PREFEITURA MUNICIPAL DE INDIANÓPOLIS ESTADO DE MINAS GERAIS. Lei Municipal nº 1.195, de 30 de junho de 1997

Documentos relacionados
ANEXO I EXIGÊNCIAS PARA PROJETOS DE PARCELAMENTO

LEI MUNICIPAL Nº 169/91, DE 25 DE JULHO DE 1991.

GOVERNO MUNICIPAL DE GUIMARÂNIA GESTÃO

SECRETARIA DE PLANEJAMENTO DO MUNICÍPIO DE CONDE Coordenadoria de Controle Urbano DOCUMENTAÇÃO PARA PROTOCOLO DE PROCESSOS ALVARÁ PARA CONSTRUÇÃO

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO FELIPE. LEI Nº 797/2017 De 17 de Julho de 2017

PREFEITURA MUNICIPAL DE ARTUR NOGUEIRA

IT 1819 R.4 - INSTRUÇÃO TÉCNICA PARA APRESENTAÇÃO DE PROJETOS DE PARCELAMENTO DO SOLO

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Estado do Rio Grande do Sul PREFEITURA MUNICIPAL DE NOVA SANTA RITA Gabinete da Prefeita. LEI 1123/13 De 12 de junho de 2013

PREFEITURA MUNICIPAL NOVA VENEZA

PREFEITURA MUNICIPAL DE URUAÇU ESTADO DE GOIÁS PODER EXECUTIVO SECRETARIA MUNICIPAL DE ADMINISTRAÇÃO CNPJ /

LEI COMPLEMENTAR N 17/2017

DECRETO MUNICIPAL Nº804

LEI COMPLEMENTAR Nº 195, DE 20 DE NOVEMBRO DE O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CARAZINHO, ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 1º O parcelamento do solo urbano do Município de Novo Xingu RS, obedecerá ao disposto na legislação federal, estadual e na presente Lei.

LEI Nº 0834/2008 CAPÍTULO I DAS CONDIÇÕES GERAIS E DEFINIÇÕES

DECRETO MUNICIPAL Nº772

DECRETO Nº 2245/14, DE 05 DE JUNHO DE 2014.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SANTANA DO RIACHO ESTADO DE MINAS GERAIS ADMINISTRAÇÃO LEI 114/1983

Prefeitura Municipal de Nova Viçosa publica:

PALAVRAS - CHAVE Uso e ocupação do solo, parcelamento, loteamento.

LEI Nº 791. Art. 1º- Os loteamentos Urbanos serão regidos por esta lei, sem prejuízo das demais normas aplicáveis á matéria.

Para efeito desta Instrução Técnica são adotadas as seguintes definições:

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2017

Aula 5. Parcelamento do solo urbano, afastamento e alinhamento.

PREFEITURA DO ALEGRETE-RS ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO SEÇÃO DE LEGISLAÇÃO

Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória publica:

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 208, DE 2015

MANUAL DE ORIENTAÇÃO PARA APROVAÇÃO DE PROJETOS HABITACIONAIS SECRETARIA DE ESTADO DA HABITAÇÃO

DECRETO N , DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016

LEI N.º 743/92 DE 20 DE OUTUBRO DE os habitantes deste município, que a Câmara de Vereadores aprova e Ele sanciona a seguinte Lei.

PREFEITURA DE GOIÂNIA GABINETE DO PREFEITO

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO URBANO NO MUNICÍPIO DE GASPAR E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS

PREFEITURA MUNICIPAL DE RIO VERDE GO LEI COMPLEMENTAR N /2011

Prefeitura Municipal de Taubaté

PARCELAMENTO DO SOLO URBANO - LOTEAMENTO E DESMEMBRAMENTO - LEI 6.766/79

MUNiCíPIO DE GUARAPUAVA Estado do Paraná LEI N 2074/2012

LEI N DE 21 DE JANEIRO DE 2019

ESTADO DA BAHIA PREFEITURA MUNICIPAL DE IBIASSUCÊ GABINETE DO PREFEITO

3) Histórico dos títulos de propriedade e respectivos comprovantes dos últimos 20 anos

LOTEAMENTO. O requerimento foi firmado pelos proprietários, com firma reconhecida por autenticidade?

