FONTES DE INFORMAÇÃO DE MODA: PESQUISAS SOBRE INFORMAÇÃO DE MODA NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA



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FONTES DE INFORMAÇÃO DE MODA: PESQUISAS SOBRE INFORMAÇÃO DE MODA NAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS DA REGIÃO SUL DE SANTA CATARINA Orientador: Icléia Silveira¹ Bolsistas: Gabriela Althoff Medeiros Rödel² Mariana Pirossi² Bruna Marina rudolpho² Palavras-chave: informação de moda, região Sul, Santa Catarina, têxtil. A pesquisa a seguir tem como objetivo entender como a informação de Moda e sua gestão, em micro e pequenas do setor têxtil, de vestuário e calçados acontecem. Para isso foram feitos questionários nas empresas do porte sugerido na região Sul do estado de Santa Catarina, a fim de descobrir quais os portais de Moda são utilizados para a pesquisa de tendências, bem como quais as feiras e cidades que são visitadas pelas empresas para efetuar esta pesquisa. Além disso, também se fez necessário conhecer como a relação entre empresa e consumidor acontece. 1 Introdução As empresas do vestuário trabalham com a expectativa de manter vantagem competitiva em relação a seus concorrentes. Além da escolha de estratégias para este fim, procuram usar tecnologias adequadas na busca de informações sobre tendências de moda, comportamento do consumidor, novas tecnologias e inovações disponibilizadas para o setor. Atualmente, as informações estão muito mais acessíveis, levando vantagem quem consegue filtrar e interpretar melhor e mais rápido essas informações. Existem inúmeras fontes de informação a serem acessadas, mas a empresa deve começar com a definição das necessidades de informação, para selecionar as fontes de pesquisa. De posse das informações, as empresas constroem conhecimentos a serem aplicados em ações; recursos que podem ser usados para novas oportunidades de negócios e manutenção da vantagem competitiva. A gestão da informação estabelece métodos e processos para identificação das fontes de pesquisa, coleta, tratamento técnico, armazenamento, análise e avaliação de dados e informações, tendo em vista a criação de novos conhecimentos a serem aplicados nos processos industriais. A tecnologia é um instrumento que facilita a captura, a criação do banco de dados e distribuição das informações para o uso das empresas. Quando as empresas têm entendimento claro sobre o significado do conteúdo das informações, transformam a informação em conhecimento e o conhecimento em ação. Sendo assim, esta pesquisa tem como finalidade identificar os meios usados pelas micro e pequenas empresas do vestuário da Região Sul de Santa Catarina, para acessar informações de moda. Este contexto envolve as tecnologias que têm sido responsáveis por mudanças significativas na forma como a informação é acessada, produzida, disponibilizada e disseminada entre os membros das empresas. Trata-se, portanto, de uma fonte aplicada a gestão da informação e do conhecimento de maneira mais rápida e eficaz. Quanto à forma da abordagem do problema, esta pesquisa se caracteriza como investigação quantitativa. Quanto aos objetivos como exploratória e descritiva. A amostra da pesquisa é intencional, uma vez que foram selecionadas empresas do vestuário do Estado de Santa Catarina cadastradas no CIESC (Centro das Indústrias do Estado de Santa Catarina). Quanto aos procedimentos técnicos para a coleta de dados, serão utilizadas referências bibliográficas, entrevistas e questionários aplicados na pesquisa de campo. Por meio das pesquisas realizadas nas empresas do vestuário, pode-se obter 1: Orientador, Professor do Departamento de Moda CEART - UDESC icleia.silveira@gmail.com 2: Acadêmico(a) do Curso de Bacharelado de Moda Habilitação em Design de Moda CEART - UDESC, bolsista de iniciação científica PIBITI/CNPq.

