A percepção dos estudantes do ensino médio sobre a utilização de vidrarias no laboratório de ciências.

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Transcrição:

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO ACADÊMICO DE VITÓRIA NÚCLEO DE BIOLOGIA A percepção dos estudantes do ensino médio sobre a utilização de vidrarias no laboratório de ciências. Danubia Guimarães Silva; Ramon César Santos de Oliveira; Roberval Santos Lima; Janaína Patrícia dos Santos. RESUMO O referido trabalho teve como objetivo analisar a percepção dos alunos do ensino médio de uma escola estadual sobre as principais vidrarias utilizadas em laboratórios de ciências, tendo em vista que a maioria desses não possui apropriação e conhecimentos sobre as vidrarias e de suas principais funcionalidades em um laboratório. Inicialmente realizamos as apresentações das vidrarias e de suas respectivas funções através de slides; posteriormente os alunos foram levados ao laboratório para a atividade prática de reconhecimento e manuseio das vidrarias. Os alunos apresentaram familiaridade diante das vidrarias, reconhecendo-as facilmente, com desenvoltura para o manuseio desses em atividades práticas de laboratório posteriormente, apesar dos mesmos afirmarem nunca terem tido contato com os objetos laboratoriais antes. Desta forma percebe-se a importância de se trabalhar teoria sustentada com aulas práticas. Palavras- chave: estudantes; laboratório; vidrarias. INTRODUÇÃO O ensino tradicional com abordagens puramente expositiva ainda é muito utilizado nas escolas para a educação básica das Ciências Naturais. São aulas que objetivam comumente mais os processos de memorização de conceitos prontos e de verdades absolutas onde, depois de algum tempo, tudo é esquecido por não ocorrer aprendizagem. Em muitos casos, os alunos são privados até mesmo de abordagens simples, com exposições de objetos em sala de aula para maior familiarização com os conteúdos científicos abordados. Em outra realidade, muitos alunos da educação básica nunca tiveram a oportunidade de visitarem laboratórios em outras instituições quando as escolas não possuem; e mesmo nas escolas que possuem laboratórios o direito de conhecer e/ou de realizar atividades práticas diversas ainda se faz negligenciada. Em muitas de nossas escolas públicas as escolas dispõem de laboratórios, mas os mesmos não são utilizam por insegurança dos professores e/ou por falta de apoio logístico;

mas, principalmente por existir turmas com quantitativo de alunos superior à capacidade dos laboratórios. Diferentemente, quando as abordagens teorias se seguem ou são precedidas de abordagens práticas problematizadoras e contextualizadas, com aplicabilidade do que se é discutido nas aulas em laboratórios das Ciências Naturais, as aulas em laboratório podem funcionar como um contraponto das aulas teóricas, funcionando como um processo de nova aquisição de conhecimento e de maior aproximação do que se é conceituado do objeto que se é estudado. A vivência dessas vivências de aulas práticas desencadeiam novas experiências e assimilações dos saberes explorados, minimizando ideia equivocadas de que as aulas práticas só servem para a ilustração da teoria (POSSOBOM et al, 2002). Mas para que isto aconteça é necessário que haja objetivos bem definidos e planejamento para organizar os espaços, ofertando para o aluno todas as condições e benefícios que este momento de aprendizagem pode proporcionar, explorando as possibilidades de se desenvolver habilidades em toda sua potencialidade a serem aplicadas em outras atividades práticas (MOREIRA e DINIZ, 2002). Ao tratarmos de atividades experimentais, que se diferem das restritamente expositivas e comprobatórias, naquelas os estudantes necessitam trabalhar hipóteses e buscar discutir os problemas, evidenciar acontecimentos para constatar saberes ainda desconhecidos nesta relação de aprendizagem (POSSOBOM et al, 2002), onde as atividades experimentais não se restringirão ao simples manusear das vidrarias e manipulações de reagentes; mas sim de exercerem técnicas e conhecimentos que os garantam reflexões, desenvolvimento e construção de novas ideias. Partindo deste pressuposto nós alunos do PIBID nos propusemos a trabalhar a percepção dos alunos do ensino médio de uma escola estadual objetivando melhorar o conhecimento e o manuseio destes alunos sobre as principais vidrarias utilizadas em um laboratório de ciências, suas funcionalidades, instigando-os conhecimentos prévios e desenvolvendo habilidades para atividades práticas posteriores. Através desta aula foi possível analisar o grau de conhecimento dos alunos sobre determinados equipamentos presentes em um laboratório e suas funções, certos de que muitos nunca tinham tido contato nem com o laboratório, muito menos com vidrarias ou outros equipamentos presentes. Outros alunos já tinham tido contato por causa de visitas em outros laboratórios que não faziam parte da escola, como por exemplo, visitas a algum laboratório de universidades, mas sem oportunidade de manusear.

