ESTUDO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS PARA PRODUÇÃO DE FLORES ESTUDO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS PARA PRODUÇÃO DE FLORES DE CORTE EM AMBIENTE PROTEGIDO

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Transcrição:

ESTUDO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS PARA PRODUÇÃO DE FLORES Autor(es): Apresentador: Orientador: Revisor 1: Revisor 2: Instituição: SILVEIRA, Hendrigo Alberto Torchelsen; ROESSLER, Luiz Fernando; LUCKOW, Felipe Carlos; VIANNA, Humberto Dias; VIVAN, Gisele Aparecida; LUZ, Maria Laura Gomes Silva da; GOMES, Mário Conill; PEREIRA-RAMIREZ, Orlando; LUZ, Carlos Alberto Silveira Hendrigo Alberto Torchelsen da Silveira Maria Laura Gomes Silva da Luz Amauri Cruz Espirito Santo Wolmer Brod Peres Universidade Federal de Pelotas ESTUDO DE CENÁRIOS ECONÔMICOS PARA PRODUÇÃO DE FLORES DE CORTE EM AMBIENTE PROTEGIDO SILVEIRA, Hendrigo Alberto Torchelsen 1 ; ROESSLER, Luiz Fernando¹; LUCKOW, Felipe Carlos 2 ; VIANNA, Humberto Dias 2 ; VIVAN, Gisele Aparecida 1 ; LUZ, Maria Laura Gomes Silva da 3 ; GOMES, Mário Conill 4 ; PEREIRA- RAMIREZ, Orlando 3 ; LUZ, Carlos Alberto Silveira da 3. 1 Acadêmico PET-FEA; 2 Engenheiro Agrícola; 3 Professor da FEA-UFPel; 4 Professor da FAEM-UFPel. Campus Universitário Caixa Postal 354 CEP 96010-900. luizroessler@yahoo.com.br 1. INTRODUÇÃO A produção e comercialização de flores e plantas ornamentais no Brasil vêm sendo feitas há muitos anos, mas começou em uma escala comercial mais significativamente na década de 50 com os imigrantes portugueses. Posteriormente, acompanhados pelos imigrantes japoneses e principalmente pelos holandeses, que revolucionaram este setor na década de 70, dando um impulso maior à comercialização, graças à implantação de um sistema de distribuição pelo país inteiro. O mercado brasileiro de flores e plantas ornamentais vem acompanhando a tendência mundial de expansão, justificada pelo fato de que com a diversidade de climas e solos, disponibilidade de água, de terras, de mão-de-obra, entre outros recursos, faz com que o Brasil apresente excelentes condições para se especializar e crescer neste mercado. No Brasil, a floricultura, cada vez mais, tem investido em tecnologia de produção em ambiente protegido, a fim de garantir maior qualidade na produção e atender a da demanda no mercado, devido ao elevado nível de exigência do consumidor e ao alto valor econômico agregado aos produtos deste segmento, em relação aos demais produtos agrícolas.

