INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO. Dr Achilles Gustavo da Silva

Documentos relacionados
Angina Instável Identificaçã. ção o e Abordagem. XV Congresso de Cardiologia de Mato Grosso do Sul Campo Grande CELSO RAFAEL G.

Síndrome Coronariana Aguda

Abordagem intervencionista na síndrome coronária aguda sem supra do segmento ST. Roberto Botelho M.D. PhD.

TRATAMENTO DAS SINDROMES CORONARIANAS AGUDAS

PROJETO: INTERVENÇÃO BRASILEIRA PARA AUMENTAR O USO DE EVIDÊNCIAS NA PRÁTICA CLÍNICA SÍNDROMES CORONARIANAS AGUDAS

Necessidades médicas não preenchidas nos SCA

Síndromes Coronarianas Agudas. Mariana Pereira Ribeiro

ENFERMAGEM DOENÇAS CRONICAS NÃO TRANMISSIVEIS. Doença Cardiovascular Parte 2. Profª. Tatiane da Silva Campos

Evolução do prognóstico das síndromes coronárias agudas ao longo de 12 anos - a realidade de um centro.

Dra. Claudia Cantanheda. Unidade de Estudos de Procedimentos de Alta Complexidade UEPAC

Sessão Interativa. Atualizações do Protocolo de Dor Torácica

HOW TO REDUCE IN-HOSPITAL DELAYS: THE PORTUGUESE EXPERIENCE (INCLUDING MANCHESTER)

HOW TO IMPROVE PRE-HOSPITAL TRANSPORTATION JORGE MARQUES

Projeto BPC: Conceitos Gerais. Sabrina Bernardez Pereira, MD, MSc, PhD

Estratificação de risco cardiovascular no perioperatório

Atualização de Angina Instável e IAM sem supra ST AHA/ACC Guideline

EHJ: doi: /eurheartj/ehq277

SCA Estratificação de Risco Teste de exercício

AVALIAÇÃO INVASIVA, REPERFUSÃO e REVASCULARIZAÇÃO

Certificação Joint Commission no Programa de Dor Torácica.

Curso Preparatório para Concursos- Enfermeiro 2012 Infarto Agudo do Miocárdio

Síndrome Coronariana Aguda (SCA) sem Supradesnivelamento do Segmento ST (SSST)

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Estudo Courage. A Visão do Cardiologista Intervencionista. Pós Graduação Lato - Sensu Hospital da Beneficência Portuguesa Abril/2008

XVI Congresso de Cardiologia. de Mato Grosso do Sul

Condutas no IAM com Instabilidade Hemodinâmica

Registro de Síndrome Coronariana Aguda em um Centro de Emergências em Cardiologia

Como fazer angioplastia primária high-tech low cost

Síndromes Coronarianas Agudas. Profª Dra Luciana Soares Costa Santos

FLUXO CORONÁRIO CONTROLE EM SITUAÇÃO NORMAL E PATOLÓGICA DIMITRI MIKAELIS ZAPPI

Introdução. (António Fiarresga, João Abecassis, Pedro Silva Cunha, Sílvio Leal)

CUIDADO É FUNDAMENTAL

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Curso Avançado em Gestão Pré-Hospitalar e Intra-Hospitalar Precoce do Enfarte Agudo de Miocárdio com Supradesnivelamento do Segmento ST

AVALIAÇÃO DO PROTOCOLO DE INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

14 de setembro de 2012 sexta-feira

Unidade de Internação Cardiológica (UIC)

INFARTO AGUDO DO MIOCARDIO COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST (IAMST)

Click to edit Master title style

Resultados 2018 e Novas Perspectivas. Fábio P. Taniguchi MD, MBA, PhD Investigador Principal

Artigo. de CARDIOLOGIA do RIO GRANDE DO SUL INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO: DEVEMOS TRANSFERIR O PACIENTE COM IAM? - AGONISTA -

Escolha do regime antiplaquetário nas síndromes coronarianas agudas

SABADOR. Apresentadora: Renée Sarmento de Oliveira Membro da equipe de Cardiologia/Coronária HBD. Professora de Clínica Médica da UNIRIO

O paradoxo dos fumadores revisitado

Tratamento da mulher com SCA em Portugal: mais uma justificação para o programa Bem me Quero

Programa de Cuidados Clínicos no IAMST: Indicadores e Resultados.

