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Transcrição:

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DA 3ª VARA DO TRABALHO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO SP. Processo nº 0000697-91.2012.5.02.0463 VALDIR DA SILVA TORRES, qualificado nos autos da Reclamação Trabalhista proposta em face de VOLKSWAGEN DO BRASIL INDÚSTRIA DE VEÍCULOS AUTOMOTORES LTDA, vem perante V.Exa., por seu advogado, interpor RECURSO ORDINÁRIO, nos termos do artigo 895, I, da CLT, requerendo o seu processamento e o envio das suas razões ao Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região. SUSPENSÃO DOS PRAZOS PROCESSUAIS Informa o reclamante que os prazos processuais ficaram suspensos nos dias 04 e 05 de junho (5ª e 6ª feira) em virtude do Feriado de Corpus Christi (Portaria GP nº 99/2014). JUN 4 5* Corpus Christi * Suspensão de expediente Lei nº 9.093/95 c/c Lei Municipal 14.485/07 Nestes Termos Pede Deferimento São Bernardo do Campo, 08 de junho de 2015. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP 148.128 EDSON MORENO LUCILLO OAB/SP 77.761

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO RECORRENTE: Valdir da Silva Torres RECORRIDO: ORIGEM: Volkswagen do Brasil Indústria de Veículos Automotores Ltda autos n 0000697-91.2012.5.02.0463 da 3ª Vara do Trabalho de São Bernardo do Campo SP. EGRÉGIO TRIBUNAL COLENDA TURMA Não concorda a reclamante com a r. sentença de 1ª Instância na parte que: - indeferiu o pagamento do adicional de periculosidade; - concedeu a pensão mensal vitalícia de apenas 25% sobre a remuneração do obreiro; - deferiu a indenização por danos morais de apenas R$ 50.000,00. DO INCONFORMISMO DO RECLAMANTE DO ADICIONAL DE PERICULOSIDADE VIOLAÇÃO DO ARTIGO 7º, XXX, DA CF APLICAÇÃO DA SÚMULA 422 DO TST A r. sentença ao analisar a pretensão do reclamante julgou improcedente o adicional de periculosidade. A MM. Vara do trabalho concluiu em sentença que: Do adicional de periculosidade. Afirma o autor que trabalhava em local de risco acentuado, na ala XIII, fazendo jus ao adicional de periculosidade, negado pela ré.

Diante da controvérsia, determinou-se a realização de perícia. O perito constatou que o autor não permanece em áreas de risco, não manipula materiais ou substâncias capazes de caracterizar periculosidade e que não permanece ou atua de modo habitual e rotineiro à presença de riscos. Embora tenha impugnado o laudo pericial, o autor não trouxe fundamento técnico capaz de afastar as conclusões do perito. Ante o exposto, indefiro o pedido do autor. Não concorda o reclamante com a fundamentação mencionada na r. sentença, pois não obstante o laudo ter sido negativo quanto a caracterização da periculosidade, constata-se de toda a documentação carreada, 3 laudos periciais positivos como prova emprestada de colegas que trabalhavam nas mesmas condições do autor (vide doc. 197 carreado com a exordial e fls. 235 e seguintes). O perito destes autos (ID 4279245) ao descrever os locais de trabalho do autor deixou claro que este iniciava sua jornada de trabalho na ALA 13 para verificar qual o posto de trabalho iria atuar no dia, local este onde era localizado o vestiário. Bem como deixou claro que o autor acompanhava a movimentação de protótipos do setor de desenvolvimento com acesso a área de pintura, assim como trabalhava na portaria de materiais. Nos autos do processo nº 0000828-06.2011.5.02.0462 (laudo e sentença constam dos autos como prova emprestada) a prova oral colhida corrobora a assertiva de os vigilantes, inclusive o autor, estavam expostos ao ambiente periculoso. A r. sentença mencionou e fundamentou detalhadamente as condições do ambiente periculoso.

