O Processo de Integração Energética e a Internacionalização da Eletrobras Prof. Nivalde J. de Castro Coordenador do GESEL UFRJ 5 º SISEE Seminário Internacional do Setor de Energia Elétrica: Integração com energia renovável 24 e 25 de Agosto
Cenário Macroeconômico da América do Sul impacta positivamente o setor elétrico Estabilidade da moeda Crescimento econômico maior e sustentado Aumento do emprego formal Políticas econômicas pró distribuição de renda Resultado: Aumento da demanda de energia elétrica e exige investimentos para ampliação da oferta - UFRJ 2
Questão Central O setor de energia elétrica dos países da América do Sul tem condições de ampliar a capacidade instalada com modicidade tarifária? Nossa hipótese é que a capacidade de alcançar este duplo objetivo é limitado e restrito Esta incapacidade pode comprometer o crescimento econômico e desenvolvimento social - UFRJ 3
Causa central da incapacidade de resposta As reformas do setor elétrico dos anos 90 estavam subordinadas ao objetivo econômico de renegociação da dívida externa. - UFRJ 4
Reforma dos anos 90 Crise econômica (dívida externa) na década de 80 Re-equilíbrio das Finanças Públicas: aumentar receitas e reduzir gastos e investimentos Incapacidade financeira de manter modelo do SE com base no investimento estatal Novo Modelo: Privatização completa do Setor Elétrico Exemplo: Argentina - UFRJ 5
O Modelo de Privatização na América do Sul Leilões de ativos de G, T e D Proibição de investimentos estatais Perda da capacidade de Planejamento Alteração dos objetivos da política energética: delegar ao setor privado todas as responsabilidades de investimento e planejamento do SE - UFRJ 6
Principais resultantes do Modelo de Privatização Aumento imediato e irreversível das tarifas Desnacionalização do setor elétrico (divisas) Perda do Planejamento comprometeu expansão racional da capacidade instalada Expansão sob a lógica privada: investimentos em Centrais Térmicas Resultado: crise no SE endêmica e latente - UFRJ 7
Impactos do Modelo de Privatização no Brasil Necessidade de expansão anual de 6 GW aa Lógica do Modelo prioriza investimento na compra de ativos existentes Expansão da capacidade instalada e de linhas de transmissão ficou seriamente comprometida Resultado: Demanda cresce x Oferta estagnada: Crise de Racionamento de 2001 - UFRJ 8
Impactos do Modelo de Privatização no Brasil A dimensão do Setor Elétrico Brasileiro nitidamente distinto dos países da América do Sul demonstrou a incapacidade do Modelo de Privatização manter o equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda de EE. - UFRJ 9
Novo Modelo 2003-2004: Parceria Pública - Privada Objetivo Central: Expansão com Modicidade Recuperação da capacidade de Planejamento Retorno do Investimento Público Subastas de geração focados na modicidade Fortalecimento do Marco Institucional Constituição de Padrão Financeiro: BNDES Atenção com os impactos ambientais - UFRJ 10
Novo Modelo 2003-2004: Parceria Pública - Privada Brasil conseguiu estruturar Modelo: Fundamentos sólidos E articulado Capaz de garantir expansão de G e T com modicidade tarifária baseado exclusivamente no financiamento nacional - UFRJ 11
Sistema Eletrobras Volta a investir no SEB em 2003: contribuir para o equilíbrio dinâmico entre oferta e demanda Participa das Subastas de G + T sempre em posição minoritária. Novo desafio em 2008: Internacionalização - UFRJ 12
Condições para Integração Capacidade Instalada de Geração Elétrica na América do Sul por Tipo de Fonte: 2006 (em MW) Países Hidroeletricidade Térmica Outros Nuclear Total ARGENTINA 9.852 17.288 27 1.018 28.185 BOLÍVIA 485 918 - - 1.403 BRASIL 72.013 20.935 237 2.007 95.192 CHILE 4.900 8.636 2-13.538 COLÔMBIA 8.552 4.262 504-13.319 EQUADOR 1.801 2.196 0-3.998 GUIANA 1 308 - - 308 PARAGUAI 8.110 6 - - 8.116 PERU 3.214 3.443 1-6.658 URUGUAI 1.538 690 - - 2.228 VENEZUELA 14.597 7.618 - - 22.215 TOTAL AMÉRICA DO SUL (MW) 125.063 66.300 771 3.025 195.159 FONTE: OLADE, 2006.
Condições para Integração Potencial Hidrelétrico de Países Selecionados (em MW) Países Potência ARGENTINA 44.500 BOLÍVIA 1.379 BRASIL 260.000 CHILE 25.156 COLÔMBIA 93.085 EQUADOR 23.745 GUIANA 7.600 PARAGUAI 12.516 PERU 61.832 URUGUAI 1.815 VENEZUELA 46.000 FONTE: OLADE, 2006.
Papel da Eletrobras no Processo de Integração Energética Contribuir para a solução da crise endêmica de energia elétrica na América do Sul Contribuir para a volta do planejamento e da política energética de longo prazo Retomada dos investimentos em energia renovável (UHE) Reversão da tendência de alta das tarifas Estimular a Integração Produtiva na América do Sul - UFRJ 15
Papel da Eletrobras no Processo de Integração Energética Possibilidade de exportação de energia elétrica para Brasil para viabilizar projetos de CHE Viabilizar a Integração Energética dada a dimensão do SEB Contribuir para a Integração Produtiva na América do Sul Contribuir para o crescimento econômico e desenvolvimento social dos países vizinhos - UFRJ 16
Papel da Eletrobras no Processo de Integração Energética Conclusão Central O processo de internacionalização da Eletrobras terá papel e função estratégica como agente catalisador da Integração Energética na América do Sul - UFRJ 17
Prof. Nivalde J. de Castro Coordenador do GESEL nivalde@ufrj.br Google: gesel ufrj Cel: 21-9806-4702 GESELGESEL Grupo - Grupo de Estudos de Estudos do Setor do Setor Elétrico Elétrico - UFRJ - UFRJ 18