ANÁLISE DOS FOCOS DE CALOR OCORRIDOS NO PARQUE ESTADUAL DO CANTÃO ENTRE 1998 E 2009 E AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA O COMBATE.



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Transcrição:

ANÁLISE DOS FOCOS DE CALOR OCORRIDOS NO PARQUE ESTADUAL DO CANTÃO ENTRE 1998 E 2009 E AS ESTRATÉGIAS UTILIZADAS PARA O COMBATE. CÉSAR AUGUSTO COSTA NASCIMENTO E MARIANA MORAES RODRIGUES FACULDADE CATÓLICA DO TOCANTINS CURSO TECNOLOGIA EM GESTÃO AMBIENTAL / NOTURNO PROJETO INTEGRADOR EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO ESTADO DO TOCANTINS ORIENTADO POR Prof.ª. BEATRICE MANNO Junho de 2009. RESUMO O trabalho desenvolvido revela os conceitos sobre Unidades de Conservação e a importância da criação para conservação de áreas com característica naturais relevantes, traz também as definições e diferenças existentes entre focos de calor, queimada e incêndio florestal e as formas utilizadas para monitoramento. A partir destes conceitos, levantamentos da quantidade de focos de calor no Parque Estadual do Cantão e a quantidade de precipitações ocorridas na região entre os anos de 1998 e 2009, os dados estão expostos em gráficos e tabelas e logo em seguida confrontados com intuito de entender as discrepâncias existentes entre os anos do período. Alem disso é feito uma abordagem sobre o Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA) e os resultados obtidos após a parceria firmada com os moradores ainda existentes no interior do parque. PALVRAS-CHAVES: Unidade de Conservação, Monitoramento e Focos de Calor. ABSTRACT This work reveals the concepts about Units of conservation and the importance of breeding for conservation of areas with important natural feature, it also brings the definitions and differences between sources of heat, burning and forest fire and the forms used for tracking. From these concepts, a survey was made of the quantity of heat sources in State Park of Guangzhou and the amount of rain in the region between the years 1998 and 2009, data are displayed in tables and graphs; then confronted with order to understand the differences between the years of the period. Also it made an approach on the National Program of Public Management and Debureaucratization (GESPÚBLICA) and the results obtained after the partnership established with the residents still inside the Parque in this question. KEYWORDS: Conservation Unit Tracking Sources of Heat.

2 1. INTRODUÇÃO. A criação das unidades de conservação no mundo iniciou-se com o Parque Nacional de YellowStone nos Estados Unidos em 1872, com o objetivo de resguardar os recursos naturais e os ecossistemas de grande interesse ecológico. A primeira Unidade de Conservação no Brasil foi o Parque Nacional do Itatiaia criado em 1937, localizado no município de Itatiaia estado do Rio de Janeiro (COSTA, 2002) Segundo o World Wildlife Fund (WWF), as unidades de conservação têm o objetivo principal de diminuir a destruição dos ecossistemas e manter a conservação de belezas naturais ainda intactas, logo percebeu a importância também de conservar os ecossistemas, não apenas belas paisagens, mas as que exercem funções fundamentais ao equilíbrio. O Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) Lei 9.985 de 18 de julho de 2000 no art. 2º inciso I define Unidades de conservação como espaços territoriais e seus recursos ambientais incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituídos pelo poder público com objetivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, aos quais se aplicam garantias adequadas de proteção. Em suma são áreas onde existe importante interesse ecológico, atividades extrativistas, o uso do solo e dos recursos naturais são regidos através de um Plano de Manejo, que é um documento técnico onde estão definidos os controles e as normas de uso da área e dos recursos naturais incluindo a implantação das estruturas físicas. (FAO, 1988; LEDEC, 1992). O Sistema Nacional as Unidades de Conservação (SNUC), Lei 9.985 de 2000, estabelece no Art. 2º inciso VI define que áreas de proteção integral admitem a manutenção dos ecossistemas livres de alterações antrópicas e permite o uso indireto dos recursos naturais. O uso indireto de acordo com o inciso IX é aquele que não envolve consumo, coleta, dano ou destruição dos recursos naturais. O Parque Estadual do Cantão (PEC) que é uma área de proteção integral foi criado pelo ato de Lei 996 de julho de 1998 com o propósito de desenvolver a sustentabilidade com a conservação da biodiversidade e a melhoria da qualidade de vida da população local ao oferecer incentivos a economia local e a preocupação em manter a cultura da comunidade presente. O PEC tem como objetivos principais proteger a fauna, a flora e os recursos naturais com potencial turístico contidos no seu interior, de forma que garantam o seu aproveitamento racional, sustentável e compatível com a conservação dos ecossistemas locais (Decreto Lei 996 de 14 de julho de 1998). Outros fatores como a diversidade biológica, o bom estado de preservação, local de alimentação e reprodução dos peixes do médio Araguaia, a facilidade de acesso e por possui apenas 8% de áreas degradadas por ações antrópicas, contribuíram para a sua criação. (SEPLAN, 2001, p.30) Estes objetivos citados acima estão em constante ameaça devido a ações de curto, médio e longo prazo executadas pelo homem com atividades extrativistas, a

