EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A. FORMULÁRIO MODELO 20-F RELATÓRIO ANUAL Exercício findo em 31 de dezembro de 2002 (Arquivado com a Comissão de Valores



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Transcrição:

EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A. FORMULÁRIO MODELO 20-F RELATÓRIO ANUAL Exercício findo em 31 de dezembro de 2002 (Arquivado com a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos US SEC em 27 de junho de 2003) Tradução Livre do Inglês Original

Arquivado na Securities and Exchange Commission em 27 de junho de 2003 SECURITIES AND EXCHANGE COMMISSION Washington, D.C. 20549 FORMULÁRIO 20-F (Assinalar uma opção) 9 DECLARAÇÃO DE REGISTRO CONFORME SEÇÃO 12(b) OU (g) DA LEI DO MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 OU : RELATÓRIO ANUAL CONFORME A SEÇÃO 13 OU 15(d) DA LEI DO MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 Para o exercício fiscal encerrado em 31 de dezembro de 2002 OU 9 RELATÓRIO DE TRANSIÇÃO CONFORME A SEÇÃO 13 OU 15(d) DA LEI DO MERCADO DE CAPITAIS DE 1934 Para o período de transição de a Número do protocolo da Comissão: 001-14499 EMBRATEL PARTICIPAÇÕES S.A. (Razão Social do Titular do Registro, tal como consta no seu Estatuto) Embratel Holding Company (Tradução da Razão Social da Titular do Registro para Inglês) Rua Regente Feijó, 166, Sala 1687-B Rio de Janeiro, RJ 20060-060 (Endereço dos principais escritórios executivos) República Federativa do Brasil (Jurisdição de Constituição ou Organização) Valores mobiliários registrados ou a registrar em conformidade com a Seção 12(b) da Lei: Título de cada Classe Nome de cada bolsa onde houve registro ações preferenciais sem valor nominal * Bolsa de Valores de Nova York * Não para negociação mas em conexão com a listagem das Ações de Depositário na Bolsa de Valores de Nova York, conforme as exigências da Securities and Exchange Commission Títulos registrados ou a registrar mediante a Seção 12(g) da Lei: Nenhum Títulos para os quais existe obrigação de relatório mediante a Seção 15(d) da lei: Nenhum Indicar o número de ações em circulação de cada uma das classes do Emitente ou das ações ordinárias no fechamento do período coberto pelo relatório anual 124.369.031 mil ações ordinárias sem valor nominal 208.260.330 mil ações preferenciais sem valor nominal Assinalar se a Titular do Registro (1) registrou todos os relatórios exigidos pela Seção 13 ou 15(d) da Lei do Mercado de Capitais de 1934 durante os doze meses anteriores (ou período menor para o qual foi requerido à Titular do Registro arquivar os relatórios); e (2) sujeitou-se a tais exigências de arquivamento nos últimos 90 dias. Sim X Não Assinalar que item da demonstração financeira a Titular do Registro escolheu para seguir: Item 17 Item 18 X

SUMÁRIO Página PARTE I ITEM 1. IDENTIFICAÇÃO DOS CONSELHEIROS, DIRETORES E ASSESSORES...3 ITEM 2. ESTATÍSTICA DE OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO...3 ITEM 3. INFORMAÇÕES PRINCIPAIS...3 ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA...14 ITEM 5. REVISÃO E PERSPECTIVAS OPERACIONAIS E FINANCEIRAS... 31 ITEM 6. CONSELHEIROS, DIRETORES E FUNCIONÁRIOS...48 ITEM 7. PRINCIPAIS ACIONISTAS E TRANSAÇÕES COM PARTES RELACIONADAS...53 ITEM 8. INFORMAÇÕES FINANCEIRAS...54 ITEM 9. OFERTA E COTAÇÃO...61 ITEM 10. INFORMAÇÕES ADICIONAIS...63 ITEM 11. DIVULGAÇÕES QUANTITATIVAS E QUALITATIVAS SOBRE O RISCO DE MERCADO...73 ITEM 12. DESCRIÇÃO DE TÍTULOS NEGOCIÁVEIS QUE NÃO AS AÇÕES DO CAPITAL...75 PARTE II ITEM 13. INADIMPLEMENTO, DIVIDENDOS EM ATRASO E MORA...75 ITEM 14. MODIFICAÇÕES RELEVANTES NOS DIREITOS DOS ACIONISTAS E NO USO DOS RECURSOS...75 ITEM 15. CONTROLES E PROCEDIMENTOS...76 ITEM 16. [RESERVADO]...76 PARTE III ITEM 17. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...76 ITEM 18. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS...76 ITEM 19. ANEXOS...76 GLOSSÁRIO TÉCNICO...77

APRESENTAÇÃO DAS INFORMAÇÕES FINANCEIRAS Embratel Participações S.A., uma empresa constituída sob as leis da República Federativa do Brasil, foi formada a partir da reestruturação da Telecomunicações Brasileiras S.A. Telebrás, uma empresa constituída sob as leis do Brasil que, junto com suas subsidiárias operacionais, foi a primeira prestadora de serviços públicos de telecomunicações no Brasil. Referimo-nos aqui à Telebrás, junto com suas subsidiárias operacionais, como o Sistema Telebrás. Neste relatório anual os termos "nós", "nos" e "nosso" reportam-se à Embratel Participações S.A. ou às nossas subsidiárias consolidadas, a menos que indicado em contrário. Em 22 de maio de 1998 os acionistas da Telebrás aprovaram a reestruturação do sistema Telebrás de modo a formar, além da própria, doze novas empresas de telecomunicações, conhecidas como Novas Companhias Controladoras, através de um procedimento de acordo com a legislação societária brasileira chamado desmembramento. Foram transferidos às Novas Companhias Controladoras parte substancial dos ativos e passivos da Telebrás, incluindo as ações das subsidiárias operacionais do Sistema Telebrás. As Novas Companhias Controladoras e suas subsidiárias operacionais incluem três operadoras regionais de linha fixa, oito operadoras regionais de celulares e uma operadora nacional e internacional de longa distância. A transformação do Sistema Telebrás em Novas Companhias Controladoras é referida neste relatório anual como desmembramento da Telebrás. Somos uma das Novas Companhias Controladoras formadas a partir do desmembramento da Telebrás. Com esse desmembramento, todo o capital social da Empresa Brasileira de Telecomunicações S.A., ou Embratel, dominado pela Telebrás, que representava 98,75% daquele capital, nos foi transferido. Somos a concessionária líder de comunicações no Brasil, oferecendo um amplo espectro de serviços avançados de comunicações com nossa rede própria, da mais avançada tecnologia. Lideramos o fornecimento de dados e os serviços da Internet no Brasil. Nossa prestação de serviços inclui voz avançada, serviços de comunicação de dados a alta velocidade, Internet, comunicações de dados via satélite e redes corporativas. Somos os únicos qualificados como a rede de comunicações a todas as distâncias na América do Sul. Nosso principal ativo são as ações da nossa subsidiária operacional, a Embratel. Dependemos quase exclusivamente dos dividendos da Embratel para cobrir nossas necessidades de caixa, inclusive para pagamento de dividendos a outros acionistas nossos. Ver Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras. Demonstrações financeiras Os balanços consolidados e auditados incluídos neste relatório anual, e respectivas demonstrações financeiras consolidadas de operações em 31 de dezembro de 2001 e 2002 e as mudanças na posição financeira e no patrimônio líquido de cada ano findo em 31 de dezembro de 2000, 2001 e 2002, incluindo notas explicativas, são nossas demonstrações financeiras consolidadas. As informações financeiras selecionadas e apresentadas abaixo devem ser confrontadas com as demonstrações financeiras consolidadas e as notas explicativas. Pode-se revisar cuidadosamente as discussões a seguir, avaliando as informações financeiras selecionadas e lendo o Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras. Princípios Contábeis no Brasil Até 31 de dezembro de 1995, era exigido que as sociedades anônimas de capital aberto no Brasil elaborassem as demonstrações financeiras mediante dois métodos: (1) o princípio da legislação societária, que era e continua a ser válido para todos os fins legais, inclusive calcular o imposto de renda e os dividendos obrigatórios mínimos legais; e (2) o princípio da correção integral, para apresentar as demonstrações financeiras ajustadas a preços constantes, segundo padrões prescritos pela autoridade brasileira denominada Comissão de Valores Mobiliários ou CVM. Princípio da legislação societária. Este conceito proporciona um método simplificado para contabilizar os efeitos da inflação até 31 de dezembro de 1995. Consistia em apropriar as contas do permanente no ativo (imobilizado, investimentos e diferido) e do patrimônio líquido no passivo, usando índices determinados pelo governo federal. O efeito líquido dessas reclassificações era automaticamente creditado ou debitado ao resultado operacional e era chamado de ajuste da correção monetária ou ajuste inflacionário. Princípio da correção integral. O Instituto Brasileiro dos Contabilistas Independentes, IBRACON e o Conselho Federal de Contabilidade, CFC, exigiram a indexação inflacionária plena, conhecida como princípio da correção integral, das demonstrações financeiras preparadas de acordo com os princípios contábeis aceitos no Brasil, ou GAAP, quando o efeito inflacionário no ano é significativo. Mediante esse método, todos os valores históricos reais no Brasil, nas demonstrações financeiras e respectivas notas explicativas, eram expressos em poder de compra constante vigente na data do último balanço, de acordo com os padrões impostos pela CVM para as sociedades de capital aberto.

