REVISTA DO PROFESSOR SOMA MATEMÁTICA. Pacto pela Aprendizagem na Paraíba

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Transcrição:

MATEMÁTICA REVISTA DO PROFESSOR SOMA 2017 Pacto pela Aprendizagem na Paraíba

SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba Revista do Professor Matemática 2017

FICHA CATALOGRÁFICA PARAÍBA. Secretaria de Estado da Educação da Paraíba. SOMA 2017 / Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 (jan./dez. 2017), Juiz de Fora, 2017 Anual. Conteúdo: Revista do Professor Matemática. CDU 373.3+373.5:371.26(05)

Ricardo Vieira Coutinho Governador do Estado da Paraíba Ana Lígia Costa Feliciano ViceGovernadora Alessio Trindade de Barros Secretário de Estado da Educação Roziane Marinho Ribeiro Secretária Executiva de Gestão Pedagógica da Educação José Arthur Viana Teixeira Secretário Executivo de Administração de Suprimento e Logística da Educação Marta de Medeiros Correia Gerente Executiva da Educação Infantil e Ensino Fundamental Robson Rubenilson dos Santos Ferreira Gerente Executivo de Ensino Médio Iara Andrade de Lima Marta de Medeiros Correia Rizoneide Gomes de Almeida Valmir Herbet Barbosa Gomes Coordenação Geral do Avaliando IDEPB SOMA EQUIPE GRE SEE Wleica Honorato Aragão Quirino Gerente Regional da Educação 1ª GRE João Pessoa Silvana Rodrigues Nunes Gerente Regional da Educação 2ª GRE Guarabira Giovana Marques Lopes Gerente Regional da Educação 3ª GRE Campina Grande Maria das Graças Medeiros de Almeida Gerente Regional da Educação 4ª GRE Cuité Aristtotenes da Silva Prata Gerente Regional da Educação 5ª GRE Monteiro Luiz Carlos Gomes Barreto Gabi Gerente Regional da Educação 6ª GRE Patos Andreia Braga de Oliveira Gerente Regional da Educação 9ª GRE Cajazeiras Maria do Socorro Antunes Ferreira Gerente Regional da Educação 10ª GRE Sousa Francisca de Lucena Henriques Gerente Regional da Educação 11ª GRE Princesa Isabel Isaac Cardoso Campos Gerente Regional da Educação 12ª GRE Itabaiana Ione dos Santos Severo Formiga Gerente Regional da Educação 13ª GRE Pombal Gerlane Pereira Batista Gerente Regional da Educação 14ª GRE Mamanguape Maria do Carmo Lima Bezerra Gerente Regional da Educação 7ª GRE Itaporanga Maria do Socorro Muniz de Oliveira Gerente Regional da Educação 8ª GRE Catolé do Rocha

Sumário 6 APRESENTAÇÃO 8 LINHA DO TEMPO 10 RESULTADOS DA SUA ESCOLA EM MATEMÁTICA 2017 15 ROTEIRO DE LEITURA E ANÁLISE

23 COMO UTILIZAR OS RESULTADOS 26 PERFIS DE ALFABETIZAÇÃO E LETRAMENTO 30 PERCURSO DA AVALIAÇÃO 32 COLOCANDO EM PRÁTICA 37 ANEXO

Apresentação Monitorar para avançar AVALIAÇÃO EXPRESSA COMPROMISSO COM O DIREITO DE APRENDER E PERMITE A CONSTRUÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COM BASE EM EVIDÊNCIAS Pesquisar a qualidade da educação da rede pública de ensino, a fim de que políticas públicas sejam elaboradas com base em evidências, expressa o compromisso com o direito de aprender de toda criança e todo jovem brasileiros em idade escolar. Esse direito está sustentado em dispositivos legais, como a Constituição Federal de 1988 e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996 (LDB/96), e representa não apenas esforços voltados ao acesso e à permanência de estudantes na escola, mas a garantia de padrões que combinem qualidade com equidade na oferta educacional. O direito de aprender tem natureza social e é dever do Estado e da família, sendo promovido e incentivado com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa para o exercício da cidadania e a sua qualificação ao trabalho. Mas como saber se esse direito vem sendo atendido na prática? A avaliação educacional externa em larga escala produz informação que viabiliza o monitoramento do direito à educação nas escolas da Paraíba, permitindo um acompanhamento periódico de indicadores referentes às instituições e aos estudantes individualmente. O Pacto pela Aprendizagem na Paraíba SOMA busca, então, observar o desempenho de estudantes por meio de testes padronizados, cujo objetivo é aferir o que eles sabem 6 SOMA 2017

O SOMA pretende observar o desempenho de estudantes por meio de testes padronizados, com o objetivo de verificar o que eles sabem e são capazes de fazer 01 e são capazes de fazer, a partir da identificação do desenvolvimento de habilidades e competências consideradas essenciais para que consigam avançar no processo de escolarização. Para conhecer melhor o SOMA, acompanhe a linha do tempo que abre este volume. Em seguida, você pode conferir um roteiro para apoiar a leitura e a análise dos resultados da sua escola em matemática, com algumas orientações em relação aos usos possíveis e adequados dos resultados. Além dos resultados gerais, um novo indicador está sendo apresentado nas revistas de língua portuguesa: os perfis de alfabetização e letramento para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esse indicador auxilia na compreensão do desenvolvimento dos estudantes no que se refere ao domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, fundamental para a formação escolar e o prosseguimento dos estudos no ensino médio. O percurso da avaliação e uma sugestão para atividade pedagógica também integram esta publicação, que apresenta, em seu Anexo, as descrições dos níveis de desempenho referentes à disciplina em foco, acompanhadas por exemplos de itens. Boa leitura! REVISTA DO PROFESSOR Matemática 7