3 destruição dos recursos hídricos, o desmatamento acelerado, e as queimadas que ocasionam o aumento de áreas degradadas que, segundo Minter (1990), são áreas que sofrem alterações de forma que a flora nativa e a fauna sejam destruídas ou excluídas, a camada do solo for retirada ou perdida e a qualidade e regime de vazão do sistema hídrico forem modificados. O Parque Estadual do Cantão (PEC) atualmente passa por uma série de conflitos relacionados à desapropriação de terras no seu interior, ocupada por proprietários denominados torrãozeiros, que são os moradores localizados em elevados de terra (torrões) que não alagam na época da cheia dos rios. Os torrãozeiros são antigos ocupantes da área, que possuem métodos tradicionais de utilização do solo para o desenvolvimento de suas atividades agrícolas, associados ao uso do fogo. Está pratica tem contribuído para o aumento dos incêndios na região. O Parque Estadual do Cantão (PEC) foi inserido no Programa Áreas Protegidas da Amazônia (ARPA) em 2006 devido à presença do bioma floresta amazônica. Junto à inclusão passou-se a desenvolver a ferramenta utilizada no Programa Nacional de Gestão Pública e Desburocratização (GESPÚBLICA), criado pelo governo federal em 23 de fevereiro de 2005, pelo Decreto Presidencial nº 5.378. O programa estabelece um planejamento estratégico contendo uma série de metas a serem cumpridas e analisadas pelos servidores envolvidos, entre elas está à relação do setor com o cidadão/sociedade. De acordo com o NATURATINS, uma das medidas adotadas pelo PEC foi a preocupação em reduzir os focos de calor na região, de forma que não houvesse o aumento dos custos operacionais para alcançar o objetivo. O resultado deste trabalho foi premiado no dia 11 de maio de 2009 com o Certificado de Alta Avaliação de 250 pontos que é alcançado por instituições que obtiveram resultados nas metas implantadas para melhoria da gestão. O Brasil encontra-se em 4º lugar no ranking de emissão de CO 2, devido às constantes queimadas, o que demonstra a realidade brasileira quanto ao manejo incorreto do solo feito através da queimada e por possuir posição de destaque na produção agropecuária, pois as queimadas são realizadas nestes locais com a finalidade de facilitar e diminuir os custos tanto na agricultura como na pecuária. MARTIN, (2009). Para o IBAMA, a queimada é uma prática agropastoril ou florestal feita de forma controlada para auxiliar na agricultura. Esta ação deve ser autorizada por este órgão ambiental, ou pelo órgão estadual competente. De acordo com publicação no site do IBAMA, o fogo é um fenômeno natural produzido pela queima de certos corpos onde é desenvolvido calor e luz. O incêndio Florestal pode ser por motivos antrópicos ou causados de forma natural incidido sobre qualquer vegetação. O fogo descontrolado causa sérios danos ao meio ambiente com a perda da diversidade de fauna e flora, aumenta a fragilidade do solo e conseqüentemente o aumento da emissão de Dióxido de Carbono (CO 2 ) na atmosfera o que causa aumento da temperatura, contribuindo com o aquecimento global.

