CONSIDERAÇÕES DA ASSETANS E DOS SERVIDORES SOBRE AS ALTERAÇÕES NORMATIVAS DA ANS

Documentos relacionados
RN 343/13 Nova NIP. Oficinas de Capacitação - Operadoras. GGART Diretoria de Fiscalização DIFIS ANS Março/2014

TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTE DE CONDUTA - TCAC

Reajuste de planos individuais terá nova metodologia de cálculo a partir de 2019

A Unimed Federação Minas encaminha às Singulares informações, publicações e notícias veiculadas sobre a regulamentação de planos de saúde

24º. Congresso Nacional das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos Jornada Nacional de Saúde Suplementar para Hospitais e Operadoras

Prêmio Melhores Práticas 2019 Regulamento

1 Introdução 1.1. Contexto

Audiência Pública de Fiscalização ENERGIPE. O Papel da ANEEL. 6 de outubro de 2004 Aracaju-SE. Eduardo Ellery Diretor

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 343, DE 17 DE DEZEMBRO DE 2013

ANEXO II 4 - INDICADORES DA DIMENSÃO SATISFAÇÃO DOS BENEFICIÁRIOS

Termo de Compromisso de Ajuste de Conduta - TCAC

DOU nº 235, Seção 1 de 04 de dezembro de 2014 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA

DOU n 39, Seção 1, de 27 de fevereiro de AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA DE NORMAS E HABILITAÇÃO DOS PRODUTOS

Seção III - Do Sigilo e Manutenção dos Dados CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 360, DE

NOTICIAS ANS. Ressarcimento ao SUS x Contrato de Plano de Saúde

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 412, DE 10 DE NOVEMBRO DE 2016

Att.: DIRETORIA ADMINISTRATIVA. Ref.: MS/ANS/INSTRUÇÃO NORMATIVA-RN N.38, DE 24 DE MAIO DE 2012.

Seção II - Da Solicitação de Exclusão de Beneficiários de Contrato Coletivo Empresarial

ANS suspende comercialização de 73 planos de saúde de 15 operadoras

DOU nº 10, Seção 1, de 15 de janeiro de 2015 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II DAS DISPOSIÇÕES GERAIS. Seção I Do Ciclo de Fiscalização

Seção III - Da Identificação dos Atos, Eventos e Procedimentos Assistenciais que Necessitem de Autorização da Operadora

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 365, DE 11 DE DEZEMBRO DE 2014

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR SECRETARIA NACIONAL DO CONSUMIDOR. Denise Domingos Diretoria de Fiscalização Brasília - 09/10/2013

Estratégias do mercado de Regulação e Tendências. Fabio Teixeira

Publicações Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS e

Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS. Karla Santa Cruz Coelho Diretora de Gestão

Subseção II - Profissionais de Saúde que Atuem em Consultório Isolado

DOU nº 61, Seção 1 de 31 de março de 2015 AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR

EMENTA ACÓRDÃO APELAÇÃO CÍVEL Nº /RS

TOMADA DE CONTAS ESPECIAL. SINDICÂNCIA e PROCESSO DISCIPLINAR MAURINO BURINI ASSESSOR JURÍDICO E ADVOGADO

Pool de Risco Nota Técnica Atuarial de Produtos

PRESTAÇÃO DE CONTAS 2016 SENADO FEDERAL

Auditoria Operacional Avaliação da Atuação da Anatel na Qualidade da Telefonia Móvel Visão Geral do Relatório e seus achados

SEMINÁRIO: " O SETOR DE SAÚDE COMO MODELO

Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TCAC).

