Questão 1 O que é Fluxo Circular da Renda? O que são fluxos reais e fluxos monetários? Desenhe um e pense sobre como isso resume a economia real.



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Transcrição:

Faculdade de Economia UFF Monitoria 3 Teoria Macroeconômica I (SEN00076) Professor: Claudio M. Considera Monitor: Vítor Wilher (www.vitorwilher.com/monitoria) E-mail: macroeconomia@vitorwilher.com Atendimento Presencial: Quartas, 16h às 18h, Sala 21. Lista 03 Contas Nacionais Questão 1 O que é Fluxo Circular da Renda? O que são fluxos reais e fluxos monetários? Desenhe um e pense sobre como isso resume a economia real. Consultar qualquer manual introdutório de macroeconomia, inclusive o livro do professor Considera. Questão 2 A contabilidade nacional oferece um retrato da realidade econômica e social dos países que permite acompanhar como crescem e como se desenvolvem ao longo do tempo. O acompanhamento do crescimento econômico é feito por estimativas dos agregados macroeconômicos, derivados do Sistema de Contas Nacionais. (Feijó et al, Contabilidade Social). Sobre esse aspecto responda aos itens que seguem: a) O que significa Produto Interno Bruto? Quais as formas de medi-lo? Novamente, o PIB é a soma de bens e serviços produzidos por um país em um determinado período de tempo, geralmente trimestral. Existem três formas de medir o PIB: pela ótica da renda, pela ótica do dispêndio e pela ótica da produção. IMPORTANTE: O PIB é igual nas três óticas!!! Ótica da Renda => Somatório da Remuneração dos Fatores de Produção. Ótica da Produção => VA = VBP Ci Ótica do Dispêndio => Y = C + I + G + (X-M) b) Pela definição dada anteriormente, dê exemplo de transações econômicas que não entram no cômputo do PIB. É importante entender que no cálculo do PIB só entram os bens e serviços finais. Como pode ser visto no cálculo pela ótica da produção, o PIB é igual ao Valor Adicionado em cada setor (isso ficará mais claro quando estivermos trabalhando com a Tabela de Recursos e Usos), descontando, portanto, o consumo intermediário. Além disso, não entram no PIB operações ilícitas, como tráfego de drogas, venda de ações, venda de bens usados e assim por diante. c) O Brasil possui o 6º maior PIB do mundo, mesmo assim não pode ser considerado um país desenvolvido, por quê? (dica: pense no conceito de pib per capita) Apesar de possuir o 6º maior PIB do mundo, o Brasil ainda possui uma renda per capita baixa (de cerca de US$ 10,720). Como no cálculo do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) o pib per capita é levado em consideração (assim como a expectativa de vida e a taxa de escolaridade), nosso país ainda não pode ser considerado um país desenvolvido. Ademais, apesar de esses dois outros indicadores (expectativa de vida e taxa de escolaridade) estarem avançando nos últimos anos, ainda são baixos vis-à-vis outros países. d) O problema econômico consiste basicamente em definir três coisas: o que produzir, como produzir e como distribuir. Relacione tais coisas com a contabilidade nacional.

A contabilidade nacional segue o seguinte fluxo lógico: PRODUÇÃO => RENDA => DESPESA => POUPANÇA Nesse sentido, são escolhidos bens e serviços a serem produzidos e é definida a forma como produzir esses produtos (incluindo ai certo estoque de capital, a quantidade de mão de obra envolvida e alguma tecnologia de produção). A partir disso, os fatores de produção envolvidos no processo (capital, terra, mão de obra e esforço empreendedor) são remunerados. Uma parte dessa remuneração será gasta na compra dos bens e serviços produzidos, outra parte será poupada. Em assim sendo, a contabilidade nacional cuida de acompanhar esse fluxo de coisas. Ela calcula, através de métodos estatísticos, a produção em um determinado período, além de verificar como ela é distribuída e gasta de acordo com as classificações adequadas. Questão 3 Lionel Robbins (1898-1984), economista inglês, definiu que o problema básico da Ciência Econômica era a escassez, ou seja, as pessoas têm necessidades ilimitadas, mas a oferta de meios para satisfazer tais necessidades é escassa. Pense no conceito de escassez. Se ele não existisse, o estudo da economia faria algum sentido para você? Escassez, ao lado dos incentivos que tratamos anteriormente, faz parte da moderna teoria macroeconômica. O valor das coisas é dado preponderantemente por ela ser mais ou menos escasso. Uma pedra de diamante polida é provavelmente mais escassa de que um copinho de água vendida no Bareco, logo faz sentido econômico que o primeiro custe mais do que o outro. Sem o conceito de escassez, o estudo da economia perde sentido, porque diante de recursos ilimitados, qual seria o sentido de estudar o uso alternativo das coisas? Qual seria o sentido de maximizar uma função de produção, de minimizar uma função de custo, de maximização satisfação etc. Questão 4 Seja uma economia hipotética que tenha gerado no ano de 2011 R$ 700 bilhões na produção de bens e serviços. O estoque de capital dessa economia em 2010 era de R$ 1750 bilhões e ele se deprecia a uma taxa de 3,5% ao ano. A Formação Bruta de Capital fixo corresponde a 20% do PIB, enquanto o Consumo Final (Famílias e Governo) é de R$ 400 bilhões. Nessa economia a população ocupada é de 10 milhões, enquanto a população economicamente ativa é de 12 milhões de pessoas. Sabendo disso, calcule: a) O estoque de capital em 2011; K2011 = K2010 + FBCF Depreciação K2011 = 1750 + 0,2*700 0,035*1750 K2011 = 1828,75 b) A relação capital-produto em 2011; K/Y = 1828,75/700 = 2,61 c) A produtividade média do trabalho; PIB/PO = 700BI/10MM = 70.000 d) A taxa de desemprego aberto dessa economia;

