Vigilância e prevenção das Doenças de transmissão vertical - 2014
Tuberculose Chagas, Malária
Principais Doenças de Transmissão Vertical no Brasil Sífilis congênita HIV-AIDS Hepatites B e C Rubéola congênita Toxoplasmose congênita
Sífilis
Taxa de transmissão vertical no Brasil >60%
Sífilis congênita no Brasil 11.000 casos notificados em 2012 150 óbitos infantis 250 óbitos fetais 8.300 internações em menores de 1 ano (2014) Incidência 3,3 casos por mil nascidos vivos
Sífilis congênita no RJ 1500 internações em 2014 Taxa de incidência: 9,8 por mil nascidos vivos Meta de eliminação da sífilis congênita: (<0,5/1000 nascidos vivos) até 2015
Sífilis na gestante Definição de caso de sífilis em gestantes para fins de vigilância epidemiológica: Gestante que durante o pré-natal apresente evidência clínica e/ou sorologia não treponêmica reagente, com teste treponêmico positivo ou não realizado.
Tratamento da gestante (lembrar de investigar e tratar o parceiro) ESTADIAMENTO PENICILINA G BENZATINA INTERVALO ENTRE AS SÉRIES CONTROLE DE CURA (SOROLOGIA) Sífilis primária 1 série Dose total: 2.400.000 UI IM Dose única VDRL mensal Sífilis secundária ou latente com menos de 1 ano de evolução 2 séries Dose total: 4.800.000 UI IM 1 semana VDRL mensal Sífilis terciária ou com mais de um ano de evolução ou com duração ignorada 3 séries Dose total: 7.200.000 UI IM 1 semana VDRL mensal
Tratamento da gestante Tratamento adequado da sífilis na gestante: é todo tratamento completo e adequado ao estágio da doença e feito com penicilina e finalizado pelo menos 30 dias antes do parto e resposta sorológica (queda dos títulos) e parceiro tratado concomitantemente
Sífilis congênita
Manejo do RN
Líquor na Sífilis congênita Leucocitose (mais de 25 leucócitos/mm3) e a elevada concentração de proteínas (mais de 150 mg/dl) VDRL positivo no LCR = neurossífilis, independentemente de haver alterações na celularidade e/ou na concentração de proteínas
RX na Sífilis congênita Periostite Osteocondrite metafisária
Sífilis congênita: natimortos
Sífilis congênita: quadro típico
HIV
Prevalência de HIV em gestantes no Brasil : 0,4%
Transmissão vertical do HIV no Brasil Meta de eliminação da transmissão vertical do HIV (taxa < 1%) até 2015
Casos novos de AIDS por TV 900 800 700 600 500 400 300 200 100 0 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
Gestante HIV +
Como saber se o RN exposto adquiriu a infecção pelo HIV?
Outras doenças de transmissão vertical
Hepatites B e C A transmissão vertical da hepatite B para crianças filhas de gestantes HBeAg-reagentes ocorre em 70 a 90% dos casos. Estima-se que o risco de carcinoma hepatocelular nas crianças infectadas por transmissão vertical pelo vírus da Hepatite B seja 200 vezes maior que o da população geral. A transmissão vertical do vírus da hepatite C ocorre em cerca de 5% a 6% das crianças nascidas de gestantes portadoras de HCV, mais naquelas com alta carga viral de HCV no momento do parto, e/ou na co-infecção com o HIV. Atualmente, devido à indisponibilidade de medidas profiláticas e terapêuticas que evitam a transmissão vertical do HCV durante a gestação, a prevenção deve ser realizada através do tratamento prévio de mulheres em idade fértil, portadoras do HCV, associado ao planejamento reprodutivo.
Hepatite B Checar status vacinal
Prevenção de hepatite B nos recém-nascidos Todos os RN devem ser vacinados com a primeira dose da vacina anti-hepatite B nas primeiras 12 h de vida, independentemente do status sorológico da mãe. Mães HBsAg Positivas: além da vacina, o RN deve receber:
Toxoplasmose congênita Só é notificada em unidades sentinela Estudos sobre Toxoplasmose congênita - Brasil 1,25/1.000 nv Minas Gerais 1/1.000 nv Belém 78% lesão ocular IGM + : 4,2% gestantes/puérperas em Niterói - SUS 2,5/1000 nascimentos
Quadro clínico
Toxoplasmose
Prevenção da toxoplasmose congênita
Síndrome da Rubéola congênita notificação imediata
Prevenção de rubéola congênita Todas as mulheres em idade fértil devem ter, recebido, no mínimo duas doses da vacina. Caso contrário, está indicado completar a vacinação.
Rubéola
Prevenção do Tétano neonatal Embora não seja uma doença de transmissão vertical, o tétano neonatal é totalmente evitável por medidas de proteção vertical.
Plano de eliminação do tétano neonatal no mundo
Notificação imediata
O que pedir no pré-natal?
Rede Cegonha
Referências Bichara et al. Incidence of congenital toxoplasmosis in the city of Belém, state of Pará, northern Brazil, determined by a neonatal screening program: preliminary results.. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2012; 45(1):122-4. Moura et al. Prevalence and risk factors for Toxoplasma gondii infection among pregnant and postpartum women attended at public healthcare facilities in the City of Niterói, State of Rio de Janeiro, Brazil. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 2013; 46(2):200-207. Serafim AS et al. Incidence of congenital syphilis in the South Region of Brazil. Rev Soc Bras Med Trop. 2014; 47(2):170-178. Ministério da Saúde. Protocolo de investigação de transmissão vertical. 2014. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2014/56592/tv_2_pdf_18693.pdf Ministério da Saúde. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas para manejo da infecção pelo HIV em crianças e adolescentes. 2014. Disponível em: http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2014/56319/_p_15_07_2014_protocolo_gu ia_rapido_pediatrico_p_25629.pdf Ministério da Saúde. Transmissão vertical do HIV e sífilis: estratégias para redução e eliminação. 2014 http://www.aids.gov.br/sites/default/files/anexos/publicacao/2014/56592/tv_2_pdf_18693.pdf
Exercício