Linha do tempo Trajetória evidencia avanços e desafios INFORMAÇÕES DÃO SUPORTE À ELABORAÇÃO DE POLÍTICAS PÚBLICAS COERENTES COM A REALIDADE PERCEBIDA POR MEIO DA AVALIAÇÃO A trajetória da avaliação na Paraíba tem início com a implementação do Sistema Estadual de Avaliação da Educação da Paraíba (Avaliando IDEPB), em 2012. O objetivo do programa é o de produzir diagnósticos de aprendizagem que permitam identifi car os avanços e os desafi os da rede pública de ensino, de maneira a subsidiar a elaboração de políticas públicas coerentes com a realidade percebida por meio da aplicação de instrumentos externos. 2012 2013 2014 68,7% Participação 74,3% Participação 74,0% Participação Previstos: 68.815 estudantes Efetivos: 47.260 estudantes Previstos: 65.861 estudantes Efetivos: 48.909 estudantes Previstos: 63.690 estudantes Efetivos: 47.128 estudantes Etapas 5º ANO EF/ 9º ANO EF/ 3ª SÉRIE EM Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática Etapas 5º ANO EF/ 9º ANO EF/ 3ª SÉRIE EM/ 4ª SÉRIE ENSINO NORMAL Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática Etapas 5º ANO EF/ 9º ANO EF/ 3ª SÉRIE EM/ 4ª SÉRIE ENSINO NORMAL Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática 8 SOMA 2017

Desde sua primeira edição, o programa avalia estudantes do 5º e 9º anos do ensino fundamental e da 3ª série do ensino médio em língua portuguesa (leitura) e matemática, de forma censitária, para complementar a coleta de dados das avaliações nacionais e promover devolutivas pedagógicas dedicadas à melhoria dos processos de ensino e aprendizagem no âmbito da escola. De 2013 a 2015, estudantes da 4ª série do ensino normal também foram avaliados. Em 2016, o programa passou a incluir a aplicação de testes para estudantes da 1º série do ensino médio. 02 Já em 2017, o desenho do Avaliando IDEPB foi modifi cado, e criouse o programa SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba. Nesse novo cenário, a avaliação da alfabetização foi incluída para permitir que condições adequadas ao desenvolvimento da educação sejam incentivadas em todo o território paraibano. As redes municipais de ensino, por adesão, passaram a integrar o SOMA, uma ação de colaboração estratégica, coordenada pelas secretarias estadual e municipais de educação. Para 2018, a Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE) estabeleceu como meta elevar a participação dos estudantes no SOMA para 90%. ESTADUAL 76,6% Participação Previstos: 122.602 estudantes Efetivos: 93.886 estudantes Etapas 1º, 2º, 3º, 5º E 9º ANOS EF/ 1ª E 3ª SÉRIE EM Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática / Escrita 2015 2016 2017 77,6% Participação 72,6% Participação MUNICIPAL 87,5% Participação Previstos: 60.424 estudantes Efetivos: 46.901 estudantes Previstos: 110.149 estudantes Efetivos: 79.931 estudantes Previstos: 134.676 estudantes Efetivos: 117.850 estudantes Etapas 5º ANO EF/ 9º ANO EF/ 3ª SÉRIE EM/ 4ª SÉRIE ENSINO NORMAL Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática Etapas 5º ANO EF/ 9º ANO EF/ 1ª SÉRIE EM/ 3ª SÉRIE EM Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática Etapas 1º, 2º, 3º, 5º E 9º ANOS EF/ 1ª E 3ª SÉRIE EM Disciplinas: Língua Portuguesa / Matemática / Escrita REVISTA DO PROFESSOR Matemática 9

Resultados da sua escola em matemática 2017 Desempenho revela qualidade da oferta INDICADORES DE DESEMPENHO E PARTICIPAÇÃO NA AVALIAÇÃO SÃO DIVULGADOS POR ETAPA DE ESCOLARIDADE Os resultados alcançados pela sua escola em matemática, nos testes de desempenho aplicados aos estudantes de cada etapa avaliada no SOMA 2017, estão disponíveis no endereço: somapb.caeddigital.net. Esses resultados informam a qualidade e a equidade da oferta educacional, de acordo com o aferido pela Teoria de Resposta ao Item (TRI), em que se avalia o desenvolvimento de habilidades e competências por meio de testes padronizados de proficiência. Com o intuito de orientálo na apropriação de todas as informações apresentadas, estão presentes neste volume um roteiro de leitura e análise dos resultados e instruções para seus melhores usos. A interpretação pedagógica dos resultados As proficiências obtidas pelos estudantes nos testes aplicados precisam ser interpretadas à luz da escala de proficiência. A escala é um instrumento que contém a descrição pedagógica das habilidades avaliadas. Ela orienta o trabalho do professor, apresentando os resultados em uma espécie de régua na qual os valores obtidos são categorizados em intervalos que indicam o grau de desenvolvimento das habilidades pelos estudantes que alcançaram determinado padrão de desempenho. Para analisála, verifique a seção Níveis de desempenho e seus itens. Nas páginas ao lado, você encontra as matrizes de referência da avaliação, que apresentam as habilidades e competências esperadas para cada etapa avaliada e orientam a produção dos itens que compõem os testes. 10 SOMA 2017

SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba MATRIZ DE REFERÊNCIA MATEMÁTICA 5º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I. GEOMETRIA D1 D2 D3 D4 D5 D6 Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas. Identificar propriedades comuns e diferenças entre os poliedros, e entre poliedros e corpos redondos, relacionandoos com suas planificações. Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais pelo número de lados, pelos tipos de ângulos. Identificar quadriláteros observando as posições relativas entre seus lados (paralelos, concorrentes, perpendiculares). Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas. Reconhecer figuras com simetria de reflexão e/ou identificar seus eixos de simetria. II. GRANDEZAS E MEDIDAS D7 D8 D9 D10 D11 D12 Comparar medidas de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou não. Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/cm/mm, kg/g/mg, L/mL. Resolver problema envolvendo medidas de tempo. Estabelecer, em um problema, trocas entre cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro, em função de seus valores. Resolver problema envolvendo o cálculo do perímetro de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas ou não. Resolver problema envolvendo o cálculo ou estimativa de áreas de figuras planas, desenhadas em malhas quadriculadas ou não. III. NÚMEROS E OPERAÇÕES / ÁLGEBRA E FUNÇÕES D13 D14 D15 D16 D17 D18 D19 D20 D21 D22 D23 Reconhecer e utilizar características do sistema de numeração decimal, tais como agrupamentos e trocas na base 10 e princípio do valor posicional. Identificar a localização de números naturais na reta numérica. Reconhecer a decomposição de números naturais nas suas diversas ordens. Calcular o resultado de uma adição ou subtração de números naturais. Calcular o resultado de uma multiplicação ou divisão de números naturais. Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da adição ou subtração. Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados da multiplicação ou divisão. Identificar diferentes representações de um mesmo número racional. Identificar a localização de números racionais representados na forma decimal na reta numérica. Resolver problema utilizando a escrita decimal de cédulas e moedas do sistema monetário brasileiro. Resolver problema com números racionais expressos na forma de fração ou decimal, envolvendo diferentes significados. D24 Resolver problema envolvendo noções de porcentagem (25%, 50%, 100%).

SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba MATRIZ DE REFERÊNCIA MATEMÁTICA 9º ANO DO ENSINO FUNDAMENTAL I. GEOMETRIA D01 D02 D03 D04 D05 D06 D07 D08 D09 D10 D11 Identificar a localização/movimentação de objeto em mapas, croquis e outras representações gráficas. Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionandoas com as suas planificações. Identificar propriedades de triângulos pela comparação de medidas de lados e ângulos. Identificar relação entre quadriláteros por meio de suas propriedades. Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas. Reconhecer ângulos como mudança de direção ou giros, identificando ângulos retos e não retos. Reconhecer que as imagens de uma figura construída por uma transformação homotética são semelhantes, identificando propriedades e/ou medidas que se modificam ou não se alteram. Resolver problema utilizando propriedades dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares). Resolver problema utilizando relações métricas no triângulo retângulo. Resolver problema utilizando razões trigonométricas no triângulo retângulo. Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações. II. GRANDEZAS E MEDIDAS D12 D13 D14 D15 Resolver problema envolvendo o perímetro de figuras planas. Resolver problema envolvendo área de figuras planas. Resolver problema envolvendo noções de volume. Resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida. III. NÚMEROS E OPERAÇÕES / ÁLGEBRA E FUNÇÕES D16 D17 D18 D19 D20 D21 D22 D23 D24 D25 D26 D27 D28 D29 D30 D31 D32 D33 D34 Identificar a localização de números inteiros na reta numérica. Identificar a localização de números racionais na reta numérica. Efetuar cálculos com números inteiros, envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Resolver problema com números naturais, envolvendo diferentes significados das operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Reconhecer as diferentes representações de um número racional. Identificar fração como representação que pode estar associada a diferentes significados. Resolver problemas utilizando frações equivalentes. Reconhecer as representações decimais dos números racionais como uma extensão do sistema de numeração decimal, identificando a existência de ordens como décimos, centésimos e milésimos. Efetuar cálculos que envolvam operações com números racionais (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Resolver problema com números racionais envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Resolver problema que envolva porcentagem. Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas. Identificar uma equação ou inequação do 1º grau que expressa um problema. Resolver problema que envolva equação do 1º grau. Identificar a equação do 2º grau que expressa um problema. Resolver problema que envolva equação do 2º grau. Identificar a expressão algébrica que expressa uma regularidade observada em sequências de números ou figuras (padrões). Identificar um sistema de equações do 1º grau que expressa um problema. IV. ESTATÍSTICA, PROBABILIDADE E COMBINATÓRIA D35 D36 D37 D38 Resolver problema elementar envolvendo o princípio fundamental da contagem. Resolver problema envolvendo probabilidade de um evento. Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e viceversa.

SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba MATRIZ DE REFERÊNCIA MATEMÁTICA 1ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO I ESPAÇO E FORMA D08 D10 D11 D12 D17 D18 Resolver problema utilizando propriedades dos polígonos (soma de seus ângulos internos, número de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares). Resolver problemas envolvendo a localização de pontos no plano cartesiano. Resolver problema envolvendo Teorema de Tales. Utilizar as relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas significativos. Resolver problema envolvendo semelhança de triângulo. Reconhecer a conservação ou modificação de medidas dos lados, do perímetro, da área em ampliação e/ou redução de figuras poligonais usando malhas quadriculadas ou não. II GRANDEZAS E MEDIDAS D21 D25 D26 D28 Resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida. Resolver problema envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas, com ou sem malhas quadriculadas. Resolver problema envolvendo o cálculo de área de figuras planas, com ou sem malhas. Resolver problema envolvendo volume de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera). III NÚMEROS E OPERAÇÕES / ÁLGEBRA E FUNÇÕES D33 D40 D41 D45 D46 D48 D52 D53 D77 D54 D55 D57 D58 D63 D65 Identificar a localização de números reais na reta numérica. Resolver problema com números inteiros envolvendo as operações (adição, subtração,multiplicação,divisão, potenciação, radiciação). Reconhecer as diferentes representações de um mesmo número racional. Resolver problema com números racionais envolvendo as operações (adição, subtração, multiplicação, divisão, potenciação). Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas. Resolver problemas envolvendo equações ou inequações do 1º grau. Resolver problemas envolvendo equação do 2º grau. Resolver problemas envolvendo o cálculo de juros simples. Resolver problemas envolvendo o cálculo de juros compostos. Resolver problemas envolvendo o cálculo de porcentagem. Resolver problema envolvendo uma função do 1º grau. Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função do 1º grau, conhecendo alguns de seus elementos. Identificar a representação algébrica ou gráfica de uma função logarítmica. Identificar o gráfico de uma função que representa uma situação descrita em um texto. Resolver problemas envolvendo função exponencial. IV TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO D71 D72 Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e viceversa.