METODOLOGIA O presente estudo foi realizado em duas turmas de biologia do 1 ano do ensino médio do turno da manhã na Escola Estadual Professora Amélia Coelho localizada na cidade de Vitória de Santo Antão- Pernambuco. Inicialmente foram realizadas aulas teóricas / expositiva com auxílio de slides para mostrar as principais vidrarias e equipamentos existentes em um laboratório de ciências, seguido de suas funcionalidades em atividades práticas. Paralelamente realizávamos o diagnostico dos conhecimentos prévios dos estudantes, analisando o grau de conhecimento dos alunos sobre determinadas vidrarias. Após aula teórica abordamos as orientações e regras de biossegurança para a entrada, permanência e manuseio dos materiais ao estarem em um laboratório, pois eles iriam ter contato com alguns equipamentos de vidro, reagentes e outros instrumentos, colocando-os em uma atenção redobrada para a realização das atividades práticas planejadas para visitas posteriores e enquanto estivessem manuseando tais materiais. Durante a atividade prática, estimulamos os alunos a (re)conhecerem e manipularem as vidrarias para uma maior apropriação dos objetos e de suas funções em atividades práticas, dando continuidade às observações realizadas na aula teórica. Nesta aula abordamos as principais vidrarias e as mais simples, principalmente as que tinham no laboratório da escola como: Becker, erlenmayer, proveta, tubos de ensaio, pipetas, pisseta, balões, bureta, bico de bunsen, estantes para tubo de ensaio, funil de separação. No final da aula foram feitas revisões com o intuito de analisar o que tinham compreendido e se eles tinham conseguido perceber as diferenças das vidrarias, bem como suas respectivas funções. RESULTADOS E DISCUSSÃO Apesar de muitos dos alunos nunca terem tido contato com laboratório e os objetos laboratoriais como vidrarias ou outros equipamentos, os resultados mostraram que eles apresentaram facilidade no reconhecimento e diferenciação das vidrarias ali presentes. Às vezes trocavam as funções das vidrarias, ou mesmo trocavam os nomes: um becker por um erlenmeyer, mas no todo não tiveram muitas dificuldades no reconhecimento, o que reforça nossa compreensão da importância de uma abordagem de conceitos antes de aulas práticas. Sabemos que aulas ideais em laboratório são difíceis de acontecer, pois depende de muitas pessoas: dos professores, dos alunos e de muitas vezes desses estarem motivados para que a atividade aconteça como desejado, como destaca Possobom et al. (2002). Aulas práticas tornam os alunos mais curiosos, como foi o caso da nossa aula, uns mais tímidos, outros com

uma curiosidade mais aguçada, sempre perguntando, querendo saber as finalidades, como eram usadas as vidrarias, demonstrando que as aulas práticas apesar de muitas vezes serem simples despertam curiosidade nos alunos que estão sempre querendo aprender mais, aptos à novas descobertas. Com isso percebemos o quanto é importante uma aula prática (Figura 01). Fig. 1: aula prática sobre as principais vidrarias e equipamentos de um laboratório de ciências.

No referente ao como se comportar e de como proceder durante a atividade no laboratório aspectos da biossegurança, constatamos que os alunos perceberam o quanto é importante atender a algumas orientações, assim minimizando riscos de acidentes (LIMA et al., 2008). Tanto o desenvolvimento das técnicas e habilidades no manuseio dos materiais laboratoriais quanto ao conhecimento de orientações de biossegurança se tornam base para melhor desenvolvermos atividades práticas de laboratório como planejado para serem executadas com o Subprojeto Biologia CAV/UFPE. Assim, compreendemos o quanto é importante discutirmos e orientarmos os estudantes com princípios básicos, necessários a um melhor aproveitamento das atividades práticas, como também aperfeiçoamos nossas técnicas e planejamentos para futuras intervenções quando nos tornarmos docentes. CONSIDERAÇÕES FINAIS Aulas no laboratório não servem apenas para constatar a teoria explorada na aula teórica, explicada pelo professor, mas são intervenções que instigam os estudantes a discutirem, analisarem e resolverem problemas, apropriando-os de conhecimentos relacionados à ciência. São atividades que não se restringem a manusear instrumentos, reagentes ou qualquer outro tipo de equipamento já que explora concepções prévias e os habilitam a desenvolver técnicas a serem exploradas em outras atividades. A utilização do laboratório representa a possibilidade de se apropriar de diferentes materiais e de diferentes atividades, formulando e testando hipóteses, evidenciando acontecimentos referentes e só possíveis se manipularmos o fenômeno. Capacita o estudante a extrapolar o concreto e construir explicações científicas, não restritivas ao simples manusear de objetos aplicados para intervenções demonstrativas. O professor pode desenvolver práticas interessantes neste ambiente, principalmente com a inserção de atividades experimentais que discutam o como o conhecimento científico é construído (LEITE et al, 2008). REFERÊNCIAS LEITE, A. C. S.; SILVA, P. A. B.; VAZ, A. C. R. A importância das aulas práticas para alunos jovens e adultos: uma abordagem investigativa sobre a percepção dos alunos do PROEF II. Acesso em: 01 nov. 2014; Disponível em: www.portal.fae.ufmg.br/seer/index.php/ensaio/article/viewfile/98/147. LIMA, K. E. C.; MAYER, M.; CARNEIRO-LEÃO, A. M.; VASCONCELOS, S. D. Conflito ou convergência? Percepções de professores e licenciandos sobre ética no uso de animais no ensino de zoologia. Revista Investigações em Ensino de Ciências, v.13, n. 3, 2008.

LUZ, M. L.; Material de laboratório. Acesso em: 20 jul. 2014; Disponível em: www.infoescola.com/quimica/material-de-laboratorio/ MOREIRA, M. L.; DNIZ, R. E. S. O laboratório de biologia no ensino médio: infraestrutura e outros aspectos relevantes. Acesso em: 31 out. 2014; Disponível em: www.unesp.br/prograd/pdfne2002/olabdebiologia.pdf. POSSOBOM, C.C. F.; OKADA, F.K; DINIZ, R. E. S. Atividades práticas de laboratório no ensino de biologia e de ciências: relato de experiência. Acesso: 31 out. 2014; Disponível em: www.unesp.br/prograd/pdfne2002/atividadespraticas.pdf.