Mateus Viana Cardiologista Intervencionista Membro Titular da SBHCI

Conduta no paciente com. isquêmica

PROTO COLO CLÍNICO SÍNDROMES CORONÁRIAS ISQUÊMICAS AGUDAS SEM SUPRA DE ST. Vinício Elia Soares Coordenador Executivo da Rede de Cardiologia

Revisão de Cardiologia Parte III. IAM ântero lateral. CV elétrica com 200 J. Angina Estavel. Dr. Rafael Munerato de Almeida

RESIDÊNCIA MÉDICA 2016

Registros Brasileiros Cardiovasculares

Síndrome Coronariana Aguda Com Supradesnivelamento do

Síndromes aórticas agudas. na Sala de Urgência

Angiotomografia Coronária. Ana Paula Toniello Cardoso Hospital Nove de Julho

- Dislipidemia aumento do LDL e redução do HDL; - Idade > 45 anos no homem e 55 anos na mulher;

CONTROVÉRSIAS EM CORONARIOPATIA AGUDA:

DOENÇA ARTERIAL CORONARIANA

Dr. Gonzalo J. Martínez R.

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

Insuficiência Renal Crônica

SVBOOK da SCA TRATAMENTO

27/04/2014. Síndrome Coronariana Aguda (IAM) Angina. Metas. Distribuição das Causas de Mortes no Estado de São Paulo. Conceitos

Doença Coronária Para além da angiografia

ANGIOPLASTIA CORONARIANA PARA ARTÉRIA DESCENDENTE ANTERIOR, COM IMPLANTE DE UM SENT CONVENCIONAL RELATO DE CASO

Tailur Alberto Grando TSA - SBA. Discussão de caso

SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

Síndrome Coronariana Aguda Como Identificar e tratar nas nossas Emergências?

PREFEITURA MUNICIPAL DE ALIANÇA - PE DECISÃO DOS RECURSOS CONTRA GABARITO PRELIMINAR I DOS RECURSOS

PROTO COLO CLÍNICO SÍNDROMES CORONÁRIAS ISQUÊMICAS AGUDAS COM SUPRA DE ST. Vinício Elia Soares Coordenador Executivo da Rede de Cardiologia

Choque Cardiogênico, Evolução Clínica Imediata e Seguimento. Cardiogenic Shock, Imediate Evoluiton and Late Outcome

Resultados Demográficos, Clínicos, Desempenho e Desfechos em 30 dias. Fábio Taniguchi, MD, MBA, PhD Pesquisador Principal BPC Brasil

Construindo estratégias para implementação de diretrizes clínicas na atenção ao infarto agudo do miocárdio no SUS

Protocolo Gerenciado. IAM c/ supra ST Atendimento Pré-Hospitalar. Unidades Avançadas Unidades Móveis

PROTOCOLO HOSPITAL ALEMÃO OSWALDO CRUZ Capítulo JCI Responsável pela elaboração Número do documento Data da 1ª versão

CORONARY ARTERY DISEASE EDUCATION QUESTIONNAIRE CADE-Q VERSÃO EM PORTUGUÊS (PORTUGAL)

FA e DAC: Como abordar esse paciente? Ricardo Gusmão

SEGUIMENTO DO DOENTE CORONÁRIO APÓS A ALTA HOSPITALAR. Uma viagem a quatro mãos

Câmara Técnica de Medicina Baseada em Evidências

INSUFICIÊNCIA CORONARIANA

ASSUNTO. Associação entre Protocolo Manchester de Classificação de Risco e. Protocolo de Dor Torácica GRUPO BRASILEIRO DE CLASSIFICAÇÃO DE RISCO