Of. nº 620/GP. Paço dos Açorianos, 11 de julho de Senhora Presidente:

Regularização Fundiária em São Mateus

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE LONDRINA

CÂMARA MUNICIPAL DE ARMAÇÃO DOS BÚZIOS Estado do Rio de Janeiro. Capítulo V Da Aprovação do Projeto de Loteamento e Desmembramento

LEI Nº 5.138, DE 28 DE DEZEMBRO DE 1992

LEI Nº 200, DE

PREFEITURA MUNICIPAL DE BLUMENAU

Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória publica:

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO

Prefeitura Municipal de Dumont

PREFEITURA MUNICIPAL DE GUARAPUAVA CENTRO DE PLANEJAMENTO URBANO DE GUARAPUAVA PARCELAMENTO DO SOLO PARA FINS URBANOS NO MUNICÍPIO DE GUARAPUAVA

DECRETO Nº 6.829, DE 27 DE ABRIL DE 2009 (DOU )

INSTITUI E DISCIPLINA O PARCELAMENTO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE CAMPO ALEGRE/SC.

Prefeitura Municipal de Nova Viçosa publica:

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES SEÇÃO I DOS OBJETIVOS

Data: 14 de novembro de A Câmara Municipal de Guaratuba, Estado do Paraná, aprovou e eu, Prefeito Municipal, sanciono a seguinte lei:

SEMANÁRIO OFICIAL ATOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE ESTIVA GERBI

Prefeitura Municipal de Itanagra publica:

LEI COMPLEMENTAR Nº DE DE DE (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

SEMANÁRIO OFICIAL ATOS PÚBLICOS DO MUNICÍPIO DE ESTIVA GERBI

LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO URBANO DE ITAPERUNA - RJ

LOTEAMENTO - DEFINIÇÃO

LEI N 3.255, DE 29 DE DEZEMBRO DE

PREFEITURA MUNICIPAL DE MUCURI ESTADO DA BAHIA CNPJ /

Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória publica:

PREFEITURA MUNICIPAL DE ITAPARICA. Anteprojeto LEI DE PARCELAMENTO DO SOLO

RESIDENCIAL SANTA MONICA MEMORIAL DESCRITIVO ANEXO I

PREFEITURA MUNICIPAL DE LINDOLFO COLLOR

DISPÕE SOBRE LOTEAMENTOS, DESMEMBRAMENTOS, UNIFICAÇÕES E CONDOMÍNIOS HORIZONTAIS SITUADOS NO MUNICÍPIO.

PROJETO LEI COMPLEMENTAR Nº (Autoria do Projeto: Poder Executivo)

Definição constante do Projeto de Lei de 2000 que dispõe sobre o parcelamento do solo para fins urbanos em substituição a lei 6766/79.

LEI COMPLEMENTAR Nº 99, DE 13 DE DEZEMBRO DE 2016

Lei Complementar Nº 24/2009

A Prefeitura Municipal de Itaparica publica Lei do Parcelamento e Uso do Solo

PROJETO DE LEI Nº 035/18, DE 15 DE JUNHO DE 2018.

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Deliberação Normativa COPAM nº., de XX de janeiro de 2010

LEI MUNICIPAL N.º 1.973, DE 29 DE DEZEMBRO DE Dispõe sobre o parcelamento do solo, e dá outras providências

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE CÂNDIDO DE ABREU

LOTEAMENTO ROTA DAS FLORES

V - empreendimentos residenciais com mais de 100 (cem) unidades; ou,

LEI 1755/2018. A Câmara Municipal de Pinhalão, Estado do Paraná, aprovou e eu, Sérgio Inácio Rodrigues, Prefeito Municipal sanciono a seguinte Lei:

Sexta-feira, 20 de Dezembro de 2013 Edição n 1209

Estado de Rondônia Município de Ji-Paraná Gabinete do Prefeito

PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NA LEI ESTADUAL DE PARCELAMENTO DO SOLO. Lei nº , de 22 de janeiro de 2018, revogou a Lei Estadual n 6.

DISPÕE SOBRE O PARCELAMENTO DO SOLO NO MUNICÍPIO DE RIBEIRÃO DAS NEVES.

DECRETO Nº , de 18 de outubro de 2002

Prefeitura Municipal de Nossa Senhora da Glória publica:

MUNICÍPIO DE JACAREZINHO

ROTEIRO DE DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA LOTEAMENTO

DECRETO Nº , DE 24 DE ABRIL DE 2014.