Mudanças na Apresentação dos Resultados Operacionais Até 31 de dezembro de 1999, fomos obrigados a apresentar nossas demonstrações financeiras usando o método de correção integral de acordo com as normas contábeis brasileiras, que incluem conversão para capacidade aquisitiva constante. De acordo com a recomendação emitida pela Força Tarefa Internacional do Instituto Americano de Contadores Públicos Certificados (AICPA), de 1º de janeiro de 2000, permitiu-se que as companhias brasileiras pudessem elaborar suas demonstrações financeiras de acordo com a legislação societária brasileira como base contábil primária em apresentações junto à Securities and Exchange Commission. Até 1999 nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaboradas de acordo com o princípio da correção integral. Entretanto, para fins locais, preparamos tais demonstrativos de acordo com as práticas contábeis divulgadas pela legislação societária brasileira, os padrões aplicáveis às concessionárias de serviços públicos de telecomunicações, e os padrões e procedimentos estabelecidos pela CVM, que incluem a apropriação monetária do ativo permanente e do patrimônio líquido até 31 de dezembro de 1995. A fim de compatibilizar as demonstrações financeiras disponibilizadas aos nossos acionistas nos Estados Unidos da América com a mesma base usada no mercado primário no Brasil em 1º de janeiro de 2000, nossa administração preferiu mudar a apresentação das demonstrações financeiras, dos Princípios Contábeis Geralmente Aceitos brasileiros para a legislação societária. Dado que essa mudança atinge a moeda usada no relatório, todos os períodos anteriores apresentados foram reformulados para estarem de acordo com a legislação societária brasileira e para facilitar a comparabilidade com períodos subseqüentes. Legislação Societária Brasileira e Princípios Contábeis Geralmente Aceitos nos EUA (US GAAP) Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram elaborados de acordo com a legislação societária brasileira, a qual difere em alguns aspectos relevantes dos princípios contábeis geralmente aceitos nos Estados Unidos, ou US GAAP. A nota explicativa 29 dos nossas demonstrações financeiras consolidadas apresenta uma síntese das diferenças entre os métodos contábeis da legislação societária brasileira e os US GAAP, e uma reclassificação do patrimônio líquido para US GAAP em 31 de dezembro de 2001 e 2002, e o lucro líquido dos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2000, 2001 e 2002. A lei societária brasileira é considerada uma base abrangente do GAAP, e é usada como base primária de relatório no Brasil. Conforme descrito acima, a lei societária brasileira não permite contabilizar a variação de preços em períodos posteriores a 1995. Pelos US GAAP, o efeito inflacionário continuou até 1997, quando o Brasil já não era considerado como uma economia altamente inflacionária para os propósitos dos US GAAP. A amortização das reclassificações dos ativos fixos que resultou do efeito inflacionário em 1996 e 1997, é reconhecida na reclassificação dos US GAAP, líquida do relativo imposto diferido. Participações Minoritárias A parcela do patrimônio e do lucro líquido atribuível a outros acionistas que não os da Titular do Registro é interpretada como Participação Minoritária em nossas demonstrações financeiras consolidadas. Em 31 de dezembro de 2002 os acionistas minoritários possuíam 1,23% do capital social da subsidiária Embratel. Os sócios institucionais, incluindo fundos de pensão, detêm aproximadamente 30% dos sócios minoritários na Embratel,. Esses sócios obtinham suas participações na Embratel em leilões realizados em abril de 1988, dezembro de 1991 e fevereiro de 1997, pelos quais a Companhia Vale do Rio Doce S.A., o Banco do Brasil S.A. e a Centrais Elétricas Brasileiras S.A., então empresas estatais que anteriormente detinham interesses sobre a Embratel, venderam suas participações ao público. O saldo das participações minoritárias está com a Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia, uma câmara de compensação da Bolsa de Valores de São Paulo. 2

PERSPECTIVAS Este relatório anual contém perspectivas. Podemos também, bem como nossos representantes, fazê-las em divulgações públicas e apresentações orais. Os demonstrativos que não sejam demonstrativos de fatos históricos, incluindo sobre crenças e expectativas da nossa administração, são perspectivas para o futuro. As palavras antecipações, crenças, estimativas, expectativas, projeções, intenções, planos, previsões, projetos, metas e outras semelhantes pretendem fazer entender que tais declarações envolvem necessariamente riscos e incertezas conhecidos ou não, alguns dos quais são discutidos neste relatório, e incluem os resultantes dos seguintes fatos: a curta história de nossas operações como entidade privada independente; a introdução no Brasil da concorrência no setor de telecomunicações; o custo e a facilidade de financiamento; o desempenho geral da economia brasileira; as taxas de câmbio entre as moedas estrangeiras e brasileira; e a política oficial de telecomunicações. Os resultados reais das nossas operações podem ser diferentes das expectativas presentes, e não se deve atribuir confiança indevida a essas perspectivas. Elas são válidas apenas na data em que são formuladas e não temos qualquer obrigação de atualizá-las à luz de novas informações ou desdobramentos futuros. Nossos auditores ou contadores independentes não compilaram, examinaram ou tiveram qualquer participação a propósito das perspectivas de informações financeiras, ou expressaram qualquer opinião ou outra forma de garantia quanto às mesmas ou sua viabilidade, nem assumem responsabilidade, além ainda de se eximirem de qualquer ligação com as perspectivas de informações financeiras. Alguns termos são definidos quando usados pela primeira vez neste relatório anual. Os termos técnicos são definidos no Glossário Técnico que começa na página 81. PARTE I ITEM 1. IDENTIDADE DOS CONSELHEIROS, DIRETORES E ASSESSORES Não aplicável. ITEM 2. ESTATÍSTICA DE OFERTA E CRONOGRAMA ESPERADO Não aplicável. ITEM 3. INFORMAÇÕES PRINCIPAIS A. Dados financeiros selecionados As informações desta seção devem ser lidas junto com nossas demonstrações financeiras consolidadas e respectivas notas explicativas incluídas em outra parte deste relatório anual. Nossas demonstrações financeiras consolidadas foram estruturadas de acordo com a legislação societária brasileira, a qual difere em alguns aspectos dos US GAAP. Ver nota 29 das demonstrações financeiras consolidadas para conhecer tais diferenças. Os dados de 31 de dezembro de 2001 e 2002 e para cada um dos três exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2002 derivam-se das demonstrações financeiras consolidadas auditadas que aparecem em outra parte deste documento. As informações abaixo devem ser lidas junto com as demonstrações financeiras consolidadas, e qualificadas em sua totalidade como referência a eles, às respectivas notas explicativas e ao Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras. Adicionalmente, o quadro a seguir apresenta dados financeiros selecionados em 31 de dezembro de 1998, 1999, 2000, 2001 e 2002, e para cada um dos cinco anos encerrados em 31 de dezembro de 2002, os quais foram elaborados de forma consistente com as informações contidas nas demonstrações financeiras consolidadas. 3

Exercício encerrado em 31 de dezembro 1998 1999 2000 2001 2002 (em milhares de reais, exceto dados por ação) DEMONSTRAÇÃO DE DADOS OPERACIONAIS Legislação Societária Brasileira Receita operacional líquida... $4.000.106 $5.183.927 $6.714.508 $7.460.956 $7.107.078 Custo dos serviços prestados (1)... (2.785.741) (3.619.914) (4.399.267) (4.954.802) (4.736.435) Lucro bruto 1.214.365 1.564.013 2.315.241 2.506.154 2.370.643 Despesas (receitas) operacionais Despesas com vendas (180.176) (425.895) (795.470) (1.579.596) (1.076.085) Despesas gerais e administrativas (2) (398.194) (444.091) (697.487) (987.958) (1.109.119) Outras (despesas) receitas operacionais (577.244) 65.204 (12.250) (2.951) 30.529 Lucro operacional (prejuízo) antes de juros 58.751 759.231 810.034 (64.351) 215.968 Receita financeira 245.854 326.956 203.106 192.457 519.193 Despesa financeira (177.124) (630.416) (391.422) (822.437) (1.976.208) Lucro operacional (prejuízo) 127.481 455.771 621.718 (694.331) (1.241.047) Lucro (prejuízo) operacional por mil ações básico e diluído Ações ordinárias 0,38 1,37 1,87 (2,09) (3,73) Ações preferenciais 0,38 1,37 1,87 (2,09) (3,73) Receita não operacional extraordinária ILL (3) --- --- --- --- 198.131 Receita (despesa) não operacional (65.975) (37.650) 111.224 (75.902) 10.989 Lucro (prejuízo) antes de imposto de renda e participação minoritária 61.506 418.121 732.942 (770.233) (1.031.927) Imposto de renda e benefício (despesa) de contribuição social 63.585 (1.241) (145.312) 222.088 414.196 Lucro (prejuízo) antes de participação minoritária 125.091 416.880 587.630 (548.145) (617.731) Participação minoritária (4) (1.513) (5.249) (10.540) (5.526) (8.611) Lucro (prejuízo) líquido 123.578 411.631 577.090 (533.671) (626.342) Lucro (prejuízo) por milhares de ações básico e diluído Ações ordinárias 0,37 1,24 1,73 (1,66) (1,88) Ações preferenciais 0,37 1,24 1,73 (1,66) (1,88) 4

