eficácia pretendida. 3. Salto (elevação) Acentuada flexão do corpo, de modo a poder melhorar a impulsão. Rápida extensão dos membros inferiores. Braços a subirem obliquamente até um plano superior à rede e para o campo contrário, fundamentalmente pela acção dos cotovelos e pulsos. Procurar cobrir a maior superfície possível de rede, de modo a poder contrariar a trajectória da bola e reflecti-la para o campo contrário. 4. Trabalho activo dos braços; (Reflexão da bola) Braços em completa extensão. Mãos em flexão sobre os antebraços. Mãos bem abertas e tensas. Dedos ligeiramente encurvados e afastados. 5. Queda (semelhante à do remate) O contacto com o solo deve ser efectuado com a parte anterior dos apoios, de modo a permitir um bom equilíbrio geral do corpo e a prosseguir a sua acção no jogo.

8 - AMORTI O que é? É uma forma de finalizar uma jogada através de um batimento suave com uma mão num plano superior para o solo do campo contrário. Objetivo: Colocar a bola no campo contrário, dificultando ao máximo a sua receção. As determinantes técnicas São iguais às do remate, excetuando o contacto com abola. Este deve ser executado com a ponta dos dedos por forma a imprimir à bola uma trajetória que permita fintar o bloco e a defesa adversária 9. MERGULHO O que é? É uma técnica de recurso utilizada, que permite a deslocação e um contacto com a bola o mais perto possível do chão; pode ser executado com deslizamento (mais frequente) ou sem deslizamento. Determinantes técnicas Posição inicial baixa. Propulsão do corpo para a frente e rasante. Tronco paralelo ao solo. Hiperextensão do tronco e flexão da perna sobre a coxa. Após contacto com a bola colocação dos membros superiores abaixo do tronco e mãos abaixo dos ombros. Amortecimento da queda com os dois membros superiores em simultâneo. Recuperação rápida da posição inicial

D -Fases do Jogo E Fundamentos táticos Sistema de jogo 4:4 ou 4:0:4 : Consiste num sistema de jogo utilizado em situações de jogo de 4x4. Estas situações são utilizadas na formação para o jogo ou mesmo em situação de competição em escalões mais jovens. Neste sistema existem 4 atacantes, 4 defesas e 4 passadores, isto é, não existem jogadores específicos para cada posição. Defesa: Procura garantir o êxito do primeiro toque que é fundamental para que se possa preparar o ataque. É necessário que os jogadores ocupem racionalmente o espaço, para que todas a zonas do campo estejam acessíveis e facilmente protegidas. No 4x4 é normalmente utilizada a colocação dos jogadores em losango. Um jogador mais avançado junto à rede (nº3), dois jogadores laterais (nº 2 e 4) e um mais recuado (nº1). Ataque: O ataque deve ser executado pelos jogadores colocados mais lateralmente (nº 2 e 4), após uma boa recepção e respectivo passe feito pelo distribuidor (jogador que se encontrar mais junto da rede).

Sistema de jogo 6:6 ou 6:0:6 : É uma formação sem jogadores especializados em situação de jogo 6x6. Estes mantêm sempre a sua posição no terreno de jogo, não existindo permutações sendo que o passador é sempre o jogador que nesse momento ocupa a posição 3. É utilizado na iniciação ao voleibol formal. Recepção do serviço: O posicionamento de recepção ao serviço é muito variável de equipa para equipa e pode na mesma equipa manter-se constante ou variar de acordo com as várias formações a utilizar. A tendência no voleibol actual, é para que a recepção possa ser efectuada por um número reduzido de jogadores e normalmentepelos jogadores defesas, a fim de se libertarem os jogadores atacantes para as acções ofensivas. Na escola, devido a carências técnicas e com o intuito deconseguir maior tempo de sustentação da bola em jogo, opta-se porutilizar um grande número de jogadores na recepção ao serviço. Este sistema é caracterizado pela posição mais recuada dosdois rematadores (posições 2 e 4), que deste modo poderão intervir mais frequentemente na recepção. O defesa da posição central (posição 6) vai situar-se ligeiramente avançado. O alinhamento dos jogadores neste sistema caracteriza-se pela forma de um W. Sistema Atacante: O sistema ofensivo procura que, a partir da recepção do serviço e através da colocação mais adequada dos jogadores, se consigam combinações de passe que permitam a concretização do ataque e aobtenção de pontos.o jogador 5 recebe e envia a bola ao passador (nº2), que dispõede duas hipóteses: - ou passa ao jogador mais afastado uma bola alta; - ou utiliza um passe tenso para o jogador mais próximo. Sistema Defensivo: O sistema defensivo visa conseguir recuperar a bola após um movimento de ataque da equipa adversária. Para isso, é muito importante a colocação mais adequada em função de cada

movimento do adversário, procurando ocupar os espaços para onde a bola poderá ser enviada. Dois jogadores (5 e 1) ocupam-se das bolas colocadas atrás, e três jogadores protegem as costas do bloqueador.

F - Sinalética arbitro

Bibliografia/ Sitografia Antunes, M. & Coradinho, A. (1996). O Livro de Educação Física. Lisboa: Didática Editora. Barata, J. & Coelho, O. (1995). Hoje há Educação Física, 7º Ano. Lisboa: Texto Editora. Batista, P.; Rêgo, L.; Azevedo, A. (2002). Em movimento. Porto: Edições Asa. Cardoso E.; Saavedra, A.; Montes, N.; Rodrigues, J.; Varela, H.; Santos, M. (1998). Educação Física 7º 8º e 9º Anos. Lisboa: Plátano Editora. Costa, J. (1995). A Escola e o Desporto 9º Ano do Ensino Básico. Porto: Porto Editora. Garganta, J. (1998). Para uma teoria dos JDC. In Graça, A. & Oliveira, J. (Eds.), O Ensino dos Jogos Desportivos (2.ª Edição). Porto: FCDEF-UP. Paula Romão e Silvina Pais. (2011) Editora Educação Física 10-11-12 anos. Porto. Porto http://www.fpvoleibol.pt/index.php.