LEI MUNICIPAL Nº 169/91, DE 25 DE JULHO DE 1991.
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- Leonardo Palha Philippi
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1 LEI MUNICIPAL Nº 169/91, DE 25 DE JULHO DE Dispõe sobre o parcelamento do solo urbano e dá outras providências. O Prefeito Municipal de Taquaruçu do Sul, Estado do Rio Grande do Sul, usando as atribuições que lhe são conferidas pela Lei Orgânica do Município. Faço saber que a Câmara Municipal de Vereadores aprovou e eu sanciono e promulgo a seguinte lei: CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES PRELIMINARES Art. 1º- O parcelamento do solo urbano poderá ser feito mediante o loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta lei. (NR Ver Lei , art. 27) Art. 2º- Para fins desta lei, adotam-se as seguintes definições: 1º- Considera-se LOTEAMENTO a subdivisão de glebas em lotes destinados à edificação, com abertura de novas vias de circulação de logradouros públicos ou prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. (NR Ver Lei 640/03, art. 23, e art. 4º desta Lei) 2º- Considera-se DESMEMBRAMENTO a subdivisão de glebas em lotes destinados a edificação, com aproveitamento do sistema viário existente, desde que não implique em abertura de novas vias e logradouros públicos, nem no prolongamento, modificação ou ampliação das vias existentes. 3º- ÁREA DE EXPANSÃO URBANA da cidade e de distritos, é aquela prevista na lei complementar de inclusão ou aumento do perímetro urbano. 4º- ÁREA DE RECREAÇÃO URBANA é a reservada às atividades culturais, cívicas, esportivas e contemplativas da população, tais como, praças, bosques e praças. 5º- LOCAL DE USO INSTITUCIONAL é toda área reservada para fins específicos de utilidade pública, tais como, educação, cultura, culto e administração. 1
2 Art. 3º- Somente será permitido o parcelamento do solo para fins urbanos em zonas urbanas ou de expansão urbana assim, definidos pela lei complementar que define o perímetro urbano e sua ampliação. Parágrafo único: Não será permitido o parcelamento do solo: I - Em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, antes de tomadas as providências para assegurar o escoamento das águas; II - Em terrenos que tenham sido aterrados com material nocivo a saúde pública, sem que sejam previamente sanados; III - Em terrenos com declividade igual ou superior a 30%, salvo se atendidas exigências específicas das autoridades competentes; IV - Em terrenos onde as condições geológicas não aconselham a edificação; V - Em áreas de preservação ecológica e naquelas onde a poluição impeça condições sanitárias suportáveis até sua correção. CAPÍTULO II DOS REQUISITOS URBANÍSTICOS PARA LOTEAMENTO Art. 4º- Os loteamentos deverão atender, pelo menos, aos seguintes requisitos: I - Rede de abastecimento de água; II - Rede de energia elétrica; III - Escoamento das águas pluviais; IV - Calçamento nas ruas; V - Escola primária a uma distância máxima de 03 Km do imóvel; VI - Os lotes deverão possuir áreas mínimas de 360,00 m² e frente mínima de 12,00 metros; (NR. Ver Lei 640/03, arts. 9º, par. único; 10, par. único; 11, 1º; 13, 2º e 29) VII - As vias do loteamento deverão articular-se com as vias adjacentes oficiais existentes ou projetadas e harmonizarem-se com a topografia local.; VIII - A percentagem de áreas públicas não podem ser inferior a 35% da área total, objeto do loteamento, salvo dos destinados ao uso industrial, cujos lotes forem maiores de m², caso em que a percentagem poderá ser reduzida; (NR. Ver Lei 940/03, art. 25) IX - A largura máxima para quadras de forma retangular, para fins residenciais, será de 80 metros, equivalente a 2 fundos de lotes e o comprimento máximo de 200 metros, devendo ter 2
3 passagem obrigatória para pedestre a partir de 100 metros com largura mínima de 5 metros; (NR. Ver Lei 640/03, art. 26) X - A largura das vias públicas deverá ser no mínimo de 16 metros para as ruas e de 20 metros para as avenidas; (NR. Ver Lei 640/03, art. 22) XI - O proprietário deverá demarcar lotes e testadas das quadras com marcos de concreto, formato 6x6, com 60 cm de altura após aprovação do anteprojeto e antes do ato de registro do loteamento junto ao Registro de Imóveis; XII - Fica proibida nas áreas urbanas ou de expansão urbana a abertura de vias públicas sem a prévia autorização da Prefeitura Municipal; XIII - Ao longo das águas correntes será obrigatória a reserva de uma faixa, NON AEDIFICANDI, de 15 metros de cada lado salvo maiores exigências da legislação específica; (NR. Ver Lei 640/03, art. 28) XIV - A largura dos passeios públicos será, no mínimo de 2 metros para as ruas e de 2,5 metros para as avenidas. Art. 5º- As travessias internas das quadras abertas em loteamento registrado antes da presente lei serão permitidas, desde que as mesmas não sejam truncadas. Art. 6º- A Prefeitura Municipal aprovará cronograma com duração máxima de dois anos, para a abertura e calçamento de ruas, abastecimento de água, escoamento das águas pluviais, rede de energia elétrica, podendo o proprietário efetuá-los por etapas e o órgão público municipal fornecer alvará de acordo com o andamento da obra. CAPÍTULO III DO PROJETO DE LOTEAMENTO Art. 7º- Antes da elaboração do projeto definitivo do loteamento o proprietário deverá encaminhar à Prefeitura Municipal, requerimento e planta do imóvel contendo pelo menos:. I - Levantamento planimétrico da área a ser loteada com as referidas confrontações; II - Anteprojeto do traçado dos arruamentos contíguos a todo perímetro, a localização das vias de comunicação, das áreas livres, dos equipamentos urbanos e comunitários existentes no local ou em suas adjacências, com as respectivas distâncias da área a ser loteada, na escala 1/1000. Art. 8º- A Prefeitura Municipal indicará nas plantas apresentadas junto com o requerimento: I - As modificações necessárias no projeto; 3
