INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA E012 - PERSPECTIVAS DE CURTO PRAZO PARA O REBANHO DE MACHOS EM MATO GROSSO

Documentos relacionados
INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA E061 - PERSPECTIVAS DE CURTO PRAZO PARA O REBANHO DE MACHOS EM MT

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 2º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2017

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 05 de maio de º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2017

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 21 de maio de º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2018

20 de janeiro de 2017/ nº 437

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 08/11/2016 3º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2016

30 de setembro de 2016/ nº 028

11 de novembro de 2016/ nº 429

Projeções do Agronegócio em Mato Grosso para 2025

13 de janeiro de 2017/ nº 436

22 de dezembro de 2016/ nº 435

4 de novembro de 2016/ nº 428

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 2º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2018

w w w. i m e a. c o m. b r

2 de dezembro de 2016/ nº 432

INSTITUTO MATOGROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA

8 de julho de 2016/ nº 411

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA 06 de maio de º LEVANTAMENTO DAS INTENÇÕES DE CONFINAMENTO EM 2016

5 de agosto de 2016/ nº 026

14 de outubro de 2016/ nº 425

9 de junho de 2017/ nº 456

18 de novembro de 2016/ nº 430

29 de julho de 2016/ nº 414

Perspectivas para a bovinocultura de corte frente à crise do setor fi frigorífico

INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA (IMEA) Captura e análise de dados micro do agronegócio em Mato Grosso

29 de março de 2018 / nº 497

19 de dezembro de 2014/ nº 25

30 de setembro de 2016/ nº 423

6 de abril de 2018 / nº 498

13 de abril de 2018 / nº 499

15 de junho de 2018 / nº 508

2 de setembro de 2016/ nº 419

5 de dezembro de 2014/ nº 24

05 de julho de 2016/ nº 415

2 de junho de 2017/ nº 456

w w w. i m e a. c o m. b r

9 de setembro de 2016/ nº 420

Incidência da tributação sobre o agronegócio de Mato Grosso

12 de agosto de 2016/ nº 416

4 de março de 2016/ nº 393

12 de maio de 2017/ nº 453

23 de setembro de 2016/ nº 422

22 de julho de 2016/ nº 413

26 de agosto de 2016/ nº 418

28 de outubro de 2016/ nº 427

07 de abril de 2016/ nº 398

16 de dezembro de 2016/ nº 434

26 de fevereiro de 2016/ nº 391

22 de janeiro de 2016/ nº 387

1 de abril de 2016/ nº 397

30 de abril de 2015/ nº 351

12 de maio de 2017/ nº 453

29 de abril de 2016/ nº 401

14 de novembro de 2014/ nº 328

26 de maio de 2017/ nº 455

8 de maio de 2015/ nº 352

15 de maio de 2015/ nº 353

04 de julho de 2014/ nº 310

15 de abril de 2016/ nº 399

17 de julho de 2015/ nº 362

10 de abril de 2015/ nº 348

06 de junho de 2014/ nº 001

13 de fevereiro de 2015/ nº 340

28 de março de 2017/ nº 55

12 de dezembro de 2014/ nº 333

25 de setembro de 2015/ nº 372

16 de janeiro de 2015/ nº 336

19 de fevereiro de 2016/ nº 391

3 de junho de 2016/ nº 406

1º de agosto de 2014/ nº 314

04 de setembro de 2015/ nº 369

5 de junho de 2015/ nº 356

3 de abril de 2015/ nº 347

11 de setembro de 2015/ nº 370

Análise Bovinocultura

BOVINOCULTURA DE CORTE

19 de junho de 2015/ nº 358

11 de julho de 2014/ nº 311

24 de abril de 2015/ nº 350

Análise Bovinocultura

27 de junho de 2014/ nº 309

1 de dezembro de 2017/ nº 042

12 de fevereiro de 2016/ nº 390

Artigo 05 Técnico. Perspectiva da Oferta de Machos para Abate em Mato Grosso do Sul. Agosto, 2012 Campo Grande, MS. 1. Introdução

