USO DE LABORATÓRIOS PELO OCP

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USO DE LABORATÓRIOS PELO OCP NORMA Nº: NIT-DICOR-021 APROVADA EM FEV/2010 Nº 01 01/08 SUMÁRIO 1 Objetivo 2 Campo de Aplicação 3 Responsabilidade 4 Histórico da Revisão 5 Documentos Complementares 6 Siglas 7 Definições 8 Utilização de Laboratório de Ensaio para Certificação de Produtos por OCP Anexo Requisitos para a avaliação de laboratórios não acreditados por Organismos de Certificação de Produtos 1 OBJETIVO Esta norma estabelece os critérios para a utilização de laboratório de ensaio por Organismo de Certificação ou de Verificação de Desempenho de Produtos OCP/OVD acreditado pela Cgcre/Inmetro. 2 CAMPO DE APLICAÇÃO Esta Norma aplica-se aos organismos de certificação ou de verificação de desempenho de produtos acreditados. 3 RESPONSABILIDADE A responsabilidade pela revisão desta Norma é da Dicor. 4 HISTÓRICO DA REVISÃO Foi substituída a Marca Institucional do Inmetro pela Marca da Acreditação no cabeçalho de todas as páginas e foi retirada a Marca da Acreditação, com a frase a ela vinculada, do rodapé da primeira página. 5 DOCUMENTOS COMPLEMENTARES ABNT NBR ISO/IEC 17000:20 ABNT NBR ISO/IEC 17025:20 Avaliação da Conformidade Vocabulário e Princípios Gerais Requisitos Gerais para a Competência de Laboratórios de Ensaio e Calibração; 6 SIGLAS Cgcre Dicor Inmetro OCP OVD Coordenação Geral de Acreditação Divisão de Acreditação de Organismos de Certificação Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial Organismo de Certificação de Produtos Organismo de Verificação de Desempenho de Produto

02/08 7 DEFINIÇÕES Para fins desta Norma são adotadas as definições 7.1 e 7.2, complementadas pelas contidas no ABNT NBR ISO/IEC 17000. 7.1 Terceira parte Pessoa ou organismo reconhecido como independente das partes envolvidas, no que se refere a um dado assunto. Nota: Geralmente, as partes envolvidas representam os interesses do fornecedor (primeira parte) e do comprador (segunda parte). 7.2 Laboratórios Nacionais de Metrologia Conjunto de laboratórios do Inmetro e de outras entidades designadas, que tem por finalidade reproduzir, manter e conservar padrões nacionais das unidades de medida do Sistema Internacional de Medidas - SI. Nota: O conjunto de laboratórios é constituído pelos Laboratórios de Metrologia Científica e Industrial do Inmetro, pelo Laboratório Nacional de Metrologia das Radiações Ionizantes do Instituto de Radioproteção e Dosimetria - IRD e pelo Departamento Serviço da Hora do Observatório Nacional. 8 UTILIZAÇÃO DE LABORATÓRIO DE ENSAIO PARA CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS POR OCP 8.1 O OCP pode utilizar laboratório de ensaio próprio ou contratar laboratório de terceiros para a realização dos ensaios que será utilizado no processo de certificação de produto. 8.1.1 Os laboratórios de ensaios utilizados pelo OCP, quando acreditados pela Cgcre/Inmetro ou quando acreditados por organismos de acreditação de laboratórios de outro País com o qual o Inmetro mantém acordo de reconhecimento mútuo, não precisam ser avaliados pelo OCP. 8.1.2 Os Órgãos Reguladores ou os Regulamentos de Avaliação da Conformidade RAC podem exigir o uso de laboratório de ensaios acreditado como requisito para a certificação de produtos. Neste caso, os OCP somente podem utilizar laboratórios acreditados. 8.1.3 Os laboratórios de ensaios não acreditados quando utilizados pelo OCP devem ser avaliados de acordo com os requisitos do anexo constante desta norma pelo OCP. 8.1.4 Para a avaliação de laboratório, o OCP deve utilizar avaliadores que tenham: a) comprovação formal de treinamento na Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025; e b) comprovação formal de experiência e conhecimento técnico específico, quanto ao produto e ao ensaio a ser realizado. 8.2 No caso de utilização de laboratório de primeira parte não acreditado, o OCP deve acompanhar a execução de todos os ensaios para fins de concessão e manutenção da certificação ou da verificação de desempenho do produto. 8.2.1 O pessoal utilizado pelo OCP para acompanhar os ensaios deve ter comprovação formal de experiência e conhecimento técnico específico quanto ao produto e ensaio a ser realizado. 8.3 O OCP deve manter atualizado os registros das avaliações do laboratório, dos avaliadores utilizados e, quando pertinente do acompanhamento dos ensaios.

