3URSRVWDGHGLUHFWLYDUHODWLYDDRVSODQRVGHSHQV}HV SURILVVLRQDLV±SHUJXQWDVPDLVFRUUHQWHV (ver também IP/00/1141)



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0(02 Bruxelas, 11 de Outubro de 2000 3URSRVWDGHGLUHFWLYDUHODWLYDDRVSODQRVGHSHQV}HV SURILVVLRQDLV±SHUJXQWDVPDLVFRUUHQWHV (ver também IP/00/1141) (VWD SURSRVWD GH GLUHFWLYD LQWHUIHULUi FRP D IRUPD FRPR RV (VWDGRV0HPEURVRUJDQL]DPRVVHXVVLVWHPDVGHSHQV}HV" Não. Os Estados-Membros têm perfeita liberdade para determinar qual a importância do papel das pensões pagas pelo Estado (tais como os sistemas de repartição, em que as actuais contribuições da população activa são utilizadas para pagar as pensões dos actuais reformados) e em que medida pretendem incentivar os regimes de pensões de capitalização. Compete aos Estados-Membros decidir a forma como darão resposta ao desafio de adaptar os seus sistemas de pensões ao processo de envelhecimento da população e à diminuição da relação entre a população activa e o número de reformados (ver também IP/00/1143 sobre a Comunicação da Comissão sobre regimes de pensões seguros e sustentáveis). No entanto, ao permitir que os fundos beneficiem plenamente do euro e do mercado interno e, por conseguinte, que os planos de pensões profissionais funcionem de forma mais eficaz e mais segura, a presente proposta pode dar um contributo positivo neste contexto. 4XDLVDVLQVWLWXLo}HVDEUDQJLGDVSHODGLUHFWLYD" A proposta refere-se a instituições de realização de planos de pensões associadas a um vínculo laboral e que operam em regime de capitalização, tais como os pension funds, as pensionskassen ou as empresas de seguro de vida que fornecem produtos de pensões profissionais. Estas instituições são o último grupo de grandes entidades prestadoras de serviços financeiros que ainda não beneficia do enquadramento legislativo do Mercado Interno. Detêm actualmente activos que ascendem a cerca de 2 300 mil milhões de euros e cobrem 25 % da população da UE. Estas instituições, muito generalizadas no Reino Unido, nos Países Baixos e na Irlanda, estão a adquirir importância crescente em Itália e na Alemanha. A proposta não abrange os regimes de base do Estado que funcionam segundo o princípio da repartição, nem os planos de poupança-reforma de carácter puramente individual. 3RU TXH UD]mR QHFHVVLWD D 8( GHVWD GLUHFWLYD " 4XDLV RV VHXV REMHFWLYRV" Em primeiro lugar, esta proposta destina-se a estabelecer um alto nível de protecção dos direitos dos beneficiários. Inclui portanto normas rigorosas no domínio prudencial e dos investimentos.

Simultaneamente, a proposta destina-se a assegurar que as instituições de realização de planos de pensões dispõem de liberdade suficiente para desenvolverem uma política de investimentos eficaz que beneficie plenamente do euro e do Mercado Interno. Estas instituições têm necessidades diferentes, em função dos regimes que gerem e do perfil etário dos seus membros. Para permitir que cada instituição aplique a política mais segura e mais eficaz, as regras em matéria de investimento não devem ser demasiado restritivas. O investimento em acções não deverá ser excessivamente penalizado, uma vez que a experiência revela que as acções proporcionam um rendimento elevado e registam uma reduzida volatilidade a longo prazo. Actualmente, existem restrições neste sentido: as regras em matéria de investimento são demasiado restritivas em certos Estados-Membros. A proposta prevê igualmente o direito de as instituições de realização de planos de pensões gerirem regimes de pensões numa base transfronteiras (o que actualmente não é possível). Uma grande empresa multinacional poderia poupar até 40 milhões de euros se reunisse todos os seus regimes de pensões num único fundo em vez de recorrer a diferentes fundos em cada Estado-Membro. A presente proposta, ao harmonizar os requisitos prudenciais, constitui um primeiro passo nesta direcção. Um segundo passo consistirá em dar às empresas e aos trabalhadores o direito de obterem um desagravamento fiscal relativamente às contribuições pagas a instituições situadas noutro Estado-Membro. A Comissão tomará as iniciativas adequadas no próximo ano. 6H XP IXQGR GHVHMDU JHULU XP UHJLPH GH SHQV}HV QRXWUR (VWDGR0HPEURFRPRIXQFLRQDUiQDSUiWLFD" Nos termos desta proposta, o fundo ficará sujeito às regras prudenciais e em matéria de investimento do Estado-Membro em que se encontra estabelecido. Terá, no entanto, que respeitar as normas laborais e sociais (isto é, regulamento do regime, tipos de prestações) em vigor no Estado-Membro em que se encontram estabelecidos a entidade patronal e os trabalhadores, uma vez que as disposições sociais e laborais não se encontram ainda harmonizadas a nível da UE. No que se refere à fiscalidade, a Comissão está a explorar diferentes vias no sentido de assegurar a neutralidade fiscal dos fundos nacionais e dos fundos estabelecidos noutros Estados-Membros. $ SURSRVWD HVWDUi GHPDVLDGR RULHQWDGD SDUD R UHQGLPHQWR H RV UHVXOWDGRV HP GHWULPHQWR GD VHJXUDQoD" 4XDO D SURWHFomR GRV EHQHILFLiULRV FRQWUD HVFkQGDORV FRPR R GR IXQGR GH SHQV}HV 0D[ZHOO" A segurança constitui a primeira prioridade. Foi por esta razão que a Comissão propôs um enquadramento prudencial global, com regras relativas aos activos, às responsabilidades e às informações a prestar aos beneficiários. A proposta no seu conjunto destina-se a evitar qualquer repetição de um escândalo do tipo Maxwell, nomeadamente ao exigir uma distinção clara entre a empresa contribuinte e o fundo, ao impor um controlo prudencial permanente e ao exigir que os fundos disponham a todo o momento de activos suficientes para cobrir os seus compromissos. 2

