NOTA DE AULA COMPLEMENTAR NOB-RH-SUAS 1 O SUAS é um sistema público não contributivo, descentralizado e participativo que tem por função a gestão do conteúdo específico de Assistência Social no campo da proteção social brasileira. (NOB-SUAS, 2005) A proteção socialno âmbito do SUAS é organizada por níveis de complexidade, conforme a situação de vulnerabilidade ou risco social em que famílias e indivíduos atendidos pelas equipes de referência nos equipamentos socioassistenciais se encontram. Equipes de referência são aquelas constituídas por servidores efetivos responsáveis pela organização e oferta de serviços, programas, projetos e benefícios de proteção social básica e especial, levando-se em consideração o número de famílias e indivíduos referenciados, o tipo de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários. (NOB-RH/SUAS, 2006) Em cada nível de proteção são ofertados serviços que exigem atenção especializada dos trabalhadores, de acordo com as peculiaridades apresentadas pelos usuários, a saber: 1. Proteção Social Básica (PSB): Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (PAIF) Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) Serviço de Proteção Social Básica no domicílio (PSB no domicílio) Estes serviços são ofertados nos Centros de Referência da Assistência Social (CRAS). A equipe mínima de referência dos CRAS é composta por: coordenação, 02 assistentes sociais, 01 psicólogo, 01 trabalhador do SUAS de nível superior, 02 orientadores sociais e 02 agentes administrativos. (NOB- RH/SUAS, 2006). 2. Proteção Social Especial de Média Complexidade (PSE Média): Serviço de Proteção e Atendimento Especializado à Família e Indivíduos (PAEFI)
Serviço de Acompanhamento ao Cumprimento de Medidas Socioeducativas em Meio Aberto (MSE) Serviço de proteção social especial a pessoas com deficiência e idosas Estes serviços são ofertados nos Centros de Referência Especializado da Assistência Social (CREAS). A equipe mínima de referência dos CREAS é composta por: coordenação, 02 assistentes sociais, 02 psicólogos, 01 advogado, 04 educadores sociais e 02 agentes administrativos. 2 Serviço de Abordagem Social Serviço Especializado para Pessoas em Situação de Rua Estes serviços são ofertados no Centro de Referência da Assistência Social para População em Situação de Rua (Centro POP), em sua ausência, pelo CREAS ou PSE. A equipe de referência do Centro POP é composta por: coordenação, 02 assistentes sociais, 02 psicólogos, 01 advogado, 04 educadores sociais e 02 agentes administrativos. 3. Proteção Social Especial de Alta Complexidade (PSE Alta): Serviço de Acolhimento Institucional Este serviço é ofertado no Abrigo Institucional. A equipe mínima de referência do Abrigo Institucional é composta por: coordenação, 01 assistente social, 01 psicólogo, 02 cuidadores e 02 auxiliares de cuidador para cada 20 crianças atendidas (a quantidade destes dois últimos profissionais deve ser por turno). 4. Gestão do SUAS: Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social Gerenciamento dos Sistemas de Informação Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e Benefícios Monitoramento e Controle da Rede Socioassistencial Gestão do Trabalho Coordenação da PSB Coordenação da PSE Gerenciamento do Fundo Municipal de Assistência Social Planejamento e Orçamento Apoio às Instâncias de Deliberação
Estas funções são realizadas no órgão gestor (SAS). São cargos comissionados, que podem ser considerados parte da equipe de referência, pois atuam indiretamente na supervisão técnica, planejamento, monitoramento e avaliação da gestão integrada dos serviços, programas, projetos e benefícios socioassistenciais ofertados nos equipamentos citados. 3
DO PERFIL E DAS ATRIBUIÇÕES DOS TRABALHADORES DO SISTEMA ÚNICO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL (SUAS) 1. Proteção Social Básica (PSB): Coordenação de CRAS 4 Escolaridade mínima de nível superior, concursado, com experiência em gestão pública; Domínio da legislação referente à política nacional de assistência social e direitos sociais; Conhecimento dos serviços, programas, projetos e/ou benefícios socioassistenciais; Experiência de coordenação de equipes, com habilidade de comunicação, de estabelecer relações e negociar conflitos; Boa capacidade de gestão, em especial para lidar com informações, planejar, monitorar e acompanhar os serviços socioassistenciais, bem como de gerenciar a rede socioassistencial local. assinar documentos públicos; fazer a gestão do equipamento; acompanhar e avaliar as atividades nele planejadas e desenvolvidas pela equipe de referência; coordenar e articular a rede socioassistencial do seu território; Coordenar a execução e o monitoramento