03/08 8.4 O OCP deve coletar e lacrar as amostras para a realização dos ensaios referentes à concessão e manutenção da certificação ou da verificação de desempenho do produto, bem como assegurar a integridade e inviolabilidade da amostra até o momento do ensaio, independentemente do laboratório ser ou não acreditado. 8.5 O OCP deve informar, antes da realização das avaliações da Cgcre/Inmetro, os nomes de quais laboratórios de ensaio são utilizados pelo OCP e a situação deles quanto a acreditação. 8.5.1 A Cgcre/Inmetro pode incluir em seu plano de avaliação para acreditação inicial ou para extensão, o testemunho da avaliação, realizada pelo OCP, no laboratório de ensaio não acreditado. 8.5.1.1 Caso a Cgcre/Inmetro não testemunhe a avaliação, realizada pelo OCP, no laboratório não acreditado, os registros da auditoria do laboratório devem ser encaminhados à Cgcre/Inmetro junto com documentos constantes da solicitação, para análise e elaboração do Relatório de Análise da Documentação RAD. 8.5.2 Para avaliar os registros do processo de auditoria do laboratório não acreditado conduzido pelo OCP, será acrescido à equipe avaliadora da Cgcre/Inmetro um avaliador qualificado na Norma ABNT NBR ISO/IEC 17025. /ANEXO

04/08 ANEXO REQUISITOS PARA A AVALIAÇÃO DE LABORATÓRIOS NÃO ACREDITADOS POR ORGANISMOS DE CERTIFICAÇÃO DE PRODUTOS 1 CONFIDENCIALIDADE O laboratório deve possuir procedimentos documentados e implementados para preservar a proteção da confidencialidade e integridade das informações, considerando, pelo menos: a) o acesso aos arquivos, inclusive os computadorizados; b) o acesso restrito ao laboratório; c) o conhecimento do pessoal do laboratório a respeito da confidencialidade das informações. 2 ORGANIZAÇÃO 2.1 O laboratório deve designar os signatários para assinar os relatórios de ensaio e ter total responsabilidade técnica pelo seu conteúdo. 2.2 O laboratório deve possuir um gerente técnico e um substituto (qualquer que seja a denominação) com responsabilidade global pelas suas operações técnicas. 2.3 Quando o laboratório for de primeira parte, as responsabilidades do pessoal-chave da organização que tenha envolvimento ou influência nos ensaios do laboratório devem ser definidas, de modo a identificar potenciais conflitos de interesse. 2.3.1 Convém, também, que os arranjos organizacionais sejam tais que os departamentos que tenham potenciais conflitos de interesses, tais como produção, marketing comercial ou financeiro, não influenciem negativamente a conformidade do laboratório com os requisitos deste Anexo. 3 SISTEMA DE GESTÃO 3.1 Todos os documentos necessários para o correto desempenho das atividades do laboratório, devem ser identificados de forma unívoca e conter a data de sua emissão, o seu número de revisão e a autorização para a sua emissão. 3.2 Todos os documentos necessários para o correto desempenho das atividades do laboratório, devem estar atualizados e acessíveis ao seu pessoal. 3.3 O laboratório deve documentar as atribuições e responsabilidades do gerente técnico e do pessoal técnico envolvido nos ensaios, considerando, pelo menos, as responsabilidades quanto: a) à execução dos ensaios; b) ao planejamento dos ensaios, avaliação dos resultados e emissão de relatórios de ensaio; c) à modificação, desenvolvimento, caracterização e validação de novos métodos de ensaio; d) às atividades gerenciais. 3.4 O laboratório deve possuir a identificação dos signatários autorizados (onde esse conceito for apropriado). 3.5 O laboratório deve ter procedimentos documentados e implementados para a obtenção da rastreabilidade das medições.