SOMA Pacto pela Aprendizagem na Paraíba MATRIZ DE REFERÊNCIA MATEMÁTICA 3ª SÉRIE DO ENSINO MÉDIO I. GEOMETRIA D01 D02 D03 D04 D05 D06 D07 D08 D09 D10 Identificar figuras semelhantes mediante o reconhecimento de relações de proporcionalidade. Reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo retângulo em um problema que envolva figuras planas ou espaciais. Relacionar diferentes poliedros ou corpos redondos com suas planificações ou vistas. Identificar a relação entre o número de vértices, faces e/ou arestas de poliedros expressa em um problema. Resolver problema que envolva razões trigonométricas no triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente). Identificar a localização de pontos no plano cartesiano. Interpretar geometricamente os coeficientes da equação de uma reta. Identificar a equação de uma reta apresentada a partir de dois pontos dados ou de um ponto e sua inclinação. Relacionar a determinação do ponto de interseção de duas ou mais retas com a resolução de um sistema de equações com duas incógnitas. Reconhecer, dentre as equações do 2º grau com duas incógnitas, as que representam circunferências. II. GRANDEZAS E MEDIDAS D11 D12 D13 Resolver problema envolvendo perímetro de figuras planas. Resolver problema envolvendo área de figuras planas. Resolver problema envolvendo a área total e/ou volume de um sólido (prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera). III. NÚMEROS E OPERAÇÕES / ÁLGEBRA E FUNÇÕES D14 D15 D16 D17 D18 D19 D20 D21 D22 D23 D24 D25 D26 D27 D28 D29 D30 Identificar a localização de números reais na reta numérica. Resolver problema que envolva variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas. Resolver problema que envolva porcentagem. Resolver problema envolvendo equação do 2º grau. Reconhecer expressão algébrica que representa uma função a partir de uma tabela. Resolver problema envolvendo uma função do 1º grau. Analisar crescimento/decrescimento, zeros de funções reais apresentadas em gráficos. Resolver problema envolvendo progressão aritmética (PA) / progressão geométrica (PG) dada a fórmula do termo geral. Reconhecer o gráfico de uma função polinomial de 1º grau por meio de seus coeficientes. Reconhecer a representação algébrica de uma função do 1º grau dado o seu gráfico ou viceversa. Resolver problemas que envolvam os pontos de máximo ou de mínimo de uma função polinomial do 2º grau. Relacionar as raízes de um polinômio com sua decomposição em fatores do 1º grau. Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função exponencial. Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função logarítmica, reconhecendoa como inversa da função exponencial. Resolver problema que envolva função exponencial. Identificar gráficos de funções trigonométricas (seno, cosseno, tangente), reconhecendo suas propriedades. Determinar a solução de um sistema linear. IV. ESTATÍSTICA, PROBABILIDADE E COMBINATÓRIA D31 D32 Resolver problema de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de permutação simples, arranjo simples e/ou combinação simples. Resolver problema que envolva probabilidade de um evento. D33 D34 Resolver problema envolvendo informações apresentadas em tabelas e/ou gráficos. Associar informações apresentadas em listas e/ou tabelas simples aos gráficos que as representam e viceversa.

Roteiro de leitura e análise Orientações auxiliam na interpretação de resultados 04 INFORMAÇÕES CONTEXTUAIS, PROJETO PEDAGÓGICO E RESULTADOS DA AVALIAÇÃO INTERNA DEVEM SER CONSIDERADOS Indicador de participação Indicadores de desempenho estudantil A avaliação externa é ferramenta valiosa para a melhoria do ensino e da aprendizagem na escola, podendo servir de apoio ao planejamento pedagógico dos professores em sala de aula. Para a efetivação do trabalho comprometido com a garantia do direito a uma educação de qualidade, é necessário saber ler e analisar os resultados dessa avaliação, a fim de construir um diagnóstico substantivo da aprendizagem na escola. Lembrese: os resultados devem ser analisados em conjunto com as informações contextuais da escola e, principalmente, com o projeto pedagógico e os resultados da avaliação interna, de aprendizagem, conduzida por você e seus pares durante o ano letivo. As orientações quanto à leitura e à análise dos resultados da avaliação externa, no âmbito da sua escola, apresentadas a seguir, vão ajudálo a compreender melhor como utilizálos, de maneira que você possa organizar seu trabalho, considerando as informações ora produzidas. O exercício proposto neste roteiro deve ser realizado por etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina. Ao final, sugerese a sistematização da sua análise com o olhar para todas as etapas desta disciplina oferecidas por sua escola. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 15

Identifique, neste quadro, os resultados escolhidos para o exercício a seguir. Repita esse exercício para cada etapa de escolaridade avaliada nesta disciplina. Disciplina: Matemática Etapa: Indicador de participação Observe os resultados da sua escola na etapa em foco e organize sua leitura e análise. Nesta edição, a participação registrada é de: %. Esse indicador de participação retrata a média de frequência de estudantes no decorrer do ano letivo? Sim Não O percentual de participação, ao longo do tempo: aumentou. diminuiu. mantevese estável. oscilou. A avaliação na Paraíba é censitária, logo, deve incluir todos os estudantes matriculados na rede de ensino. Cada escola deve certificarse de que os estudantes previstos estejam presentes no momento da aplicação e respondam aos testes de proficiência e questionários, quando houver. Importa destacar que os indicadores de desempenho da escola só podem ser generalizados quando o percentual de participação for igual ou maior do que 80% 1. No entanto, a meta da Secretaria de Estado da Educação da Paraíba (SEE/PB) é elevar para 90% a participação dos estudantes no SOMA, em todas as disciplinas e etapas avaliadas. Liste algumas hipóteses para explicar a participação da sua escola na avaliação externa. 1 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep/MEC) divulgou recentemente 16 SOMA 2017 a adoção desse percentual para divulgação dos resultados da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA). O percentual foi adotado para a representatividade dos resultados.

Considerando as hipóteses levantadas, quais estratégias podem ser adotadas, para aumentar ou manter (se acima de 90%) o indicador de participação de estudantes na avaliação externa? 04 Indicadores de desempenho estudantil Observe os resultados da sua escola nesta disciplina e organize sua leitura e análise. Importa, nesse momento, que você faça reflexões de ordem qualitativa sobre os resultados da avaliação. Proficiência média Proficiência referese ao conhecimento ou à aptidão demonstrados por estudantes avaliados em determinada disciplina e etapa de escolaridade. Considere agora a proficiência média nesta disciplina. Identifique a média de proficiência dos estudantes e localize em que padrão de desempenho ela está alocada: Esse padrão é o mesmo em que se encontra o maior percentual de estudantes? Sim Não REVISTA DO PROFESSOR Matemática 17

