Reunião do Grupo de Trabalho das Zonas CIEM VIII e IX Paris, 21 de Outubro de 2010



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Transcrição:

Reunião do Grupo de Trabalho das Zonas CIEM VIII e IX Paris, 21 de Outubro de 2010 O Presidente do Grupo recebe os participantes. A ordem do dia e as conclusões da última reunião são adoptadas. 1. Ponto de situação sobre as colaborações do CCR Sul com o CSTEP a. Revisão do plano de gestão «Linguado do Golfo da Biscaia» Gaëlle Coiffec, que acompanhou este dossier e participou nas reuniões do CSTEP, recorda que o regulamento previa uma avaliação num prazo de 3 anos: Chegou a altura. A revisão deu azo ao teste de uma nova metodologia: a participação dos CCR à avaliação e realização de um estudo de impacto prévio à implementação do plano. Procedimento: o plano foi avaliado, um estudo de impacto das medidas de gestão que seriam integradas ao novo plano será realizado e, em seguida, a Comissão Europeia publicará um non paper aberto à consulta, antes de propor um novo plano. As principais conclusões do CSTEP, no seguimento da fase de avaliação são as seguintes: - A biomassa do stock reprodutor foi restaurada para 13 000 toneladas (limites biológicos de segurança). O plano deve ser revisto e um nível alvo de mortalidade por pesca a longo prazo definido. O valor Fmax é privilegiado pelo CSTEP. - A estratégia de fixação do TAC anual, (incluindo a restrição sobre a variação do TAC de +15/- 15 %) proporcionou uma maior visibilidade e estabilidade económica aos intervenientes. - Para garantir a sustentabilidade biológica de um stock, é preferível basear os valores alvo do plano em parâmetros relacionados com a exploração do stock (nível de F, TAC) e não na biologia (nível de biomassa). - O sector expressou- se relativamente ao interesse, para si, em integrar indicadores socioeconómicos ao plano. O estudo de impacto (a decorrer) devia ser apresentado ao Grupo de Trabalho do CSTEP de Outubro. Mas, tendo em conta o programa conduzido em França pelo IFREMER acerca da elaboração de um modelo bioeconómico das pescas, o sector pediu para o estudo de impacto ser adiado para Fevereiro. O modelo deve medir as consequências da passagem da abordagem de precaução para a estratégia MSY e permitir o processamento simultâneo de dados biológicos e económicos. No âmbito desse estudo de impacto, o CCR Sul participou na listagem das opções de gestão a testar. Para tal, propôs ao CSTEP testar: - A sensibilidade do F e do Fmsy da pescaria às modificações do diagrama de exploração - O interesse de uma estratégia de TAC constante, estabelecido entre 3600 e 4600 toneladas - O interesse de uma estratégia de diminuição, progressiva ou por etapas equivalentes, da mortalidade por pesca