4 Diversas estratégias e procedimentos estão sendo tomados para monitoramento destes focos de calor ou queimadas a fim de mitigar estas características indesejáveis. (ARAUJO, et al. 2008) O termo Foco de Calor, de acordo com o site do IBAMA é a interpretação de calor captado e registrado pelo sensor do satélite a qualquer temperatura acima de 47º como é o caso dos satélites National Oceanic Atmospheric Administration (NOAA), que identifica a localização dos focos, com as respectivas coordenadas geográficas. Os satélites utilizam sensores infravermelhos que rastreiam a terra diversas vezes ao dia, de acordo com o satélite. A existência de queimadas gera quantidade elevada de energia, que é captada pelos sensores, gerando um pixel contendo informações sobre coordenadas do local, de uma ou mais queimadas diferentes. VASCONCELOS, (2005). O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) utiliza informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e diversas outras fontes para monitorar os focos de calor e os riscos de incêndios florestais com o objetivo de manter a constante vigilância e diminuir os incêndios nas florestas brasileiras. Todas essas imagens são processadas em um sistema de alertas que é classificado de acordo com o local, os riscos que oferece e a persistência do foco. Alerta Verde: detecção de foco de calor em área florestal ou terra indígena; Alerta Amarelo: detecção de foco em UC S, incêndio em UC s e persistência do foco por mais de um dia; Alerta Vermelho: Incêndio confirmado em UC s e incêndio florestal. O Estado do Tocantins, localizado na região norte do país, sempre está presente entre os primeiros colocados no ranking de focos de calor. Em 2007, o primeiro colocado foi o Estado de Mato Grosso, seguido pelo Pará com 2258 e Rondônia com 2151. Já os demais estados estão logo abaixo com menos de 2000 focos. Diversas ações municipais, estaduais em conjunto com o governo federal vêm sendo executadas para reverter este quadro não apenas no Estado do Tocantins, mas em todo território nacional. NASCIMENTO, (2009) Em visitas feitas ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) obteve-se a informação que o órgão, além de outras fontes, utiliza-se de imagens do satélite NOAA15 disponibilizadas no portal do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) para capturar imagens de focos de calor no estado e principalmente nas Unidades de Conservação (UC s). Devido à grande preocupação com esta realidade do Estado do Tocantins quanto aos incêndios florestais, à conservação das unidades de conservação e o período da seca presente nesta época (maio a setembro), este artigo irá focar esta problemática, especificamente no PEC para levantar dados de focos de calor e precipitações desde 1998 a 2009, confrontar esta informações, e analisar as estratégias utilizadas para mitigar os focos na região. 2. MATERIAIS E MÉTODOS.