dos serviços, o registro de informações e a avaliação das ações, programas, projetos, serviços e benefícios; Participar da elaboração, acompanhar e avaliar os fluxos e procedimentos para garantir a efetivação da referência e contrarreferência; Definir, junto com a equipe técnica, os meios e as ferramentas teórico-metodológicos de trabalho social com famílias e dos serviços de convivência; Coordenar a definição, junto com a equipe de profissionais e representantes da rede socioassistencial do território, o fluxo de entrada, acompanhamento, monitoramento, avaliação e desligamento das famílias e indivíduos nos serviços de proteção social básica da rede socioassistencial referenciada ao CRAS; Promover a articulação entre serviços, transferência de renda e benefícios socioassistenciais na área de abrangência do CRAS; Contribuir para avaliação, a ser feita pelo gestor, da eficácia, eficiência e impactos dos programas, serviços e projetos na qualidade de vida dos usuários; Coordenar a alimentação de sistemas de informação de âmbito local e monitorar o envio regular e nos prazos, de informações sobre os serviços socioassistenciais referenciados, encaminhando-os à Secretaria; Averiguar as necessidades de capacitação da equipe de referência e informar a Secretaria; Planejar e coordenar o processo de busca ativa no território de abrangência do CRAS, em consonância com diretrizes da Secretaria; Participar das reuniões de planejamento e sistemáticas na Secretaria Municipal, com presença de coordenadores de outro(s) CRAS (quando for o caso) e de coordenador(es) do CREAS (ou, na ausência deste, de representante da proteção especial). Técnico de Nível Superior de CRAS
Escolaridade mínima de nível superior, com formação em Serviço Social, Psicologia e/ou outra profissão que compõe o SUAS. 1: Agente Administrativo : Escolaridade de nível médio completo, com conhecimento para o desenvolvimento das rotinas administrativas do CRAS. 2: Orientador Acolhida, oferta de informações e realização de encaminhamentos às famílias usuárias do CRAS; Planejamento e implementação do PAIF, de acordo com as características do território de abrangência do CRAS; Mediação de grupos de famílias dos PAIF; Realização de atendimento particularizados e visitas domiciliares às famílias referenciadas ao CRAS; Desenvolvimento de atividades coletivas e comunitárias no território; Apoio técnico continuado aos profissionais responsáveis pelo(s) serviço(s) de convivência e fortalecimento de vínculos desenvolvidos no território ou no CRAS; Acompanhamento de famílias encaminhadas pelos serviços de convivência e fortalecimento de vínculos ofertados no território ou no CRAS; Realização da busca ativa no território de abrangência do CRAS e desenvolvimento de projetos que visam prevenir aumento de incidência de situações de risco; Acompanhamento das famílias em descumprimento de condicionalidades do Programa Bolsa Família; Alimentação de sistema de informação, registro das ações desenvolvidas e planejamento do trabalho de forma coletiva; Realização de encaminhamento, com acompanhamento, para a rede socioassistencial e para serviços setoriais; Participação das reuniões preparatórias ao planejamento municipal; Participação de reuniões sistemáticas no CRAS, para planejamento das ações a serem desenvolvidas, definição de fluxos, instituição de rotina de atendimento e acolhimento dos usuários; organização dos encaminhamentos, fluxos de informações com outros setores, procedimentos, estratégias de resposta às demandas e de fortalecimento das potencialidades do território. Técnico de Nível Médio de CRAS Apoio ao trabalho dos técnicos de nível superior da equipe de referência do CRAS, em especial no que se refere às funções administrativas; Participação de reuniões sistemáticas de planejamento de atividades e de avaliação do processo de trabalho com a equipe de referência do CRAS; Participação das atividades de capacitação (ou formação continuada) da equipe de referência do CRAS. Recepção e oferta de informações às famílias usuárias do CRAS; 5