Exercício encerrado em 31 de dezembro 1998 1999 2000 2001 2002 (em milhares de reais, exceto dados por ação) US GAAP Receita bruta 5.123.234 6.680.342 8.928.691 10.055.068 9.223.094 Custo de serviços (incluindo impostos sobre receitas brutas) (3.908.869) (5.116.329) (6.613.450) (7.548.914) (6.852.451) Lucro (prejuízo) operacional 447.275 808.268 857.673 (19.918) 433.233 Lucro (prejuízo) operacional por milhares de ações básico e diluído Ações ordinárias 1,36 2,42 2,58 (0,06) 1,30 Ações preferenciais 1,36 2,42 2,58 (0,06) 1,30 Lucro (prejuízo) líquido 418.412 424.743 658.669 (464.250) (677.860) Lucro (prejuízo) líquido por milhares de ações básico e diluído Ações ordinárias 1,27 1,28 1,98 (1,39) (2,04) Ações preferenciais 1,27 1,28 1,98 (1,39) (2,04) Média ponderada do número de ações em circulação 124.369.031 124.369.031 124.369.031 124.369.031 124.369.031 Ações ordinárias (milhares) 205.457.214 209.035.064 208.548.130 208.562.219 208.411.830 Ações preferenciais (milhares) Dividendos pagos por milhares de ações: Ações ordinárias (em Reais) --- --- 0,4239 0,5674 --- Ações ordinárias (em dólares) (5) --- --- 0,2168 0,2446 --- Ações preferenciais (em reais) --- 0,3830 0,4239 0,5674 --- Ações preferenciais (em dólares) (5) --- 0,2141 0,2168 0,2446 --- Dados do Balanço: Legislação Societária Brasileira Ativo imobilizado, líquido 6.023.703 6.958.154 7.467.125 7.849.429 7.795.867 Ativos totais 8.527.507 9.653.467 11.762.357 12.458.076 12.845.608 Empréstimos e financiamentos - curto prazo 155.088 602.235 881.899 1.079.953 2.566.482 Empréstimos e financiamentos - longo prazo 511.085 878.661 1.364.390 2.648.157 2.325.453 Ativos líquidos 5.510.581 5.717.988 6.082.170 5.346.672 4.719.793 Capital social 5.256.609 5.069.414 2.134.427 2.273.913 2.273.913 Quantidade de ações em circulação (milhares) 334.399.028 332.914.228 332.919.028 332.932.361 332.629.361 US GAAP Ativo imobilizado, líquido 6.286.183 7.235.693 7.862.919 8.410.021 8.322.918 Ativos totais 8.998.963 10.106.562 12.251.542 13.119.401 13.858.778 Empréstimos e financiamentos - curto prazo 638.044 1.206.005 881.899 1.079.953 2.975.241 Empréstimos e financiamentos - longo prazo 28.129 274.891 1.364.390 2.648.157 2.416.053 Ativos líquidos 5.637.273 5.787.147 6.279.877 5.755.091 5.076.697 Capital social 5.256.609 5.069.414 2.134.427 2.273.913 2.273.913 Quantidade de ações em circulação (milhares) 334.399.028 332.914.228 332.919.028 332.932.361 332.629.361 (1) O custo dos serviços é apresentado de acordo com a legislação societária brasileira e, por conseguinte, inclui depreciação e amortização, além das taxas de interconexão e facilidades, despesas pessoais, serviços de terceiros e outros custos gerais dos serviços prestados. Ver Item 5. Revisão e Perspectivas Operacionais e Financeiras Resultados Operacionais Resultados de operações nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2000, 2001 e 2002. (2) A participação nos lucros pelos empregados foi reclassificada para despesa geral e administrativa das demonstrações de resultado para o período, por nós e por nossas subsidiárias, conforme determinação da Carta Circular CVM/SEP/SNC nº 01/2003, emitida em 16 de janeiro de 2003. Para fins de comparação, o lucro (prejuízo) operacional antes de juros, lucro (prejuízo) operacional antes de 5

impostos, e a participação minoritária para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 1998, 1999, 2000 e 2001 também reflete tais reclassificações. (3) O lucro não operacional extraordinário ILL refere-se ao reconhecimento de um crédito de impostos relativos à imposição do governo federal de 1989 a 1992 de impostos sobre alguns lucros que não haviam sido distribuídos. Desde 1989 até 1992, pagamos este imposto de acordo com as disposições tributárias legais vigentes. Em 1996, o Tribunal Superior Brasileiro declarou que o ILL era inconstitucional, já que os lucros não distribuídos não representam evento tributável. Baseando-nos nesta decisão sobre o assunto, pleiteamos em juízo um crédito de impostos em 1999 e recebemos uma sentença final afirmando o crédito de impostos em 2002. Ver nota 10 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. (4) Acionistas minoritários representam a fração do lucro líquido atribuível aos sócios que não a Titular do Registro. (5) Calculado empregando a taxa de câmbio de reais por dólares norte-americanos no final do período. Ver "Taxas de Câmbio". (6) Inclui o valor contábil líquido de R$56,4 milhões por arrendamento de capital em 2002. Em 2001, os bens adquiridos através de contratos de leasing eram capitalizados somente para fins das normas contábeis norte-americanas. O valor contábil líquido para 31 de dezembro de 2001 foi de R$38,3 milhões. Para fins da lei societária brasileira, em 2001 os valores foram apropriados como incorridos. Ver nota 15.a.2 de nossas demonstrações financeiras consolidadas. Taxas de câmbio O quadro a seguir apresenta a taxa para compra (noon buying rate) média, máxima, mínima e de fim de período, expressa em reais por dólar norte-americano nos períodos indicados. Taxas de câmbio de reais nominais por US$1,00 Período Máxima Mínima Média Fim de Período 1998... 1,209 1,117 1,161 1,209 1999... 2,165 1,208 1,816 1,789 2000... 1,985 1,723 1,830 1,955 2001... 2,800 1,935 2,368 2,320 2002... 3,955 2,271 2,921 3,533 Janeiro 2003... 3,662 3,276 3,438 3,526 Fevereiro 2003... 3,658 3,493 3,591 3,563 Março 2003... 3,564 3,353 3,447 3,353 Abril 2003... 3,336 2,890 3,119 2,890 Maio 2003... 3,028 2,865 2,956 2,966 Junho 2003 (em 23 de junho de 2003)... 2,978 2,849 2,887 2,879 Fonte: Banco Central do Brasil B. Capitalização e Endividamento Não aplicável. C. Razões para a Oferta e Emprego de Ganhos auferidos Não aplicável. D. Fatores de Risco Esses fatores de risco devem ser considerados em relação a um investimento em nossa empresa e investimentos em empresas brasileiras que não sejam normalmente associados a investimentos em títulos de Emitentes nos Estados Unidos e outros países. Fatores de Risco Relativos à Embratel e ao Setor de Telecomunicações no Brasil As condições reguladoras das telecomunicações no Brasil são incertas A adoção de regulamentações em telecomunicações e a privatização do Sistema Telebrás em 1997 levaram a amplas mudanças nas condições de operação, regulamentação e concorrência nas telecomunicações brasileiras. 6