5 O Parque Estadual do Cantão (PEC) é o primeiro parque criado no Estado do Tocantins, em 14 de julho de 1998, abrangendo o município de Pium, entre as coordenadas 9º a 10º S, 50º e 10 W. Sua sede está localizada no município de Caseara, a 260 km de Palmas. O PEC possui uma área de 90.017 hectares, com 72 Km de comprimento e 12 Km de largura, possui ecótono, entre os biomas Floresta Amazônica, Cerrado, e Pantanal, e seus ecossistemas são formados pelas Ilhas do Araguaia, varjão, águas interiores, floresta sazonalmente alagada, floresta estacional semidecidual e áreas degradadas. (SEPLAN, 2001, p34.) No presente trabalho as informações de focos de calor colhidas, encontramse no site do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), no Banco de Dados de Queimadas em Unidades de Conservação (BDUC S), que trabalha com os satélites NOAA12, 14, 15, 16, 17, 18, GOES 08, 10 e 12, METEOSAT- 02, AQUA/TERRA, AQUA/TERRA MEX, no período compreendido entre 01 de junho de 1998 até o dia 22 de maio de 2009. Os dados das precipitações obtidos estão no sitio do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) nas Estações Meteorológica de Palmas - TO e Conceição do Araguaia PA. Devido à disponibilidade do Portal do INMET, apenas os dados entre os anos 2001 e 2007 constam na pesquisa. A organização dos focos de calor deu-se em planilhas Excel dividido em anos, meses, quantidade de foco de calor, quantidade de foco por satélite e total de focos no mês que possui maior incidência de focos de calor e construído gráfico com levantamento geral do período. Quanto às precipitações os dados estão expostos em gráficos e discutidos as diferenças. Estes números estão confrontados com o intuito de entender as diferenças encontradas. A partir desses resultados questionaram-se as discrepâncias entre as quantidades de focos de calor e precipitações encontradas no período amostrado junto à gestão do Parque Estadual do Cantão e o Instituto de Natureza do Tocantins (NATURATINS) e as estratégias utilizadas para diminuição deste quadro. 3. RESULTADOS E DISCUSSÕES. Na tabela 01, o período de 01 junho de 1998 a 01 de junho de 1999 possui um total de 14 focos, que representam 23,72% do total com destaque para o mês de agosto que possui 12 focos de calor, o que representa 85,71% do total de focos no ano de 1998 e 20,33% entre os anos de 1998 e 2001. Entre 01 de junho de 1999 a 01 de junho de 2000 foram registrados 23 focos de calor, quase o dobro do ano anterior, o que representa 38,98% entre os anos de 1998 e 2001 e o mês de agosto teve o aumento de 2 focos de calor, o que representa um acréscimo de 16,66% o que soma 14 focos de calor, percentual de 60,86% do total de focos no ano de 1999, e 23,72% do total entre os anos de 1998 e 2001, ou seja, o número de focos em agosto de 1999 representa todos os focos de calor registrados em 1998. De 01 de junho 2000 a 01 de junho de 2001 possui total de 4 focos de calor ( 6,77% do total do período entre 1998 e 2001), ou seja houve uma queda de 78,26% em relação ao ano de 1999. Dos 4 focos registrados, o mês de agosto de 2000 teve

6 3 focos o que representa 75% do total de focos no período e 100% dos focos no ano de 2000, sendo que o quarto foi registrado no mês de abril de 2001, este total entre os anos de 2000 a 2001 representa 5,08% do total entre os anos de 1998 e 2001. Entre as datas de 01 de junho de 2001 e 01 de junho de 2002 foram registrados 18 focos de calor, um aumento de 77,77% em relação ao período de 2000 a 2001. Outra diferença entre os outros períodos, é que surgiram focos em outros meses com aumento gradativo entre eles, com destaque para o mês de setembro com 10 focos de calor, um percentual de 55,5% do total do período e 16,94% do total dos focos entre 1998 e 2001. De 1998 a 2001 foi propositalmente selecionado pelo fato de apenas o satélite NOAA12 ter captado os focos de calor. Outra observação é que apenas em abril de 2001 ocorreu a leitura de um foco de calor no período chuvoso (outubro a maio). TABELA 01 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 1998 e 2001 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 1998 e 01 de junho de 1999. 1998 7 1 NOAA12 1 1998 8 12 NOAA12 12 1998 9 1 NOAA12 1 Total Foco de calor 14 Total Satélite 14 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 1999 e 01 de junho de 2000. 1999 8 4 NOAA12 4 1999 9 14 NOAA12 14 1999 10 5 NOAA12 5 Total Foco de calor 23 Total Satélite 23 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2000 e 01 de junho de 2001. 2000 8 3 NOAA12 3 2001 4 1 NOAA12 1 Total Foco de calor 4 Total Satélite 4 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2001 e 01 de junho de 2002. 2001 6 1 NOAA12 1 2001 7 2 NOAA12 2 2001 8 5 NOAA12 5 2001 9 10 NOAA12 10 Total Foco de calor 18 Total Satélite 18