No Rio Grande do Sul, a produção de flores e plantas ornamentais vem crescendo de forma significativa e cidades como Vacaria, Caxias do Sul, Ivoti e Santa Cruz do Sul têm abastecido seus mercados internos e de outras regiões, sempre com uma ótima qualidade. Na região sul do Rio Grande do Sul, mais especificamente nas cidades de Pelotas, Canguçu e São Lourenço do Sul, esta produção ainda deixa muito a desejar, pois além da baixa qualidade oriunda de despreparo e falta de apoio tecnológico e financeiro enfrenta também, a forte concorrência de produtos oriundos de outros Estados, principalmente de São Paulo. Com enfoque nestes pontos, o presente trabalho tem por objetivos, projetar casas de vegetação para produzir flores com elevado padrão de qualidade e preços competitivos com o atualmente no mercado, abastecendo assim, 50% do mercado de Pelotas com produtos regionais, onde o consumo mensal é de aproximadamente 94.500 unidades de rosas, 70.000 unidades de crisântemos e 28.000 unidades de gérberas. Além de visar através desta iniciativa também a possibilidade de desenvolvimento, aliado a um crescimento econômico da região. 2. MATERIAL E MÉTODOS A área a ser utilizada para a implantação da Unidade Produtora de Flores de Corte situa-se na Localidade de Rincão da Caneleira no 8º distrito do município de Pelotas, situada a uma distância aproximada de 40 km de Pelotas, tendo uma área de 7 ha destinada para a produção de flores, onde desta, 1,3 ha será dedicado a construção das estufas. Foi realizada uma pesquisa de mercado, através de entrevistas em floriculturas da cidade de Pelotas, para embasamento do projeto. Buscaram-se todas as técnicas de produção bem como o seu manejo e materiais necessários para a implantação deste. Fez-se o levantamento total para a execução do projeto e os seus custos, computados em planilhas de calculo de gastos. Com estes dados foram gerados o Fluxo de Caixa do Empreendimento e o do Acionista. Posteriormente, a partir das informações obtidas no Fluxo de Caixa do Acionista, foi realizado o estudo de viabilidade econômica do projeto. O estudo da viabilidade econômica do projeto foi feito através do cálculo do Valor Presente Líquido (VPL) e da Taxa Interna de Retorno (TIR). Sendo que, para isso foram estudados três cenários distintos: Cenário 1: Modelo original do projeto, com estufas do tipo Poly House Standard produzidas pela empresa Van der Hoeven, preços de venda do produto conservadores (conforme a Tabela 1), Taxa média de Atratividade (TMA) de 4%, juros referentes ao financiamento (50% do investimento) de 12,75% ao ano. Cenário 2: Estufas do tipo túnel de arco, em PVC, produzidas pela empresa Hidrogood, preços de venda do produto conservadores (conforme a Tabela 1), Taxa média de Atratividade (TMA) de 12%, juros referentes ao financiamento (50% do investimento) de 8,75% ao ano. Cenário 3: Estufas do tipo túnel de arco, em PVC, produzidas pela empresa Hidrogood, preços de venda do produto (conforme a Tabela 1), Taxa média de Atratividade (TMA) de 12%, juros referentes ao financiamento (70% do investimento) de 8,75% ao ano. Tabela 1: Quantidade de flores vendidas por mês em Pelotas, produção do projeto, preços de venda nos diferentes cenários e ao consumidor. Quantidade Produção mensal Preço (R$) Preço (R$) Preço (R$) Produto vend./mês(un.) Cenários 1 e 2 Cenário 3 consumidor Rosas 94.500 50.000 0,50 0,70 1,50

Gérberas 28.000 15.000 0,70 0,75 1,50 Crisântemos 70.000 35.000 0,40 0,40 1,00 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO A pesquisa de mercado mostrou que: As flores mais comercializadas são as rosas, as gérberas e os crisântemos; Todas as floriculturas compram as flores de São Paulo, e em alguns casos são também compradas de floricultores da região; Em média cada floricultura vende por mês: 2.700 rosas, 800 gérberas e 2.000 crisântemos; A média dos preços bem como a quantidade mensal de flores vendida na cidade de Pelotas e a produção mensal do empreendimento encontram-se na Tabela 1. Abaixo, na Figura 1, têm-se o fluxograma e o balanço de massa da produção de flores de corte em ambiente protegido. Estima-se que a produção diária de flores será de 5.522 unidades, distribuídas entre 2.602 rosas, 2.034 crisântemos e 886 gérberas. Para que esses números sejam atingidos, 3 estufas estarão em condições de se efetuar o corte para gérbera, 5 para crisântemos e 33 para rosas. A instalação para o processamento das flores será construída com uma sala climatizada para que, a produção de sexta-feira e final de semana seja armazenada, assim como toda a produção de gérberas, para ser comercializada na segunda-feira. Figura 1. Fluxograma da unidade produtora de flores de corte. Analisando todos os dados, no cenário 1, verifica-se que nas condições apresentadas, o projeto torna-se inviável, sendo que não há uma recuperação do capital investido, e sim, um déficit no fluxo de caixa cada ano maior, não sendo possível determinar o payback. Percebe-se claramente que a parte mais onerosa do projeto é o custo com estufas conforme mostra a Tabela 2, sendo que com a redução de gasto com estas, aliado a uma melhoria nos preços visto que os preços utilizados para a venda do produto, foram adotados de forma conservadora o projeto apresentaria uma resposta positiva. Sendo assim, a parte do projeto financiada atualmente 50% do investimento total poderá ser ainda maior. Tabela 2: Análise econômica do projeto Cenário 1. TMA 4,00% Investimento 1.510.300,89 VPL -913.742,78