Código Florestal: A hipocrisia e o calote como instrumentos de gestão ambiental. Prof. Luís Carlos Silva de Moraes terra.com.

Atuação Municipal na Regularização Fundiária Urbana

LEI Nº 9413, DE 30 DE DEZEMBRO DE 1981

IV - prova da quitação da taxa correspondente à análise e aprovação do processo e a respectiva contrapartida.

PREFEITURA MUNICIPAL DE JACAREÍ PALÁCIO PRESIDENTE CASTELO BRANCO JACAREÍ ESTADO DE SÃO PAULO GABINETE DO PREFEITO

LEI nº /2017

Transcrição:

PREFEITURA MUNICIPAL DE INDIANÓPOLIS ESTADO DE MINAS GERAIS Lei Municipal nº 1.195, de 30 de junho de 1997 Dispõe sobre o parcelamento do solo rural do Município de Indianópolis. O PREFEITO MUNICIPAL Faço saber que a Câmera Municipal de Indianópolis, Estado de Minas Gerais, aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: Art. 1º - O parcelamento do solo rural do Município do Indianópolis deverá respeitar o disposto nesta Lei, além das demais legislações estadual e federal pertinentes. Art. 2º - As alterações do uso do solo rural para fins urbanos e ou sítios do recreio dependerão de prévia audiência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) e da aprovação do Município de Indianópolis. Art. 3º - O sítio de recreio é uma modalidade de loteamento implantado na zona de expansão urbana ou urbanizável, dotado das seguintes características: I - uso rural, de recreação e lazer; II - existência de vias, com seção transversal mínima de 12,00 m (doze metros); III - área mínima de 20.000 m² (vinte mil metros quadrados); IV - lotes e ou fração ideal mínima de 2.000 m² (dois mil metros quadrados); V testada mínima de 40 m (quarenta metros); VI - taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento máximos de vinte por cento e 0,4 (zero vírgula quatro), respectivamente. Art. 4º - A aprovação dos projetos de parcelamento do solo rural está sujeito à apresentação dos seguintes documentos: I - título de propriedade das áreas a serem loteadas, transcrito no registro de imóveis, constante de certidão fornecida há sessenta dias, no máximo. II - certidão negativa do Ônus reais.

III - planta pianialtimétrica do imóvel em seis vias, no mínimo, em escala de 1:2000, assinadas pelo proprietário e por profissional habilitado e registrado no Conselho Regional do Engenharia e Arquitetura (CREA), contendo: a) as divisa da gleba a ser loteada, com indicação dos proprietários dos terrenos confrontantes; b) as curvas de nível a distância de um em um metro, em relação ao RN (Rumo Norte); c) a localização dos cursos d água, represas naturais e ou artificiais, bosques e construções existentes; d) dimensões lineares, compreendendo todos os segmentos do perímetro e dimensões angulares de toda a propriedade e da gleba a ser subdividida; e) indicação exata das posições dos marcos de RN (Rumo Norte); f) a indicação dos arruamentos contíguos a todo perímetro, com localização das vias de comunicação. g) o tipo de uso predominante a que o loteamento se destina. Art. 5º - Os parcelamentos do solo rural que resultarem em lotes e ou fração ideal inferiores a 20.000 m² (vinte mil metros quadrados) deverão destinar ao Município as seguintes áreas mínimas, calculadas sobre a área total loteável: I - vinte por cento para o sistema viário; II - dezessete por cento para reserva de áreas públicas. 1º - Entende-se por área loteável a área total da gleba objeto de parcelamento, subtraídas as áreas de preservação permanente, assim definidas em lei. 2 - Na implantação satisfatória do sistema viário com menos de vinte por cento da área loteável, o restante será acrescido às áreas públicas. Art. 6º - Deverá ser apresentado e protocolado na Prefeitura Municipal de Indianópolis, para análise e aprovação, junto com o requerimento, o seguinte: I - as plantas, na escala 1:1000, sendo os originais, em papel transparente (poliéster ou ozalit), contendo, no mínimo: a) indicação exata da disposição, forma e dimensionamento das áreas de preservação obrigatória, áreas de reserva legal, áreas públicas e sistema viário;