Entre os dias 18 e 22 de Outubro, as avaliações de impacto dos planos de gestão são apresentadas em Vigo. No dia 23 de Novembro, o Grupo do projecto bioeconómico procede à comunicação do estado de avanço. Entre Fevereiro e Março de 2011, o CIEM organiza um benchmark e o CSTEP apresenta o estudo de impacto do plano do linguado do Golfo da Biscaia. Um membro salienta que a tentativa de aproximação do CSTEP com os CCR pode ter sido influenciada pela entrada em vigor do Tratado de Lisboa. Para a Comissão, integrar os CCR também pode significar precaver- se contra uma aproximação dos CCR com o Parlamento Europeu. b. Revisão do plano de recuperação da Pescada do Sul António Cabral evoca este plano de gestão como sendo um dos mais graves problemas que o CCR Sul terá de tratar no futuro. Lembra as condições em que o plano de recuperação foi instaurado: no início da década, os valores da biomassa estavam muito baixos. Em 2005, quando a Comissão impôs uma redução do esforço de pesca, os profissionais aceitaram, tratando- se, muitas vezes, de uma pesca acessória. Em 6 anos de redução, a biomassa pôde crescer. Os profissionais preocupam- se com a exigência dos indicadores: enquanto a taxa de mortalidade for superior a 0,27, ainda haverá uma redução de 10% dos dias de pesca em relação ao ano anterior. Feitas as contas, alguns barcos já perderam 400 dias de pesca em cinco anos. Paradoxalmente, o TAC aumenta. Para além disso, a situação está incerta: os cientistas reconhecem ter subavaliado a idade da pescada nas avaliações realizadas; e os dados do esforço de pesca referidos na consulta sobre os TAC e quotas 2011 foram incorrectamente comunicados pelas administrações. O plano está actualmente a ser revisto. O CCR Sul procedeu a quatro recomendações e participou em duas reuniões científicas (Copenhaga e Vigo). A proposta do CCR Sul é a seguinte: acabar com a redução do esforço de pesca para 2011, pois os pescadores estão esgotados, não podendo, deste modo, atingir o ponto de equilíbrio em condições económicas correctas. O Presidente propõe uma aproximação com a Comissão Europeia, com vista a solicitar um statu quo do esforço de pesca para 2011. Um membro lamenta a ausência da Comissão Europeia para abordar esse assunto. 2. Discussão sobre um posicionamento do CCR Sul a. Acerca das medidas técnicas O Presidente do Grupo recorda que o regulamento foi adiado e que a Comissão Europeia decidiu anexar o novo regulamento à reforma da PCP. Deste modo, o CCR Sul terá tempo para constituir um grupo de trabalho e trabalhar na elaboração de propostas.

Um membro admite que seria interessante reunir a visão de uns e outros relativamente a esse assunto. Também é importante saber que estratégia a Comissão Europeia tenciona adoptar, nomeadamente para com o Parlamente Europeu. Convém aproximar- se do Parlamento? Que articulação contemplar relativamente aos planos de gestão a longo prazo? Um membro ressalta que o CCR Sul não pode ficar fora dessa reflexão. Acrescenta que uma aproximação com os outros CCR também poderia ser benéfica. Os membros interessados em trabalhar a montante sobre as medidas técnicas deverão identificar- se junto do secretariado. Será constituído um grupo técnico. b. Acerca da política marítima integrada para o Atlântico A secretária recorda que a Comissão Europeia lançou uma consulta pública sobre uma política marítima integrada do Atlântico. Questiona os membros relativamente a um posicionamento do CCR Sul. O CCR Sul não apresentará contribuição no âmbito da consulta da Comissão Europeia. 3. O mercado da pescada: conclusões do estudo levado a cabo no CCR Sul A secretária recapitula as conclusões do estudo conduzido por Mikaël Tuma, estagiário no CCR Sul, e, em específico, a proposta de criação de uma associação de OP sobre a pescada. Antes de qualquer criação de associação de OP, convém colocar uma determinada série de questões: Quantos Estados membros estariam abrangidos? Quantas OP? Qual é o volume de produção das referidas OP? A associação de OP adoptaria uma posição dominante? Essas questões pressupõem a realização de análises: convém calcular o volume de produção das OP, efectuar um estudo de mercado, definir os objectivos e delimitar as competências da associação da OP, comunicar e trocar pontos de vista com a Comissão Europeia e as autoridades nacionais e da concorrência. As vantagens de uma associação de OP são muitas: permitiria garantir a regularidade dos volumes aos operadores a jusante, racionalizar a organização da fileira, partilhar os meios para a realização de estudos etc. Um membro propõe que, a montante de qualquer associação de OP, sejam listadas as OP abrangidas pela pescada e o modo como cada um gere as respectivas quotas, a fim de abordar o assunto de modo totalmente transparente. O Presidente considera que o secretariado poderia tratar desse ponto, um pouco à semelhança daquilo que é realizado no caso da pescaria de anchovas. Um membro espanhol, na qualidade de representante de OP concorda com a colaboração e a transparência mas considera que ainda existem muitos barcos a pescar pescada em margem das OP. Refere a proposta de formulário apresentado ao Grupo de Trabalho sobre as Espécies de Águas Profundas. Poderia dizer respeito à pescada e ser anexado às reinscrições aos Grupos de Trabalho.