/08 3.6 O laboratório deve ter formalizada a abrangência dos seus serviços e disposições para garantir que possui instalações e recursos apropriados. 3.7 O laboratório deve ter procedimentos documentados e implementados para manuseio dos itens de ensaio. 3.8 O laboratório deve ter a listagem dos equipamentos e padrões de referência utilizados, incluindo a respectiva identificação. 3.9 O laboratório deve ter procedimentos documentados e implementados, para retroalimentação e ação corretiva, sempre que forem detectadas não-conformidades nos ensaios. 4 PESSOAL 4.1 O laboratório deve ter pessoal suficiente, com a necessária escolaridade, treinamento, conhecimento técnico e experiência para as funções designadas. 4.2 O laboratório deve ter procedimentos para a utilização de técnicos em processo de treinamento estabelecendo, para isso, os registros de supervisão dos mesmos e criando mecanismos para garantir que sua utilização não prejudique os resultados dos ensaios. 4.3 O laboratório deve ter e manter registros atualizados de todo o seu pessoal técnico envolvido nos ensaios. Estes registros devem possuir data da autorização, pelo menos, para: a) realizar os diferentes tipos de amostragem, quando aplicável; b) realizar os diferentes tipos de ensaios; c) assinar os relatórios de ensaios; e d) operar os diferentes tipos de equipamentos. 5.ACOMODAÇÕES E CONDIÇÕES AMBIENTAIS 5.1 As acomodações do laboratório, áreas de ensaios, fontes de energia, iluminação e ventilação devem possibilitar o desempenho apropriado dos ensaios. 5.2 O laboratório deve ter instalações com a monitoração efetiva, o controle e o registro das condições ambientais, sempre que necessário. 5.3 O laboratório deve manter uma separação efetiva entre áreas vizinhas, quando houver atividades incompatíveis. 6 EQUIPAMENTOS E MATERIAIS DE REFERÊNCIA 6.1 O laboratório deve possuir todos os equipamentos, inclusive os materiais de referência necessários à correta realização dos ensaios. 6.2 Antes da execução do ensaio, o laboratório deve verificar se algum item do equipamento está apresentando resultados suspeitos. Caso isso ocorra, o equipamento deve ser colocado fora de operação, identificado como fora de uso, reparado e demonstrado por calibração, verificação ou ensaio, que voltou a operar satisfatoriamente, antes de ser colocado novamente em uso.

06/08 6.3 Cada equipamento deve ser rotulado, marcado ou identificado, para indicar o estado de calibração. Este estado de calibração deve indicar a última e a próxima calibração, de forma visível. 6.4 Cada equipamento deve ter um registro que indique, no mínimo: a) nome do equipamento; b) nome do fabricante, identificação de tipo, número de série ou outra identificação específica; c) condição de recebimento, quando apropriado; d) cópia das instruções do fabricante, quando apropriado; e) datas e resultados das calibrações e/ou verificações e data da próxima calibração e/ou verificação; f) detalhes de manutenção realizadas e as planejadas para o futuro; g) histórico de cada dano, modificação ou reparo. 6.5 Cada material de referência deve ser rotulado ou identificado, para indicar a certificação ou a padronização. O rótulo deve conter, no mínimo: a) nome do material de referência; b) responsável pela certificação ou padronização (firma ou pessoa); c) composição, quando apropriado; d) data de validade. 6.5.1 Para os materiais de referência de longa duração, o laboratório deve ter um registro contendo as informações indicadas no item A4. 7 RASTREABILIDADE DAS MEDIÇÕES E CALIBRAÇÕES 7.1 O laboratório deve ter um programa estabelecido para a calibração e a verificação dos seus equipamentos, a fim de garantir o uso de equipamentos calibrados e/ou verificados, na data da execução dos ensaios. 7.2 Os certificados de calibração dos padrões de referência devem ser emitidos por: a) laboratórios nacionais de metrologia citados em 7.2; b) laboratórios de calibração acreditados pela Cgcre/Inmetro; c) laboratórios integrantes de Institutos Nacionais de Metrologia de outros países, nos seguintes casos: - quando a rastreabilidade for obtida diretamente de uma instituição que detenha o padrão primário de grandeza associada, ou; - quando a instituição participar de programas de comparação interlaboratorial, juntamente com a Cgcre/Inmetro, obtendo resultados compatíveis; - laboratórios acreditados por Organismos de Acreditação de outros países, quando houver acordo de reconhecimento mútuo ou de cooperação entre a Cgcre/Inmetro e esses organismos. 7.3 Os certificados dos equipamentos de medição e de ensaio de um laboratório de ensaio devem atender aos requisitos do item anterior. 7.4 Os padrões de referência mantidos pelo laboratório devem ser usados apenas para calibrações, a menos que possa ser demonstrado que seu desempenho como padrão de referência não seja invalidado.