Social : Escolaridade de nível médio completo, com experiência de atuação em programas, projetos, serviços e/ou benefícios socioassistenciais; conhecimento da PNAS; noções sobre direitos humanos e sociais; sensibilidade para as questões sociais; conhecimento da realidade do território e boa capacidade relacional e de comunicação com as famílias. Mediação dos processos grupais, próprios dos serviços de convivência e fortalecimentos de vínculos, ofertados no CRAS (função de orientador social do Projovem Adolescente, por exemplo); Participação de reuniões sistemáticas de planejamento de atividades e de avaliação do processo de trabalho com a equipe de referência do CRAS; Participação das atividades de capacitação (ou formação continuada) da equipe de referência do CRAS. 6 2. Proteção Social Especial de Média Complexidade (PSE Média): Coordenação de CREAS e Centro Pop Escolaridade mínima de nível superior, concursado, com experiência em gestão pública; Domínio da legislação referente à política nacional de assistência social e direitos sociais; Conhecimento dos serviços, programas, projetos e/ou benefícios socioassistenciais; Experiência de coordenação de equipes, com habilidade de comunicação, de estabelecer relações Coordenar as rotinas administrativas, os processos de trabalho e os recursos humanos da Unidade; Participar da elaboração, acompanhamento, implementação e avaliação dos fluxos e procedimentos adotados; Subsidiar e participar da elaboração dos mapeamentos da área de vigilância socioassistencial do órgão gestor de Assistência Social; Coordenar o processo de articulação cotidiana com as demais unidades e serviços socioassistenciais, especialmente os CRAS e Serviços de Acolhimento, na sua área de abrangência, com as demais políticas públicas e os órgãos de defesa de direitos, recorrendo ao apoio do órgão gestor de Assistência Social, sempre que necessário; Discutir com a equipe técnica a adoção de estratégias e ferramentas teórico-metodológicas que possam qualificar o trabalho; Definir com a equipe os critérios de inclusão, acompanhamento e desligamento das famílias e indivíduos nos serviços ofertados; Coordenar a oferta e o acompanhamento do (s) serviço (s),
e negociar conflitos; Boa capacidade de gestão, em especial para lidar com informações, planejar, monitorar e acompanhar os serviços socioassistenciais, bem como de gerenciar a rede socioassistencial local. incluindo o monitoramento dos registros de informações e a avaliação das ações desenvolvidas; Coordenar a alimentação dos registros de informação e monitorar o envio regular de informações, encaminhando-os ao órgão gestor; Participar das reuniões de planejamento promovidas pelo órgão gestor e representar a Unidade em outros espaços, quando solicitado; Identificar as necessidades de ampliação do RH da Unidade e/ou capacitação da equipe e informar o órgão gestor; Coordenar os encaminhamentos à rede e seu acompanhamento. Técnico de Nível Superior de CREAS e Centro Pop 7 Escolaridade mínima Acolhida, escuta qualificada, acompanhamento especializado de nível superior, e oferta de informações e orientações; com formação em Elaboração, junto com as famílias/indivíduos, do Plano Serviço Social, Individual e/ou Familiar de Acompanhamento, considerando as Psicologia e/ou especificidades e particularidades de cada um; Direito. Realização de acompanhamento especializado, por meio de atendimentos familiar, individuais e em grupo; Realização de visitas domiciliares e institucionais, quando necessário; Realização de encaminhamentos monitorados para a rede socioassistencial, demais políticas públicas setoriais e órgãos de defesa de direito; Trabalho em equipe interdisciplinar; Orientação jurídico-social (advogado); Alimentação de registros e sistemas de informação sobre das ações desenvolvidas; Participação nas atividades de planejamento, monitoramento e avaliação dos processos de trabalho; Participação das atividades de capacitação e formação continuada, reuniões de equipe, estudos de casos, e demais atividades correlatas; Participação de reuniões para avaliação das ações e resultados atingidos e para planejamento das ações a serem desenvolvidas; para a definição de fluxos; Instituição de rotina de atendimento e acompanhamento dos usuários; organização dos encaminhamentos, fluxos de informações e procedimentos. Técnico de Nível Médio de CREAS e Centro POP
1: Agente Administrativo : Escolaridade de nível médio completo, com conhecimento para o desenvolvimento das rotinas administrativas do CRAS. 2: Educador Social : Escolaridade de nível médio completo, com experiência de atuação em programas, projetos, serviços e/ou benefícios socioassistenciais; conhecimento da PNAS; noções sobre direitos humanos e sociais; sensibilidade para as questões sociais; conhecimento da realidade do território e boa capacidade relacional e de comunicação com as famílias. Apoio aos demais profissionais no que se refere às funções administrativas da Unidade; Recepção inicial e fornecimento de informações aos usuários; Agendamentos, contatos telefônicos; Rotinas administrativas da unidade, relacionadas a seu funcionamento e relação com o órgão gestor e com a rede; Participação das reuniões de equipe para o planejamento de atividades, avaliação de processos, fluxos de trabalho e resultados; Participação das atividades de capacitação e formação continuada da equipe. Recepção e oferta de informações aos usuários; Realização de abordagem de rua e/ou busca ativa no território; Participação das reuniões de equipe para o planejamento de atividades, avaliação de processos, fluxos de trabalho e resultados; Participação das atividades de capacitação e formação continuada da equipe. 8