PEA = PO + PD 12MM = 10MM + PD PD = 2MM PD = 2MM/12MM = 16,7% e) O Saldo da Balança Comercial. O que esse saldo informa sobre a economia? PIB = C + G + I + (X M) 700 = 400 + 0,2*700 + (X M) (X-M) = 160 MILHÕES Significa dizer que as exportações excederam as importações em R$ 160 milhões. Questão 5 Supondo que em um país o Consumo represente 65% do PIB, calcule o valor do PIB a partir dos dados abaixo: Investimentos = 300 Gastos do Governo = 320 Exportações = 150 Importações = 70 Arrecadação do Governo = 400 Transferências do Governo = 150 Consumo = 65% do PIB (em Bilhões de Reais) Pela ótica do dispêndio: Y = C + I + G + (X-M) Y = 0,65*Y + 300 + 320 + (150-70) Y 0,65*Y = 700 0,35Y = 700 Y = 2000

QUESTÃO 6 ANPEC 1992 Tem-se a seguinte informação sobre as contas nacionais de um país hipotético, num dado ano, em bilhões de reais: Consumo final das famílias 53 Rendimentos líquidos enviados ao resto do mundo 02 Transferência unilaterais, líquidas, ao resto do mundo 00 Formação bruta de capital fixo 17 Exportação de bens e serviços 13 Variação de estoques 03 Importação de bens e serviços 14 Consumo final das administrações públicas 21 Calcule, em bilhões de reais, o produto interno bruto. Novamente, pela ótica do dispêndio: Y = C + I + G + (X-M) Lembrar que I = FBCF + Variação de Estoques Logo, Y = 53 + (17 + 03) + 21 + (13-14) Y = 93 QUESTÃO 7 ANPEC 1999 Adaptada. Responda aos itens solicitados. Considere uma economia fictícia que produza somente três tipos de frutas: maçãs, laranjas e bananas. Para o ano de 2010, os dados de produção e de preço são os seguintes: Fruta Quantidade Preço Maçãs 3000 sacos R$2,00 por saco Bananas 6000 cachos R$3,00 por cacho Laranja 8000 sacos R$4,00 por saco Para o ano de 2011 os dados de produção e preço são os seguintes: Fruta Quantidade Preço Maçãs 4000 sacos R$3,00 por saco Bananas 14000 cachos R$2,00 por cacho Laranja 32000 sacos R$5,00 por saco

A) Calcule o PIB Nominal de 2010 e de 2011. PIB Nominal: ( ) PIB 2010: 3000*2 + 6000*3 + 8000*4 PIB 2010: 56.000 PIB 2011: 4000*3 + 14000*2 + 32000*5 PIB 2011: 200.000 B) Calcule o PIB Real de 2010 e de 2011. PIB Real: ( ) PIB 2010: PIB Nominal = 56.000 PIB 2011: 4000*2 + 14000*3 + 32000*4 PIB 2011: 178.000 C) Calcule o Deflator Implícito para 2010 e para 2011. (Deflator Implícito = PIB Nominal/PIB Real) DI 2010 = 1 DI 2011 = 200.000/178.000 DI 2011 = 1,1235 ou em termos percentuais 12,35% D) O valor real do PIB no ano corrente é R$ 200.000,00? Não. O PIB real é R$ 178.000. E) A taxa de crescimento real do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 218%? = / =(.. 1)*100 =(3,1785 1)*100 =218% F) A taxa de crescimento do deflator implícito do PIB entre o ano base e o ano corrente foi de 8.9%? = ( /( =1,1235/1 =12,35% G) A inflação medida por um índice de pesos fixos que toma a produção do ano base como referência foi superior à inflação medida pelo deflator implícito do PIB? Dado o conceito de soma ponderada, um índice de pesos fixos considera uma determinada variável como sendo o peso associado ao que se pretende calcular. Como estamos falando de inflação, estamos interessados em verificar a variação de preços de um ano para o outro. Nesse aspecto, o peso será a quantidade produzida no ano base (ou ano t), conforme abaixo:

*= ( ) ( ) *= 3000 3+6000 2+8000 5 3000 2+6000 3+8000 4 *= 61000 56000 *=1,089 1=0,089 01 8,9% A inflação medida pelo Deflator Implícito foi de 12,35% e a inflação medida da forma acima, que considera a quantidade fixa, foi de 8,9%. A que você atribui essa diferença? Observe o cálculo do Deflator Implícito. Ele é a razão entre o PIB Nominal e o PIB Real de um determinado ano. Para o ano de 2010, o Deflator Implícito foi a unidade, dado que o PIB Nominal e o PIB Real são iguais. Já para o ano de 2011, o Deflator Implícito foi de 1,1235; mas observe como ele foi calculado: ( = ( ) ( ) Perceberam a diferença? No cálculo do Deflator Implícito o peso utilizado foi a quantidade do ano corrente, já no cálculo da inflação medida por índice de pesos fixos dado no enunciado considerou-se como peso a quantidade do ano anterior. Isso, claro, deve ser relativizado, dada a simplicidade do exercício. Em termos gerais, o Deflator Implícito é uma medida mais ampla de inflação, porque incorpora a variação de todos os bens e serviços produzidos pelo país, enquanto os índices de inflação tradicionais (IPCA, INPC, IGPs etc.) tratam de cestas de consumo específicas. Esse fato implica que o resultado da inflação medido pelo Deflator Implícito geralmente é superior aos demais índices de inflação, como observado nesse simples exercício.