conhecimento do problema levantado, reunindo informações detalhadas, com o objetivo de apreender a totalidade das várias situações em estudo. No sistema de dados da CIESC (2012) consta na Região Sul: 75 micro empresas do vestuário e 57 de pequeno porte, separadas por atividade, regiões, municípios, ramo de atividades, número de funcionários e por porte. Detalhamento das etapas da pesquisa 1) Definição e organização das fontes de pesquisa; 2) Fundamentação Teórica Leituras exploratórias e interpretativas da base teórica; 3) Consulta ao banco de dados do Guia Web SC (inicio no mês de Março de 2013); 4) Organização dos endereços eletrônicos de cada empresa, mantendo-se a mesma divisão por regiões e por porte; 5) Encaminhamento do questionário, por e-mail, para cada empresa; 6) Arquivamento das respostas recebidas, por porte e por região; 7) Etapa da pesquisa por telefone será realizada quando foram esgotadas todas as possibilidades da realização da pesquisa via e-mail; 9) Tratamento dos dados quantitativos obtidos para processamento, construção dos gráficos e análise descritiva. Para a organização das perguntas objetivas do questionário, a ser aplicado na pesquisa de campo, foi feito primeiro uma pesquisa para identificar todas as fontes de informação que disponibilizam dados, informações e conhecimentos para as empresas do vestuário. Os fundamentos teóricos que serão abordados na sequência, têm como propósito oferecer uma visão da gestão da informação e do conhecimento e das fontes de informação especializadas para as indústrias da moda. 2 A Gestão da Informação e do Conhecimento Para gerenciar a gestão da informação é preciso primeiro mapear, identificar os tipos necessários, categorizar e então disponibilizar para amplo acesso. Deve-se planejar o que vai ser coletado e disseminado, para quem e como. Por isso, deve começar com a definição das necessidades de informação, passar pela coleta, armazenamento, distribuição, recuperação e uso das informações. 3 Fontes de Informações de Moda Para as empresas têxteis e do vestuário, existem fontes de dados e informações especializadas em atender estes setores. Estas estão disponíveis na internet (Portais), nas feiras, nos desfiles, nas revistas, com as associações, instituições governamentais, instituições comerciais, além de institutos, centros de estudos e núcleos que atuam na área. A seguir, há o detalhamento dos principais recursos utilizados por estas empresas. 3.1 Associações ABRAFAS (www.abrafas.org.br/indx.html) - Associação Brasileira de Produtores de Fibras Artificiais e Sintéticas, criada em 1968, como entidade representativa dos produtores de fibras manufaturadas. É uma sociedade de fins não econômicos, que atualmente congrega as empresas envolvidas na produção,

transformação e comercialização de fibras artificiais e sintéticas, responsáveis pela quase totalidade do valor global da produção dessas fibras no país. Ainda dentro de seus princípios e objetivos básicos, esta associação tem procurado representar, coordenar e defender os interesses das indústrias de fibras manufaturadas perante entidades públicas e privadas, nacionais e internacionais, buscando sempre conciliar os interesses de suas associadas com as necessidades do mercado ABRAVEST - (http://www.abravest.org.br) - Associação Brasileira do Vestuário, atua desde 1962, representando os interesses dos produtores do vestuário em âmbito nacional e internacional. Com sede em São Paulo, congrega inúmeros Sidicatos Patronais, distribuídos por todo o território brasileiro. Além de representar as empresas e indústrias do vestuário, a ABRAVEST presta serviços, organiza feiras e eventos, oferece cursos e palestras, além de selos de qualidade e outros esclarecimentos. ABICALÇADOS - (www.abicalcados.com.br) - A Abicalçados tem como objetivo a defesa das políticas do setor calçadista nacional, acompanhando e atuando diretamente em questão de interesse do segmento. Além disso, atua também para que os produtos do setor se tornem cada vez mais competitivos na produção dentro do país. A associação também é responsável em manter o Brazilian Footwear, projeto da ApexBrasil para o setor