De forma mais específica: - Tem que existir uma separação formal entre a instituição que gere o regime de pensões e a organização que paga as contribuições para a instituição, de forma a assegurar uma protecção em caso de insolvência. - Tem que ser assegurada a supervisão prudencial, por parte de uma autoridade competente, das condições em que o regime é gerido com base em certos critérios: competência e idoneidade dos dirigentes, existência de regras de funcionamento do regime, um cálculo adequado das provisões técnicas realizado por um profissional, etc. - A supervisão financeira corrente terá que ser efectuada com base nas contas anuais e no relatório anual, que deverão ser disponibilizados, a pedido, aos membros e beneficiários do regime de pensões. - A instituição de realização de planos de pensões deve divulgar de três em três anos (ou na sequência de qualquer alteração significativa da política prosseguida) informações sobre os princípios por que se pauta a sua política de investimento, incluindo uma descrição dos métodos de gestão do risco. A autoridade de supervisão deverá estar em condições de verificar se as aplicações efectivamente realizadas correspondem aos princípios do fundo. Trata-se de uma forma de obrigar os gestores a terem uma visão estratégica e de longo prazo sobre a forma como gerem os seus activos e responsabilidades. - As autoridades de supervisão têm que dispor de informações e poderes suficientes para poderem intervir para salvaguardar os interesses dos membros e dos beneficiários, incluindo o direito de proceder a inspecções no local, nomeadamente a nível das tarefas objecto de externalização. No entanto, uma regulamentação adequada destas instituições não se poderá limitar às questões relacionadas com a segurança. Deverá contemplar igualmente o custo das pensões. Se este custo for demasiado elevado, todos perderão: nos regimes associados ao salário final, as contribuições dos empregadores terão que ser superiores para um determinado nível de prestações, o que terá um impacto negativo nos custos do trabalho. Nos regimes de resgate dos direitos, os trabalhadores beneficiarão no final de prestações mais baixas. Além disso, a estabilidade financeira dos sistemas de pensões continua a ser frágil, o que implica uma elevada sobrecarga dos contribuintes. A remuneração do investimento é crucial neste contexto: com base numa carreira de 40 anos, se pretender obter um suplemento adequado à sua pensão de base do Estado, deverá contribuir com um montante equivalente a 5% do seu salário se a taxa de rendimento for de 6 %. Mas a sua contribuição deverá corresponder a 20% se a taxa de remuneração for apenas de 2%! O euro e o mercado financeiro único podem contribuir para aumentar a remuneração, assegurando simultaneamente um elevado grau de segurança. O alargamento e aprofundamento do mercado de capitais decorrente do euro deverão permitir que os fundos optimizem a diversificação dos seus activos. As autoridades de regulamentação não podem ignorar esta realidade. As regras propostas proporcionarão simultaneamente a segurança e a acessibilidade das pensões. 3