7 No período de 01 de junho de 2001 e 01 de junho de 2002 (Tabela 02), os focos captados estão distribuídos entre os satélites NOAA12 e GOES08 sendo que do total de 16 focos 14 são do NOAA12. Quanto ao total de focos no período, 16 representam 27,11% do total acumulado do período entre 1998 e 2009. O mês de agosto novamente possui destaque com 10 focos, com o percentual de 62,5% entre 2002 e 2003. O período acima representa 21,33% do total somado das tabelas 01 e 02 (75 focos de calor). TABELA 02 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2001 e 2002 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2001 e 01 de junho de 2002. 2002 7 2 NOAA12 2 2002 8 1 GOES08 1 2002 8 9 NOAA12 9 2002 9 3 NOAA12 3 2002 9 1 GOES08 1 Total Satélite NOAA12 Total Satélite GOES08 14 2 Total mês 8/2002 10 Total mês 9/2002 4 Total Foco de calor 16 Entre 01 de junho de 2002 e 01 de junho de 2003, (Tabela 03) em relação ao período anterior, a quantidade de focos aumenta 38,46%%, o satélite GOES08 sai de cena e os satélites NOAA16 e o AQUA passam a captar informações de focos de calor juntamente com o NOAA12. Já o mês de setembro possui quantidade maior de focos 20, o que representa 76,92% da quantidade total (26) dos focos de calor no período entre 2003 e 2004, este total do período representa 25,74% do total de focos somados das tabelas 01,02 e 03 (101 focos de calor).

8 TABELA 03 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2002 e 2003 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2002 e 01 de junho de 2003. 2003 7 2 NOAA16 2 2003 8 1 NOAA12 1 2003 8 1 AQUA 1 2003 8 2 NOAA16 2 2003 9 11 NOAA12 11 2003 9 9 AQUA 9 Total NOAA16 Total NOAA12 Total AQUA 4 12 10 Total mês 8 /2003 4 Total mês 9/2003 20 Total Foco de calor 26 De 01 de junho de 2003 e 01 de junho de 2004,(Tabela 04) acrescenta o monitoramento de mais um satélite o TERRA e o GOES12, o mês de agosto sempre em destaque nos outros anos, não aparece neste período e o mês com maior incidência é setembro, sendo do total de 20 focos, 17 são do mês de setembro, ou seja, 85%. O total deste período representa 16,52% do total de focos de calor somados das tabelas 01, 02, 03 e 04(121 focos de calor). TABELA 04 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2003 e 2004 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2003 e 01 de junho de 2004. 2004 7 1 AQUA 1 2004 9 2 NOAA12 2 2004 9 9 AQUA 9 2004 9 3 NOAA16 3 2004 9 1 TERRA 1 2004 9 2 GOES12 2 2005 5 2 AQUA 2 Total AQUA TERRA NOAA16 NOAA12 GOES12 12 1 3 2 2 Total mês 9/2004 17 Total Foco de calor 20 Entre 01 de junho de 2005 e 01 de junho de 2006 (Tabela 05), o satélite NOAA16 não entra na estatística e o NOAA15 passa a fazer parte da coleta de