GOVERNANÇA CORPORATIVA NA SAÚDE SUPLEMENTAR, COM ÊNFASE EM CONTROLES INTERNOS E GESTÃO DE RISCOS

OUVIDORIA. Clausmir Zaneti Jacomini

Publicações Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS à

SINDHOSP e Grupo Fleury. Diretoria de Desenvolvimento Setorial DIDES/ANS Abril de 2013

Resolução Normativa RN n 395/2016

DESPACHO ANS DE

Critérios Prêmio Melhores Práticas Regulação

Ética, Transparência e Independência

TERMO DE COMPROMISSO DE AJUSTE DE CONDUTA Nº 0013/2007

AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR DIRETORIA COLEGIADA SECRETARIA-GERAL NÚCLEO EM SÃO PAULO EDITAL DE INTIMAÇÃO

Sustentabilidade da Saúde Suplementar

JUNTA MÉDICA OU ODONTOLÓGICA RN 424/2017

CONTEÚDO CAPÍTULO I - DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES CAPÍTULO II - DISPOSIÇÕES GERAIS CAPÍTULO III - DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

A REGULAÇÃO DA SAÚDE NO BRASIL. FAUSTO PEREIRA DOS SANTOS outubro/2011

ANEXO VI Estrutura administrativa e operacional da Diretoria de Fiscalização DIFIS

A LEI /2014 Martha Oliveira. I Fórum Nacional sobre Saúde Suplementar Conselho Federal de Medicina Brasília, 20 de outubro de 2015

Resultados Ouvidoria Unimed Fortaleza

Autonomia, Transparência e Eficiência na Regulação do Setor de Energia Elétrica

Fórum de Presidentes do Sistema Unimed

Saúde Suplementar Desafios e Perspectivas

Seminário de atualização das Ouvidorias da UNIMED

Raquel Lisbôa. Gerente Geral de Regulação Assistencial DIPRO/ANS. 16 de setembro de 2017 São Paulo, Brasil

6º Congresso Nacional Simepetro. Superintendência de Fiscalização

Critérios Regulação. 3 DIOPS (Documento de Informações Periódicas das Operadoras de Planos de Saúde):

COMISSÃO PARITÁRIA Alinhamento Conceitual Saúde Suplementar. Outubro/2016

Experiências e desafios com OPME: EUA e Brasil

ENTENDIMENTO DIFIS Nº DE ABRIL DE 2019

Novas regras da ANS obrigam planos de saúde a qualificar atendimento

Ofício respondido pela ANS. Contratação de Plano Empresarial por Cartórios Extrajudiciais

Dabate GVsaúde São Paulo -SP Abril de 2013

A Unimed Federação Minas encaminha às Singulares informações, publicações e notícias veiculadas sobre a regulamentação de planos de saúde

DIREITO AMBIENTAL. Aula 9. Responsabilidades Administrativa e Penal Ambiental. Prof. Wander Garcia

CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

ASSETANS - ASSOCIAÇÃO DOS SERVIDORES E DEMAIS TRABALHADORES DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE SUPLEMENTAR CNPJ /

Reajuste dos. e Familiares. Planos Individuais. Maria Inês Dolci

Conhecendo a Receita Municipal

RESOLUÇÃO NORMATIVA- RN Nº 413, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2016.

Desafios e Perspectivas para a Saúde Suplementar

Agência Nacional de Vigilância Sanitária

REGIMES PRÓPRIOS DE PREVIDÊNCIA SOCIAL - RPPS: REGULAÇÃO E SUPERVISÃO DOS INVESTIMENTOS

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 346, DE 2 DE ABRIL DE 2014

Publicações Agência Nacional de Saúde Suplementar - ANS à

PROPOSITURA DE EMENDA DE ADIÇÃO AO PLS Nº 258/ ABTAER. ALTERAÇÃO DE TÍTULO - renomeação adequada e sistemática dos capítulos e seções

2.1. Esta Política aplica-se a todas as entidades do grupo SOMOS Educação.

IMPACTO DAS RESOLUÇÕES NORMATIVAS 195, 200 e 204 EDITADAS PELA ANS

Curso de Capacitação de Analistas de Ouvidoria

DESPACHO ANS DE

Publicações Agência Nacional de Saúde Suplementar à

ANS divulga teto de reajuste autorizado para planos individuais

A regulação estatal. Lei nº 9.656/1998 dispõe sobre planos e seguros privados de assistência à saúde