12 de junho de 2015/ nº 357

29 de janeiro de 2016/ nº 388

7 de novembro de 2014/ nº 328

BOVINOCULTURA DE CORTE

3 de março de 2017/ nº 443

17 de março de 2017 / nº 445

2 de dezembro de 2016 / nº 432

26 de janeiro de 2018/ nº 417

13 de março de 2015/ nº 344

30 de setembro de 2016/ nº 47

2 de fevereiro de 2018/ nº 045

4 de agosto de 2017/ nº 394

12 de janeiro de 2018/ nº 415

Análise Bovinocultura

19 de janeiro de 2018/ nº 416

Transcrição:

jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16 jan/17 Mil cabeças INSTITUTO MATO-GROSSENSE DE ECONOMIA AGROPECUÁRIA IMEA Fevereiro/2017 E012 - PERSPECTIVAS DE CURTO PRAZO PARA O REBANHO DE MACHOS EM MATO GROSSO 1. Introdução Primeiramente, para que se entenda a situação atual da bovinocultura de corte do Estado, é necessário entender as particularidades e os fatos históricos da atividade. Além da sazonalidade anual, característica de culturas agropecuárias, a bovinocultura de corte é também marcada por ciclos. Apesar de ser um processo complexo, pode-se dividi-lo basicamente em duas fases : o período de descarte de fêmeas, e o de retenção de fêmeas. Diversas consequências se darão a partir dessas fases, a Figura 1 ilustra de maneira precisa todo o processo que envolve o ciclo pecuário. Figura 1 Ciclo da pecuária bezerro deverão aumentar, o que poderá acarretar em aumentos no preço do boi gordo, tendo em vista que o bezerro de hoje será o boi gordo de amanhã. Da mesma forma, quando o abate de fêmeas diminui e é ofertada maior quantidade de bezerros ao mercado, seu preço diminui, caracterizando assim o ciclo. Gráfico 1 - Preço do bezerro desmama (5,5@) e o abate de fêmeas de 2007 a 2017 em Mato Grosso. 300 250 200 150 100 50 Abate fêmeas Bezerro desmama 1200 1100 1000 900 800 700 600 500 400 300 200 R$/cabeça Fonte: Imea;Indea-MT; Fonte: Imea Cabe ressaltar que, embora seja um atributo da bovinocultura de corte, o ciclo da pecuária sofrerá influências de fatores alheios a oferta, como o nível de demanda dos consumidores. Na tentativa de exemplificar a Figura 1 que representa o ciclo pecuário, o Gráfico 1, a seguir, demonstra a relação entre o preço do bezerro desmama (8 meses) e o abate de fêmeas no Estado de Mato Grosso, evidenciando a forte relação existente entre esses, ou seja, a medida em que o abate de fêmeas aumenta e a oferta de bezerros diminui, as cotações do Como pode ser visto no gráfico acima, no período de até o momento atual, atravessou-se em Mato Grosso as duas fases expostas anteriormente, o descarte e a retenção de fêmeas. De a, prevalecia no Estado um elevado volume no abate de fêmeas (descarte), fato este justificado pela baixa remuneração na atividade da cria, comprometendo a situação dos criadores na atividade e fazendo-os com que tivessem que se desfazer de seu rebanho reprodutor para garantir a manutenção na atividade. Logo após isso, no início do segundo semestre de, houve a reversão nas fases do ciclo, e uma das principais categorias para os criadores do Estado, o bezerro desmama, viu seu preço real disparar 20,88% entre os meses de julho/13 a julho/14. A valorização se deu na cadeia da bovinocultura de corte como um todo, a arroba do boi gordo no mesmo período registrou variação positiva de 18,74%, a proteína bovina no varejo também vislumbrou boas valorizações. A retenção de fêmeas foi tamanha que a participação dessas na linha de abate atingiu em o menor nível desde, 38,91%.

