15 Um olhar sobre a Morfologia dos gestos Sandra Nascimento & Margarita Correia
15 Apresentação UNIDADE 1: O início: estudos linguísticos sobre línguas orais, gestuais e LGP 19 1. Objectivos da Unidade 1 19 1.1. O status linguístico das Línguas Gestuais: uma breve menção 21 1.2 As propriedades das línguas orais e das línguas gestuais 21 1.2.1. Flexibilidade e versatilidade 22 1.2.2. Arbitrariedade e convencionalidade 24 1.2.3. Criatividade e produtividade 24 1.2.4. Cáracter discreto 27 1.2.5. Dupla articulação 28 1.2.6 Variação 31 1.3. Síntese da unidade 32 1.4. Avaliação formativa UNIDADE 2: A Morfologia e as Línguas Gestuais 35 2. Objectivos da Unidade 2 35 2.1. A morfologia das palavras 37 2.2. A morfologia dos gestos 38 2.3. A estrutura de um gesto 41 2.4. As unidades formadoras dos gestos 42 2.4.1. Diferentes perspectivas do Léxico 46 2.4.2. O Fundo Lexical das Línguas Gestuais LG 53 2.5. Síntese da unidade 54 2.6. Avaliação formativa
U m o l h a r s o b r e a M o r f o l o g i a d o s g e s t o s UNIDADE 3: Os morfemas nas Línguas Gestuais 55 3. Objectivos da Unidade 3 55 3.1. Tipos de morfemas construtores dos gestos 55 3.1.1. Morfemas aditivos 56 3.1.1.1. A negação 57 3.1.1.2. Expressões faciais 59 3.1.1.3. Tensão e amplitude do movimento 59 3.1.2. Morfemas repetidos ou reduplicados e duplicados 59 3.1.2.1. Morfemas repetidos ou reduplicados 60 3.1.2.2. Morfemas duplicados (redobro) 61 3.1.3. Morfemas alternativos 62 3.1.4. Morfemas zero 62 3.1.5. Morfemas subtractivos 63 3.2. Regras morfológicas para a construção dos gestos 64 3.3. Síntese do capítulo 64 3.4. Avaliação formativa UNIDADE 4: A formação / construção dos gestos 67 4. Objectivos da Unidade 4 67 4.1. Processos presentes na constituição dos gestos 71 4.1.1. Gestos compostos 75 4.1.2. Gestos derivados 76 4.1.2.1. Tipos de derivação 77 4.1.3. Gestos flexionados 81 4.2. Os processos de expansão dos gestos 82 4.2.1. Expansão dos gestos por empréstimo 86 4.2.2. Os empréstimos linguísticos nas Línguas Gestuais 87 4.2.2.1. Empréstimo por transliteração (ou dactilológico) 87 4.2.2.2. Empréstimo por transliteração pragmática 89 4.2.2.3. Empréstimos por transliteração lexicalizada (semi-datilológicos) Sandra Nascimento & Margarita Correia
Í n d i c e 91 4.2.2.4. Empréstimo por transliteração da letra inicial 93 4.2.2.5. Empréstimo da configuração visual dos lábios 94 4.2.2.6. Empréstimo semântico 94 4.2.2.7. Empréstimo estereotipado 95 4.2.2.8. Empréstimo cruzado 97 4.2.3. Expansão dos gestos por polissemia 98 4.2.3.1. Polissemia pura e metonímica 101 4.2.3.2. Polissemia por efeito de estereótipo 102 4.2.3.3. Polissemia por contacto linguístico entre a LGP e a LP escrita 102 4.2.3.4. Polissemia por sinonímia imagética 103 4.3. Síntese da unidade 104 4.4. Avaliação formativa UNIDADE 5: Os classificadores 107 5. Objectivos da Unidade 5 107 5.1. Os classificadores nas Línguas Gestuais 108 5.1.1. Os Classificadores: uma proposta de agrupamento 109 5.1.1.1. Os classificadores nominais 112 5.1.1.2. Classificadores Verbais 115 5.2. Síntese do capítulo 115 5.3. Avaliação formativa UNIDADE 6: As categorias gramaticais em LGs e em LGP 117 6. Objectivos da Unidade 6 117 6.1. As classes dos gestos 117 6.1.1. Construção/formação dos substantivos 121 6.1.2. Construção/formação dos pronomes 126 6.1.3. Construção/formação dos numerais 128 6.1.4. Construção/formação dos verbos
U m o l h a r s o b r e a M o r f o l o g i a d o s g e s t o s 129 6.1.4.1. Tipos de verbos 134 6.1.4.2. Tempos Verbais 136 6.1.4.3. O aspecto na morfologia das construções verbais 138 6.2. Síntese da unidade 139 6.3. Avaliação formativa Considerações finais Bibliografia Sandra Nascimento & Margarita Correia
RECADO AO ALUNO Caro aluno, este manual tem como objectivo apresentar-te alguns estudos já existentes acerca da morfologia das línguas gestuais, com enfoque especial nos estudos dedicados à morfologia da Língua Gestual Portuguesa LGP. Estes estudos tomaram por base de análise as teorias usadas nos estudos das línguas orais, dado que muitas estruturas apresentam uma semelhança ou uma base conceptual equivalente, o que permite esta análise. A partir desta apresentação, espera-se que encontres suporte para aprofundar os teus estudos, de forma a desenvolveres novas reflexões e teorias que possam trazer mais esclarecimentos a respeito da morfologia dos gestos. 11