calçadista desde o ano 2000. ABIT - (www.abit.org.br) Fundada em 1970, a Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, representa a integração da cadeia têxtil brasileira, composta por mais de 30 mil empresas. A ABIT promove as empresas de todos os segmentos da indústria têxtil, desde o cultivo do algodão, matérias-primas sintéticas, fibras têxteis, fiações, tecelagens, malharias, tinturarias, estamparias até confecções. A ABIT tem como missão apoiar o desenvolvimento sustentado da indústria têxtil brasileira, defendendo seus interesses junto aos órgãos governamentais e internacionais, além de divulgar o setor junto ao grande público. ABEST - (www.abest.com.br) A Associação Brasileira de Estilistas é uma entidade sem fins lucrativos, visa fortalecer e promover as marcas nacionais de moda e design. Nascida em 2003 com apenas cinco associados, hoje conta com uma cartela de 75 grifes que confiam na associação para auxiliar o desenvolvimento da moda nacional no exterior, com ações, encontros, parcerias, estudos e incentivos de alcance internacional. ABTT - (www.abtt.org.br) - Associação Brasileira de Técnicos Têxteis - tem entre seus objetivos promover o intercâmbio de ideias e experiências entre os seus associados e os demais profissionais têxteis de outros países, bem como com entidades congêneres nacionais e estrangeiras. Até 1989 os associados da ABTT eram exclusivamente "técnicos e engenheiros têxteis formados em instituições oficiais do Brasil ou do exterior". A partir de então, apesar de manter seu nome original, é uma instituição aberta a todos os profissionais atuantes na cadeia produtiva têxtil e do vestuário, desde que possuidores de formação em nível de segundo grau ou superior, reconhecido como tal pela legislação oficial do país, em âmbito nacional. ASSINTECAL - (www.assintecal.org.br) - Associação Brasileira de Empresas de Componentes para Couro, Calçados e Artefatos é uma entidade sem fins lucrativos que tem como objetivo principal a integração da indústria brasileira de fornecedores da cadeia coureiro-calçadista, ampliando a competitividade do segmento e garantindo ações que beneficiem todo o setor. ABEPEM - (www.abepem.com.br) A Associação Brasileira de Estudos e Pesquisas em Moda, criada em 2009, tem como objetivo promover estudos e pesquisas por meio de eventos, congressos, seminários e parcerias acadêmicas ou institucionais, podendo contar com adesão de escolas, alunos, professores, pesquisadores, profissionais que tenham interesse nas questões relacionadas à moda e comportamento. São eventos da ABEPEM o Colóquio de Moda, o Congresso Internacional de Moda e Design, entre outros.

CICB http://www.cicb.org.br - Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil. A associação fundada em 1957, no Rio de Janeiro, tem como objetivo centralizar os interesses de todos os curtumes espalhados pelo país. A ideia é agregar valor ao elemento, industrializá-lo e torná-lo cada vez mais competitivo. 3.2 Exportação APEX Brasil - (www.apexbrasil.com.br) Agência de Promoção de Exportações e Investimentos - começou a operar em abril de 1998, com o objetivo de implementar a política de promoção comercial das exportações estabelecida pela CAMEX - Câmara de Comércio Exterior da Presidência da República. A meta estabelecida pela política de promoção comercial e perseguida pela APEX, por meio de seus projetos, é aumentar as exportações brasileiras para os atuais e para novos mercados, ampliando o número de produtos exportados com maior valor agregado e o número de empresas envolvidas com o comércio exterior. Texbrasil (www.abit.org.br/texbrasil) - Para auxiliar as empresas brasileiras a crescer nacional e internacionalmente a ABIT - Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção, em parceria com a Apex-Brasil - Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, criou, em 2001, o Programa Texbrasil - Programa de Exportação da Indústria da Moda Brasileira. A missão do programa é apoiar e preparar as empresas do setor para apresentar, de maneira organizada, os produtos brasileiros no mercado internacional. Utilizando diversas ferramentas e ações, o Texbrasil objetiva o aumento da plataforma de empresas brasileiras exportadoras, incentivando a inserção das mesmas no mercado globalizado. 