pág. 2 Conceito de Direito administrativo: Mas que diabo é o direito administrativo professor? É O ramo do direito Público que tem por objeto estudar os órgãos, agentes e pessoas jurídicas administrativas que integram a Administração Pública, a atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens de que se utiliza para a consecução de seus fins, de natureza pública. As fontes do Direito Administrativo As fontes do Direito Administrativo são as responsáveis diretas pela criação, elaboração e aperfeiçoamento de toda ciência administrativista, produzindo, aprimorando e até justificando, suas Leis, normas internas e decisões judiciais. Desta forma, entendemos necessário tecer breves comentários acerca das fontes do Direito Administrativo. LEI Jurisprudência Fontes Doutrina Costume LEI em sentido estrito, desde a Constituição até os demais atos normativos com aptidão para inovar na ordem jurídica (leis complementares, leis ordinárias, medidas provisórias etc.), é a fonte primeira desse ramo do Direito, gozando de prevalência sobre todas as demais. A jurisprudência, assim considerado o conjunto de decisões de mesmo teor em relação a determinada matéria exaradas pelo Poder Judiciário, ou seja, as decisões reiteradas do Poder Judiciário em determinado assunto, influencia notavelmente o Direito Administrativo no Brasil, em vista da inexistência de um código de leis administrativas que permita uma melhor percepção sistemática deste ramo jurídico, o que é suprido, em grande parte, pelo trabalho de nossos magistrados. A doutrina, as construções e reflexões teóricas dos estudiosos do Direito, também traz grandes contribuições ao Direito Administrativo, pois o trabalho dos estudiosos é levado em consideração por todos os operadores jurídicos, em especial pelos membros do Poder Legislativo, que elaboram as leis, e os membros do Poder Judiciário, que julgam os litígios oriundos da sua aplicação.
pág. 3 O costume, conjunto de regras informais observadas de forma uniforme e constante pela consciência de sua obrigatoriedade, apesar de ainda constar no rol de fontes do Direito Administrativo, não exerce no Brasil grande influência. Costuma-se afirmar que ele serve como elemento informativo do trabalho do legislador e do estudioso do Direito, e é esta, precisamente, sua principal aplicação. Todavia, o costume pode surgir como verdadeira fonte normativa de Direito Administrativo, nas matérias não reguladas por lei. Estado, governo e administração pública Vamos diferenciar, os conceitos de Estado, governo e administração pública: Estado O Estado, é forma histórica de organização jurídica limitado a um determinado território e com população definida e dotado de soberania, que em termos gerais e no sentido moderno, configura- se em um poder supremo no plano interno(nacional) e num poder independente no plano internacional(internacional). Seguindo, apresentam-se as características ou elementos que diferenciam um Estado de outro: POVO + TERRITÓRIO + PODER POVO: É o elemento humano do Estado, o conjunto de pessoas que mantêm um vínculo jurídico-político com o Estado, pelo qual se torna parte integrante deste É óbvio que para que se exista a figura do Estado é necessário que este seja composto por pessoas que formam o elemento povo que, por sua vez, não se confunde com os termos população e nação, sendo o primeiro um conceito meramente numérico, em que se resume a um grupo de pessoas que ocupa determinado território de determinado Estado. Já o conceito de nação recai sobre a ideia de um conjunto ou grupo de pessoas unido por laços culturais e históricos sem que, no entanto, acarrete vínculo jurídico-político com o território do Estado que ocupam. Há nações como a Palestina e o Kurdistão, que não são Estados, pois não têm um território delimitado e nem poder soberano, como se verá. Soberania: é o poder que tem o Estado de se administrar. Por causa da soberania, o Estado pode regular o seu funcionamento, as relações privadas de seus cidadãos e as funções econômicas e sociais de seu povo. Em razão da soberania, o Estado edita leis que se aplicam ao seu território, sem se sujeitar a qualquer tipo de ingerência de outros Estados.
pág. 4 Território: é a área onde o Estado exerce sua soberania. o espaço jurídico no qual o Estado exerce sua soberania sobre pessoas e coisas, sendo, dessa forma, considerado como elemento material do Estado. Trata-se de espaço jurídico e não simplesmente geográfico, em virtude de abranger, além do espaço delimitado pelas fronteiras do Estado, o mar territorial, a plataforma continental, o espaço aéreo, navios e aeronaves civis em alto-mar ou sobrevoando espaço aéreo internacional ou, ainda, navios e aeronaves militares onde quer que estejam Funções estatais Os elementos (povo + território + soberania) do Estado não podem ser confundidos com suas funções. As funções estatais, normalmente denominadas Poderes do Estado, são divididas em: legislativa, executiva e judiciária. Essa classificação tem previsão legal na constituição federal art.2º São Poderes da União, independentes e harmônicos entre si, o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Criou-se, assim, o sistema de freios e contrapesos, o qual consiste na contenção do poder pelo poder, ou seja, cada poder deve ser autônomo e exercer determinada função, porém o exercício desta função deve ser controlado pelos outros poderes. Assim, pode-se dizer que os poderes são independentes, porém harmônicos entre si. No Brasil, as funções exercidas por cada poder estão divididas entre típicas (atividades frequentes) e atípicas (atividades realizadas mais raramente).
pág. 5 Governo O que seria Governo? O poder de regrar uma sociedade política e o aparato pelo qual o corpo governante funciona e exerce autoridade. O governo é usualmente utilizado para designar a instância máxima de administração executiva, geralmente reconhecida como a liderança de um Estado ou uma nação. Os Estados que possuem tamanhos variados podem ter vários níveis de Governo conforme a organização política daquele país, como por exemplo o Governo local, regional e nacional. Resumo: Direção, controle, comando, o celebro de um estado. Administração Pública A administração pública é conceituada com base em dois aspectos: objetivo (também chamado material ou funcional) e subjetivo (também chamado formal ou orgânico). Segundo ensina Maria Sylvia Zanella Di Pietro o conceito de administração pública divide-se em dois sentidos: I. CRITÉRIO FORMAL, ORGÂNICO OU SUBJETIVO A administração pública nada mais é do que a máquina administrativa: Órgãos, Agentes e Bens que compõem essa estrutura. II. CRITÉRIO MATERIAL OU OBJETIVO A Administração Pública nada mais é do que a atividade administrativa (a atividade administrativa pode ser dividida em prestação de Serviços Públicos, atividade de fomento, atividade econômica, poder de polícia. ADM PÚBLICA Subjetivo (Formal /Orgânico ) : relaciona - se à pessoa que executa atividades da administração. Como por exemplo: Órgãos, Agentes, Bens Objetivo ( material/funcional ): relaciona - se à atividade administrativa desempenhada pelo Estado.