07/08 8 CALIBRAÇÃO E MÉTODO DE ENSAIO 8.1 Todas as instruções, normas e dados de referência pertinentes ao trabalho do laboratório, devem estar documentados, mantidos atualizados e prontamente disponíveis ao pessoal do laboratório. 8.2 O laboratório deve utilizar procedimentos documentados e técnicas estatísticas apropriadas, de seleção de amostras, quando realizar a amostragem como parte do ensaio. 8.3 O laboratório deve submeter os cálculos e as transferências de dados a verificações apropriadas. 8.4 O laboratório deve ter procedimentos para a prevenção de segurança dos dados dos registros computacionais. 9 MANUSEIO DOS ITENS 9.1 O laboratório deve identificar de forma unívoca os itens a serem ensaiados, de forma a não haver equívoco, em qualquer tempo, quanto à sua identificação. 9.2 O laboratório deve ter procedimentos documentados e instalações adequadas para evitar deterioração ou dano ao item do ensaio durante o armazenamento, manuseio e preparo do item de ensaio. 10 REGISTROS 10.1 O laboratório deve manter um sistema de registro adequado às suas circunstâncias particulares e deve atender aos regulamentos aplicáveis, bem como o registro de todas as observações originais, cálculos e dados decorrentes, registros e cópia dos relatórios de ensaio, durante um período, de pelo menos, quatro anos. 10.2 As alterações e/ou erros dos registros devem ser riscados, não removendo ou tornando ilegível a escrita ou a anotação anterior, e a nova anotação deve ser registrada ao lado da anterior riscada, de forma legível, que não permita dúbia interpretação e conter a assinatura ou a rubrica do responsável. 10.3 Os registros dos dados de ensaio devem conter, no mínimo: a) identificação do laboratório; b) identificação da amostra; c) identificação do equipamento utilizado; d) condições ambientais relevantes; e) resultado da medição e suas incertezas, quando apropriado; f) data e assinatura do pessoal que realizou o trabalho. 10.4 Todos os registros impressos por computador ou calculadoras, gráficos e outros devem ser datados, rubricados e anexados aos registros das medições. 10.5 Todos os registros (técnicos e da qualidade) devem ser mantidos pelo laboratório quanto à segurança e confidencialidade.

08/08 11 CERTIFICADOS E RELATÓRIOS DE ENSAIO 11.1 Os resultados de cada ensaio ou série de ensaios realizados pelo laboratório devem ser relatados de forma precisa, clara e objetiva, sem ambigüidades em um relatório de ensaio e devem incluir todas as informações necessárias para a interpretação dos resultados de ensaio, conforme exigido pelo método utilizado. 11.2 O laboratório deve registrar todas as informações necessárias para a repetição do ensaio e estes registros devem estar disponíveis para o cliente. 11.3 Todo relatório de ensaio deve incluir, pelo menos, as seguintes informações: a) título; b) nome e endereço do laboratório; c) identificação única do relatório; d) nome e endereço do cliente; e) descrição e identificação, sem ambigüidades, do item ensaiado; f) caracterização e condição do item ensaiado; g) data do recebimento do item e data da realização do ensaio; h) referência aos procedimentos de amostragem quando pertinente; i) quaisquer desvios, adições ou exclusões do método de ensaio e qualquer outra informação pertinente a um ensaio específico, tal como condições ambientais; j) medições, verificações e resultados decorrentes, apoiados por tabelas, gráficos, esquemas e fotografias; k) declaração de incerteza estimada do resultado do ensaio (quando pertinente); l) assinatura, título ou identificação equivalente de pessoal responsável pelo conteúdo do relatório e data de emissão; m) quando pertinente, declaração de que os resultados se referem somente aos itens ensaiados; n) declaração de que o relatório só deve ser reproduzido por inteiro e com a aprovação do cliente; o) identificação do item; p) referência à especificação da norma utilizada. 12. SERVIÇOS DE APOIO E FORNECIMENTOS EXTERNOS 12.1 O laboratório deve manter registros referentes à aquisição de equipamentos, materiais e serviços, incluindo: a) especificação da compra; b) inspeção de recebimento; c) calibração ou verificação.