Utilize os espaços das margens para suas reflexões e anotações. Em geral, a proficiência média retrata o desempenho da maioria dos estudantes, mas nem sempre essas informações coincidem. A divergência sinaliza os riscos de se adotar única e exclusivamente a proficiência média da escola para informar a qualidade da oferta educacional. Essa proficiência média pode mascarar uma situação de desigualdade educacional entre os estudantes, pois aqueles com maior desempenho, embora em menor quantitativo, elevam a média da escola. O contrário também é possível: estudantes com proficiência muito baixa podem diminuir essa média. É importante observar, na série histórica da avaliação, se a média vem aumentando a ponto de avançar nos padrões de desempenho, ou se está ocorrendo estagnação, queda ou oscilação desses padrões. O grande desafio é garantir que todos os estudantes alcancem padrões de desempenho adequados à etapa de escolaridade em que se encontram. Isso demonstra que a escola está conseguindo melhorar a qualidade da educação que oferece com garantia de equidade: todos os estudantes aprendendo. Observe se isso ocorre e reflita sobre as principais razões para o cenário identificado. 18 SOMA 2017

Padrões de desempenho estudantil são definidos a partir de intervalos da escala de proficiência em que há estudantes com desempenho semelhante, compondo agrupamentos com desenvolvimento similar de habilidades e competências. Padrões de desempenho estudantil Você agora será convidado a olhar a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho, uma vez que a análise isolada da proficiência média pode direcionar o seu olhar a comparações inadequadas em relação aos resultados de edições anteriores. Identifique o padrão de desempenho estudantil em que se encontra o maior percentual de estudantes dessa etapa de escolaridade: Abaixo do básico Adequado. 04 Básico. Avançado. Qual é a sua percepção sobre a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho? Observe se há concentração de estudantes em um ou mais padrões e se esses padrões são aqueles que denotam maiores dificuldades de aprendizagem. Idealmente, esperase que todos os estudantes alcancem os padrões mais avançados de aprendizagem, ou seja, os padrões de desempenho Adequado e Avançado, aqueles considerados adequados para sua etapa de escolaridade. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 19

É possível afirmar que a distribuição dos estudantes por padrão de desempenho no ciclo 2017, com relação às edições anteriores, é: semelhante. diferente. Se a distribuição é semelhante, o quadro é de estabilidade. Se a distribuição é diferente, o quadro pode ser de crescimento, queda ou oscilação. Reflita e liste as possíveis causas desses resultados, que demonstram um quadro de estabilidade ou de crescimento/queda/oscilação. Considere o trabalho docente, o projeto políticopedagógico, os programas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar. Informe o quantitativo de estudantes, em números absolutos, em cada padrão de desempenho, nas últimas edições da avaliação: EDIÇÃO 2015 Abaixo do básico Básico Adequado Avançado 2016 2017 20 SOMA 2017

Quais estratégias podem ser adotadas para melhorar o desempenho dos estudantes alocados nos padrões que caracterizam maiores dificuldades de aprendizagem? Reflita sobre o desenvolvimento da proposta curricular, sua implementação na escola, o projeto políticopedagógico, os programas e os projetos institucionais presentes no cotidiano escolar. 04 Consulte a seção Como utilizar os resultados para complementar a análise dos indicadores apresentados até aqui. Para estudantes com maiores dificuldades, a intervenção pedagógica deve ser orientada no sentido de auxiliálos no desenvolvimento das habilidades e competências esperadas e ainda não desenvolvidas até a etapa de escolaridade avaliada. Já para os estudantes com melhor desempenho, os esforços podem ser dirigidos ao aprofundamento dessas habilidades e competências. Conclusão Com os seus pares, discuta a percepção geral a respeito dos resultados da sua escola em matemática. Sistematize suas análises, indicando os destaques positivos e/ou negativos em relação a esses resultados, nesta disciplina. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 21

Com base em suas análises, quais são os principais desafios a serem superados durante este ano letivo (2018)? A participação da escola. O número de estudantes nos padrões de desempenho considerados adequados para a etapa. A média de proficiência da escola. O desenvolvimento das habilidades mínimas esperadas para a etapa de escolaridade avaliada. As demandas priorizadas devem ser compartilhadas coletivamente, para que possam compor o plano de ação da escola, que deve ser de responsabilidade de todos. Para aprofundar as análises iniciadas por este roteiro, consulte, no Anexo, a descrição pedagógica dos padrões/níveis de desempenho e os exemplos de itens referentes a cada um. Neste volume, são apresentadas, ainda, sugestões para a prática pedagógica pautadas nos resultados da avaliação. Para refletir: Leia mais sobre A avaliação de desempenho e a proposta de competências na organização da aprendizagem dos estudantes, no site do SOMA, na plataforma de Desenvolvimento Profissional. 22 SOMA 2017

Como utilizar os resultados Atenção aos usos possíveis e adequados dos dados 05 TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) METODOLOGIA UTILIZADA NO SOMA PERMITE COMPARABILIDADE DE RESULTADOS AO LONGO DO TEMPO Na avaliação educacional externa em larga escala da Paraíba, os dados são produzidos por metodologia específi ca a Teoria de Resposta ao Item (TRI). A TRI atribui ao desempenho dos estudantes uma profi ciência (e não uma nota). Essa metodologia leva em consideração uma modelagem estatística capaz de determinar um valor/peso diferenciado para cada item que o estudante respondeu no teste de profi ciência; desse modo, é possível estimar o que o estudante é capaz de fazer, de acordo com os itens respondidos corretamente. A profi ciência é determinada considerando o padrão de respostas dos estudantes, de acordo com o grau de difi culdade e demais parâmetros dos itens. Cada item possui um grau de difi culdade próprio e parâmetros diferenciados, atribuídos por meio do processo de calibração dos itens, o que permite a comparabilidade ao longo do tempo. Os itens que compõem os testes da avaliação educacional em larga escala são elaborados a partir das matrizes de referência. Cabe destacar que as matrizes não englobam todo o currículo. A partir de um recorte das diretrizes curriculares, são defi nidas as habilidades passíveis de serem avaliadas em testes padronizados de desempenho, constituindo as referidas matrizes de referência para a avaliação. Tendo em vista essas características da avalição, é necessário ter atenção aos usos possíveis e adequados de seus resultados. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 23