4 II - Definição do traçado das vias internas de comunicação; III - A localização aproximada dos terrenos destinados a equipamentos urbanos comunitários e das áreas livres de uso público; IV - Denominação de ruas e numeração das quadras e lotes. Art. 9º- Os loteamentos serão dispensados da fase de fixação das diretrizes previstas nos artigos 6º e 7º da Lei nº 6.766/79, de 19 de dezembro de 1979, para aprovação. CAPÍTULO IV DA APROVAÇÃO DO PROJETO DE LOTEAMENTO Art. 10- A planta do loteamento e o memorial descritivo serão apresentados à Prefeitura Municipal acompanhados de título de propriedade. 1º- As plantas conterão, pelo menos: I - A divisão do imóvel em quadras contendo a subdivisão em lotes com as respectivas dimensões, numeração e áreas na escala 1/1000; II - Curvas de nível de metro em metro na escala 1/1000; III - O sistema de vias com a respectiva hierarquia na escala 1/1000; IV - As dimensões lineares e angulares do projeto, com ângulos e distâncias de todo o perímetro; V - Indicação da área total do imóvel, da área loteada e a remanescente, quando for o caso; VI - Os perfis longitudinais e transversais de todas as vias de circulação e praças; VII - Legenda completa especificando: a) número de lotes; b) áreas dos lotes; c) áreas das ruas; d) número de quadras; e) área de praça; f) área de reserva; g) outras áreas; h) área total; i) área remanescente, quando for o caso; 4
5 j) área loteada. 2º- O memorial descritivo deverá conter, pelo menos: I - A descrição sucinta da área loteada, contendo: a) denominação do imóvel; b) área total do imóvel; c) localização do distrito, município, Estado; d) limites e confrontações da área total do imóvel; e) área loteada; f) área remanescente, quando for o caso; g) denominação do loteamento; h) situação e localização da área objeto do loteamento; i) vias de acesso indicando distâncias ao centro urbano ou a cidade mais próxima quando for o caso de loteamento em distrito; j) descrição do lote, confrontações, dimensões e distância da esquina mais próxima. l) A numeração dos equipamentos urbanos comunitários e dos serviços públicos ou de utilidade pública, já existentes no loteamento e adjacências. CAPÍTULO V DO PROJETO DE DESMEMBRAMENTO Art.11- Para a aprovação do projeto de desmembramento o interessado apresentará requerimento à Prefeitura Municipal, acompanhado do título de propriedade e da planta do imóvel a ser desmembrado, contendo: I - A indicação das vias existentes e dos loteamentos próximos; II - A indicação do tipo de uso predominante no local; III - A indicação da divisão de lotes pretendida na área. Art. 12- Aplicam-se ao desmembramento, no que couber, as disposições urbanísticas exigidas para o loteamento. CAPÍTULO VI DO LOTEAMENTO E DESMEMBRAMENTO NOS DISTRITOS 5
6 Art. 13- Para os distritos são fixadas as mesmas diretrizes constantes do art. 4º, incisos I, II, V VII, IX, X, XI e XIII, bem como, o ensaibramento das vias internas do loteamento. CAPÍTULO VII DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 14- Atendidas as exigências de acordo com esta lei, o proprietário encaminhará à Prefeitura Municipal, as plantas originais e requerimentos solicitando a devida aprovação do loteamento. Parágrafo único. A Prefeitura Municipal terá 30 dias para a aprovação do loteamento, apresentados e cumpridos todos os requisitos. Art. 15- O proprietário loteador será eximido do Imposto Territorial pelo período de 2 anos após a efetivação do registro junto ao Registro de Imóveis. Parágrafo único. Quando da efetivação de compromisso de venda com ou sem escritura, fica o promitente comprador sujeito ao imposto, obrigando-se o proprietário loteador a comunicar ao órgão. CAPÍTULO VIII DAS INFRAÇÕES Art. 16- Constitui crime contra a Administração Pública: a) Dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, sem autorização do órgão público competente, ou em desacordo com as disposições desta lei ou das normas pertinentes; b) Dar início, de qualquer modo, ou efetuar loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos sem observância das determinações constantes do ato administrativo de licença. c) Fazer ou veicular em proposta, prospecto ou comunicação ao público ou a interessados, afirmação falsa sobre a legalidade do loteamento ou desmembramento do solo para fins urbanos, ou ocultar fraudulentamente fato a ele relativo. PENA: Multa de 1 (um) a 50 (cinqüenta) U. R. M.. CAPÍTULO XV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 6
7 Art. 17- Todas as alterações de uso do solo rural para fins urbanos, dependerão de prévia autorização do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária INCRA e aprovação da Prefeitura Municipal. Art. 18- Esta Lei entra em vigor no dia primeiro do mês seguinte ao de sua publicação Art. 19- Revogam-se as disposições em contrário. Gabinete do Prefeito Municipal de Taquaruçu do Sul, aos 25 dias do mês de julho de Genésio Luiz Balestrin, Prefeito Municipal. Registre-se e publique-se. Fernando Francisco Panosso, Secretário de Administração. 7
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