Tais mudanças incluem: criação de uma regulamentadora independente: Agência Nacional de Telecomunicações Anatel; desenvolvimento da regulamentação abrangente no setor de telecomunicações; venda da participação de controle das empresas do Sistema Telebrás a investidores privados; e introdução da concorrência na prestação de serviços de telecomunicações. Todos esses fatos afetaram-nos significativamente e a outras empresas de telecomunicações e não é possível prever os efeitos das alterações sobre nosso negócio, na condição financeira, nos resultados das operações ou em perspectivas. Revisando as informações históricas e avaliando nosso desempenho operacional e financeiro, devemos considerar cautelosamente as profundas mudanças na estrutura e na regulamentação da nossa atividade. As concessões feitas pela Anatel que nos permitem prestar serviços de telecomunicações expiram em 2005 e não temos certeza de que serão renovadas. No Brasil, as empresas que pretendem oferecer serviços de telecomunicações a consumidores são obrigadas a obter uma concessão da Anatel. As concessões para a Embratel foram concedidas até o ano de 2005, sujeitas a algumas obrigações, com a possibilidade de renovação por mais 20 anos. Nossos negócios firmam-se em tais concessões e a revogação das mesmas causaria graves efeitos negativos sobre nós e nossa situação financeira. Embora tenhamos confiança que a Anatel renovará nossa concessão, não podemos ter certeza de que a concessão será renovada. Somos obrigados a cumprir com algumas metas de qualidade e manter os padrões de qualidade no serviço. A falha em cumprir tais obrigações pode resultar em multas. Somos obrigados, pela Anatel, a cumprir com algumas metas de qualidade, incluindo, por exemplo, taxas mínimas para conclusão de chamadas, taxas máximas para circuitos ocupados, disponibilidade de operadores e atendimento a solicitações de reparo. A falha em manter a qualidade das obrigações de serviço pode resultar e já resultou na imposição de multas pela Anatel e outras entidades do governo. Nossa capacidade de cumprir com estas metas pode ser impedida por fatores fora de nosso controle e não podemos garantir que cumpriremos com tais metas no futuro e que não seremos multados futuramente. Operamos em um setor altamente competitivo cujos participantes possuem recursos significativos e clientes já conhecidos, o que pode acirrar a concorrência pelo preço e limitar a capacidade para expandir nossa fatia do mercado. Se não formos capazes de concorrer eficientemente com nossos competidores, isso pode levar a reduções de preços, perda de receita, subutilização de serviços, redução nas margens operacionais e perda de fatia do mercado. Alguns dos nossos concorrentes atuais em mercados onde operamos têm, e outros potenciais podem vir a ter, vantagens competitivas, inclusive as seguintes: maior presença, consciência de marca, infra-estrutura e capilaridade; redes diretamente conectadas a cada residência e negócios; maiores recursos financeiros, técnicos, de marketing e outros; custos de interconexão com outras redes significativamente inferiores; e relacionamento mais estreito entre clientes. O setor em que conduzimos nossa atividade está sujeito a rápido avanço tecnológico e isso pode ter importante efeito negativo sobre nossa capacidade para oferecer serviços competitivos. O setor de telecomunicações encontra-se em uma fase de rápida transformação tecnológica. Nosso êxito futuro depende em parte de nossa capacidade para antecipar e nos adaptar de forma tempestiva aos avanços tecnológicos. Esperamos que surjam novos produtos e tecnologias e que os atuais se desenvolvam ainda mais. Tais avanços podem reduzir os preços dos nossos serviços ou podem ser superiores a estes, tornando obsoletos os produtos e serviços que prestamos e as tecnologias que usamos, reduzindo, por conseguinte, as receitas geradas pelos mesmos e exigindo novos investimentos em tecnologia. Como resultado, nossos concorrentes mais importantes podem ser, no futuro, concorrentes estreantes em nossos mercados, que não estariam onerados por uma base de equipamentos mais antiga. Poderá sair muito caro atualizar nossos produtos e a tecnologia, a fim de continuar a competir eficazmente. 7

Estamos sujeitos a limitações regulamentares na maioria dos preços que cobramos aos clientes Os preços da maioria dos serviços de telecomunicações que prestamos estão sujeitos à aprovação final da Anatel, a quem temos que submeter solicitações para ajustes de preços. As concessões para as empresas de linha fixa e a Embratel obedecem a um mecanismo de preço-teto destinado a fixar e ajustar preços anualmente. Estamos sujeitos a regulamentações abrangentes que limitam nossa capacidade para praticar tarifas por nossos serviços. Tais regulamentações podem limitar nossa capacidade para acompanhar a competição real ou potencial. Sob a estrutura de regulamentação das telecomunicações no Brasil, as empresas só terão liberdade para assentar suas próprias tarifas três anos após a privatização, se houver efetiva competição no mercado. Face à concorrência atual para os mercados de longa distância, encaminhamos à Anatel em 15 de maio de 2002 uma solicitação de permissão para estabelecermos nossas próprias tarifas, mas não sabemos ainda se a Anatel aprovará nosso pedido. Devemos implementar nosso plano de negócio com sucesso, mas fatores além de nosso controle podem impedir-nos de fazê-lo, o que pode ter efeito adverso relevante sobre nosso negócio. Nossa capacidade para expandir nossas receitas e manter a posição de fornecedora líder de serviços avançados em telecomunicações e Internet no Brasil dependerá em grande parte da execução bem sucedida, em tempo hábil e a custo compensador do nosso plano de negócio. Entre os fatores fora do nosso controle que podem comprometer a pontualidade da execução do nosso plano de negócio, está a nossa capacidade de: administrar as mudanças normativas desfavoráveis; sustentar a guerra de preços; manter nosso acesso ao capital em épocas de mudanças macroeconômicas negativas; celebrar os contratos necessários com terceiros; controlar custos; e atrair e conservar um quadro profissional altamente treinado e qualificado Estamos expostos a riscos especiais quanto aos serviços de chamada internacional. As receitas do serviço internacional refletem também os pagamentos sob aproximadamente 268 acordos bilaterais entre nós e administrações estrangeiras de telecomunicações ou operadoras privadas, influenciadas pelas diretrizes dos regulamentos internacionais de tarifas e comércio e cobrem virtualmente todas as chamadas internacionais para dentro e para fora do Brasil. Vários fatores, incluindo tráfego internacional desautorizado (comumente conhecidos como desvios), podem afetar o valor dos pagamentos líquidos dos Estados Unidos ou outras operadoras internacionais para nós em anos futuros. Tais fatores incluem acréscimos na proporção das chamadas enviadas para as recebidas. As chamadas originadas nos Estados Unidos atualmente ultrapassam as que geramos. Nosso acionista majoritário pode adotar medidas que não satisfaçam os melhores interesses dos demais acionistas Em 31 de dezembro de 2002 a WorldCom, através de suas afiliadas, possuía 51,8% do nosso capital votante. Como resultado, a WorldCom pode eleger uma maioria substancial dos membros do conselho administrativo, e tem o poder de determinar o resultado da maioria das medidas que exijam aprovação dos acionistas, incluindo, condicionado às exigências legais brasileiras, o pagamento de dividendos e a alienação do ativo. Ver também o Item 6. Conselheiros, Diretores e Funcionários, e o Item 7. Principais Acionistas e Transações com Partes Relacionadas. Nosso relacionamento com a WorldCom nos proporciona algumas vantagens competitivas, obtidas com a transferência de tecnologia e um acordo de administração como conseqüência da experiência da WorldCom nos negócios de telecomunicações. A WorldCom também oferece reforçado poder de negociação através de alianças com outras afiliadas, assim como acesso a tecnologia, pesquisa de produto e desenvolvimento e poder de compra. Em 21 de julho de 2002, a WorldCom pediu concordata consoante às disposições do Capítulo 11 do Código Falimentar dos EUA, após ser divulgado que não tinha apresentado relatórios conforme as normas contábeis geralmente aceitas, atualmente no valor total acima de US$11 bilhões, em suas demonstrações financeiras durante os anos de 2000 até o primeiro trimestre de 2002. A WorldCom divulgou que pretende reformular e 8