Participação O que fazer Acompanhar o percentual de participação, ano a ano, com o objetivo de atingir a participação total, visto que a avaliação é censitária. A meta é elevar para 90% a participação dos estudantes no SOMA, em todas as disciplinas e etapas avaliadas. Entender que uma participação maior ou igual a 80% contribui para mensurar a qualidade dos processos de ensino e aprendizagem. O que não fazer Supor que, uma vez elevado o percentual de participação, não se faz necessário promover ações que possam aumentar esse percentual. Generalizar os resultados da avaliação se o percentual de participação não for representativo, ou seja, maior ou igual a 80%. Proficiência média O que fazer Comparar os resultados da escola ano a ano, para a mesma etapa. Comparar os resultados de diferentes etapas, com a mesma escala de profi ciência, para a mesma disciplina. Analisar os resultados a partir da leitura e interpretação pedagógica da escala de profi ciência, observando o desenvolvimento de habilidades e competências. O que não fazer Ler os resultados como dados longitudinais, quando a avaliação não tiver essa fi nalidade. Comparar os resultados da escola em diferentes disciplinas. Considerar a profi ciência média isoladamente, sem analisála com a ajuda da escala. 24 SOMA 2017

O que fazer Padrões de desempenho estudantil O que não fazer 05 Identifi car, em cada etapa e disciplina, os estudantes com mais difi culdades de aprendizagem. Reconhecer que cada padrão de desempenho corresponde a diferentes níveis de aprendizagem, o que requer planejamento específi co para cada um deles. Acompanhar, a cada ano, se a escola apresenta resultados semelhantes para cada etapa e disciplina (se a sua profi ciência média está alocada no mesmo padrão de desempenho). Entender que a melhora de profi ciência média corresponde imediatamente à melhora de padrão de desempenho. Entender que os estudantes alocados em um padrão de desempenho em uma disciplina estão no mesmo padrão em outra disciplina. Entender que os intervalos dos padrões são os mesmos para cada etapa e disciplina avaliadas. Supor que estudantes alocados em padrões de desempenho cujos intervalos estão no início da escala de profi ciência não são capazes de aprender e, por isso, têm baixo desempenho. Ignorar as demandas de estudantes alocados nos intervalos mais altos da escala, pressupondo que eles não requerem atenção docente. Metas de aprendizagem O que fazer Entender que o estabelecimento de metas auxilia no monitoramento da oferta educacional e, consequentemente, dos resultados alcançados a cada ano. Orientarse a partir das metas pactuadas para defi nir ações pedagógicas e de gestão capazes de provocar mudanças positivas e substantivas. O que não fazer Atribuir a difi culdade na melhoria dos resultados apenas às ações de gestores e professores. Comparar os próprios resultados com os de outras escolas, ignorando os contextos. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 25

Perfis de alfabetização e letramento Novo indicador evidencia desafio CORREÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM NOS ANOS INICIAIS É NECESSÁRIA PARA ENFRENTAR ABANDONO DA SALA DE AULA ATÉ 2016 A PARTIR DE 2017 D1 D2 D3 100% 33% 90% Proficiência média Participação Distribuição de estudantes por padrão de desempenho Percentual médio de acerto por descritor Perfis de alfabetização e letramento Os resultados do SOMA são divulgados com o uso de indicadores específi cos, sendo eles a profi ciência média, a taxa de participação na avaliação e a distribuição de estudantes por padrão de desempenho. No ciclo 2017, um novo indicador está sendo apresentado: o perfi l de alfabetização e letramento, para o 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental, em língua portuguesa. A intenção é divulgar um dado que sintetize o tamanho do desafi o a ser enfrentado no ensino fundamental brasileiro, assim como fez o Inep/MEC na última edição da Avaliação Nacional da Alfabetização (ANA 2016). 26 SOMA 2017

O perfi l de alfabetização e letramento é uma informação que ajuda a compreender o desenvolvimento dos estudantes com relação ao domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais, habilidades importantes em toda a formação escolar do ensino fundamental ao ensino médio. 06 Nos últimos anos, os resultados das avaliações da educação básica têm apontado, de modo geral, para a baixa qualidade do ensino oferecido nas escolas brasileiras. Observase, além do baixo desempenho demonstrado pelos alunos nas competências básicas necessárias para a continuidade dos estudos, a existência de grandes contingentes de crianças e adolescentes que, em decorrência das difi culdades de aprendizagem e do pouco incentivo para os estudos, terminam por desistir da escola, abandonando a sala de aula por motivos variados. Para enfrentar esse problema, é preciso corrigir a tempo as difi culdades de aprendizagem, especialmente nos anos iniciais. Os perfi s de alfabetização e letramento identifi cam os estudantes com desempenho inadequado nos três anos escolares considerados conclusivos de etapas importantes da educação básica: 3º, 5º e 9º anos do ensino fundamental. Esses perfi s identifi cam estudantes ainda: não alfabetizados no 3º ano do ensino fundamental; com alfabetização incompleta no 5º ano do ensino fundamental; com letramento insuficiente no 9º ano do ensino fundamental. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 27

Para entender Entendendo que a avaliação externa tem o propósito de investigar o que os estudantes aprenderam, com base na aplicação de conhecimentos a situações reais e resolução de problemas cotidianos, o desempenho adequado pode ser traduzido, por exemplo, na capacidade de usar as habilidades de leitura desenvolvidas para compreensão de informações encontradas em diferentes gêneros e, posteriormente, para expressão e posicionamentos perante o mundo. Estudantes com o perfi l de desempenho considerado inadequado evidenciam, portanto, o descumprimento do que está pactuado para a qualidade da oferta educacional. Com a sistematização do quantitativo de estudantes não alfabetizados no 3º ano, com alfabetização incompleta no 5º ano e com letramento insufi ciente no 9º ano do ensino fundamental, buscase tratar das difi culdades de aprendizagem dos estudantes das escolas públicas, registradas a cada etapa escolar avaliada, a fi m de desvendar os caminhos necessários para a melhoria das habilidades requeridas por esses perfi s. Os perfi s de desempenho para a alfabetização e o letramento, descritos a seguir, foram construídos com essa intenção. Não alfabetizados No perfi l não alfabetizado, encontramse estudantes que conseguem identifi car que as letras representam sons da fala, reconhecendo letras ou mesmo lendo palavras em diferentes padrões silábicos, sem, todavia, conseguirem ler textos, mesmo os de pequena extensão e com vocabulário pouco complexo. Nesse mesmo perfi l, também, estão estudantes que começam a localizar informações em textos curtos e comuns no ambiente escolar, além de reconhecer a fi nalidade de textos como receitas, convites e bilhetes. Apesar disso, esses estudantes ainda não podem ser considerados alfabetizados, pois mesmo em se tratando de habilidades tão básicas, elas exigem desses alunos um grande esforço para a decodifi cação. Em linhas gerais, são considerados estudantes com alfabetização e letramento inadequados aqueles que não atingiram determinada profi ciência, representativa do desenvolvimento de habilidades e competências esperadas para a etapa, sintetizadas no domínio da leitura e da escrita e de seus usos sociais. 28 SOMA 2017