b) planta topográfica com curvas de nível de metro em metro, com sinais de vias e as dimensões lineares e angulares do projeto, com raios, cordas, arcos, pontos de tangência e ângulos centrais das vias circulares; c) perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; d) indicação dos marcos de alinhamento e nivelamento localizados nos ângulos de curvas das vias projetadas públicas e/ou privadas dos condomínios; e) planta e perfis de todas as linhas de escoamento das águas pluviais; f) planta da situação da área, em escala, configurada a perfeita amarração da área a ser loteada com a projeção das principais vias de acesso. II - o memorial descritivo contendo obrigatoriamente, no mínimo, o seguinte: a) descrição do loteamento, com suas características e destinação; b) as condições urbanísticas do loteamento e as limitações que incidem sobre os lotes e as suas construções, além das já constantes da legislação municipal; c) descrição dos lotes, áreas públicas, áreas de preservação permanente e das áreas de reserva legal. III - Deverão ser apresentados separadamente os seguintes projetos; a) sistema de drenagem de águas pluviais; b) sistema de abastecimento de água potável; c) sistema de esgotamento sanitário; d) rede de energia e elétrica, iluminação pública e telefonia, se for o caso. IV - cronograma físico-financeiro para execução das obras de infra-estrutura; V - caução de, no mínimo, quarenta por cento do número de lotes constantes do projeto para garantia de execução da infra-estrutura do loteamento ou fiança bancária, compatível com o valor das obras de execução de toda infra-estrutura exigida; VI - título de propriedade, expedido a menos de sessenta dias, matriculado no Registro de Imóveis competente; VIl - certidão negativa de Ônus reais, expedida pelo Cartório de Registro de Imóveis, há menos de trinta dias; VIII - certidão negativa de tributos municipais; IX - certidão vintenária, expedida há menos de trinta dias.

Art. 7º - O projeto será rejeitado quando estiver em desacordo com as diretrizes e ou legislação vigente. Art. 8º - Aprovado o projeto, o interessado deverá submete-lo ao registro imobiliário dentro do 180 dias, sob pena de caducidade da aprovação. Parágrafo único - As despesas referentes ao registro do parcelamento correrão à conta do loteador. Art. 9º - Desde a data de registro do parcelamento, passam a integrar o domínio do Município as vias públicas e as áreas públicas. Art. 10º - No ato de aprovação do projeto, o interessado deverá assinar o termo de compromisso, obrigando-se à construção da infra-estrutura abaixo relacionada, no prazo máximo de dois anos, conforme o seguinte cronograma da execução: I - abertura das vias públicas; II - sistema de abastecimento de água potável; III - rede de energia elétrica; IV - sistema de esgotamento sanitário. Art. 11 - Como garantia da execução de obras mencionadas no artigo anterior, o interessado vinculará quarenta por cento, no mínimo, do número de lotes, constantes do projeto, ou prestará caução em dinheiro correspondente ao valor dos lotes, mediante Instrumento público de caução real, devidamente averbado no Registro de Imóveis. 1º - No instrumento previsto neste artigo, contará expressa autorização para que a Prefeitura Municipal, promova a venda de lotes caucionados, na qualidade de bastante procuradora dos proprietários, ou a liberação da caução prestada em dinheiro, para a finalidade exclusiva de execução das obras, caso não tenham sido executadas nos prazos fixados. 2º - Caso o valor das obras ultrapasse o montante da renda auferida com a alienação dos lotes, efetivada nos termos do parágrafo anterior, o restante será cobrado do loteador. 3º - Os lotes poderão ser descaucionados, proporcionalmente à infraestrutura executada. Art. 12 - Realizadas as obras de infra-estrutura e feita a vistoria pelo órgão competente, a Prefeitura, a requerimento do interessado, liberará a garantia prestada e expedirá o Termo de Conclusão.

Art. 13 - Quanto à proteção ambiental, deverão ser respeitadas as legislações pertinentes, observando-se principalmente as faixas de preservação obrigatória ao longo dos cursos d égua e de represas naturais e ou artificiais e os vinte por cento de reserva legal. Art. 14 - A elaboração de projetos de loteamentos em áreas rurais será precedida de Estudo de Impacto Ambiental e Econômico Social e do respectivo Relatório do Impacto Ambiental (RIMA). Art. 10 - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições contrárias. Prefeitura Municipal de Indianópolis, 30 de Junho do 1997 Wesley José da Rocha Naves Prefeito Municipal