No entanto, nota-se uma reversão deste processo desde maio/16, com o preço do bezerro de 8 meses sofrendo consecutivas desvalorizações chegando em janeiro/17 cotado em média a R$ 995,32/cabeça, atingindo o menor patamar desde novembro/14. Este fato tende a dificultar a manutenção da atividade de cria para os próximos períodos, indicando a possível entrada da bovinocultura de corte mato-grossense em um novo ciclo de descarte de fêmeas. Com isso, baseando-se no conceito do ciclo da pecuária, este trabalho visa verificar a perspectiva do estoque de machos com mais de 24 meses em 2018 e indicar como a oferta pode se comportar em 2019. 2. Metodologia Os cálculos das perspectivas para o rebanho de machos nos anos de 2018 e 2019 tiveram como base o rebanho anunciado no relatório da campanha de novembro de da vacinação contra febre aftosa, período no qual é obrigatório a realização da vacina em todo o rebanho do Estado. Este relatório, contendo os dados de rebanho por faixa etária e sexo é divulgado no início de todo ano pelo Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea), o qual realiza a campanha. Além disso, os dados da Guia de Transito Animal (GTA), do mesmo instituto, são utilizados para obtenção dos dados de abate e das demais movimentações de animais, para cria, por exemplo, por faixa etária e sexo. Como os dados do rebanho são coletados no período da vacinação contra a aftosa todo mês de novembro, considera-se que os machos com mais 24 meses anunciados neste período são o estoque do próximo ano. Por exemplo, os animais anunciados na vacinação de novembro de são os animais que estarão disponíveis para abate em 2017. Deste modo, na Tabela 1 (Anexo ao trabalho) pode-se observar o estoque de machos consolidado de 2008 a 2017. Tendo em vista o histórico do rebanho, do abate, das movimentações interestaduais de animais e das mortes naturais e imprevistas de machos por faixa etária se estimou o estoque de machos com mais de 24 meses para os próximos dois anos. Na Figura 2 está exposta a metodologia de cálculo utilizada no trabalho. Figura 2 - Esquema da metodologia da projeção da evolução do estoque de machos. Era Ano 0 Ano 1 Ano 2 Ano 3 Ano 4 (meses) 0-12 A 12-24 B 24-36 C >36 D E Em que: A = animais de 0 a 12 meses nascidos no ano 1 B = A m B + (e B + s B ) C = B (m c + a C ) + (e C + s C ) E = (C (m E + a E ) + (e E + s E )) + es D m morte natural e imprevista e entradas de animais no Estado da mesma era s saídas de animais do Estado da mesma era a abates es D estoque de passagem de animais de mais de 36 meses do ano 3 Para taxa de morte natural e imprevista e saldo de entradas e saídas do Estado, foram utilizadas as taxas médias dos últimos nove anos, com ajustes sazonais e cíclicos para cada faixa etária. No cálculo do estoque de machos para 2018, foi estimado um aumento de 0,04% no abate total de bovinos machos em Mato Grosso em 2017 no comparativo com. Este valor foi obtido através da metodologia de análise de séries temporais, que analisou os dados de abate desde janeiro/03. Para 2019 apesar do panorama já mostrar sinais de recuperação, principalmente de questões referentes à demanda, a oferta aponta para forte crescimento. Mesmo assim foi delimitado panoramas discrepantes para vislumbrar possíveis anormalidades. Com isso, três cenários foram considerados, sendo eles: 1) que considera uma diminuição de 5% no volume de abate de machos maior de 12 meses; 2) que considera o mesmo número de machos encaminhados à indústria em 2018 e; 3) que leva em consideração um aumento de 5% no volume de machos maior de 12 meses encaminhados à linha de abate. 3. Resultados O Imea realiza anualmente este estudo, e no ano passado a estimativa para 2017 do rebanho de machos acima de 24 meses foi de 4,01 milhões de bovinos, no entanto, como já é sabido o número divulgado pelo Indea-MT para essa faixa etária foi de 3,92 milhões, contrariando as expectativas, e reduzindo em torno de 1,11% no comparativo anual. Tal movimentação foi supreendente, e vem ocorrendo basicamente por uma mudança no perfil de abate dos bovinos machos mato-