Qual o Fluxograma da Dor Torácica na Urgência? Pedro Magno

A parte das estatinas e aspirina, quais medicações melhoram prognóstico no paciente com DAC e

Há mais de uma lesão grave, como definir qual é a culpada? Devemos abordar todas ao mesmo tempo ou tentar estratificar? O papel do USIC, OCT e FFR

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNÍVEL DO SEGMENTO ST: HÁ ESPAÇO PARA O USO DE FIBRINOLÍTICO?

2000 Nacional Heart Attack Alert Program: diretrizes para protocolos e programas de UDTs

Programa BPC: Painel Hospitais

Aplicabilidade na Clínica dos Exames Complementares em Doença Arterial Coronariana

Paulo Henrique dos Santos Corrêa. Tecnólogo em Radiologia

Assistência ao paciente com síndrome coronariana aguda segundo indicadores de qualidade

Cuidado interdisciplinar centrado no pacie cardiopata

Intervenção Coronária Percutânea de Salvamento, Facilitada e Tardia (> 12 horas), no Infarto Agudo do Miocárdio.

Utilidade Clínica da Cistatina C para Avaliação do Prognóstico das Síndromes Coronarianas Agudas: Uma Revisão Sistemática e Metanálise

Enfarte agudo do miocárdio

Síndromes Coronários Agudos O que há de novo na terapêutica farmacológica

Síndromas Coronários rios Agudos: Factores de Bom e Mau Prognóstico na Diabetes Mellitus

Angina Instável-IAM sem supra de ST

Assessment of care quality to patient with acute coronary syndrome in an emergency service

Impacto prognóstico da Insuficiência Mitral isquémica no EAM sem suprast

O ECG nas síndromes coronárias isquêmicas

Transcrição:

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO Dr Achilles Gustavo da Silva II Simpósio Médico de Fernandópolis 2009

Hospitalizations in the U.S. Due to Acute Coronary Syndromes (ACS) Acute Coronary Syndromes* 1.57 Million Hospital Admissions - ACS UA/NSTEMI 1.24 million Admissions per year STEMI.33 million Admissions per year Heart Disease and Stroke Statistics 2007 Update. Circulation 2007; 115:69-171. *Primary and secondary diagnoses. About 0.57 million NSTEMI and 0.67 million UA. ACC/AHA 2007 STEMI Guidelines Focused Update 7

SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO E MORTALIDADE

SÍNDROME CORONARIANA AGUDA MORTALIDADE

MORTALIDADE EM SUBGRUPOS

Options for Transport of Patients With STEMI and Initial Reperfusion Treatment Hospital fibrinolysis: Door-to-Needle within 30 min. Not PCI capable Onset of symptoms of STEMI GOALS 8 min. 5 min. 9-1-1 EMS Dispatch EMS Transport EMS on-scene Encourage 12-lead ECGs. Consider prehospital fibrinolytic if capable and EMS-to-needle within 30 min. Patient EMS Prehospital fibrinolysis EMS-to-needle within 30 min. Dispatch 1 min. EMS Triage Plan EMS transport EMS-to-balloon within 90 min. Patient self-transport Hospital door-to-balloon within 90 min. PCI capable Inter- Hospital Transfer Golden Hour = first 60 min. Total ischemic time: within 120 min. Antman EM, et al. J Am Coll Cardiol 2008. Published ahead of print on December 10, 2007. Available at http://content.onlinejacc.org/cgi/content/full/j.jacc.2007.10.001. Figure 1. ACC/AHA 2007 STEMI Guidelines Focused Update 19