emitir novamente suas demonstrações financeiras para tais anos e anunciou em 13 de março de 2003 que dará baixa nos ativos em US$79.8 bilhões, consistindo em US$45 bilhões de ágio e US$34.8 bilhões em ativos fixos. A WorldCom registrou seu plano de concordata junto ao Juízo Falimentar em 14 de abril de 2003, e no mesmo dia anunciou que prosseguirá seus negócios sob a marca MCI. Em 22 de maio de 2003, o tribunal aprovou o plano a ser enviado a seus credores para ser votado. Em 26 de junho de 2002, a SEC anunciou que havia ajuizado acusações contra a WorldCom, alegando violação das disposições antifraude e de apresentação de relatórios, da legislação norte-americana de mercado de capitais. Em 26 de novembro de 2002, a WorldCom anunciou que concordou em liquidar sua ação civil com a SEC, e concordou em uma medida permanente que solucionará as reclamações trazidas pelo processo da SEC relativo às práticas contábeis anteriores da companhia. Em 19 de maio de 2003, a WorldCom e a SEC apresentaram um plano de acordo ao Juízo Distrital dos EUA para aprovação conforme o qual a WorldCom teria concordado em pagar US$50 milhões de multa a ser distribuída aos investidores. Não podemos especular se os desdobramentos ou atos da nossa controladora terão ou não relevante efeito negativo sobre o preço das nossas ações preferenciais, as ADSs ou as condições financeiras e os resultados das operações. Somos parte em vários processos judiciais. Somos parte de vários processos judiciais. Nossa administração acredita que tais ações, se decididas contra nós, terão ponderável efeito negativo sobre o negócio, a condição financeira e o resultado das operações. Alguns desses processos judiciais são relacionados a: o desmembramento da Telebrás; fontes estrangeiras para receita operacional; imposto de renda retido na fonte sobre remessas para empresas estrangeiras de telecomunicações; Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (COFINS), uma contribuição social federal; COFINS arrecadada sobre o tráfego entrante; Programa de Integração Social (PIS) créditos levantados de acordo com as normas do Superior Tribunal de Justiça não aceitos pela Secretaria da Receita Federal; Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o tráfego internacional de saída e pacotes de serviços; processos legais contra a Telebrás; e processos legais movidos pela Anatel contra nós. Ver Item 8. Informações Financeiras Demonstrações Consolidadas e Outras Informações Financeiras Procedimentos Legais para conhecimento mais detalhado destes. Riscos Relativos às Ações Preferenciais e às ADSs. As ADSs em geral não dão direito de voto. Nossas Ações de Depositário Americano ou ADSs representam as ações preferenciais da Embratel Participações. Pela legislação brasileira, os detentores de ações preferenciais geralmente não têm direito de voto nas assembléias de acionistas. Nossas ações preferenciais não habilitam o detentor a votar em tais assembléias de acionistas exceto sob circunstâncias específicas. Ver "Item 10. Outras Informações Direitos de Voto", para obter outras informações sobre este assunto. As ações preferenciais e as ADSs não dão direito a um dividendo fixo. Pelas leis societários brasileiras e nossos e estatutos, salvo se nosso conselho administrativo decidir de outra forma, devemos pagar aos nossos acionistas preferenciais uma distribuição obrigatória de 25% do lucro líquido destinado a esse propósito. Portanto, receber ou não dividendo depende do valor da distribuição compulsória, se existir, e de o conselho de administração exercer suas prerrogativas, sujeitos à ratificação pelos acionistas, de não suspender os pagamentos. Ver Item 8. Informações Financeiras Política de Distribuição e Dividendos para um conhecimento mais detalhado das distribuições compulsórias. 9

Pode-se estar desabilitado a exercer direitos de preferência sobre ações preferenciais. Na hipótese de um aumento de capital que possa resultar na redução da proporção do capital representada pelas ações preferenciais, os acionistas preferenciais podem exercer direitos de preferência em subscrever ações preferenciais na proporção das suas participações, na medida necessária a evitar a diluição da sua participação em nossa companhia. Os detentores de ADSs podem não ser credenciados a exercer direitos de preferência sobre as ações preferenciais que lastreiam as ADSs, a menos que uma declaração de registro da Lei do Mercado de Capitais dos Estados Unidos de 1933, e suas alterações, seja válida quanto a esses direitos, ou uma isenção das exigências de registro da Lei do Mercado de Capitais esteja disponível. Não somos obrigados a encaminhar uma declaração de registro sobre as ações com relação aos direitos de preferência, e, por conseguinte, não podemos garantir que tal declaração de registro será encaminhada. A menos que encaminhemos uma declaração de registro ou uma exceção do registro, pode-se receber apenas o resultado líquido das vendas dos seus direitos de preferência pelo depositário das ADSs, ou, caso essas não possam ser vendidas, será permitida sua caducidade. Trocando-se ADSs por ações preferenciais corre-se o risco de perder remessas em moeda estrangeira e vantagens tributárias brasileiras O benefício das ADSs do certificado de registro de capital estrangeiro do depositário, permite a este converter dividendos e outras distribuições relativas a ações preferenciais em moeda estrangeira e remeter os recursos para o exterior. Trocando-se ADSs por ações preferenciais pode-se credenciar a contar com o certificado do depositário de registro de capital estrangeiro durante cinco dias úteis da data da troca. A partir daí, não será possível remeter moedas estrangeiras para o exterior, salvo mediante obtenção de certificado de registro de capital estrangeiro, ou aplicar-se-á a Instrução 2.689 do Banco Central do Brasil de 26 de Janeiro de 2000, conhecida como Resolução 2.689, que autoriza alguns investidores a comprar e vender ações em bolsa de valores do Brasil sem obter certificados de registro separados. Qualquer pessoa que não se enquadrar nos termos da Resolução 2.689 estará sujeita a um tratamento fiscal menos favorável quanto à distribuição relativa a ações preferenciais. Não podemos garantir que o certificado de registro do depositário ou qualquer certificado de registro de capital estrangeiro obtido não possa ser afetado por alterações futuras de legislação ou regulamentação, ou que restrições legais adicionais aplicáveis ao investimento em ADSs venham a ser impostas no futuro. Para uma descrição mais completa das regulamentações tributárias brasileiras, veja Item 10. Informações Adicionais Tributação Brasil. A volatilidade e falta de liquidez relativas dos mercados de capital brasileiros podem ter efeitos negativos Investir em papéis tais como ações preferenciais e ADSs de emitentes de mercados de países emergentes, incluindo o Brasil, envolve grau maior de risco do que em países desenvolvidos. Investimentos envolvendo riscos relativos ao Brasil, como em ADSs, são geralmente considerados de natureza especulativa, e estão sujeitos a riscos econômicos e políticos como: mudanças regulamentares, em tributação, em condições econômicas e políticas, que podem atingir a capacidade dos investidores de obter remuneração, total ou parcial, de seus investimentos, e restrições ao investimento estrangeiro e à repatriação do capital investido. O mercado brasileiro de títulos é substancialmente menor, menos líquido, mais concentrado e mais volátil que o norte-americano. Isto pode limitar significativamente a capacidade para vender as ADSs lastreadas em ações preferenciais, a preço e no tempo que se deseja. A Bolsa de Valores de São Paulo, BOVESPA, a maior bolsa de valores brasileira, teve uma capitalização de aproximadamente US$124,0 bilhões até 31 de dezembro de 2002 e um volume diário médio aproximado de US$197,9 milhões em 2002. Em comparação, a NYSE (Bolsa de Valores de Nova Iorque) teve capitalização de US$9,4 trilhões em 31 de dezembro de 2002 e um volume diário médio aproximado de US$40,9 bilhões para 2002. Existe também uma concentração significativamente maior no mercado brasileiro de papéis. As dez maiores empresas em termos de capitalização do mercado representaram aproximadamente 48,6% da capitalização agregada do mercado na Bolsa de São Paulo em 31 de dezembro de 2002. As dez ações líderes em termos de volume somaram aproximadamente 56,5% de todas as ações negociadas na Bolsa de São Paulo em 2002. Se fossemos tratados como uma empresa estrangeira passiva de investimento, um titular norte-americano de ADSs estaria sujeito a normas desvantajosas sob as leis tributárias norte-americanas Se formos tratados como uma empresa estrangeira passiva de investimento ou EEPI, em qualquer ano, os titulares americanos de ADSs poderiam estar sujeitos a tratamento desfavorável pelo imposto de renda federal. Embora não acreditemos ser uma EEPI em 2002, pode não haver certeza de que nossos negócios e atividades 10

não venham a ter uma situação de EEPI no futuro. A classificação como EEPI é uma determinação factual feita anualmente e, portanto, sujeita a alterações. Para uma descrição das EEPI, ver Item 10. Informações Adicionais -Tributação - Estados Unidos. Riscos Relativos ao Brasil O governo brasileiro tem exercido, e continua a exercer, ponderável influência sobre a economia nacional. As condições econômicas e políticas brasileiras têm impacto direto sobre nosso negócio e o preço de mercado das ações preferenciais. O governo brasileiro freqüentemente intervém na economia e eventualmente faz drásticas mudanças na política. As medidas do governo para controlar a inflação têm envolvido, entre outras medidas, controle de salários e preços, desvalorizações cambiais, controle de capitais e limitações a importações. Nosso negócio, os resultados e a condição financeira das operações podem ser negativamente afetados pelas mudanças envolvendo controles de tarifas e câmbio, assim como alguns fatores: flutuações da moeda; inflação; instabilidade dos preços; taxas de juros; política tributária e outros atos políticos, diplomáticos, sociais e econômicos atingindo o Brasil. Os atos do governo brasileiro, destinados a manter a estabilidade econômica e a especulação do público sobre possíveis ações podem contribuir significativamente para incertezas econômicas no País e para acentuar a volatilidade dos mercados nacionais de papéis. O Brasil experimentou historicamente taxas extremamente altas de inflação. A inflação, junto com as medidas governamentais para combatê-la, tiveram efeitos negativos relevantes sobre a economia em geral. A partir de dezembro de 1993 o governo introduziu um plano de estabilização denominado Plano Real; seu objetivo primordial foi reduzir a inflação e assentar uma base para crescimento sustentado da economia. Em 01 de julho de 1994, o governo brasileiro introduziu a nova moeda, o real. Desde a sua criação, a taxa inflacionária do Brasil caiu substancialmente mais do que em qualquer outro período anterior. As taxas anuais de inflação, medidas pelo índice Nacional de Preços ao Consumidor, foram: Anos Taxas de Inflação 1993 2.489,1% 1994 929,3% 1995 22,0% 1996 9,1% 1997 4,3% 1998 2,5% 1999 8,4% 2000 5,3% 2001 9,4% 2002 14,7% O Brasil pode vir ainda a experimentar altos níveis de inflação no futuro. Não podemos garantir que os atuais baixos níveis da inflação continuarão. Atos futuros dos governos, inclusive para ajustar o valor do real, podem impulsionar aumentos na inflação. Períodos de inflação elevada podem, no futuro, exercer importantes efeitos negativos sobre a economia brasileira, os mercados financeiros e nosso próprio negócio, a condição financeira e o resultado das operações. 11