3.3 Institutos, Centros de Estudos e Núcleos Cetim - (www.abravest.org.br) Centro de Estudos, Tecnologia e Informações de Moda. Qualifica a indústria de Confecção no Brasil, oferecendo: cursos, palestras, consultorias e demonstração de equipamentos voltados à indústria da moda. SENAI Cetiqt - (www.cetiqt.senai.br) - É um dos mais importantes centros de formação profissional, prestação de serviços e consultorias para a cadeia produtiva têxtil no Brasil e no mundo. Também é responsável por desenvolver estudos e pesquisas em diferentes setores da insútria, com foco em Antropometria, Comportamento e Consumo, Cor, Design, Economia criativa entre outros assuntos. D-Instituto de Design do Senai-Cetiqt É uma unidade totalmente voltada para o tema Mode e Design. Conta com profissionais altamente qualificados e infraestrutura de ponta, voltados para o incremento da moda e design brasileiros. O ID é uma Unidade de Tecnologia avançada visando à promoção e o reconhecimento da Marca Brasil através de uma Identidade criativa própria. Instituto de Prospecção Tecnológica e Mercadológica Órgão do Cetiqt especializado em informações necessárias ao processo de tomada de decisão, suporte exigido pela nova realidade das indústrias têxtil e de confecção. Instituto da Cor - www.cetiqt.senai.br/dcb/novox/port/cor/institutodacor.asp - O Senai/ Cetiqt há mais de dez anos vem investindo nas atividades e serviços na área da Colorimetria Industrial. O Instituto da cor representa uma oportunidade de integração dos diversos setores e conhecimentos da instituição, através de uma atuação estratégica que aumente as opções de negócios e a visibilidade do SENAI/CETIQT. O Instituto possui a capacidade de atender além da área têxtil, de confecção e moda, outros segmentos industriais onde a cor seja um fator importante para o desenvolvimento de produtos,

como: calçados, madeira e móveis, automotivo, cosméticos, alimentos, cerâmica, tintas, papel e celulose, vidro, arquitetura e gráfico. Grupo Luminosidade - Responsável pelos principais eventos e conteúdos ligados à moda do Brasil. Produtora das maiores semanas de moda e eventos relacionados a essa área, a Luminosidade funciona como ponto de convergência de um amplo mercado criativo. Fator de disseminação da imagem do Brasil no mundo e de fomento e profissionalização do setor, colabora e dá corpo e força para que a moda brasileira possa de fato se transformar numa realidade econômica, cultural e social no país e se consolidar ainda mais no cenário internacional dos mercados globalizados. O grupo também é responsável pela criação e realização do São Paulo Fashion Week, um dos cinco maiores eventos de moda do mundo, e do Hot Spot, a Luminosidade também coordena a produção do Fashion Rio, do Rio Summer e do salão de negócios de moda, o Rio-à-Porter; eventos esses que reúnem as principais marcas, empresas e instituições do Brasil. Em termos de comunicação e publicações, o grupo ainda detém os direitos autorais da Revista Mag!, SPFW Journal e o portal FFW.com.br Fashion Foward. IBModa - (www.ibmoda.com.br) - Instituto Brasileiro de Moda Instituição brasileira voltada exclusivamente à área de negócios da moda. Tem três linhas básicas de atuação: pesquisa, consultoria e ensino, sempre abordando a moda por seu aspecto mais amplo, centrado não apenas no vestuário, mas na união do design, do comportamento e do marketing, linhas mestras para o desenvolvimento da atuação do instituto. IEMI (www.iemi.com.br) - Instituto de Estudos e Marketing Industrial Desde 1985 oferece importantes informações e prestação de serviços para alguns setores empresariais. InMod (www.institutodamoda.org.br) - O Instituto da Moda tem por objetivo apoiar o estudo, a pesquisa e a realização de eventos nos campos da moda da roupa e da indumentária, cujos reflexos culturais, sociais e comportamentais possibilitem compreender a contemporaneidade. Igualmente, destina-se à realização de cursos de qualquer natureza, à produção editorial e ao desenvolvimento de ações para reunir um maior número possível