RESOLUÇÃO NORMATIVA - RN Nº 305, DE 9 DE OUTUBRO DE 2012 CAPÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES

Cenário Atual e Perspectivas da Saúde Suplementar

Fernando Soares Vieira. Superintendente de Relações com Empresas - SEP

I CONGRESSO PAULISTA DE DIREITO MÉDICO DO CREMESP EM CAMPINAS. Classificação: Interno

I-11 Desenho de mecanismos de Ouvidoria

REGULAÇÃO EM NÚMEROS 1. Working Paper 2 Mecanismos de Participação das Agências Reguladoras Federais 3

MANUAL DE INSTRUÇÕES GERAIS MIG REGULAÇÃO INSTITUCIONAL REGIMENTO INTERNO DO CONSELHO FISCAL - SICOOB AGRORURAL

DESPACHO ANS DE DESPACHO

PROCESSO REGULATÓRIO SANCIONADOR E CONSENSUALIDADE Acordos substitutivos no âmbito da Anatel

MAR 2018 INFORME QUANTITATIVO

O Papel do TCU na segurança jurídica dos contratos de concessão

Transcrição:

CONSIDERAÇÕES DA ASSETANS E DOS SERVIDORES SOBRE AS ALTERAÇÕES NORMATIVAS DA ANS A Assetans Associação dos Servidores e Demais Trabalhadores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), cumprindo seu papel de representação do corpo funcional da Agência e conforme deliberação da assembleia extraordinária do dia 23/02/2016, vem a público apresentar as considerações acerca das matérias divulgadas na imprensa e por entidades da sociedade civil sobre a polêmica envolvendo as recentes alterações normativas publicadas pela ANS. Em particular, as Resoluções Normativas nº 388, de 28/11/2015, e nº 396, de 26/01/2016, alterando as Resoluções Normativas nº 48/2003 e nº 124/2006, que versam sobre o processo de fiscalização e aplicação de penalidades pela ANS, com possíveis impactos negativos e efeitos deletérios à sociedade. As intervenções mais recentes dos servidores e da Gestão da ANS acerca da forma com que alguns dos normativos da Agência têm sido alterados, as notícias veiculadas em órgãos de imprensa e o posicionamento de entidades diversas trazem, em nossa avaliação, uma desnecessária exposição negativa para a imagem da ANS e de seu corpo funcional, fruto exatamente da falta de uma maior transparência interna e externa na elaboração destas normas. A Associação tem alertado à Diretoria Colegiada da ANS que certas decisões parecem não respeitar às regras estabelecidas e divulgadas pela própria Agência para a elaboração de normativos. Quando muito, adotam apenas parte das mesmas, gerando debates, dúvidas e um sentimento de não pertencimento do corpo funcional, que é chamado a participar em alguns momentos mediante as Consultas Internas, em outros não, e quando participa, não vê o resultado ou não é informado do resultado de sua participação. A Assetans reitera que realização destas Consultas Internas sem a divulgação da análise e aproveitamento ou não das contribuições recebidas tem a mesma eficácia de uma eleição sem divulgação dos resultados. Os servidores concordam que há necessidade de mudanças no atual modelo de fiscalização adotado pela Agência. Propostas vem sendo discutidas, em particular a partir do www.assetans.org.br Página 1