9 dados de foco de calor. No ano de 2005 nota-se um aumento considerável de focos em relação a todos os anos anteriores sendo que maior ênfase ao mês de setembro com 77 focos de calor, o que representa 91,6% do total de focos de calor (84) no período entre 2005 e 2006. Este 84 focos representam 40,97% do somatório das tabelas 01, 02, 03, 04 e 05 (205 focos de calor). TABELA 05 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2005 e 2006 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2005 e 01 de junho de 2006. 2005 7 2 NOAA12 2 2005 8 1 AQUA 1 2005 8 2 NOAA12 2 2005 8 2 GOES12 2 2005 9 6 NOAA15 6 2005 9 31 AQUA 31 2005 9 7 GOES12 7 2005 9 7 TERRA 7 2005 9 26 NOAA12 26 Total NOAA12 AQUA GOES12 NOAA15 TERRA 30 32 9 6 7 Total mês 8/2005 5 Total mês 9/2005 77 Total Foco de calor 84 De 01 de junho de 2006 e 01 de junho de 2007 (Tabela 06), os satélites NOAA15 e TERRA não estão presentes. A quantidade de focos de calor sofre queda de 84 focos para 11 focos, uma baixa de 86,90% na quantidade de focos. O mês de destaque volta a ser o mês de agosto com 7 focos, o que representa 63,63% do total entre 2006 e 2007. O total de focos (11) representa 5,09% do somatório das tabelas 01, 02, 03, 04, 05 e 06 (216 focos de calor).

10 TABELA 06 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2006 e 2007 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2006 e 01 de junho de 2007. 2006 7 1 NOAA12 1 2006 8 3 AQUA 3 2006 8 2 GOES12 2 2006 8 2 NOAA12 2 2006 9 1 NOAA12 1 2006 9 1 AQUA 1 2007 1 1 GOES12 1 Total NOAA12 Total AQUA Total GOES12 4 4 3 Total mês 8/2006 7 Total mês 9/2006 2 Total Foco de calor 11 No período entre 01 de junho de 2007 e 01 de junho de 2008, (Tabela 07), os satélites GOES10, NOAA15, o METEOSAT 02 e o TERRA agregam-se à captação de dados e o GOES12 não está presente. Os focos aumentam de 11 para 68, um aumento de 83,82%. Outra observação quanto aos meses de agosto com 44 focos e setembro com 20 focos, o que representam respectivamente 64,70% e 29,41% do total entre os anos 2007 e 2008. Este período representa 80,95% do somatório das tabelas 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07 (284 focos de calor).

11 TABELA 07 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2007 e 2008 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2007 e 01 de junho de 2008. 2007 7 2 NOAA12 2 2007 8 1 NOAA15 1 2007 8 22 AQUA 22 2007 8 8 GOES10 8 2007 8 11 TERRA 11 2007 8 2 METEOSAT-02 2 2007 9 18 AQUA 18 2007 9 1 GOES10 1 2007 9 1 TERRA 1 2007 10 2 TERRA 2 Total NOAA12 AQUA NOAA15 GOES10 TERRA 2 40 1 9 14 METEOSAT-02 2 Total mês 8/2007 44 Total mês 9/2007 20 Total Foco de calor 68 De 01 de junho de 2008 a 01 de junho de 2009 (Tabela 08), a quantidade de focos de calor cai 98,52%, um índice que realmente merece destaque, pois no ano de 2008 foi registrado apenas 1 foco de calor no inicio do período chuvoso (outubro a abril) este quadro foi resultado da parceria conquistada entre os servidores do PEC e os Torrãozeiros no combate aos focos de calor, que é uma das metas alcançadas com a implantação da ferramenta GESPÚBLICA. Segundo o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC) no art. 42 destaca que as populações não permitidas nos limites da UC serão indenizadas e realocadas pelo poder público para local adequado e definido por ambas as partes, e também explica no parágrafo 2º que enquanto não são realocadas devem seguir normas estabelecidas de acordo com os objetivos da unidade sem prejudicar os modos de vida da população. No ano de 2009 ainda não foram registrados focos de calor na região de acordo com o monitoramento do Instituo Nacional de Pesquisa Espacial (INPE) por motivos de ainda não ter iniciado o período da seca (maio a setembro) que encontrase até o desfecho da pesquisa em atraso. TABELA 08 - Parque Estadual do Cantão Focos de Calor entre 2008 e 2009 Distribuição dos focos de calor no período entre 01 de junho de 2008 e 01 de junho de 2009. 2008 10 1 NOAA15 1