de estudiosos, professores e pesquisadores que, em diferentes campos do saber, dediquem-se a entender a moda como fenômeno cultural, social e comportamental. Instituto Zuzu Angel - (www.zuzuangel.com.br) - O Instituto Zuzu Angel foi fundado em outubro de 1993 por Hildegard Angel, filha da estilista Zuzu Angel. O objetivo da instituição é incentivar a criação e a produção da cultura brasileira e, assim, resgatar e preservar as raízes nacionais. Tem importante contribuição para a geração de empregos promovendo, também, intercâmbio na área como forma de reconhecimento da moda brasileira. NDS (www.nds.ufrgs.br/novo) - O Núcleo de Design de Superfície da UFGRS é o órgão responsável pela interlocução entre universidade e indústria, e atua desenvolvendo desenhos para superfícies com aplicação em: estamparia, malharia, tecelagem, papelaria, web, texturas tácteis em 3 dimensões para materiais sintéticos, vidro. No setor ligado à moda (vestuário, decoração) desenvolve criação e pesquisas de informação e conceitos. Além disso: desenvolve cartelas de cores para coleções têxteis, cerâmica, decoração e outros, confecciona catálogos com aplicação de simulações em 3D, promove cursos, treinamentos, exposições e palestras com uma equipe de designers especializados no Sistema Vision, da Infodesign/NEDGraphics. NIDEM - (www3.unip.br) O Núcleo Interdisciplinar de Estudos de Moda disponibiliza ao público dados sobre pesquisa em moda produzida pelos pesquisadores do grupo e por alunos e professores da UNIP. Senac Moda Informação - (www1.sp.senac.br/hotsites/gd1/senacmodainformacao/index.html) - realizado desde 1993, é considerado o maior e mais importante evento de confirmação de produtos de moda da América Latina. Ocorre duas vezes por ano: em março, antecipando a informação para os

profissionais acertarem sua coleção de verão do ano seguinte; e, em outubro, traz as tendências do inverno do próximo ano em material impresso o caderno de produtos. 3.4 Portais de informação de Moda Especial Moda (www.almanaque.folha.uol.com.br/moda_index.htm) - Parte do Almanaque do jornal Folha de São Paulo, que montou um banco de dados online com notícias e matérias que saíram no jornal durante 8 décadas e incluiu uma seção dedicada à moda com matérias do acervo. Textilia - (www.textilia.net) - Próximo de completar 30 anos, o Grupo MjC Textília, empresa 100% brasileira, disponibiliza conteúdos, insights, análises, opiniões e tecnologias para empresários, profissionais, órgãos e entidades governamentais e privados, área acadêmica, líderes de opinião e demais interessados na cadeia têxtil brasileira. Através de longo trabalho de inteligência comercial foi criado pelo Grupo o maior Banco de Dados da Cadeia Têxtil. Investidores e prospects internacionais utilizam-se das informações como "porta de entrada" para o Brasil na realização de negócios nestes mercados. O Grupo, sediado na cidade de São Paulo, tem entre seus negócios a MJC Técnica de Comunicações, detentora das mais importantes publicações impressas trade do País voltadas ao atendimento de todo o fluxo de produção da cadeia têxtil. Com forte presença na Internet desde o ano de 1994 através do portal www.textilia.net, passou a desenvolver uma importante rede de parceiros, de networking e um aumento exponencial de novos leitores na América Latina, Europa e Ásia, não só pela rigorosa periodicidade, mas pela qualidade e credibilidade do conteúdo e informações disponibilizados no portal, incluindo a área restrita. A grande novidade é que nesta nova plataforma, todo o conteúdo poderá ser acessado em todos os idiomas do sistema "Google translator". UseFashion (www.usefashion.com) - rede de transferência de conhecimento especializado em moda, design e comportamento de consumo de forma global e multimídia. O portal conta com mais de 100 coolhunters espalhados pelos cinco continentes, que buscam informações e as traduzem para a realidade brasileira. O UseFashion possui assinantes como Zara, Malwee, Mara Mac entre outros grandes nomes do setor de moda. WGSN - (www.wgsn.com) - O portal, criado em 1998, é líder mundial na previsão e pesquisa de tendêcias de comportamento, consumo, moda