DOR PRECORDIAL ATÍPICA

ETIOLOGIA DA DOR PRECORDIAL

CARACTERÍSTICAS DA DOR TORÁCICA NÃO CARDÍACA

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO ECG E DOR TORÁCICA

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

ELEVAÇÃO DO SEGMENTO ST

DOR TORÁCICA ATÍPICA DOR PRECORDIAL AVALIAÇÃO EMERGÊNCIA MEDIDAS BÁSICAS ELETROCARDIOGRAMA SCA SEM SUPRA ST SCA COM SUPRA ST ESTRATIFICAÇÃO DEFINIÇÃO DA ESTRATÉGIA TROMBOLÍTICOS REPERFUSÃO MEDIDAS ADICIONAIS ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA

RUPTURA DA PLACA VULNERÁVEL

RUPTURA DA PLACA VULNERÁVEL

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRCIO AAS CLOPIDOGREL NITRATO ANALGÉSICOS B-BLOQUEADOR IECA ESTATINAS TRATAMENTO TERAPIA DE REPERFUSÃO

TERAPIA DE REPERFUSÃO

INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO TRATAMENTO REPERFUSÃO RÁPIDA

FLUXO TIMI 3

PATÊNCIA CORONÁRIA E MORTALIDADE

REPERFUSÃO E MORTALIDADE FTT (metanálise de 9 estudos) n= 58.600

CONTRA-INDICAÇÕES

ICP PRIMÁRIA vs. FIBRINÓLISE Metanálise (n=7.739)

DOR PRECORDIAL IAM COM SUPRA HEMODINÂMICA INDISPONÍVEL HEMODINÂMICA DISPONÍVEL PA< 30min TROMBOLÍTICO PB < 90MIM (sem contra-indicações) Transferência PB < 90MIM ANGIOPLASTIA PB > 90MIM (sem contra-indicações) TROMBOLÍTICO PB ( porta-balão) PA ( porta-agulha)

TROMBOLÍTICOS

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO Inicial Manutenção Observações AAS 162-325mg 325mg por 1 mês 75-162mg diariamente Clopidogrel 300mg 75mg/dia Outras doses sendo testadas Morfina 2-4mg EV cada 5-15min B-bloqueador IECA Estatina Via oral se não houver CI Todos principalmente se tiver FE < 40% ou fatores de risco Perfil lipídico nas primeiras 24 horas --------------- Principalmente se IAM prévio ou disfunção de VE Iniciar nas primeiras 24h LDL < 100mg/dl

Beta-Blockers I IIa IIb III IV beta blockers should not be administered to STEMI patients who have any of the following: 1) signs of heart failure, 2) evidence of a low output state, 3) increased risk* for cardiogenic shock, or 4) other relative contraindications to beta blockade (PR interval > 0.24 sec, 2 nd - or 3 rd -degree heart block, active asthma, or reactive airway disease). ACC/AHA 2007 STEMI Guidelines Focused Update 16

RECOMENDAÇÕES NO MOMENTO DA ALTA Controle de hábitos ( dieta e tabagismos) Controle da pressão arterial (PA< 140/90) Controle de níveis lipídicos LDL<100 Atividade física diária 30 min/dia Controle de peso IMC 18.5-24,9 Controle do Diabetes Hbg < 7% MANUTENÇÃO DOS MEDICAMENTOS INICIAIS

IAM ANTERIOR COM OCLUSÃO DE ADA ADA OCLUÍDA FLUXO TIMI 3

CONDUTA AAS 200 mg Clopidogrel 300 mg (dose de ataque) ANGIOPLASTIA PRIMÁRIA Enalapril 10mg 12/12h Atenolol 25mg 12/12h Atorvastatina 40mg à noite Alta em 5 dias com retorno em 30 dias

RESUMINDO 1. Avaliação rápida da dor precordial 2. Diagnóstico do IAM com supra (ECG) 3. Medidas básicas e tratamento inicial 4. Terapia de reperfusão 5. Tratamento adicional em Unidade Coronária 6. Alta para enfermaria 7. Orientações e alta hospitalar