jan/08 set/08 mai/09 jan/10 set/10 mai/11 jan/12 set/12 mai/13 jan/14 set/14 mai/15 jan/16 set/16 R$/cabeça 2006 2007 2008 6% 7% 7% 10% 13% 15% 2006 2007 2008 2017 2018* 2019* 42% 38% 49% 56% 62% 65% 66% 66% 64% 63% 62% 57% 59% 48% 42% 34% 29% 27% 26% 26% 23% 23% Milhões de cabeças grossenses, em que os animais estão indo cada vez mais jovens para o abate (Gráfico 2). Gráfico 2 Evolução da participação por faixa etária no abate total de machos. 100% 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Gráfico 2 - Evolução do estoque de machos com mais de 24 meses em Mato Grosso (milhões de cabeças) e projeções para 2018 e 2019. 4,80 4,70 4,60 4,50 4,40 4,30 4,20 4,10 4,00 3,80 3,70 4,55 4,76 4,64 4,47 4,18 4,09 4,25 4,02 Abate = -5% Abate = 0% Abate = +5% 3,96 3,92 4,27 4,13 3,99 *Previsão; Fonte: Imea Abaixo de 24 meses Entre 24 e 36 meses Acima de 36 meses Fonte: Indea-MT Como se observa no gráfico, os bovinos machos com menos de 24 meses aumentaram consideravelmente sua participação, atingindo em um total de 431,68 mil animais abatidos, crescendo 18,95% na comparação com, sendo a categoria que mais contribuiu para o aumento no abate total em (+ 68,76 mil no comparativo anual). Com bovinos mais jovens indo para a linha de abate, o estoque de machos com mais de 24 meses dos anos subsequentes é menor, pois, ainda que nasça mais bezerros, como aconteceu em (+101,18 mil na comparação anual), eles têm sido abatidos cada vez mais cedo, fazendo com que esses animais não consigam fazer parte do rebanho com mais de 24 meses no futuro. Sendo assim, esta mudança refletirá no estoque de machos acima de 24 meses também em 2018, visto que estima-se apenas um leve incremento de 0,72% na quantidade de animais nessa faixa etária, atingindo um total de milhões de bovinos (Gráfico 3). Tal fato ocorre pois a quantidade maior de bezerros nascidos em, que deveria compor o rebanho de machos acima de 24 meses em 2017, foi abatida durante o ano de, quando ainda compunha o rebanho de 12 a 24 meses. Ou seja, a bovinocultura de corte matogrossense pode estar passando por um momento de grandes mudanças, com o pecuarista buscando maximizar sua produtividade. Ainda que tal cenário pareça estar se consolidando na pecuária estadual, vale a ressalva que esse processo se intensificou apenas a partir de, quando o preço da arroba do boi gordo iniciou sua curva de alta, e o bovinocultor, buscando maximizar seu lucro, pode ter diminuído o tempo que o animal permanece no pasto (através de suplementação), aumentando o desfrute do seu rebanho. No entanto, com a recente diminiuição do valor pago pelo boi gordo em Mato Grosso (Gráfico 4), tal processo pode se inverter, e o pecuarista pode começar a segurar mais o animal, encaminhando este mais velho para o abate, gerando assim um estoque maior que o previsto inicialmente. Gráfico 4 - Preço real do bezerro desmama (8 meses) e do boi gordo nos últimos nove anos. 1350,0 1216,0 1082,0 948,0 814,0 680,0 Fonte: Imea;FGV; Bezerro desmama Boi gordo à vista 155,0 140,0 125,0 110,0 95,0 80,0 Além dos fatos sobre a oferta apresentados acima, há a necessidade de se acompanhar a demanda, tanto interna quanto externa. E do lado brasileiro a situação ainda se apresenta delicada (desemprego elevado e PIB estagnado), no entanto, as previsões para os próximos anos já são melhores, com expectativas que a taxa de desemprego comece a melhorar no segundo semestre deste ano, e com mais pessoas empregadas o consumo de carne bovina tende a crescer, agindo como um fator que pode estimular os preços do boi gordo. As R$/@