e design. Apresenta prognósticos na mesma época em que acontecem as semanas de moda e conta com escritórios na América do Sul, América do Norte, Ásia, Europa e Oriente Médio. FFW - (www.ffw.com.br) - Portal de conteúdo da Luminosidade, o FFW.com.br Fashion Forward, foi lançado em dezembro de 2009. O portal foi o primeiro site de moda no Brasil a explorar a convergência de textos, fotos, áudio e vídeos. Em janeiro de 2008, foipioneiro do segmento de moda online a adotar os padrões da web 2.0 com um site colaborativo e aberto a participação dos internautas. Em 2009, ano estratégico para a Luminosidade, o portal SPFW se torna independente da marca do evento e passa a se chamar FFW.com.br, de Fashion Forward com o objetivo de ampliar ainda mais a cobertura já realizada, falando de tudo que inspira e serve de inspiração ao universo da moda, como música, beleza, comportamento, tecnologia, design, gente, consumo, cultura pop e sustentabilidade. 3.5 Semanas de Moda Os desfiles das semanas de moda ao redor do mundo são excelentes fontes de informação para as empresas do vestuário. Analisando juntamente os conceitos mostrados nas passarelas, o que está nas lojas das grandes grifes internacionais, bem como fatos políticos e econômicos mundiais é possível pensar o comportamento do consumidor. Trata-se de um exercício de percepção de intersecções

constante e muito revelador, e que auxilia na criatividade tanto de designers de moda, quanto de gestores e empreendedores. Tanto no Brasil, como no âmbito internacional, são muitas as semanas de moda que influenciam diretamente na criação de moda. Paris, Nova York, Londres e Milão são citadas como as mais importantes fashion weeks no hemisfério Norte e trazem para as passarelas grifes tradicionais, famosas, além de novos designers talentosos. Entretanto, para as micro e pequenas empresas estudadas e pesquisadas nesse artigo, também as semanas de moda que acontecem no Brasil apresentam grande importância. São Paulo Fashion Week, Fashion Rio, Minas Trend e Dragão Fashion estão entre as mais citadas. 4.6 Revistas impressas Apesar de as revistas impressas serem tão visadas pelo grande público, pôde-se notar que no âmbito empresarial e indústria elas nem sempre são a principal fonte de pesquisa quando o foco é tendência. Isso deve-se, principalmente, pela questão do tempo, já que o que estampa as revistas é o que já foi produzido na indústria. Logo, as revistas possuem um discurso dirigido muito mais para o consumidor que irá às lojas comprar o que está nas páginas impressas do que para o fabricante que deve ter acesso à informações de moda com grande antecedência. Assim sendo, inicialmente as resistas impressas fizeram parte do questionário enviado para as empresas. Entretanto, após a realização da pesquisa, ficou claro que este meio não é utilizado como forma de pesquisa nas micro e pequenas empresas do setor têxtil e de vestuário do sul do estado de Santa Catarina. 4 Pesquisa de Campo 4.1 A Região Sul de Santa Catarina Na Região Sul de Santa Catarina o segmento de confecção do vestuário caracteriza-se como um dos principais segmentos econômicos da região, onde é possível encontrar uma diversidade de produtos, como: jeans, camisas, lingerie, linha praia, malharia, surfwear e linha social. A produção de vestuário na região atingiu seu apogeu na década de 1980, período em que segundo Goulart Filho e Genoveva Neto (1997), passam a fazer parte também da cadeia produtiva deste mercado, as facções. Estas funcionam com a terceirização de mão de obra para multiplicar a produção das peças. Um levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina FIESC (2010) coloca a indústria catarinense na quarta posição em número de empresas no Brasil e em quinta, em número de trabalhadores. Neste contexto, a indústria da moda da região sul do estado é uma das responsáveis em concentrar um número expressivo na geração de empregos e na arrecadação de recursos aos seus municípios, se enquadrando como um dos pólos regionais de vestuário. Nesta Regional, são mais de 1.000 empresas do setor, de acordo com dados do SINDIVEST (Sindicato da Indústria do Vestuário de