Expressionismo
Expressionismo Surgiu na Alemanha entre 1.905 e 1.914. A expressão, empregada pela primeira vez em 1.911 na revista Der Sturm [A Tempestade], marca oposição ao Impressionismo francês. Para os expressionistas, arte liga-se à ação, muitas vezes violenta, através da qual a imagem é criada, com o auxílio de cores fortes e de formas distorcidas (que não retratam a realidade).
A arte expressionista encontrou suas fontes nos artistas Vincent Van Gogh e Paul Gauguin (Pré-Expressionismo). Do primeiro, destacam-se a intensidade com que cria objetos e cenas, assim como o registro de suas emoções subjetivas. Do segundo, o achatamento da forma, obtido com o contorno delas, o uso de grandes áreas de cor e atenção às culturas primitivas.
O Expressionismo foi perseguido pelos nazistas, em 1.933, como "arte degenerada". (Arte degenerada é o termo utilizado pelo regime nazista da Alemanha para descrever toda a arte moderna. Tal arte foi banida com base de que era não-germânica e aqueles identificados como artistas degenerados estavam sujeitos a sanções, como: ser despedido do magistério, ser proibido de exibir ou vender a própria arte e, em alguns casos, ser proibido inteiramente de produzir arte). (Arte Degenerada foi também o título de uma mostra, montada pelos nazistas em Munique, em 1.937, consistindo de obras de arte modernistas penduradas de modo propositalmente caótico e acompanhadas de faixas e rótulos ridicularizando as peças expostas.) * Degenerar Alterar-se para pior; deteriorar-se.
Principais características do movimento: Crítica social da arte; Deformação das imagens; Cores contrastantes e pinceladas vigorosas; Emoção, dramatização, interesse pelo drama individual e social, reação chocante aos acontecimentos; Arte expressiva e intensamente pessoal; Interesse pela arte primitiva, abandono das regras tradicionais de equilíbrio da composição, da harmonia das cores e formas.
Principais artistas: - Edvard Munch (1.863-1.944) - artista norueguês, um dos precursores do expressionismo alemão; suas obras tinham como temática a doença e a morte, tão presentes em sua vida. Em 1.893, ele pinta O Grito, considerada a sua obra máxima e uma das mais importantes da história do expressionismo. O quadro retrata a angústia e o desespero e foi inspirado nas decepções do artista tanto no amor quanto com seus amigos.
O grito (1.893)
Melancolia (1.896)
A menina doente (1.896)
- Ernst Ludwig Kirchner (1.880-1.938) A emoção e o tormento individual de Kirchner são expostos em seus trabalhos pelo tipo de pincelada curta e agressiva e na geometrização das formas. O pintor foi influenciado por Van Gogh. O mundo em torno do artista era o tema de seus trabalhos: paisagens, retratos e cenas de circo.
O cavalo circense (1.913)
Rua de Berlim (1.913)
Vista de Davos (1.924)
- James Ensor (1.860-1.949) Artista belga, ficou famoso pelos seus desenhos e pinturas de máscaras e multidões que utilizou como crítica social. Trabalhou o uso das cores fortes e violentas juntamente com a luminosidade. Suas telas são retratos satíricos da realidade social da época.
A intriga (1.890)
Autorretrato com máscaras (1.899)
O pintor esqueleto (1.895)
- Henri Matisse (1.869-1.954) Em suas pinturas gostava de motivos repetitivos, usava formas curvas, cores variadas e vibrantes. Admirava a arte primitiva e muitos teóricos consideram sua arte decorativa.
Madame Matisse (1.913)
A mulher de chapéu (1.905)
A sala vermelha (1.908)
- Anita Malfatti (1.889-1.964) Estudou pintura em escolas de arte na Alemanha e nos Estados Unidos. Em sua passagem pela Alemanha, em 1.910, entrou em contato com o Expressionismo, que a influenciou muito. Para ela, não era somente o que era belo que existia. O feio também fazia parte da realidade e era retratado em sua arte. Sua obra foi duramente criticada principalmente pelo escritor Monteiro Lobato, então, crítico de arte.
A estudante (1.915)
O Farol (1.915)
O homem amarelo (1.915)
- Lasar Segall (1.891-1.957) Artista lituano, vem ao Brasil no final de 1.912. Suas telas destacam-se pela caracterização social e psicológica dos personagens, refletem a preocupação com as injustiças sociais e o sofrimento humano. Seus quadros apresentam uma tendência à geometrização, com o predomínio de formas triangulares.
Retrato de Mário de Andrade (1.927)
A família brasileira (s.d.)
Paisagem brasileira (1.925)