TECENDO CAMINHOS PARA UMA GEOGRAFIA POPULAR: UMA POSSIBILIDADE A PARTIR DO MAPATIVISMO

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Transcrição:

TECENDO CAMINHOS PARA UMA GEOGRAFIA POPULAR: UMA POSSIBILIDADE A PARTIR DO MAPATIVISMO Maria Gabriela Damas 1 Resumo O presente trabalho propõe-se a fazer uma reflexão inicial acerca das potencialidades do Mapativismo 2 e de suas dimensões educativas, isso a partir da racionalidade decolonial, a qual nos permite georreferenciar o lugar de enunciação dos discursos hegemônicos. Entendendo que a produção de conhecimento na modernidade, em sua maioria, parte de uma matriz colonial que subalterniza e rejeita outras cosmovisões. Nesse contexto surgem uma diversidade de mapeamentos que buscam romper com o discurso oficial eurocêntrico e hegemônico. Nesse sentido a geografia nos fornece muitos elementos para pensar outras formas de saber/poder sobre os territórios de vida. Palavras-chave: Mapativismo, Decolonialidade, Cartografia-critica Introdução Entendemos a cartografia como forma de saber/poder fundamental e uma importante ferramenta de representação do espaço, porém é necessário evidenciar que a cartografia, como conhecemos, é um instrumento do qual transbordam oceanos de neutralidade e objetividade e que tomou forma no interior da ciência moderna, constituindo-se, portanto, como um aparato da modernidade (ROCHA, 2015). Decolonialidade e Modernidade A modernidade é a face oculta (não tão oculta) da colonialidade e, como nos esclarece o autor peruano Aníbal Quijano (2005), a formação intelectual do processo de modernidade constituiu uma perspectiva de conhecimento e modo de produzir conhecimento que revela o caráter colonial/moderno, capitalista e eurocentrado do padrão mundial de poder. E esse 1 Universidade Federal do Paraná (mariagdamas@gmail.com) 2 Mapativismo é um neologismo que sugere a ideia de mapa ligada ao ativismo (mapa+ativismo), é uma tradução baseada em leituras, principalmente, sobre Maptivismo (espanhol). É feito e esta está sendo pensado por atores que se propõem a coletivizar saberes sobre a construção de mapas e cartografias de outro modo. Ver ECOLOGÍA POLÍTICA: Cartografía y conflictos. Barcelona: Fundació Etn/ Icaria Editorial, n. 48, 2014.

olhar colonial sobre o mundo obedece a um modelo epistêmico que Castro-Gomez (2007) chama de la hybris del punto cero. Quer dizer, devemos entender que a Universidade se constitui em uma estrutura colonial (colonialidade do ser, do saber e do poder), e que é um lugar privilegiado de produção de conhecimento, ou seja, ela define o que é um conhecimento legítimo (científico) e o que não é. Assim, ela reproduz um modelo epistêmico moderno/colonial. A partir de uma metáfora, Castro-Gómez (2007) nos esclarece a questão, Como el Dios de la metáfora, la ciencia moderna occidental se sitúa fuera del mundo (en el punto cero) para observar al mundo, pero a diferencia de Dios, no consigue obtener una mirada orgánica sobre el mundo sino tan sólo una mirada analítica. La ciencia moderna pretende ubicarse en el punto cero de observación para ser como Dios, pero no logra observar como Dios. Por eso hablamos de la hybris, del pecado de la desmesura. Isto é, pretender hacerse un punto de vista sobre todos los demás puntos de vista, pero sin que de ese punto de vista pueda tenerse un punto de vista.. Não se trata de desconsiderar todo o debate acumulado da ciência moderna, mas sim de questioná-la e considerar outras formas de ser, poder e saber. A partir da descolonialidade situamos geograficamente e socialmente a produção de conhecimento, e entendemos que a ciência moderna não pode ser universal e que precisamos construir outras narrativas. Nesse sentido a transdisciplinaridade, que busca mudar a lógica exclusiva da Universidade, defendida por Castro-Gómez é essencial, pois nos permite articular diversos elementos e formas de conhecimento e saberes que foram apagados e rejeitados pela ciência moderna, isto é, excluidos del mapa moderno de las epistemes por habérseles considerado míticos, orgánicos, supersticiosos y pre-racionales. Porém esse diálogo de saberes só é possível com a descolonização da Universidade (como produtora de conhecimento), ou seja, decolonizar el conocimiento significa descender del punto cero y hacer evidente el lugar desde el cual se produce ese conocimiento. Dai, da necessidade de pensar além das narrativas hegemônicas eurocêntricas, e assim com o modelo hegemônico de produzir mapas, e principalmente a partir da crise da modernidade, é que surge a grande oportunidade histórica para a emergência de diferentes formas de representações da realidade, quer dizer, estamos diante de uma complexa trama que envolve crises da modernidade, o descrédito depositado sobre o racionalismo científico, a crítica à cartografia oficial e a emergência plural de novas (e não tão novas) formas de fazer e pensar cartografia. (ROCHA, 2015).