ano de 2011, abrangendo diferentes formas, mas sem que fossem adequadamente divulgadas as diversas contribuições recebidas do corpo funcional participante. Assim, houve questionamentos acerca do alcance dos textos finais e da não contemplação das contribuições fornecidas pelo corpo técnico para as Resoluções Normativas nº 388/2015 e nº 396/2016, sendo desconhecida a razão para o não aproveitamento das sugestões dos servidores e a manutenção das propostas na forma como foram publicadas. Das Normas editadas mais recentemente pela ANS, incluindo as duas acima citadas e outras que passaram por Consulta Pública, não foram divulgadas, caso tenham sido realizados, estudos de Análises de Impacto Regulatório específicas. Por isso, a avaliação feita pela assembleia é de que o saldo para a sociedade é negativo, restando questões importantes que precisariam ser confrontadas, listadas no Anexo. Ao final, mesmo sem conhecer estas propostas e contribuições, avalia-se o impacto dos novos normativos para os consumidores, entes regulados e demais atores do setor. O exercício democrático da transparência e da prestação de contas (accountability) ao público interno e externo é salutar e indispensável ao processo regulatório. Por isso, a Assetans solicita: 1) A imediata revisão dos Normativos citados RN nº 388/2015 e RN nº 396/2016, pelos possíveis danos provocados ao processo regulatório, à imagem da Agência, à autonomia funcional dos servidores, em particular dos investidos como fiscais, e aos consumidores. 2) Que a Diretoria Colegiada promova encontro presencial com os servidores para debater a decisão tomada pela aprovação das citadas Normas, com a garantia da transmissão a todos os Núcleos da ANS. A publicização do processo de elaboração normativa, através da transparência ativa, deve ser feita. 3) A imediata publicização dos documentos técnicos que embasaram todas as Normas recentemente editadas e 4) Que efetivamente seja adotada a Análise de Impacto Regulatório previamente à edição de normativos e projetos, conforme Manual de Boas Práticas em Regulação da própria ANS, com o uso dos mecanismos de controle social e garantia de divulgação da análise das contribuições recebidas. www.assetans.org.br Página 2

ANEXO - RESOLUÇÕES NORMATIVAS Nº 388/2015 E 396/2016 DA ANS DEFICIÊNCIAS E POSSÍVEIS IMPACTOS PREJUDICIAIS À SOCIEDADE - Estímulo ao comportamento infrativo por parte das operadoras ao instituir desconto pecuniário para o cumprimento tardio das obrigações legais e possível ação lesiva aos consumidores, ao prever desconto de 40% quando da negativa de cobertura, arquivando o processo sancionador e deixando o consumidor desassistido, incentivando a judicialização. - Manutenção da impossibilidade do beneficiário juntar documentos eletronicamente à sua reclamação, exceto por carta ou presencialmente, ao contrário das operadoras, que podem juntar documentos eletronicamente a qualquer tempo, caracterizando uma desigualdade de acesso aos serviços disponibilizados pela ANS. - Revogação, pela Resolução Normativa nº 396/2016, de tipos infrativos existentes na Norma anterior Resolução Normativa nº 124. A nova norma não permite mais a punição de irregularidades de natureza econômico-financeiras cometidas pelas operadoras, diminuindo o poder regulatório da ANS e deixando as operadoras impunes na prática destas irregularidades. A decretação de regimes especiais, por si só, não é um instrumento punitivo. - A Instrução de Serviço nº 15/2016 da Diretoria de Fiscalização, emitida junto com a norma, traz a impressão de que reduz a autonomia de investigação dos fiscais, ao inverter a ordem natural do processo sancionador, visto que a apuração dos fatos é que deveria indicar a necessidade de autuação. E, também, por não permitir que o fiscal investigue os fatos de forma mais ampla de modo a encontrar provas sobre a origem real da infração que lhe foi reportada na Notificação de Investigação Preliminar - NIP. O fato de ser obrigado a autuar a operadora antes de apurar o fato, por si só, já causa estranheza, causando insegurança jurídica para os entes regulados. Nenhum fiscal deveria ser obrigado a lavrar um auto de infração sem ter a convicção, pelo menos, preliminar, sobre o fato que está imputando (e assinando), principalmente na ausência de materialidade e sendo impedido de buscar provas ou realizar diligências. www.assetans.org.br Página 3