Flutuações do valor da moeda brasileira face à norte-americana podem resultar em incertezas quanto à economia nacional e o mercado financeiro, afetando negativamente nossa condição financeira e os resultados operacionais e, por conseguinte, o valor de mercado das ações preferenciais e ADSs. Como resultado das pressões inflacionárias, a moeda brasileira tem sido desvalorizada periodicamente ao longo das últimas quatro décadas. Nesse período os governos têm implementado vários planos econômicos, e várias políticas cambiais, inclusive desvalorizações abruptas, mini-desvalorizações periódicas durante as quais a freqüência dos reajustes variou do diário ao trimestral, sistemas de câmbio flutuante e câmbio duplo. Em longo prazo, as desvalorizações da moeda nacional ficavam em geral próximas das taxas de inflação e as desvalorizações a períodos mais curtos resultaram em grandes flutuações nas taxas de câmbio entre a moeda brasileira e o dólar norte-americano, além de outras moedas. Desvalorizações do real e permanente instabilidade cambial podem afetar nossa capacidade para cumprir nossas obrigações em moeda estrangeira no futuro, e resultar em perdas monetárias dessas dívidas. Ver Item 11. Divulgações Quantitativas e Qualitativas sobre o Risco de Mercado, para informações sobre nossa política de hedge. Além disso, flutuações de valor entre o dólar e o real podem atingir o valor de mercado das ADSs. A desvalorização pode reduzir o valor em dólares da distribuição de dividendos sobre as ADSs, assim como também o valor de mercado das ações preferenciais e das ADSs. O Brasil elege novo governo Foram realizadas eleições presidenciais no Brasil em 2002. Nos últimos oito anos nosso governo fortaleceu as instituições democráticas e melhorou as bases econômicas. O recém eleito governo continua a política econômica do governo anterior; entretanto não podemos prever se o novo governo mudará ou não a política de modo que enfraqueça a confiança do investidor e afete de modo negativo nossas operações e ou o preço de nossas ações preferenciais ou ADSs. A consciência de mercado do risco de se investir no Brasil avaliada pelo spread sobre as letras do tesouro dos EUA em relação aos títulos de dívida do Brasil (C-bonds) aumentou desde o início do 2003, devido, no mínimo parcialmente à redução das incertezas relativas à política econômica a ser seguida pelo novo presidente do Brasil. Entretanto, não há garantia de que a percepção do risco de investimento no Brasil permanecerá no nível atual ou continuará a cair. A discutida reforma tributária no Brasil pode resultar em acréscimos de impostos para nós, com importantes efeitos negativos sobre nossa condição financeira e o resultado das operações. O governo brasileiro propôs uma ampla reforma tributária destinada principalmente a reduzir o déficit público através do aumento de impostos. Antecipa-se que tal reforma incluirá, por exemplo, a criação do imposto sobre o valor agregado de mercadorias e serviços, para substituir os seis seguintes impostos: Contribuição Social sobre o lucro líquido (CSLL), contribuição social sobre lucros; Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), imposto federal sobre a produção industrial; PIS, uma contribuição social sobre os salários; COFINS, uma contribuição social sobre a receita bruta (operacional e financeira); ICMS, um imposto estadual sobre circulação de mercadorias e serviços, e Imposto sobre Serviços (ISS), um imposto municipal sobre serviços. Além disso, no dia 12 de junho de 2002, a Emenda Constitucional nº 37/2002 estendeu até 2004 a incidência da Contribuição Provisória sobre Movimentações Financeiras (CPMF), um imposto temporário sobre transações financeiras. A alíquota da CPMF foi estabelecida em 0,38% até 31 de dezembro de 2003 e será reduzida para 0,08% em 2004, de acordo com a emenda. Ver Item 4. Informações sobre a Companhia Supervisão do Negócio Impostos sobre Serviços de Telecomunicações. Embora não exista qualquer certeza quanto aos objetivos da reforma tributária proposta para o Brasil, ela pode gravar-nos com impostos mais altos que os atuais, com efeitos negativos sobre o negócio, a condição financeira e os resultados operacionais. Restrições ao movimento de capitais para fora do Brasil pode prejudicar nossa capacidade para receber dividendos e distribuições e as receitas de venda de ações preferenciais O governo brasileiro pode impor restrições temporárias à conversão da moeda nacional para estrangeiras, e às remessa por investidores estrangeiros, das receitas dos seus investimentos no País. A legislação brasileira 12

permite que seu governo imponha tais restrições quando bem quiser, se alguma séria dificuldade ocorrer na balança de pagamentos brasileira, ou ainda, se ocorrer a previsão de um sério desequilíbrio. Restrições governamentais à saída de capitais podem impedir ou evitar a custodia de nossas ações preferenciais no Brasil ou, se houve troca de ADSs por ações preferenciais, a conversão das receitas relativas às ações preferenciais para dólares, e remessa de tais recursos para o exterior. Pode-se ser afetado negativamente por atrasos na obtenção de aprovações governamentais para a conversão dos pagamentos em moeda nacional e as remessas para o exterior das ações preferenciais que lastreiam as ADSs. Adicionalmente, o governo brasileiro pode no futuro instituir uma política ainda mais restritiva de controle cambial. Ver Item 10. Informações Adicionais Tributação - Brasil. Nossos credores podem não conseguir vincular judicialmente alguns dos nossos ativos para garantir uma sentença. Os tribunais brasileiros não obrigarão qualquer vinculação com respeito ao patrimônio localizado no Brasil e determinado por eles para serem destinados à provisão de serviços públicos essenciais. Uma parcela substancial de nossos ativos pode ser considerada para ser destinada à provisão de serviços públicos essenciais. Se um tribunal brasileiro fizer tal determinação a respeito de alguns dos nossos ativos, eles não poderão estar sujeitos a vinculação judicial, execução ou outros processos legais, e nossos credores não poderão obter uma sentença contra os mesmos. Eventos em outros países de mercado emergente podem atingir o mercado brasileiro de títulos Eventos em outros países de mercado emergente, inclusive na América Latina, podem afetar adversamente o preço de mercado das ações preferenciais e ADSs. Condições econômicas e mercadológicas em outros países emergentes, especialmente na América Latina, influenciam o mercado de títulos emitidos por empresas brasileiras e a percepção dos investidores sobre as condições econômicas do Brasil. Como exemplo, em 2001, depois de prolongados períodos de recessão e de instabilidade política, a Argentina anunciou que não poderia honrar sua dívida pública. A fim de administrar a agravante crise econômica e social, o governo argentino abandonou sua taxa fixa de câmbio dólar-peso que durou uma década, permitindo que a moeda flutuasse. O peso argentino sofreu uma desvalorização de aproximadamente 70% face ao dólar em 2002. A crise na Argentina e em outros países da América Latina afetou e continua afetando o sentido de risco dos investidores estrangeiros no Brasil e afeta a volatilidade nos preços de mercado para os títulos brasileiros. Eventos desse tipo poderão afetar negativamente nosso poder de contrair empréstimos a taxas aceitáveis de juros, ou aumento os capitais quando, e se, eles se tornarem necessários. Conseqüentemente, ocorrências adversas em outros países emergentes podem levar à redução da demanda e dos preços de mercado das ações preferenciais e das ADSs. Nossas demonstrações financeiras podem não apresentar as mesmas informações das demonstrações elaboradas sob as normas norte-americanas Informações publicamente disponíveis sobre empresas no Brasil são em geral menos detalhadas e menos freqüentemente atualizadas do que as publicadas regularmente sobre as empresas abertas nos Estados Unidos e em outros países. Adicionalmente, embora não estejamos sujeitos a exigências periódicas de divulgação conforme a Lei do Mercado de Capitais de 1934, e suas alterações, ou pela legislação do Mercado de Capitais, a divulgação periódica exigida para emitentes estrangeiros é mais limitada do que a divulgação periódica exigida para emitentes dos Estados Unidos da América. Elaboramos nossas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com a legislação societária brasileira, que difere em aspectos significantes dos US GAAPs. Ver nota 29 das demonstrações financeiras consolidadas. Risco de erros nas demonstrações projetadas. Todos as demonstrações deste relatório anual que não forem claramente históricas por natureza, são projetadas. Os exemplos incluem: demonstrações relativas as nossas operações e projeções; o tamanho do crescimento esperado do mercado brasileiro de telecomunicações; projeções estimadas da demanda; 13