APRESENTAÇÃO O grande objectivo a atingir com este manual é proceder a um primeiro esboço de descrição global da morfologia das línguas gestuais, com aplicação a dados das línguas gestuais brasileira (LSB) e portuguesa (LGP). Para levar a cabo essa descrição, porém, e dado o público-alvo desta obra, entendeu-se ser necessária a introdução de informações básicas a respeito da Morfologia geral e da morfologia do português. Além dos aspectos eminentemente pedagógicos, dois são os principais contributos que este manual se propõe trazer à comunidade: por um lado, foram coligidos e sistematizados conhecimentos já existentes sobre a morfologia das línguas gestuais que se encontravam dispersos em diferentes trabalhos; em particular, apresentam-se vários estudos já desenvolvidos para outras línguas gestuais (norte-americana e brasileira), inclusive os primeiros sobre a Língua Gestual Portuguesa; por outro lado, pretende-se fornecer uma base de trabalho, com sínteses e sistematizações próprias, que possibilite a elaboração de investigação futura, de maior fôlego e consistência, sobre as mesmas temáticas; nesse sentido, neste manual são propostas novas reflexões para que, a partir da base teórica apresentada, possam ser aprofundados os estudos voltados para a análise morfológica dos gestos da Língua Gestual Portuguesa (LGP). Estando-se a apresentar dados novos para a Língua Gestual Portuguesa, assim como propostas novas de descrição da estrutura do léxico das línguas gestuais, temos plena consciência de que diversos aspectos abordados neste livro merecerão ajustamentos e desenvolvimento posteriores, que vão permitindo enquadrar aquilo que se vier a conhecer sobre o funcionamento destas línguas. O nosso objectivo é também 15
U m o l h a r s o b r e a M o r f o l o g i a d o s g e s t o s contribuir não apenas para a formação superior de surdos, mas também para a formação de linguistas surdos que possam, com maior propriedade e conhecimento da sua língua gestual, proceder a descrições mais precisas, mais informadas e mais conformes ao objecto de estudo. O primeiro capítulo descreve sumariamente o início dos estudos das línguas gestuais, com base nas teorias consolidadas nas pesquisas desenvolvidas com línguas orais. Além disso, apresenta as propriedades universais da linguagem, que são também, consequentemente, propriedades das línguas gestuais; entre essas propriedades, destaca-se a variação, dando conta de exemplos de variação sincrónica e de mudança (variação diacrónica) presentes nas línguas gestuais portuguesa e brasileira. No segundo capítulo, contrasta-se a palavra das línguas orais com o gesto das línguas gestuais. Apresentam-se os constituintes da estrutura interna de palavras e da dos gestos introduzem-se conceitos básicos de morfologia que são imprescindíveis para a compreensão dos conteúdos apresentados em seguida. Além disso, define-se o conceito de léxico, descrevendo-se os elementos que o constituem, em particular as unidades gestuais constituintes do léxico das línguas gestuais. A partir do terceiro capítulo, este manual centra-se na morfologia específica dos gestos. Deste modo, neste capítulo dá-se conta dos diferentes tipos de morfemas construtores dos gestos, assim como se chama a atenção para a existência de regras e da sua combinação ordenada. O capítulo quarto trata da morfologia dos gestos, com enfoque nos processos de construção encontrados nos gestos e apontados em diferentes estudos sobre as línguas gestuais. Este capítulo traz reflexões a respeito dos processos de expansão lexical, que incluem processos externos (empréstimos a línguas orais e a línguas gestuais) e processos internos (construção de novos gestos e polissemização de gestos previamente existentes). Pela importância que assumem os classificadores nas línguas gestuais, a eles é dedicado o quinto capítulo deste manual. Nele se apresenta o conceito de classificador nas línguas gestuais, descreve-se o seu funcionamento, e propõe-se uma tipologia destes elementos. Sandra Nascimento & Margarita Correia 16
A p r e s e n t a ç ã o Por fim, o sexto capítulo apresenta algumas categorias gramaticais em LG (nomes, pronomes, verbos), que são analisadas e descritas a partir dos princípios de categorização das classes de palavras nas línguas orais. 17