- Limitação da autuação de natureza coletiva ao limitar os casos (tipificações) em que a conduta possa afetar diversos consumidores. Antes dos novos normativos, a discricionariedade acerca do alcance coletivo da conduta infrativa era do fiscal. - Como a nova norma prevê que primeiro a operadora seja autuada e depois investigada, isto poderá fazer com que a apuração dos fatos (busca dos documentos probatórios) seja retardada. Consequentemente, o tempo de apuração poderá aumentar diante da ausência de materialidade nos procedimentos da Notificação de Investigação Preliminar. - auditoria realizada pelo Tribunal de Contas da União demonstrou que o resultado obtido pela ANS em relação a outros órgãos reguladores e de controle no que diz respeito ao retorno financeiro sobre as multas aplicadas era o de maior alcance no período de 2011 2013, chegando a mais de 33% de arrecadação. O TCU, obviamente, indicou as necessidades de melhorarias neste resultado, mas, ao alterar a metodologia da cobrança das multas, sem realizar consulta pública ou divulgar o resultado da Análise de Impacto Regulatório AIR, e das consultas internas previamente, a ANS institui um modelo que se assemelha ao aplicado pela ANATEL no período, cujos resultados estavam entre os mais baixos em relação ao retorno financeiro, segundo o mesmo relatório do TCU. A cobrança das multas aplicadas é um dever da Agência, mas o objetivo principal do órgão com certeza não é arrecadatória, em detrimento da regulação que deve exercer, conforme aponta o citado relatório. - O tempo de duração do processo não é mais aquele que acarretava risco de prescrição dos processos. Deve-se esclarecer que a arrecadação passou de 22 milhões de reais em 2012 para 160 milhões em 2014 (dados do portal da transparência), demonstrando que a ineficiência do passado foi superada com a eliminação do passivo de processos que aguardavam a análise de recursos para julgamento em última instância. O tempo decorrido entre a autuação em primeira instancia e o julgamento foi reduzido, mas é atualmente desconhecido ou não divulgado. - A ficha técnica do indicador de fiscalização, disponível em http://www.ans.gov.br/images/stories/legislacao/rn/rn_388anexo.pdf, não considera em seu numerador a totalidade das reclamações dos consumidores, que são INATIVADAS automaticamente quando não há um segundo contato do consumidor para confirmar o desfecho de sua reclamação. Segundo a ANS, mais de 90% das reclamações são INATIVADAS desta forma (dez./2015) disponível em www.assetans.org.br Página 4

http://www.ans.gov.br/planos-de-saude-e-operadoras/informacoes-e-avaliacoes-deoperadoras/indice-de-reclamacoes/percentual-de-finalizacao-assistencial-pfa - sem que aconteça qualquer tipo de apuração acerca do desfecho da reclamação. - Não há registros de que uma Análise de Impacto Regulatório aprofundada tenha sido realizada antes da publicação das normas. Como exemplo, o sistema de descontos foi implementado em 2012 pela Anatel, através da resolução 589, mas no período posterior, entre 2014-2015, houve um aumento de 43% no número de reclamações. Esta e outras experiências em outras agências deveriam ser consideradas antes de se alterar a metodologia. Quadro 1 - Realização de Consultas Internas, Grupos de Trabalho e Seminários sobre as alterações nas Resoluções Normativas nº 48 e 124 segundo divulgação de seus desfechos e documentos de apoio. Período 2011-2015. Consulta Interna (CI), Grupo de Trabalho (GT) ou Seminário* realizado antes da publicação das RN GT Portaria 115 (ago./2011) Divulgação prévia da Exposição de motivos Aplica Divulgação da Avaliação de Impacto Regulatório Aplica Divulgação das Contribuições dos Servidores Membros do GT NÃO apenas GT Portaria 01 (jan./2013) Membros do GT NÃO Aplica Aplica apenas CI nº 7 (mai./2013) SIM NÃO SIM SIM CI nº 13 (nov./2013) SIM NÃO NÃO NÃO CI nº 14 (nov./2013) SIM NÃO NÃO NÃO CI nº 15 (nov./2013) SIM NÃO NÃO NÃO I Encontro Nacional de NÃO NÃO Fiscalização (out./2014)* Aplica Aplica CI nº 18 (mar./2015) NÃO NÃO NÃO NÃO CI nº 19 (jun.2015) NÃO NÃO NÃO NÃO * Realizado no Centro de Convenções SUL AMÉRICA, Rio de Janeiro. Publicação da Análise/ repostas às contribuições www.assetans.org.br Página 5