3. Proteção Social Especial de Alta Complexidade (PSE Alta): Coordenação de Abrigo Formação mínima: nível superior e experiência em função congênere Experiência na área e amplo conhecimento da rede de proteção àinfância e juventude, de políticas públicas e da rede de serviços da cidade e região. Formação Mínima: Nível superior Experiência no atendimento a crianças, adolescentes e famílias em situação de risco Gestão da entidade Elaboração, em conjunto com a equipe técnica e demais colaboradores, do projeto político-pedagógico do serviço Organização da seleção e contratação de pessoal e supervisão dos trabalhos desenvolvidos Articulação com a rede de serviços Articulação com o Sistema de Garantia de Direitos Técnico de Nível Superior de Abrigo Elaboração, em conjunto com o/a coordenador(a) e demais colaboradores, do Projeto Político Pedagógico do serviço; Acompanhamento psicossocial dos usuários e suas respectivas famílias, com vistas à reintegração familiar; Apoio na seleção dos cuidadores/educadores e demais funcionários; Capacitação e acompanhamento dos cuidadores/educadores e demais funcionários; Apoio e acompanhamento do trabalho desenvolvido pelos educadores/cuidadores; Encaminhamento, discussão e planejamento conjunto com outros atores da rede de serviços e do SGD das intervenções necessárias ao acompanhamento das crianças e adolescentes e suas famílias; Organização das informações das crianças e adolescentes e respectivas famílias, na forma de prontuário individual; Elaboração, encaminhamento e discussão com a autoridade judiciária e Ministério Público de relatórios semestrais sobre a situação de cada criança e adolescente apontando: i. possibilidades de reintegração familiar; ii. necessidade de aplicação de novas medidas; ou, iii. quando esgotados os recursos de manutenção na família de origem, a necessidade de encaminhamento para adoção; Preparação da criança / adolescente para o desligamento (em parceria com o (a) cuidador(a)/educadora(a) de referência); Mediação, em parceria com o educador/cuidador de referência, do processo de aproximação e fortalecimento ou construção do vínculo com a família de origem ou adotiva, 9
quando for o caso. 10
Técnico de Nível Médio de Abrigo 1: Cuidador : Formação Mínima: Nível médio e capacitação específica Desejável experiência em atendimento a crianças e adolescentes 2: Auxiliar de Cuidador Formação mínima: Nível fundamental e capacitação específica Desejável experiência em atendimento a crianças e adolescentes Cuidados básicos com alimentação, higiene e proteção; Organização do ambiente (espaço físico e atividades adequadas ao grau de desenvolvimento de cada criança ou adolescente); Auxílio à criança e ao adolescente para lidar com sua história de vida, fortalecimento da auto-estima e construção da identidade; Organização de fotografias e registros individuais sobre o desenvolvimento de cada criança e/ou adolescente, de modo a preservar sua história de vida; Acompanhamento nos serviços de saúde, escola e outros serviços requeridos no cotidiano. Quando se mostrar necessário e pertinente, um profissional de nível superior deverá também participar deste acompanhamento; Apoio na preparação da criança ou adolescente para o desligamento, sendo para tanto orientado e supervisionado por um profissional de nível superior. apoio às funções do cuidador cuidados com a moradia (organização e limpeza do ambiente e preparação dos alimentos, dentre outros) 11
4. Gestão do SUAS Para a adequada gestão do SUAS em âmbito municipal, é fundamental a garantia de um quadro de referência de profissionais designados para o exercício das funções essenciais de gestão. (NOB-RH/SUAS, 2006) 12 É importante esclarecer que nesse item tratamos das funções de gestão, o que é diferente do conceito de cargos públicos, cujo conteúdo será detalhado no item relativo aos Planos de Carreira, Cargos e Salários. A diferença entre cargo e função é que cargo é a posição que uma pessoa ocupa dentro de uma estrutura organizacional, determinado estrategicamente; e função é o conjunto de tarefas e responsabilidades que correspondem a este cargo. Portanto, todo cargo tem funções, mas pode haver função sem cargo, conforme Constituição Federal, Art. 37 e seguintes e Lei 8.112/1990. (NOB-RH/SUAS Comentada) Quadro de Referência das Funções Essenciais da