DA APLICAÇÃO DO PRINCÍPIO DA ISONOMIA JUNTADA DE LAUDO PERICIAL E SENTENÇA PROCESSO 0000828-06.2011.5.02.0462 PROCESSO 0001015-14.2011.5.02.0462 Como o reclamante efetuou a juntada de provas emprestadas que foram realizadas em reclamações trabalhistas de seus colegas de trabalho, sendo que essas perícias foram realizadas no mesmo local e nas mesmas condições de trabalho, requer o reclamante seja aplicado o Princípio da Isonomia (artigo 7º, XXX, CF), pois seria muita injustiça que apenas os colegas de trabalho do reclamante ganhem o adicional de periculosidade. Desta forma, faz jus o obreiro ao pagamento do adicional de periculosidade de 30%, bem como os seus reflexos para todos os efeitos legais. DO INCONFORMISMO DO RECLAMANTE DO VALOR DA PENSÃO MENSAL VITALÍCIA APLICAÇÃO DO ARTIGO 950 DO CÓDIGO CIVIL APLICAÇÃO DA SÚMULA 422 DO TST A r. sentença ao analisar a pretensão do reclamante condenou a reclamada no pagamento de pensão mensal vitalícia no valor correspondente a apenas 25% de sua remuneração. A MM. Vara do trabalho concluiu em sentença que: DA DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO CAUSAL. INCAPACIDADE.... Óbvio, portanto, que o autor faz jus à pensão mensal, já que houve redução para desempenhar as atividades inerentes a seu ofício. Para quantificar o valor da pensão mensal a ser paga ao autor, entendo que esta deve corresponder ao valor que ela deixou de receber em virtude da redução de sua capacidade laborativa, não justificando sua redução pela simples consideração hipotética de que o trabalhador pode exercer outro trabalho, nem pelo recebimento de qualquer benefício previdenciário.

Logo, condeno a reclamada ao pagamento de pensão mensal ao autor, no valor de correspondente a 25% de sua remuneração, a partir da data em que passou a receber o auxílio acidente B94.... Não concorda o reclamante com a fundamentação mencionada na r. sentença, pois pela análise do laudo pericial, verifica-se que a moléstia profissional é grave e irreversível. Foi determinada a realização da perícia médica e o Sr. Perito concluiu que há nexo entre a doença e as atividades desempenhadas, pois o autor trabalhava em movimentos repetitivos. O Expert às fls.08 do laudo afirmou que o autor possui moderadas restrições e limitações funcionais para os movimentos de elevação, abdução e rotação interna dos membros superiores Pelo fato de alguns setores estarem desativados, o Expert com base no laudo do processo cível que julgou o pedido de auxílioacidente (B94) procedente, o qual o autor recebe desde 2011, conclui que: [...] Conforme o laudo de vistoria realizado pelo Perito na ação contra o INSS, o trabalho realizado pelo Reclamante era moderado, com o predomínio da repetitividade sobre a força. Havia movimentos múltiplos de pinça e preensão além de elevação e movimentação conjugada de várias articulações.... Os exames de ressonância magnética realizados demonstram tendinopatia do supraespinhoso bilateral e bursite, acompanhado de alterações degenerativas do acrômio claviculares. O exame médico pericial demonstra que o Reclamante apresenta moderadas restrições e limitações funcionais para os ombros direito e esquerdo....

No tocante as moléstias, o perito afirmou que o autor é portador de tendinopatia do supraespinhoso bilateral e bursite nos ombros, concluindo pela existência no nexo infortunístico, bem como pela incapacidade permanente do autor, ficando clara a culpa da empresa e o seu dever de indenizar. Não obstante ao fato de o autor entender que a responsabilidade civil no presente caso é objetiva, em razão da atividade da empresa ter um grau de risco elevado, restou provado pela perícia a culpa da reclamada que manteve o autor em atividades que despendiam de esforços físicos demasiados, repetitivos e viciosos. Quanto a incapacidade, constata-se que o autor possui INCAPACIDADE FUNCIONAL TOTAL, ou seja, não tem condições de exercer as mesmas atividades que exercia junto à reclamada, de acordo com perito na resposta ao quesito f deste MM.Juízo (fls.25 do laudo). Verifica-se que o estágio da doença é crônico (fls.29 do laudo quesito 11-b). A moléstia é irreversível (fls.26 do laudo quesito 2). Razão pela qual entende o autor que o pedido de pensão vitalícia deve corresponder ao grau da incapacidade para o trabalho no qual o autor se inabilitou, ou seja, de 100% no presente caso, ou no mínimo de 50%, com base no artigo 86, 1º da Lei 8.213/91.