nossa capacidade para obter e conservar licenças para infra-estrutura de telecomunicações, direito de passagem e outras aprovações regulamentares; iniciativas estratégicas e planos para expansão dos negócios; condições do setor; necessidades e fontes de financiamento; execução da rede e esquemas de desenvolvimento de produto; características esperadas de redes, produtos e serviços concorrentes; e outros demonstrativos de nossas expectativas, planos futuros e estratégias, avanços antecipados e outros assuntos que não sejam fatos históricos. As demonstrações projetadas são incertas e não podemos garantir que qualquer delas provará ser correta. Resultados e desdobramentos reais podem ser bastante diferentes dos expressos ou subentendidos por tais demonstrações. Deveremos rever criteriosamente os outros fatores de risco descritos nesta seção para uma discussão dos fatores que possam resultar de declarações prospectivas imprecisas. ITEM 4. INFORMAÇÕES SOBRE A COMPANHIA A. Histórico e Evolução da Companhia O Sistema Telebrás, a Reforma Regulamentar e a Privatização Até 1972 os serviços telefônicos no Brasil eram atendidos por 900 companhias independentes. Entre 1972 e 1975 a Telecomunicações Brasileiras S.A. Telebrás, uma companhia controlada pelo governo federal, adquiriu quase todas as companhias telefônicas no Brasil, constituindo o Sistema Telebrás. A Embratel foi uma das subsidiárias da Telebrás e possuía e operava tudo do aparato para transmissão telefônica interestadual e internacional no Brasil à época. Através das remanescentes 27 subsidiárias operacionais, a Telebrás era a principal fornecedora de serviços de telecomunicações locais e interestaduais e líder do serviço de telefonia celular. O Sistema Telebrás oferecia também serviços ligados a telecomunicações, tais como comunicação de dados, transmissão de som e imagem e outros serviços de valor agregado, em todo o Brasil. Em 16 de julho de 1997 o Congresso Nacional aprovou a Lei no. 9.472, a Lei Geral de Telecomunicações, que criou uma agência reguladora independente chamada Agência Nacional de Telecomunicações ou Anatel e providenciou o estabelecimento de uma nova estrutura reguladora, a introdução da concorrência e a privatização do Sistema Telebrás. Em 30 de janeiro de 1998, preparando-se para a privatização, cada subsidiária operacional, exceto a Embratel e a Companhia Telefônica da Borda do Campo CTBC, transferiram suas operações com telefone celular para uma companhia separada. Em 2 de abril de 1998 o Decreto Presidencial no. 2.534, conhecido como Plano Geral de Outorgas, dividiu os estados brasileiros em três regiões. As companhias da Telebrás que prestavam serviços nessas três regiões foram agrupadas sob três companhias controladoras, conhecidas como as Teles. A Embratel Participações S.A. é a quarta companhia controladora, que foi criada para controlar nossa companhia operacional, a Embratel, e para prestar todos os serviços nacionais e internacionais de longa distância para todo o Brasil. Em 2 de junho de 1998 foram feitas concessões às companhias operacionais para prestar os serviços locais e intra-regionais de longa distância, dentro de cada uma das três regiões. Na mesma data foramnos oferecidas concessões para todos os tipos de serviços - intra-estaduais, intra-regionais e inter-regionais, além de internacionais, de longa distância. Em 29 de julho de 1998, o governo federal vendeu todas as suas ações na privatização e, conseqüentemente, o controle das doze Novas Companhias Controladoras. A WorldCom, Inc. (então, MCI Communications Corporation), através da sua subsidiária Startel Participações Ltda., adquiriu a participação dos acionistas controladores de nossa companhia por R$2,65 bilhões. Após a privatização do Sistema Telebrás, a Anatel leiloou: licenças para oferta de serviço telefônico local e intra-estadual de longa distância em cada uma das três regiões (seis licenças no total: três para os serviços locais e três para os serviços de longa distância intra-regionais), e licenças para prestação de serviços - inter-regionais, intra-regionais e internacionais de longa distância (uma para serviços inter-regionais e intra-regionais e uma para serviços internacionais) 14

Essas licenças são comumente chamadas de licenças espelho por se referirem à mesma área geográfica e os mesmos serviços das concessões então existentes. Desde a abertura do mercado de telecomunicações brasileiro em 01 de janeiro de 2002, a Anatel autorizou conceder um número ilimitado de licenças para o fornecimento de qualquer tipo de serviço em telecomunicação. As licenças mais significativas concedidas pela Anatel até à data são: licenças locais nas Regiões I (sudeste/nordeste do Brasil), II (estado de São Paulo) e III (centro/sul do Brasil) para a Embratel; licenças locais nas Regiões II e III a licença para longa distância na Região I para nosso concorrente, Telemar; e licenças locais nas Regiões I e II e longa distância nacional para nosso concorrente, Telefonica S.A. (Telefonica) A Companhia A Embratel Participações S.A. é uma das Novas Companhias Controladoras formadas em 22 de maio de 1998 como parte do desmembramento da Telebrás. A Embratel foi fundada em 1965 para prestar serviços telefônicos domésticos e internacionais de longa distância e foi a única fornecedora desses serviços no Brasil até 23 de janeiro de 2000. Nosso negócio consiste principalmente em oferecer serviços telefônicos domésticos de longa distância, Internet, dados e serviços internacionais no Brasil a companhia e consumidores. Nossos serviços incluem transmissão de dados a alta velocidade, Internet, frame relay, comunicação de dados por satélite e comunicação de dados de pacotes comutados, serviço 0800 e serviço de longa distância comutado e dedicado. A partir de 2002, também oferecemos serviços de telefonia local em grandes cidades do Brasil. Operamos sob concessão nacional para longa distância e uma concessão internacional assegurada pela Anatel em 02 de junho de 1998, obtida sob regime público. Para conhecer a descrição de um regime público, ver Concessões e Autorizações abaixo. Junto com as três companhias regionais de linha fixa somos uma das quatro companhias no Brasil operando sob concessão em regime público. Estamos sujeitos a cumprir algumas obrigações, principalmente em relação ao atendimento do serviço em todo o País, referido neste relatório como serviço universal, qualidade do serviço, modernização e expansão da rede. Se algumas dessas obrigações não forem cumpridas, a Anatel tem poder para impor penalidades inclusive a revogação da concessão. Ver - Visão Geral do Negócio - Regulamentação da Atividade Brasileira de Telecomunicações Agência Reguladora Anatel. Nossa rede consiste na mais ampla rede em telecomunicações a longa distância na América Latina proporcionando conexões nacionais e internacionais a milhares de negócios. A rede conecta todas as linhas fixas regionais e operadoras de celular no Brasil. Somos o principal provedor de transmissão de dados em alta velocidade e da Internet no Brasil, utilizando a mais ampla rede de sistemas de transmissão por fibra ótica de banda larga. As instalações para transmissão nacional e internacional a longa distância se estendem por todos os 26 estados do Brasil e o Distrito Federal. Após a privatização, o ambiente competitivo no qual operamos mudou. Enfrentamos agora novos concorrentes e estamos autorizados a oferecer alguns serviços que antes estávamos proibidos de oferecer. A Anatel emitiu duas novas licenças a uma única nova companhia para oferecer o serviço inter-regional e internacional de longa distância em competição conosco. Autorizou-nos também a competir com as três companhias de linha fixa regionais no serviço completo de longa distância intra-regional dentro da suas regiões, incluindo alguns serviços que eram prestados exclusivamente pelas companhias de linha fixa. Ver - B. Visão Geral do Negócio - Concorrência e B. Visão Geral do Negócio - Regulamentação da Atividade Brasileira de Telecomunicações Agência Reguladora Anatel. Nossa sede está localizada na Rua Regente Feijó, 166, Sala 1687-B, Rio de Janeiro, RJ, 20060-060, Brasil, e nosso telefone é 55-21-2121-6474. Gastos de Capital Nossas prioridades incluem implementar a última rede de acesso de milha para ligar diretamente nossos clientes empresariais à rede de longa distância da Embratel, acrescentando inteligência a nossos sistemas de comutação para apoiar serviços avançados e acentuar a flexibilidade do faturamento, das cobranças e dos sistemas de administração e rede. Em particular, damos alta prioridade aos projetos de capital que nos aproximem dos clientes empresariais. Em 2002, iniciamos a oferta de serviços locais a nossos maiores clientes empresas, o que expandiu nossa carteira e nos permitiu colocarmo-nos como um prestador completo de serviços sem depender das operadoras locais, reduzindo assim nossos custos de conexão de clientes a nossa rede, ou seja, nossos custos de interconexão. Também implementamos vários projetos ligados ao faturamento, administração de chamadas e melhoramento nos sistemas de cobrança. 15