Gestão, conforme a NOB- RH/SUAS (2006): GESTÃO MUNICIPAL Gestão do Sistema Municipal de Assistência Social Gerenciamento dos Sistemas de Informação Monitoramento e Controle da Execução dos Serviços, Programas, Projetos e Benefícios Monitoramento e Controle da Rede Socioassistencial Gestão do Trabalho Coordena ações de planejamento, regulamentação, gestão e monitoramento e avaliação do SUAS, do Cadastro Único, da vigilância social, do cadastro de entidades e dos sistemas de informação. Gerencia e alimenta os sistemas de informação da Rede SUAS Sistematiza o monitoramento e avaliação dos serviços socioassistenciais e produz indicadores da vigilância social. Sistematiza o monitoramento e avaliação das entidades Gestão do processo de trabalho, novos desenhos organizacionais, educação permanente, desprecarização do trabalho, avaliação de desempenho, adequação dos perfis profissionais às necessidades do SUAS, processos de negociação do trabalho, sistemas de informação
e planos de carreira Coordenação da Proteção Social Básica Coordena a oferta de benefícios socioassistenciais, dos serviços de Proteção Social Básica nos CRAS e na rede socioassistencial de seus territórios e benefícios de transferência de renda. 13 Coordenação da Proteção Social Especial Gerenciamento do Fundo Municipal de Assistência Social Coordena a oferta dos serviços de Proteção Social Especial de Média e Alta Complexidade, nos CREAS, Centro Pop, Abrigo e na rede socioassistencial referenciada. Coordena a execução físico-financeira de investimento e custeio do SUAS, de recursos humanos. Planejamento e Orçamento Planeja o orçamento físico-financeiro de investimento e custeio do SUAS, de recursos humanos. Apoio às Instâncias de Deliberação Assessora técnico-operativamente ao Conselho Municipal de Assistência Social e demais conselhos vinculados à SDS. DA FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PARA O COFINANCIAMENTO DA GESTÃO DO TRABALHO A Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB- RH/SUAS, 2006), estabelece em seu capítulo VIII, artigos 3º e 4º, diretrizes para o cofinanciamento municipal da gestão do trabalho, mediante a regulamentação da utilização de recursos recebidos do cofinanciamento do governo federal: 3. Garantir, por meio de instrumentos legais, que os recursos transferidos pelo governo federal para os municípios para o cofinanciamento dos serviços, programas, projetos e gestão dos benefícios permitam o pagamento da remuneração dos trabalhadores e/ ou servidores públicos concursados da Assistência Social, definidos como equipe de referência nesta NOB. O estudo de custo
dos serviços prestados pelas equipes de referência deve incluir a definição do percentual a ser gasto com pessoal concursado, sendo deliberado pelos conselhos. (NOB-RH/SUAS, 2006, p. 37) 4. O valor transferido pela União para pagamento de pessoal deverá ser referência para determinar um percentual a ser assumido por Estados e Municípios em forma de co-financiamento. (Idem) 14 A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS), Lei 8.742/1993, alterada pela Lei 12.435/2011, em seu art. 6º - E, autoriza a utilização dos recursos do cofinanciamento do SUAS, destinados às ações continuadas de assistência social, que poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo MDS e aprovado pelo CNAS. Art. 6o-E. Os recursos do cofinanciamento do Suas, destinados à execução das ações continuadas de assistência social, poderão ser aplicados no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, responsáveis pela organização e oferta daquelas ações, conforme percentual apresentado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome e aprovado pelo CNAS. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) Parágrafo único. A formação das equipes de referência deverá considerar o número de famílias e indivíduos referenciados, os tipos e modalidades de atendimento e as aquisições que devem ser garantidas aos usuários, conforme deliberações do CNAS. (Incluído pela Lei nº 12.435, de 2011) A Resolução nº. 32, de 28 de novembro de 2011, do Conselho Nacional de Assistência Social estabelece percentual dos recursos do SUAS, cofinanciados pelo governo federal, que poderão ser gastos no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência, de acordo com o art. 6º-E da Lei nº 8.742/1993, inserido pela Lei 12.435/2011. Art. 1º Os Estados, Distrito Federal e Municípios poderão utilizar até 60% (sessenta por cento) dos recursos oriundos do Fundo Nacional de Assistência Social, destinados a execução das ações continuadas de assistência social, no pagamento dos profissionais que integrarem as equipes de referência do SUAS, conforme art. 6º-E da Lei 8.742/1993.