12 A figura 01, abaixo, demonstra o período estudado e a quantidade de focos de calor de cada ano. Os anos de 2005 e 2007 com os respectivos valores de 86 (77 em setembro) e 69 (44 em agosto) focos de calor, se sobressaem em relação aos outros anos da pesquisa. FIGURA 01 Quantidade de focos de calor do PEC - 1998 A 2009. (Fonte INMET) Existe um aumento gradativo na quantidade de satélites que monitoram os focos de calor. A partir de agosto de 2008, o satélite NOAA 12 não executa mais suas funções devido a desativação do mesmo em 10 de julho por motivos de perdas de potência e o satélite NOAA 15 passa assumir o importante papel no registro dos focos de calor no Parque Estadual do Cantão. Baseado nas diferenças entre as precipitações colhidas nas Estações Meteorológicas de Palmas (TO) e Conceição do Araguaia (PA), os dados foram confrontados com os meses que possuem maior número de focos de calor (agosto e setembro), entre os anos de 2001 a 2007. O portal do Instituto de Meteorologia (INMET) de Conceição do Araguaia só disponibiliza os dados referentes ao período entre 2001 a 2007, os anos/meses que não houve precipitações estão ausentes nos gráficos. Na análise dos dados, o ano de 2008 foi excluído por apresentar apenas um foco no mês de outubro (período chuvoso) e o ano de 2009 não apresentou nenhum foco até o desfecho da pesquisa (Figura 02 e Figura 03).

13 FIGURA 02 Precipitação registrada na Estação Meteorológica de Conceição do Araguaia - PA, nos meses com maior quantidade de focos (dados em mm). (Fonte INMET). FIGURA 03 Precipitação registrada na Estação Meteorológica de Palmas - TO, nos meses com maior quantidade de focos (dados em mm). (Fonte INMET). De acordo com os dados levantados na pesquisa constatou-se que as precipitações não justificam o aumento ou diminuição da quantidade de focos de calor, pois existem épocas com maior numero de focos e com o nível elevado de precipitação ou de forma contrária. Entre os meses dos anos pesquisados que se destacam no quantitativo de focos, agosto é o mês que em 2002 não apresenta precipitações em ambas as estações e em 2007 sem registros na estação de Palmas, já setembro é o mês com maior numero de focos, a maioria localizados no Furo do Barreirinha, ao norte do PEC, onde possui maior quantidade de proprietários rurais, sendo que 17 estão