CÓDIGO CIVIL Art. 950. Se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer o seu ofício ou profissão, ou se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e lucros cessantes até ao fim da convalescença, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se inabilitou, ou da depreciação que ele sofreu. Parágrafo único. O prejudicado, se preferir, poderá exigir que a indenização seja arbitrada e paga de uma só vez. LEI 8.213/91 Art. 86. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-debenefício e será devido, observado o disposto no 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado.(redação dada pela Lei nº 9.528, de 1997) Desta forma, faz jus o obreiro ao pagamento da pensão mensal vitalícia no valor correspondente a 100% de sua remuneração (aplicação do artigo 950 do Código Civil) ou sucessivamente, no mínimo 50% de sua remuneração (aplicação do artigo 86, 1º, da Lei 8.213/91). DO INCONFORMISMO DO RECLAMANTE DO VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 186, 927 E 944 DO CC APLICAÇÃO DOS ARTIGOS 5º, V E X E 170 DA CF APLICAÇÃO DA SÚMULA 422 DO TST A r. sentença ao analisar a pretensão do reclamante condenou a reclamada no pagamento de indenização por danos morais no valor de apenas R$ 50.000,00. A MM. Vara do trabalho concluiu em sentença que: DA DOENÇA OCUPACIONAL. NEXO CAUSAL. INCAPACIDADE.... Além da pensão mensal, faz jus o autor à indenização por danos morais. Por óbvio, esses são transtornos que ultrapassam o mero dissabor.

Para quantificar o dano, tem-se que levar em consideração a capacidade econômica das partes, a gravidade do dano, o grau de culpa do agente e o caráter punitivo pedagógico da medida. Como visto a lesão da autora é grave, o grau de culpa da reclamada é severa, de acordo com o perito, pois ofereceu meio ambiente de trabalho degradante ao autor por mais de 13 anos, e a reclamada é detentora de grande capacidade econômica. Todavia, neste caso, foi reconhecida concausa, o que, de certa forma, atenua o dano causado pela empregador. Diante do exposto, condeno a reclamada ao pagamento de indenização por danos morais no valor de R$ 50.000,00.... Não concorda o reclamante com o valor do dano fixado na r. sentença, pois a reclamada é uma empresa montadora de veículos de grande porte na região do ABC Paulista, sendo certo que o valor de R$ 50.000,00 a título de danos morais, não condiz com os danos irreversíveis causados ao autor. Quanto a incapacidade, constata-se que o autor possui INCAPACIDADE FUNCIONAL TOTAL, ou seja, não tem condições de exercer as mesmas atividades que exercia junto à reclamada, de acordo com perito na resposta ao quesito f deste MM.Juízo (fls.25 do laudo). Verifica-se que o estágio da doença é crônico (fls.29 do laudo quesito 11-b). A moléstia é irreversível (fls.26 do laudo quesito 2). Registre-se que a moléstia adquirida está em estágio grave (crônica) e que o grau de culpa da reclamada é severa, pois ofereceu meio ambiente de trabalho degradante ao autor por mais de 13 anos. Esclarece novamente o obreiro que a reclamada é uma empresa de grande capacidade econômica.

Ademais, o valor estipulado não atenderá a finalidade do desestímulo e conscientização da empresa, deixando de demonstrar a reprovação social de suas condutas, pois o valor arbitrado equivale a apenas 0,01% do faturamento mensal da empresa. Diante de todo o exposto, entende o recorrente que apesar da r.sentença ter deferido a reparação, o valor arbitrado, com certeza, não irá atingir as suas finalidades, qual sejam, o desestímulo e a compensação. Razão pela qual entende o recorrente pela violação dos seguintes dispositivos: CF, arts. 5º, V e X, 170; CCb, arts. 186, 187 e 944; LICC, art. 5º. S.m.j., o valor arbitrado pelo juízo a quo não é compatível com a extensão dos danos sofridos pelo reclamante, e não serve como medida pedagógica à reclamada, devendo ser elevado, a teor do artigo 5º, V da CF e artigo 944 do Código Civil, para o valor equivalente à, no mínimo, R$ 100.000,00. Diante do exposto, requer o Reclamante seja dado provimento ao recurso ordinário para reformar a sentença de 1ª Instância para: Deferir ao obreiro o pagamento do adicional de periculosidade e seus reflexos para todos os efeitos legais; Deferir ao obreiro o pagamento da pensão mensal vitalícia no valor correspondente a 100% de sua remuneração (aplicação do artigo 950 do Código Civil) ou sucessivamente, no mínimo 50% de sua remuneração (aplicação do artigo 86, 1º, da Lei 8.213/91);

Deferir ao obreiro a majoração do valor da indenização por danos morais para que seja fixado o valor de R$ 100.000,00. Nestes Termos Pede Deferimento São Bernardo do Campo, 08 de junho de 2015. MARCO ANTONIO SILVA DE MACEDO JUNIOR OAB/SP 148.128 EDSON MORENO LUCILLO OAB/SP 77.761 RECURSO ORDINARIO VOLKS - VALDIR