06 Alfabetização incompleta Letramento insuficiente Estudantes com alfabetização incompleta demonstram domínio em relação às habilidades descritas no perfi l anterior; porém, ainda apresentam difi culdade para ler, com autonomia, textos comuns às situações cotidianas externas ao ambiente escolar, como notícias, cartas ou mesmo textos literários. Alguns desses estudantes são capazes de ler frases e localizar informações em textos curtos, ao passo que outros já conseguem realizar inferências, mas em tirinhas ou histórias em quadrinhos. Isto é, as operações de leitura que são capazes de realizar são pautadas em processos cognitivos principalmente relacionadas ao lembrar, orientadas por textos frequentes no contexto escolar. Os estudantes devem, ainda, consolidar os processos associados ao reconhecimento de palavras, pois a leitura hesitante decorre dessa difi culdade e o esforço para a decodifi cação compromete a compreensão de textos mais longos e, consequentemente, de inferências mais complexas. Esse perfi l de desempenho é delineado ao se analisar o desempenho de estudantes do 5º ano do ensino fundamental nos testes de profi ciência. Para caracterizar o letramento insuficiente, considerase o desempenho de estudantes do 9º ano do ensino fundamental. É esperada, minimamente, desses estudantes, a alfabetização plena, visto que as aprendizagens em curso não prescindem da leitura e da escrita, e buscase identifi car se estão inseridos na sociedade, gozando com legitimidade direitos e exercendo com responsabilidades deveres, a partir dos usos sociais inerentes à capacidade de ler e escrever. Porém, a insufi ciência é notada porque não há domínio de habilidades que permitem o desenvolvimento de estratégias reguladoras da leitura. Há, nesse perfi l, estudantes os quais conseguem realizar leitura, localização de informações e inferências, bem como retomadas por meio de pronomes e relações lógicodiscursivas em texto predominantemente narrativos, em sua maioria, com temas familiares e estruturas linguísticas mais simples e familiares. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 29

Percurso da avaliação Confira as principais etapas da avaliação externa RESULTADOS POSSIBILITAM DIAGNÓSTICO DA QUALIDADE DA EDUCAÇÃO E CONTRIBUEM PARA REDEFINIÇÃO DE RUMOS NA GESTÃO PEDAGÓGICA Planejamento da avaliação Construção de instrumentos Nesta etapa, é realizado o planejamento da avaliação, quando são definidos passos importantes para que ela cumpra seu objetivo. De acordo com a finalidade, são definidos: públicoalvo a ser avaliado (estudantes e etapas); o que será avaliado (disciplinas); data e logística da aplicação; resultados a serem produzidos; forma de divulgação e estratégias de apropriação dos resultados (materiais impressos e/ou online, capacitação de gestores, professores etc.). Cada um desses passos respeita técnicas de segurança e qualidade, requeridas pela avaliação externa, com o objetivo de garantir a isonomia e a responsabilidade necessárias para que as informações produzidas sejam relevantes e representem a realidade. A segunda etapa consiste na definição da matriz de referência e na montagem de testes de proficiência e questionários contextuais. As matrizes organizam as habilidades e competências a serem avaliadas por meio dos testes, compostos por itens elaborados a partir dos descritores da matriz. Também são produzidos questionários para capturar informações do contexto dos estudantes, a fim de complementar as informações produzidas pelos testes cognitivos. Os testes são montados de acordo com metodologia específica a Teoria da Resposta ao Item (TRI). Após sua montagem, os instrumentos impressos são distribuídos para aplicação nas escolas. Os testes podem ser disponibilizados, ainda, em formato digital. 30 SOMA 2017

A avaliação educacional em larga escala é uma importante ferramenta para gestores, de rede e das escolas, e para os profissionais da educação em geral, pois, a partir das informações por ela produzidas, é possível obter um diagnóstico sobre a qualidade da educação ofertada e, com isso, realizar intervenções no processo de ensino, implementar políticas educacionais e redefinir rumos na gestão pedagógica, de acordo com as necessidades dos estudantes de uma escola, de uma rede ou de todo um país. Entretanto, para que os resultados da avaliação cheguem a todas as escolas de todo o país e ela cumpra o seu papel, há um longo caminho percorrido, desde a definição do que será avaliado até o momento em que os resultados se traduzem em informações úteis para gestores, professores, famílias e estudantes. A seguir, são apresentadas, de forma sucinta, as principais etapas desse processo. 07 Produção de resultados Materiais de divulgação de resultados Desenvolvimento profissional Após a aplicação dos instrumentos da avaliação externa e o seu recolhimento em cada escola, é iniciada a etapa que culmina com a produção dos resultados. Diferentes ações estão envolvidas nessa etapa, cada uma delas executadas com critérios técnicos e metodologia adequados. Essa etapa inclui a triagem e o processamento dos testes: separação e processamento dos instrumentos; constituição de base de respostas dos estudantes e demais respondentes dos questionários; análise das respostas e produção de medidas; análise e produção dos resultados, propriamente proficiência dos estudantes, das turmas, das escolas e das redes. Os resultados da avaliação externa e as informações necessárias para sua leitura e interpretação são divulgados no portal do SOMA e em revistas destinadas aos professores e gestores. Nessas publicações, é possível conferir dados sobre o programa e indicadores de participação e desempenho da escola, por disciplina e etapa. No portal, também estão disponíveis materiais de apoio matrizes de referência, padrões e níveis de desempenho, oficinas de resultados etc. Nas revistas, são disponibilizados, ainda, conteúdos de suporte para a interpretação dos resultados e para a prática pedagógica. A equipe gestora da rede de ensino conta com apresentações específicas dos resultados. O percurso da avaliação externa não se encerra na apropriação dos resultados, mas em seus usos na prática cotidiana da escola e/ou da rede. A melhoria da qualidade da oferta educacional depende da ação de professores e gestores e, para auxiliálos, são disponibilizadas ferramentas de desenvolvimento profissional: cursos online e oficinas de apropriação de resultados, que apresentam os conceitos básicos da avaliação externa e discutem os resultados dos testes e dos questionários contextuais; e protocolos de gestão, que consistem em uma orientação de trabalho direcionado aos gestores. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 31

