MESTRADO EM EDUCAÇÃO Mestranda Barbara Raquel do Prado Gimenez Corrêa Prof. Orientador Dr. Sérgio Rogério Azevedo Junqueira
TEMA A CONCEPÇÃO DO SAGRADO DO PROFESSOR DE ENSINO RELIGIOSO
PROBLEMA Que concepção os professores do Ensino Religioso possuem sobre o Sagrado?
OBJETIVOS Identificar a concepção sobre o sagrado que os docentes do Ensino Religioso possuem. Fundamentar as concepções do sagrado. Relacionar as concepções do sagrado no Ensino Religioso.
Pesquisa qualitativa METODOLOGIA Abordagem crítico-dialética Sujeitos da pesquisa: professores da rede estadual de ensino do Paraná que atuam no Ensino Religioso Modalidade: estudo de caso Instrumentos: questionário semi-estruturado, observação participante, análise documental
Rudolf OTTO (1869-1937) O Sagrado O sagrado é, uma categoria de interpretação e de avaliação. (1970, p. 13) Um elemento de uma qualidade absolutamente especial que se coloca fora de tudo aquilo que chamamos racional [...], constituindo assim [...] algo inefável. (1970, p. 14)
Marilena CHAUÍ Convite à Filosofia O sagrado é a experiência da presença de uma potência ou de uma força sobrenatural que habita algum ser: planta, animal, coisas, ventos, água, fogo. Essa potência é tanto um poder que pertence própria e definitivamente a um determinado ser quanto algo que ele pode possuir e perder, não ter e adquirir. O sagrado é a experiência simbólica da diferença entre os seres, da superioridade de alguns sobre outros, do poderio de alguns sobre outros superioridade e poder sentidos como espantosos, misteriosos, desejados e temidos. (2003, p. 253) O sagrado pode suscitar devoção e amor, repulsa e ódio. Esses sentimentos suscitam um outro: o respeito feito de temor. Nasce aqui, o sentimento religioso e a experiência da religião. (2003, p. 253)
Mircea ELIADE O Sagrado e o Profano: a essência das religiões O sagrado manifesta-se sempre como uma realidade de uma ordem inteiramente diferente das realidades naturais. (1992, p. 24)
Michel MESLIN A Experiência Humana do Divino A religião informa a visão do mundo com uma coletividade humana justificando o lugar o homem no mundo e regulando, segundo normas que lhe são próprias, suas relações com o outro. Neste sentido, a religião é ao mesmo tempo um modo de expressão extraordinário quando ela entra em contato com a transcendência, mas também uma modalidade de organização do curso ordinário da vida. (1992, p. 35)
Gilberto de Mello KUJAWSKI O Sagrado Existe O sagrado é conceito mais amplo e mesmo anterior aos conceitos de deus e do divino. Os deus se constituem determinadas configurações desse substrato numinoso comum a todas as divindades, que é o sagrado. (1994, p.7) Ao mesmo tempo que atrai, o sagrado repele; ao mesmo tempo que fascina, aterra. (1994, p. 41)
Sérgio Rogério Azevedo JUNQUEIRA Ensino Religioso um Histórico Processo. In: Educação Religiosa: construção da identidade do ensino religioso e da pastoral escolar [...] Faz-se necessária a discussão de uma perspectiva do pluralismo religioso, para balizar esta disciplina, inicialmente, a capacidade de acolher a diversidade de religiões que compõem o quadro religioso brasileiro. (2002, p. 17) A diversidade religiosa na escola não diz respeito apenas aos interesses das religiões, mas manifesta-se também como uma questão de cidadania. (2002, p. 17)
Domênico COSTELLA O Fundamento Epistemológico do Ensino Religioso. In: O Ensino Religioso no Brasil [...] o Ensino Religioso, o seu horizonte epistêmico, no quadro da discussão da epistemologia contemporânea, na pluralidade dos saberes e dos objetivos educacionais, propostas pela LDB, que visam, além de preparar os jovens para a competência profissional, a formar a pessoa e o cidadão. (2004, p. 98)
DIRETRIZES PARA O ENSINO RELIGIOSO PARANÁ O objeto do Ensino Religioso é o estudo das diferentes manifestações do sagrado no coletivo. Portanto o objetivo é analisar e compreender o sagrado como o cerne da experiência religiosa do cotidiano que nos contextualiza no universo cultural. Assim sendo, no espaço escolar justifica-se este estudo por fazer parte do processo civilizador da humanidade. (2005)