Incorremos em gastos de capital de R$1,03 bilhão no ano de 2002, comparados com R$1,47 bilhão durante 2001. Estimamos que tais gastos em 2003 serão de, aproximadamente, R$1 bilhão, praticamente a totalidade que esperamos poder financiar com geração interna de fundos das operações. Em 2002, nossa subsidiária, Star One S.A. assinou um contrato para construção do satélite C-1. O custo do projeto para a Star One S.A. é de aproximadamente US$126,1 milhões. A Star One efetuou um pagamento inicial de 15% do valor estimado do projeto em 2002. O projeto deverá ser concluído em 2005. Ver nota 15.c nas demonstrações financeiras consolidadas. O quadro abaixo apresenta nossos gastos de capital para os exercícios 2000, 2001 e 2002: Exercício encerrado em 31 de dezembro 2000 2001 2002 (Em milhões de Reais) Infra-estrutura local e acesso... 299 397 255 Infra-estrutura de rede... 452 255 101 Dados e serviço da Internet... 256 290 348 Outros... 413 523 331 Total de gastos de capital... 1.420 1.465 1.035 B. Visão Geral do Negócio Nosso negócio é dividido em dois segmentos: telecomunicações e espacial. Segmento de Telecomunicações Consiste principalmente em prestar serviços domésticos de longa distância, Internet, dados e comunicação internacional no Brasil, para empresas e consumidores. Nossos produtos de serviços incluem transmissão de dados a alta velocidade, Internet, frame relay, comunicação de dados por comutação de pacotes e por satélite, serviço 0800 e serviço comutado e dedicado a longa distância. Serviço Doméstico a Longa-Distância Fornecemos serviço telefônico doméstico a longa distância, incluindo intra e inter-regional, em todo o Brasil. Antes de 3 de julho de 1999 éramos provedor exclusivo do serviço interestadual a longa distância, conforme a lei brasileira. Sob o regime regulamentar antes do desmembramento e da privatização, cada companhia de celular e de linha fixa geralmente operava dentro de cada um dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal, e tínhamos o direito exclusivo de levar as chamadas entre duas companhias de celulares e linhas fixas quaisquer. Duas das três regiões de linha fixa compreendiam vários estados. Em 3 de julho de 1999 as operadoras de linha fixa começaram a oferecer os serviços telefônicos interestaduais dentro de suas regiões. Fomos autorizados a atuar no serviço de longa distância dentro dos estados, o que não podíamos fazer antes daquela data. Dependemos das companhias telefônicas de longa distância e das operadoras de celulares para realizar a maior parte das chamadas entre usuários finais e nossa rede. As companhias de telefonia fixa e operadoras de celular, antes nossas afiliadas, hoje são nossas concorrentes. Durante 2002 a Anatel autorizou duas das três companhias de telefonia fixa a fornecer serviços inter-regionais. Nossa receita líquida doméstica de serviços de telefonia de longa distância participou em 58,4%, 61,1% e 61,3% em 2000, 2001 e 2002 de nossa receita líquida operacional total, respectivamente. Desde 2000, após o desmembramento e a privatização, nossos serviços telefônicos domésticos de longa de distância passaram a ser (i) inter-regionais e (ii) intra-regionais, ambos de longa distância. O serviço inter-regional de longa distância consiste nas chamadas originadas dentro de uma das três regiões de linha fixa e destinada a uma outra dessas mesmas regiões, e todas as chamadas realizadas por nós originadas em uma região de celular e destinada a outra. Ver Concorrência e Regulamentação da Atividade Brasileira de Telecomunicações Concessões e Autorizações. O serviço intra-regional de longa distância consiste em todas as chamadas originadas em uma área local dentro da região de linha fixa e destinada a outra área de chamada local dentro da mesma região. Uma área de chamada local geralmente equivale a um município e, em geral, existem diversas áreas de chamada local dentro de um código de área. Desde 3 de julho de 1999 fomos autorizados a prestar o serviço intra-estadual de longa distância, que é parte do serviço intra-regional. Isso representa uma extensão do serviço que podemos oferecer, 16

já que estávamos antes restritos a dispensar serviço interestadual de longa distância. Ver Concorrência e Regulamentação da Atividade Brasileira de Telecomunicações Concessões e Autorizações. Serviços Internacionais de Longa Distância Até 1999 éramos o único fornecedor de serviços telefônicos internacionais de longa distância no Brasil. Em 1999, a Anatel licenciou um novo concorrente, a Intelig, para fazer o mesmo serviço, competindo conosco. A Intelig iniciou as operações em 23 de janeiro de 2000. Durante 2002 a Anatel autorizou duas das três companhias de telefonia fixa a prestar serviços internacionais. Nossos serviços internacionais geraram 14,5%, 11,5% e 9,4% da receita operacional líquida total durante 2000, 2001e 2002, respectivamente. As receitas geradas por serviços telefônicos internacionais de longa distância são derivadas sobretudo de (1) outras operadoras internacionais de telecomunicações para chamadas que ingressam, completadas através da nossa rede no Brasil, e (2) encargos de chamadas internacionais que saíam, originadas no Brasil. Devemos pagar uma parcela de nossas receitas obtidas das operadoras de linha fixa e de celulares sobre as chamadas internacionais a outras operadoras internacionais em cujas redes tais chamadas são completadas fora do Brasil. Para uma descrição do novo modelo para a distribuição das receitas entre nós e as operadoras regionais de telefonia fixa, ver "- Regulamentação de Tarifa". Serviços de comunicação de dados Prestamos serviços de comunicação de dados, incluindo aluguel de serviço de comunicação de dados com alta velocidade, comunicação de dados via satélite, serviços Internet, comunicação de dados por comutação de pacotes, sistemas de frame relay e de correio eletrônico. Os serviços de comunicação de dados foram responsáveis por aproximadamente 23,9% e 24,3% e 25,8% de nossas receitas operacionais líquidas totais em 2000, 2001 e 2002 respectivamente. Somos proprietários de nossa própria rede de transmissão de dados por microondas e por fibra ótica. As redes de comutação por pacote das companhias regionais de telefonia fixa, que são de baixa velocidade, são conectadas a nossa rede de baixa velocidade. Também possuímos redes de fibra ótica em área metropolitana de importantes cidades com maior capacidade de acesso para os clientes e estamos expandindo nossa rede de fibra ótica em todo o Brasil, de forma a aumentar a qualidade dos serviços atualmente prestados. Utilizamos também nosso sistema de satélite para prestar serviços adicionais de comunicação de dados. Os três principais grupos de clientes que utilizam nossos serviços de comunicação de dados são instituições financeiras, entidades governamentais e grandes empresas. As instituições financeiras utilizam estes serviços principalmente para as operações bancárias, comunicação por telecomutação e entre agências. As entidades governamentais utilizam esses serviços para processamento de dados, de caráter legal e outros bancos de dados e integração de voz, dados e imagem. As grandes empresas utilizam esses serviços para e-mail, processamento de dados, integração de voz, dados e imagem, faturamento e administração. Outros Serviços Adicionalmente aos serviços de telefonia e de comunicação de dados, prestamos outros serviços, incluindo transmissão de texto, telex, som e imagem por satélite móvel e comunicações marítimas. O valor líquido destes serviços adicionais foi responsável por 3,2%, 3,1% e 3,5% de nossas receitas operacionais líquidas totais em 2000, 2001 e 2002 respectivamente. Serviços Locais Em 16 de agosto de 2002, a Anatel concedeu à Embratel uma autorização para a prestação de serviços de telefonia local em todas as regiões do Brasil. Estes serviços começaram a funcionar em poucas cidades no quarto trimestre de 2002, representando uma receita operacional líquida de 0,2% do total da receita operacional líquida em 2002. Eventos Subseqüentes Em 31 de março de 2003, celebramos um contrato com a IBM Brasil por um prazo de dez (10) anos. O valor do contrato é R$828 milhões a serem pagos em treze (13) prestações. De acordo com o contrato, a IBM Brasil fornecerá atendimento ao cliente, serviço de campo, rede, suporte técnico à Intranet e Extranet, serviços de inventário de software, e outros serviços técnicos e de suporte de informática. Segmento Espacial 17