(VWDSURSRVWDLPSRUiWRGDXPDVpULHGHQRYRVUHTXLVLWRVDIXQGRVTXH H[LVWHPKiGpFDGDVHP(VWDGRV0HPEURVFRPRRV3DtVHV%DL[RVRX R5HLQR8QLGR" Não. Nos Países Baixos existe já um sistema de supervisão muito eficaz. A proposta da Comissão permitirá que este sistema seja mantido sem alterações. Desde o escândalo do fundo Maxwell, o Reino Unido dotou-se igualmente de mecanismos de supervisão adequados que estão em conformidade com os requisitos previstos na proposta. Os fundos nestes Estados-Membros poderão continuar a funcionar como até agora, orientando-se, em especial, pelo princípio da prudência no que se refere aos investimentos, uma vez que este princípio constitui o cerne da proposta da Comissão. (PTXHFRQVLVWHRSULQFtSLRGDSUXGrQFLD" Este princípio exige que os dirigentes mantenham uma carteira de investimentos muito diversificada e que corresponda à natureza e duração dos compromissos (isto é, pensões prometidas). No entanto, os dirigentes devem dispor da flexibilidade suficiente para decidirem qual a diversificação mais apropriada relativamente a cada fundo. Nos Estados-Membros que adoptaram este princípio, os fundos conseguiram nos últimos 15 anos taxas de rendimento duplas das dos fundos que estão sujeitos a restrições quantitativas uniformes em matéria de investimentos, sem qualquer efeito negativo em termos de segurança desses fundos. 3RGHUmRRV(VWDGRV0HPEURVPDQWHUFHUWRVOLPLWHVTXDQWLWDWLYRVDRV LQYHVWLPHQWRV" Podem. No sentido de ter em conta as diversas tradições e métodos de supervisão na UE, a proposta confere aos Estados-Membros a opção de manterem alguns limites quantitativos aos investimentos (por exemplo, máximo de x% da carteira em acções). No entanto, todos os Estados-Membros serão obrigados a assegurar uma gestão prudente dos fundos. Além disso, a proposta impõe níveis máximos aos limites quantitativos ao investimento, de forma que os fundos possam operar num clima bastante liberal. Em especial, os Estados-Membros deverão permitir que os fundos invistam uma proporção significativa dos seus recursos em activos a longo prazo, tais como acções (pelo menos 70% dos compromissos ou da carteira de investimentos em vez de, por exemplo, 35% como é actualmente o caso na Alemanha e na Áustria) e nos mercados de capital de risco. Os fundos poderão igualmente prosseguir uma política de diversificação internacional adequada da sua carteira, na medida em que os Estados-Membros permitirão que até 30% dos seus investimentos sejam expressos em moedas diferentes das dos compromissos do fundo de pensões. Em relação aos Estados-Membros que fazem parte da zona do euro, um requisito de 70% de congruência monetária permitirá um elevado grau de diversificação. Nos termos da proposta, os Estados-Membros não podem exigir que os fundos invistam em categorias de activos específicas (título do tesouro, por exemplo). 4

4XDO VHUi R HIHLWR SURYiYHO GHVWD SURSRVWD QD HFRQRPLD GD 8( HP WHUPRVJOREDLV" O efeito será muito benéfico. As instituições de realização de planos de pensões profissionais são investidores importantes. Gerem actualmente cerca de 2 300 mil milhões de euros, valor que deverá passar para cerca de 3 500 mil milhões em 2005. Este valor poderia ser ainda mais elevado se um maior número de Estados-Membros decidisse promover o desenvolvimento de regimes de pensões profissionais de capitalização para dar resposta à evolução da situação demográfica e orçamental. Além disso, nenhum outro tipo de instituições investe num horizonte tão longínquo (cerca de 40 anos). Haveria grandes vantagens se tão avultados recursos financeiros fossem investidos na economia real (através dos mercados de capitais e de capital de risco) de modo a impulsionar a economia da UE, fomentando o crescimento e o emprego, em vez de serem utilizados para financiar os défices públicos. Tal foi reconhecido na Cimeira de Lisboa de Março de 2000, que apelou no sentido de serem tomadas medidas para facilitar a participação construtiva de todos os investidores num mercado integrado, suprimindo os obstáculos ao investimento nos fundos de pensões. Em termos ideais, compromissos de longo prazo deverão ser cobertos por activos do tipo das acções que apresentam bons resultados a longo prazo. Investimentos em activos de curto prazo ou com maior liquidez, como por exemplo as obrigações, só são adequados em relação a compromissos que se vençam num futuro próximo (cinco anos ou menos). A evolução no sentido do reforço do papel dos regimes de capitalização e o peso crescente do investimento em acções conduzirá a um aumento da procura de instrumentos financeiros e acelerará a transição de um financiamento baseado no sistema bancário para um financiamento através do mercado, mais barato e mais flexível. A proposta da Comissão pretende facilitar a evolução neste sentido, sem descurar uma protecção adequada dos beneficiários. 2 /LYUR 9HUGH VREUH RV UHJLPHV FRPSOHPHQWDUHV GH UHIRUPD IRL DGRSWDGR HP ± SRUTXr TXH D &RPLVVmR OHYRX WDQWR WHPSR SDUD DSUHVHQWDUHVWDSURSRVWD" Durante este período, a Comissão elaborou uma Comunicação (em Maio de 1999) em que anunciou as principais linhas de força da sua política. Tendo em conta o carácter sensível da questão, a Comunicação suscitou uma nova ronda de consultas durante a qual se procedeu a intensas discussões a nível do Parlamento. O parecer do Parlamento Europeu sobre a Comunicação foi emitido em Abril deste ano. Além disso, a demissão da anterior Comissão esteve na origem de atrasos suplementares. 5