Criciúma) e da AMESC (Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense), e essa oferta tende a crescer, já que surgem por ano, cerca, de 30 novos nomes na indústria fashion. Todas essas considerações tornam evidentes os benefícios e o impulso que a região sul ganhou através do desenvolvimento da indústria de vestuário, que a cada nova coleção, evidencia a sua capacidade em acompanhar as tendências de moda. Por isso, é importante a busca das empresas do vestuário por novas fontes de informações e conhecimentos que possibilitem a inovação constante dos processos industriais e consequentemente a sua permanência no mercado. Na década de 1990, algumas empresas passaram a investir na própria marca, deixando de ser faccionistas para tornarem-se confeccionistas. É possível encontrar atualmente nas principais revistas de moda do país anúncios de peças criadas e produzidas por algumas empresas da região. Cita-se

como exemplo a Damyller, localizada na cidade de Nova Veneza; Mafferson/Dopping, localizada em Criciúma e Riccieri, localizada em Morro da Fumaça. Há ainda, outras empresas que sofreram grandes mudanças de posicionamento, e hoje despontam como grandes marcas nacionais, como a Colcci, criada em Brusque, e a Dudalina, localizada em Blumenau. Visto que a informação de moda tem grande importância no desenvolvimento e crescimento da indústria catarinense, que aos poucos deixa de ser produtora de matéria-prima, para destacar-se como produtora e criadora de elementos de moda com alto valor agregado, que apresenta-se o resultado da pesquisa feita sobre o assunto. 5.1 Resultados da Pesquisa Foram pesquisadas 14 micro-empresas enquadradas no setor têxtil, 66 micro-empresas enquadradas no setor de Vestuário, Calçados e outros artefatos. Além destas, também empresas de pequeno porte foram pesquisadas: 4 pequenas empresas no setor têxtil e 50 pequenas empresas no setor de Vestuário, Calçados e outros Artefatos, totalizando 134 micro e pequenas empresas. Cerca de 30% das empresas não participou da pesquisa. Via e-mail, 98% não respondeu ao questionário - a maioria dos e-mails foi devolvida por falta de atualização do enedereço eletrônico no guia concedido. Quanto aos e-mail não devolvidos, não foram respondidos e após três tentativas o contato foi via telefone. Ainda assim, o contato não foi estabelecido pelos seguintes motivos: a) o número não existe mais; b) o número não atende; c) a empresa não tem interesse em participar da pesquisa. Dos 70% da empresas participantes, obteve-se os resultados a seguir. Quanto à utilização de portais de Moda na internet, 50 % não utilizam esta ferramenta. Dos 50% que utilizam, foram citados os seguintes portais: Use Fashion, WGSN, FFW, Senai Design, ITT Press, além do Google de uma forma geral. Blogs, tanto nacionais quanto internacionais foram citados. Entre os mais lembrados, no âmbito nacional, tem-se Helena Bordon, Garotas Estúpidas, Petiscos, Lalá Rudge e Blog da Tássia. Internacionalmente, Estilo Bistrô, Romarri, Olivori, Colecione Bambin, carolinesmode, style.com, manrepeller.com, GBL Jeans e We hard it foram citados. Quando questionadas se a empresa proporciona viagens à equipe de criação, mais de 60% respondeu que não. Notou-se que quando ocorrem, as viagens são feitas pelos proprietários da empresa, principalmente. Nesse caso, destinos internacionais foram pontuais e cidades como Nova York, Londres, Milão e Gangzhou foram citadas. No Brasil, São Paulo, Rio de Janeiro, Blumenau e Gramado aparecem como os destinos mais procurados, já que nestas cidades acontecem as principais feiras do setor. Observou-se, também, que nenhuma das empresas questionadas participa efetivamente de feiras. Entretanto, somente 20% também não visita nenhuma feira. Os outros 80% citaram a Texfair, Premiére Vision, Premiére Brasil, Couro Moda, São Paulo Prét-à-porter e Salão Moda Brasil. Além destas, FENIM, FENIT e Febratex foram citadas por mais de 30% das empresas questionadas. Algumas empresas, inclusive, só viajam em função das feiras e destacaram a importância das mesmas para o desenvolvimento de seus produtos. É possível notar, então, que no âmbito das micro e pequenas