payback (anos) *** TIR *** Custo com Estufas 714.524,40 ***não recupera o capital investido No cenário 2, conforme mostra a Tabela 3 percebe-se que com estas modificações (redução no custo do investimento em estufas) o projeto apresenta um melhor fluxo de caixa justificado pelo maior VPL do que no cenário anterior mas ainda não se têm um retorno do capital investido, no horizonte de planejamento considerado (10 anos). Dever-se-ia fazer o estudo deste cenário para um horizonte de planejamento maior, onde ocorreria a viabilidade. Tabela 3: Análise econômica do projeto Cenário 2. TMA 12,00% Investimento 1.161.254,55 VPL -387.330,39 payback (anos) *** TIR *** Custo com Estufas 367.200,00 ***não recupera o capital investido Analisando o cenário 3, conforme a mostra a Tabela 4, percebe-se que com a redução no custo das estufas aliado a uma melhoria nos preços (conforme a Tabela 1), o projeto passa a ser viável, além de que com estas modificações o projeto poderá ter uma parcela financiada maior (70% do investimento total ) do que nos outros cenários (50% do investimento total). Neste cenário em questão, o projeto passa a ter um lucro considerável, se torna atrativo a investimentos externos fato justificado pelo valor da Taxa Interna de Retorno (TIR) - e têm um payback (retorno do capital investido) de 4 anos. Tabela 4: Análise econômica do projeto Cenário 3. TMA 12,00% Investimento 1.163.202,59 VPL 204.064,01 payback (anos) 4 TIR 22,07 Custo com Estufas 367.200,00 Cabe salientar que os cenários devem ser estudados de forma a começar com uma produção pequena e gradualmente aumentar a mesma. À medida que as vendas crescerem, implantam-se novas instalações e posteriormente faz-se um aumento na produção. A partir de todas estas situações então estudadas, poderá se fazer uma análise criteriosa de todos os cenários. 4. CONCLUSÃO O cenário 1 é inviável economicamente, não sendo possível determinar o payback; No horizonte de planejamento em questão (10 anos), o cenário 2 também mostra-se inviável, podendo tornar-se viável em um horizonte de planejamento maior.

O cenário 3, mostra-se viável economicamente, com um payback de 4 anos. 5. REFERÊNCIAS INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Caracterização do Setor Produtivo de Flores e Plantas Ornamentais no Brasil 1995-1996. Rio de Janeiro, IBGE, 2004, 78p. GOMES, M.C.; Material de Aula da Disciplina de, Pelotas, UFPel, 2007. KÄMPF, A. N.; Produção Comercial de Plantas Ornamentais. 1 ed. Guaíba, RS. Editora Agropecuária, 2000. 254p. LARSON, R.A. Introduction to Floriculture. 2 ed. Academic Press, 1992. 635p LORENZI, H.; Souza, H. M. Plantas Ornamentais no Brasil: Arbustivas, Herbáceas e Trepadeiras. 3 ed. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2001. 1088p. PANDORFI, Cristiane Guiselini. Manejo da Cobertura em Ambientes Protegidos: Alterações Micrometeorológicas e Efeitos na produção e Qualidade da Gérbera. 2006. 96p. Tese (Doutorado em Agronomia ) Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, 2006.