Um membro espanhol também afirma concordar com a difusão da informação, mas interroga- se quanto à dificuldade da frota artesanal para se definir em função de uma só espécie no âmbito do formulário, pois essas pescarias são multi- específicas. Um membro francês considera que o funcionamento francês é bastante simples e que seria interessante ter uma visão mais clara do funcionamento espanhol. O Presidente propõe uma listagem a nível do secretariado, de modo a obter uma visão exaustiva das estruturas abrangidas. Um método de recolha dos dados poderá ser apresentado ao Comité Executivo. Os membros devem mencionar os dados que desejam partilhar antes do Comité Executivo. 4. Sítio Natura 2000: Plateau de Rochebonne. Elementos de informação Perrine Ducloy, encarregada de missão do CNPMEM apresenta o sítio, do qual o CNPMEM é operador e o CCR Sul, membro do Comité de Pilotagem (COPIL). A fase actual é a fase do inventário: Foi pedido a um gabinete de estudo para proceder a um diagnóstico ecológico do sítio. O diagnóstico socioeconómico foi, por sua vez, confiado a um grupo técnico «usos», encarregue de recuperar os dados existentes, bem como os conhecimentos empíricos dos utentes (através de inquéritos de terreno por exemplo). Chegará, em seguida, a fase de definição dos objectivos de conservação e das acções a empreender, antes da redacção do documento de objectivos (DOCOB). Esses objectivos poderão ser diferentes, em função dos sectores. A especificidade do sítio do Plateau de Rochebonne é o facto de este se situar acima das 12 milhas: as medidas de gestão deverão ser tomadas pela Comissão Europeia, após consulta dos Estados membros e dos CCR. É possível para o sector envolver- se através do CCR Sul, que é membro do COPIL. Também poderão ser organizadas apresentações no CCR. Para além disso, se a composição do COPIL for oficial, os Grupos de Trabalho serão abertos, possibilitando assim a participação nas reuniões. Vários membros intervêm, sublinhando a importância da participação do sector. 5. Uma pesca de baixo impacto: apresentação de Seas at Risk Vera Coelho, de Seas at Risk, apresenta os resultados de um estudo encomendado pela ONG: Existe uma relação directa entre as artes de pesca e as emissões de gás com efeito de estufa (GEE). A passagem para a utilização de artes passivas pode diminuir os impactos nos ecossistemas marinhos e reduzir a emissão de GEE e os custos operacionais (custos de combustível) dos profissionais. Um estudo de caso sobre a pesca de lagostim na Suécia mostrou uma diferença significativa do volume de combustível utilizado, passando- se do arrasto para a rede.

Essa transformação poderia ter lugar no âmbito da reforma da PCP. Para tal, os meios utilizados seriam: a redução da isenção de imposto sobre os combustíveis, a criação de programas de formação, a implementação de um acesso privilegiado para os pescadores que utilizem artes de baixo impacto. Um membro expressa a sua surpresa de a Seas at Risk dar lições aos profissionais, sendo essa ONG financiada pela indústria petrolífera. A representante da ONG desmente. Um membro duvida que esse estudo seja imparcial. Refere que não existem artes más, mas sim artes mal utilizadas. Também critica a simplificação excessiva dos resultados. O membro da ONG convida os membros a ler a totalidade do relatório do estudo. Um membro salienta que, nesse tipo de estudo, nunca se fala do Homem. Para além disso, duvida que venha a existir um mercado para um quilo de lagostim pescado nas condições propostas: os preços serão demasiado elevados. Conclui, ressaltando que os pescadores estão a fazer esforços para melhorar a selectividade das artes. Um membro destaca que o facto de a ONG vir apresentar o seu ponto de vista é louvável. A representante da ONG salienta que não tencionavam diabolizar ninguém, tentando apenas promover um diálogo sobre eventuais modificações que se poderiam ou se quereriam efectuar no futuro.