14 localizados no Estado do Pará e 5 no Tocantins que segundo a gestão do parque, este mês possui grande quantidade de focos de calor pelo motivo da proximidade do período chuvoso e sendo de conhecimento dos Torrãozeiros, aumentam a quantidade de queimadas para o manejo de suas terras o que leva ao aumento da concentração dos focos no local. Observa-se que no período pesquisado existe uma elevação nos focos de dois em dois anos a se iniciar em 1999 que após entrevistas realizadas com o atual gerente do PEC justifica-se está oscilação devido ao manejo do solo ser realizado com esta periodicidade e utilizar-se do fogo de maneira incorreta sem respeitar as normas legais das queimadas. Os anos de 2005 e 2007 possuem as maiores quantidades de foco, para este quadro não se obteve constatações concretas que justifiquem estes números de foco de calor. A implantação do GESPUBLICA mostrou ser uma ferramenta eficiente quando adotada em parceria com a comunidade local, o que diminui os focos de calor no ano de 2008. 4. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES. O monitoramento dos focos de calor via satélite mostra ser uma eficiente ferramenta para obtenção dos principais pontos onde ocorrem os incêndios juntamente com dados de precipitações colhidos nas Estações Meteorológicas, porém as precipitações de acordo com o estudo não influenciam no aumento ou diminuição dos focos de calor. Quanto ao GESPÙBLICA, constata-se que deve permanecer e continuar em constante evolução as metas implantadas para a solução dos problemas do Parque Estadual do Cantão (PEC). Em relação aos conflitos fundiários a situação expõe que a parceria feita com os Torrãozeiros trouxe excelentes resultados, pois enquanto o problemas das desapropriações não são resolvidos, é de grande valor respeitar o modo de vida local e dar auxílio sobre formas corretas de utilização do fogo. Os pesquisadores têm o objetivo em dar continuidade na pesquisa em busca de mais dados a fim de mostrar a real situação do PEC e assim tentar levar sugestões que possam contribuir na solução dos problemas. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS. ALVES, Fred. Instituto de Natureza do Tocantins (NATURATINS). Disponível em < file:///c:/documents%20and%20settings/admin/desktop/pi/noticia.php.htm%20ge sp%c3%bablica.htm> Acesso em 02 de Junho de 2009. COSTA, Patrícia Cortês. Unidade de Conservação. Matéria Prima do Ecoturismo. São Paulo. Editora ALEPH. p.11.

15 Instituto Nacional de Meteorologia. Rede de Estações. Disponível em < http://www.inmet.gov.br/html/observacoes.php > Acesso em 24 de maio de 2009. Instituto Nacional e Pesquisas Espaciais, Focos, Unidades de Conservação. Disponível em < http://sigma.cptec.inpe.br/queimadas/> Acesso em 24 de maio de 2009. MARTIN, Fátima. O Brasil é o maior emissor de CO2 do planeta. Disponível em <http://planetaemsuasmaos.blogspot.com/2009/03/brasil-e-o-quarto-maioremissor-de-co2.html> Acesso 26 de maio de 2009. Monitoramento de Focos de Calor. Disponível em< http://www.ibama.gov.br/prevfogo/areas-tematicas/monitoramento/> Acesso em 25 de maio de 2009. Monitoramento do Fogo, Definições de Fogo, Queimada e Incêndio Florestal. Disponível em http://www.ibama.gov.br/emergencias/institucional/monitoramentode-fogo/ > Acesso em 25 de maio de 2009. MORSELLO, Carla. Áreas Protegidas Públicas e Privadas: seleção e manejo. São Paulo 2ª edição. Editora Annablume 2008, p.214-215. NASCIMENTO, Roberto. Conheça os Campeões de queimadas do Brasil. Disponível em <http://invertia.terra.com.br/carbono/interna/0,,oi3023383-ei8933,00.html> Acesso em 26 de maio de 2009. Secretaria de Planejamento e Meio Ambiente do Tocantins (SEPLAN); Banco Interamericano de Desenvolvimento. Projeto TC-97-01-443. Plano de Manejo Parque Estadual do Cantão. Janeiro de 2001. p. 30, 34. SOUSA ARAÚJO, Gustavo Henrique; RIBEIRO DE ALMEIDA, Josimar; TEIXEIRA GUERRA, Antonio José. Gestão Ambiental de Áreas Degradadas. São Paulo. 3ª Edição Editora Bertrand Brasil, p.159. Unidades de Conservação: Programa Áreas Protegidas da Amazônia. Disponível em <http://www.wwf.org.br/informacoes/questoes_ambientais/unidades_conservac ao/> Acesso em 24 de maio de 2009. Utilização de Dados MODIS para a Detecção de Queimadas na Amazônia Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0044-59672008000100009&lng=pt&nrm=iso> Acesso em 25 de maio de 2009. VASCONCELOS, Sumaia. Detecção de focos no Estado do Acre. Disponível em http://ambienteacreano.blogspot.com/2006/08/focos-de-calor-o-que-so-comoso.html > Acesso em 24 de maio de 2009.