O Mapativismo É nesse contexto/momento de ruptura que afloram alternativas diante da metanarrativa cartográfica. E partindo da descolonialidade enxergamos a possibilidade de questionar o discurso oficial, hegemônico e eurocêntrico mostrando que outra cosmovisão é possível. A partir das experiências vivenciadas no Projeto de Extensão Cartografias Participativas como Metodologia de Aproximação a Conflitos Territoriais, é possível olhar para as dimensões educativas presentes na construção de mapeamentos coletivos e nas narrativas dos sujeitos inseridos nesses processos. Essas alternativas consistem em dar um novo significado e subverter a maneira de como enxergamos e compreendemos as formas de mapeamento, e nesse sentido, essas alternativas (cartografia crítica; cartografia social; descartografia; cartografia radical; entre outras) se colocam como ativismos cartográficos (SANTOS, 2011) ou como escolhi denominar, Mapativismo. A cartografia é uma ferramenta que está sendo apropriada por outros sujeitos sociais, além dos tradicionais (administração pública do Estado, exército), para a construção de conhecimento com o intuito de gerar reflexões e discussões que permitam a criação de possibilidades emancipatórias, isto é, que contribuam para a luta contra os processos de colonização de suas vidas e que recusem o discurso oficial, é nesse contexto que os esforços para a compreensão crítica da cartografia surgem em vários lugares e ao mesmo tempo. O Mapativismo é construído desde abajo, onde os protagonistas centrais são o conhecimento das comunidades e dos povos que resistem a partir das lógicas de vida de seus próprios mundos. E segundo Escobar (2016), esse pensamento desde abajo se relaciona com uma grande variedade de tendências, que vão desde o pensamento descolonial e os estudos subalternos e pós-coloniais até as epistemologias do Sul e a ecologia política. Onde os conceitos chaves desse pensamento é autonomia, comunalidade e territorialidade. Assim, o Mapativismo é feito por atores dispostos a construir conhecimentos coletivos e insurgentes, a fim de visibilizar saberes e formas de vida subalternizados e a propagação destas alternativas de mapeamento não são desinteressadas, pois essa reflexão a partir do mapa possibilita aos

sujeitos enxergarem-se no território, subvertendo a maneira de como olhamos e compreendemos os mapeamentos. Toda a diversidade de perspectivas criticas à cartografia moderna ganha sentido real a partir da proliferação de experiências também diversas de práticas e produtos cartográficos, ressignificações, subversões e apropriações sociais da produção dos mapas que lhes deram novos sentidos e usos. (ROCHA, 2011). Conclusão A reflexão a partir do mapa pressupõe uma análise de outras geografias, quer dizer, auxilia a visualizar e materializar a emergência de outras formas de ser e estar no mundo. Assim, é um dever nos debruçarmos sobre essas questões para contribuir com a construção e coletivização de práticas e saberes. Na medida em que a geografia possui um papel importante no que tange o estudo das dimensões que envolvem a cartografia como instrumento de leitura crítica e ativa sobre o real. Referências Bibliográficas CASTRO-GÓMEZ, Santiago; GROSFOGUEL, Ramón. El giro decolonial: reflexiones para una diversidad epistémica más allá del capitalismo global. Siglo del Hombre Editores, 2007. ECOLOGÍA POLÍTICA: Cartografía y conflictos. Barcelona: Fundació Etn/ Icaria Editorial, n. 48, 2014. Disponível em: <https://issuu.com/entmediambient/docs/48>. ESCOBAR, Arturo. Desde abajo, por la izquierda y con la Tierra.2016. Disponível em: <http://www.rebelion.org/noticia.php?id=208132> MIGNOLO, Walter. Desobediência epistêmica: a opção descolonial e o significado de identidade em política. Cadernos de Letras da UFF Dossiê: Literatura, língua e identidade, n. 34, p. 287-324, 2008. MIGNOLO, Walter. La idea de América Latina (la derecha, la izquierda y la opción decolonial). Crítica y emancipación, v. 2, p. 251-276, 2009. QUIJANO, Anibal. Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. En libro: A colonialidade do saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Edgardo Lander (org). Colección Sur Sur, CLACSO, Ciudad Autónoma de Buenos Aires, Argentina. Setembro 2005. pp.227-278. ROCHA, Otávio Gomes. Narrativas cartográficas contemporâneas nos enredos da colonialidade do poder. 2015. 207 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Geografia,

Universidade Federal do Paraná, Curitiba, 2015. Disponível em: <http://acervodigital.ufpr.br/handle/1884/39122>. SANTOS. RENATO EMERSON. ATIVISMOS CARTOGRÁFICOS: NOTAS SOBRE FORMAS E USOS DA REPRESENTAÇÃO ESPACIAL E JOGOS DE PODER. Revista Geográfica de América Central, Costa Rica, v. 2, n. 47, p.1-17, jul. 2011. Disponível em: <http://www.revistas.una.ac.cr/index.php/geografica/issue/view/219>.