Colocando em prática Atividades pedagógicas baseadas nos resultados HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DA MATRIZ DE REFERÊNCIA DEVEM DIALOGAR COM PLANEJAMENTO ESCOLAR Para que os dados da avaliação externa sejam utilizados no dia a dia da sua escola, é imprescindível que você conheça melhor as características desse tipo de avaliação. Ao chegar a este ponto, você pôde perceber as particularidades de cada indicador e se preparar para a apropriação correta das informações. Após sistematizar o diagnóstico sobre a aprendizagem dos estudantes da sua escola, por meio do Roteiro de leitura e análise, é preciso relacioná lo aos materiais de orientação para o trabalho em sala de aula, como as diretrizes curriculares e os recursos didáticos, e verificar as possíveis associações entre esses materiais e as competências e habilidades elencadas nas matrizes de referência da avaliação externa. Realizado esse processo, é hora de rever o plano de curso e os planos de aula, verificando se o planejamento escolar estabelece um diálogo efetivo com as questões levantadas pela análise dos resultados da avaliação. A seguir, você encontra sugestões para a prática pedagógica pautadas nesses resultados. 32 SOMA 2017

EM AÇÃO Estudo dos materiais de orientação para a sala de aula Reflita sobre os tópicos abaixo, de modo que o estudo seja dirigido ao aprimoramento do instrumento avaliativo interno e às percepções apontadas pelo instrumento externo. 08 Há currículo próprio ou em elaboração na rede de ensino? O currículo é amplamente conhecido e divulgado? Está acessível? Como e quando são previstas as atividades em sala para o ano letivo? Ou seja, como e quando é elaborado o plano de curso? Há clareza nos objetivos gerais e específicos do plano de curso? Os conteúdos e procedimentos detalhados no plano de curso dialogam com os planos de aula definidos para esta disciplina? Qual é a orientação compartilhada para a avaliação na sua escola, especialmente, nesta disciplina? Orientações curriculares Recursos didáticos Matriz de referência da avaliação Plano de curso e plano de aula Depois de estudar os materiais de orientação disponíveis, retome as análises sobre as habilidades que os estudantes ainda não desenvolveram, considerando os resultados das avaliações externa e interna, identificando se há semelhanças ou divergências entre eles. O objetivo é verificar se as habilidades e competências detalhadas na matriz de referência fazem parte daquelas abordadas na prática pedagógica em sala de aula, ou seja, se os estudantes estão aptos a responder com êxito ao teste de proficiência de cada ano de escolaridade. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 33

E agora, como posso fazer uso dos resultados em sala de aula para que os estudantes alcancem o desempenho esperado? Não existe uma resposta apenas para essa pergunta. Além da análise dos resultados da avaliação à luz das orientações curriculares e dos materiais didáticos, sugerimos uma atividade que poderá ser desenvolvida em sala de aula, a fim que você possa lidar com os dados da avaliação como parte do projeto pedagógico da escola e para que, com o tempo, esse exercício possa fazer parte do cotidiano escolar. EM AÇÃO Atividade para desenvolvimento em sala de aula 1 A seguir, apresentaremos uma proposta de atividade cujo objetivo é proporcionar ao estudante um melhor entendimento das habilidades D06 Estimar a medida de grandezas utilizando unidades de medida convencionais ou não e D07 Resolver problemas significativos utilizando unidades de medida padronizadas como km/m/ cm/mm, kg/g/mg, l/ml, ambas do tópico Grandezas e medidas. Desejase que o estudante desenvolva o conhecimento de maneira prática, em contraposição ao procedimento de memorização, muitas vezes trabalhado nas sequências que envolvem, por exemplo, múltiplos e submúltiplos das unidades de medidas. Para isso, solicite que os alunos construam um sistema próprio de medidas de comprimento, sem valerse de qualquer escala ou outras unidades de medidas conhecidas. Dessa forma, os estudantes poderão fazer uso de objetos variados (com tamanhos desconhecidos) ou, ainda, utilizar partes do próprio corpo (ou de outro estudante, caso a atividade esteja sendo realizada em grupo). 1 Para a atividade, utilizouse a matriz de referência de matemática do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), referente à 4ª série/5º ano do ensino fundamental. 34 SOMA 2017

08 Disponível em: <https://goo.gl/fcjic5> Acesso em: 22 dez. 2017 (Adaptada). Essa imagem representa uma das formas possíveis para a determinação do comprimento de uma mesa. Com ajuda dos estudantes da turma, elabore uma lista com todos os objetos que serão medidos. É possível, inclusive, determinar as dimensões da janela, da porta, da sala de aula ou outro ambiente, à escolha. Esse procedimento será muito importante no momento em que os resultados forem comparados. Não deixe de alertar para que os alunos registrem, em seus cadernos, a identificação dos objetos medidos com os valores obtidos para as suas dimensões. Mesa: Comprimento: 6 palmos e meio Disponível em: <https://goo.gl/ruir9b> Acesso em: 22 dez. 2017 (Adaptada). Essa imagem representa um exemplo de registro do aluno. Feitas as medições e os registros, peça aos estudantes que apresentem os resultados encontrados. Realize questionamentos, procurando saber qual foi a estratégia desenvolvida pelos alunos na realização da atividade ou, ainda, fazendo com que reflitam sobre que tipo de soluções adotariam para obter medidas de objetos cujas dimensões fossem ainda maiores. REVISTA DO PROFESSOR Matemática 35