2008 2017* 2018** 2019** Milões de cabeças 4,02 3,96 3,92 4,18 4,09 4,25 4,13 4,47 4,64 exportações também devem agir de forma a incrementar esse estímulo, visto que as expectativas para 2017 são boas, com a consolidação de mercados importantes como China, Hong Kong e Irã e abertura de novos mercados (Tailândia e México). No entanto, cabe ressaltar que esse processo de recuperação na demanda ocorrerá concomitantemente ao crescimento na oferta de bovinos (machos e fêmeas) aptos para o abate, ou seja, o que definirá o patamar de preços no futuro próximo será a intensidade de crescimento dessas variáveis. Gráfico 5 - Estoque de machos acima de 24 meses e preço real do boi gordo nos últimos nove anos. 4,80 4,60 4,40 4,20 4,00 3,80 3,60 3,40 146,88 127,19 155,00 145,00 135,00 125,00 115,00 105,00 R$/@ 0,72% em 2018, e estima-se que serão 3,99 milhões de animais. O abate de machos com menos de 24 meses tem sido o fator limitante para o crescimento do rebanho de machos com mais de 24 meses, tal mudança pode indicar uma troca no perfil de abate do bovinocultor de mato-grossense. Para 2019 a expectativa é que haja um maior estoque de animais aptos ao abate, podendo chegar até 4,13 milhões de animais. Presidente: Normando Corral Superintendente: Daniel Latorraca Ferreira Elaboração: Yago Travagini Ferreira Estoque de machos acima de 24 meses Fonte: Imea;FGV. *Preços até fevereiro/17; **Previsão. Boi gordo à vista Analistas: Aline Kaziuk, Ângelo Ozelame, Cleiton Gauer, Edilson Freire, Francielle Figueiredo, Gabriel Alberti, Jéssica Brandão, Kimberly Montagner, Miqueias Michetti, Paulo Ozaki, Ricardo Silva, Rondiny Carneiro, Sâmyla Sousa, Tainá Heinzmann, Talita Takahashi, Tiago Assis e Yago Travagini. Diante desta conjuntura, para 2019 o Imea lançou mão de três cenários distintos, com o objetivo de prever a oferta de animais para abate naquele ano, sendo eles: 1) diminuição de 5% no abate na comparação de 2018 com 2017; 2) estabilidade no abate no mesmo comparativo; 3) acréscimo de 5% no abate nos abates de 2018. Estagiários: Jéssica Freire, Julio César Rossi, Letícia Siqueira, Matheus Santos, Monique Kempa, Patrícia Borges, Renata Jardini e Vanessa Gasch. Desta forma, no cenário 1, com o abate de 2018 5% menor que o de 2017 o estoque de machos acima de 24 meses ficou em 4,27 milhões de cabeças. No cenário 2 (abate estável em 2018), o estoque de machos com mais de 24 meses foi estimado em 4,13 milhões de cabeças. Já no panorama 3, que estima um incremento de 5% no total de animais abatidos, o estoque de machos com idade superior a 24 meses foi de 3,99 milhões. Ou seja, independente da estimativa traçada para o abate, o quadro que se forma é de aumento na oferta de bovinos machos com mais de 24 meses, fato que deve ocorrer devido a grande quantidade de bezerros nascidos durante o ano de, foram 3,92 milhões de animais somente desta categoria, o maior número já registrado na história. 4. Conclusões Com a recomposição do rebanho de machos com mais de 24 meses acontecendo de forma mais lenta que o esperado, o estoque de machos deve aumentar

ANEXO Tabela 1 - Estoque total de machos em Mato Grosso (milhões Era (meses) 2017 0-12 2,891 3,303 3,722 3,615 3,512 3,643 3,624 3,726 3,924 12-24 2,826 2,929 3,093 3,252 3,355 2,956 3,022 2,996 3,009 24-36 2,706 2,641 2,619 2,806 2,922 2,695 2,632 2,665 2,618 >36 1,763 1,541 1,332 1,286 1,325 1,328 1,264 1,299 1,304 Total 10,186 10,414 10,766 10,960 11,113 10,621 10,543 10,686 10,854 Fonte: Indea Elaboração: Imea Tabela 2 - Perspectiva para o estoque de machos com mais de 24 meses em Mato Grosso no cenário 1 (milhões 24-36 2,619 2,806 2,922 2,695 2,632 2,665 2,618 2,639 2,818 >36 1,332 1,286 1,325 1,328 1,264 1,299 1,304 1,311 1,456 >24 1 4,093 4,247 4,023 3,896 3,964 3,922 0 4,273 Tabela 3 - Perspectiva para o estoque de machos com mais de 24 meses em Mato Grosso no cenário 2 (milhões 24-36 2,619 2,806 2,922 2,695 2,632 2,665 2,618 2,639 2,797 >36 1,332 1,286 1,325 1,328 1,264 1,299 1,304 1,311 1,337 >24 1 4,093 4,247 4,023 3,896 3,964 3,922 0 4,134 Tabela 4 - Perspectiva para o estoque de machos com mais de 24 meses em Mato Grosso no cenário 3 (milhões 24-36 2,619 2,806 2,922 2,695 2,632 2,665 2,618 2,639 2,775 >36 1,332 1,286 1,325 1,328 1,264 1,299 1,304 1,311 1,219 >24 1 4,093 4,247 4,023 3,896 3,964 3,922 0 3,995