empresas, muito mais que informações de tendência em portais de moda na internet, as feiras mostram-se ser locais em que os empreendedores depositam muita confiança e tiram suas guias de produção. Pode-se notar essa importância das feiras também através da análise da questão que pergunta aos empresários sobre sua participação efetiva - ou não - em semanas de Moda. Todas as empresas responderam que não participam e nem mesmo pesquisam nestes eventos. Alguns estilistas expuseram que, quando assistem as fashion weeks, não o fazem com olhos profissionais, mas acompanham por gostar do assunto. Foi possível observar também, que quanto ao contato com o consumidor as empresas fazem um trabalho mais atencioso. Por serem de micro e pequeno porte, a maioria tem contato direto com o

consumidor, através de loja própria, abrangendo quase 70% dos pesquisados. Este dado abre margem para uma nova conclusão: o contato direto entre a empresa e o cliente indica qual o caminho que a empresa deve seguir no desenvolvimento de seus produtos. Diferente de grandes empresas, que devido ao grande número de clientes e à distância entre quem cria e quem compra pode não conseguir ouvir e entender o que o seu público-alvo deseja, as micro e pequenas empresas têm a vantagem de, muitas vezes, ser o seu próprio público-alvo. O contato é mais direto e, por isso, desempenha um papel importante e eficaz. Além de loja própria, 60% das empresas conta com representantes comerciais, que fazem as vezes do consumidor na loja própria e carregam informações importantes para o feedbeack da empresa. Em porcentagem minoritaria, aparecem recepção na empresa e link de contato na internet através do site. Entretanto, 45% das empresas entrevistadas possuem perfis em redes sociais, onde têm contato com seus consumidores. 6 Conclusão Após estudar e pequisar as micro e pequenas empresas do setor têxtil e de vestuário da região Sul de Santa Catarina foi possível chegar à importantes conclusões. Quanto à pesquisa realizada, de fato, pôde-se observar que tratando-se de empresas de micro e pequeno porte, a informação de Moda representa um papel pouco valorizado e ligado única e exclusivamente ao modelista ou estilista - quando este é contratado. A equipe de criação, quando existe, conta com uma ou duas pessoas e muitas vezes é formada pelos proprietários e diretores do negócio. Ou seja, a informação de moda fica restrita ao pesquisador, mostrando a defasagem da gestão da informação mesmo em micro e pequenas empresas. Em muitos casos, a ausência do estilista ou modelista impossibilitou a pesquisa, por ser um assunto só por ele conhecido. Outro ponto que pode ser destacado é que hoje em dia, revistas impressas e semanas de moda são muito pouco utilizados como fonte de pesquisa, assim como viagens proporcionadas à equipe de criação. As empresas estudadas mostraram que as pesquisas não são sinônimo de investimento financeiro. Desta forma, a internet atua com grande importância e é a ponte entre as empresas e as tendências do mercado. Os blogs, os portais de moda e o próprio Google aparecem, muitas vezes, como únicas fontes de interação entre o estilista e as tendências de moda. Após estudar e observar os elementos utilizados para desenvolver este artigo, ficam claras necessidades e novos questionamentos. Faz-se importante destacar a necessidade de se desenvolver um guia de empresas moderno e eficiente. Mesmo tendo como ponto de partida um guia atulizado e datado em 2013, foi grande o número de empresas em que dados importantes de contato como e-mail e telefone estavam incorretos ou desatualizados. Além disso, apesar de várias empresas se enquadrarem em certas definições, nem todas respondiam aos mesmos critérios. Ou seja, muitas empresas em uma mesma listagem trabalham com produtos muito diferentes. No caso do consumidor ou daqueles que buscam certos serviços, esse fator é um obstáculo grande a ser ultrapassado. Nasce, também, o desejo de pesquisar empresas e indústrias de médio e grande porte para que se possa entender a gestão de informação de moda dentro delas e, então, traduzí-las para empresas menores, estudadas neste artigo. É possível acreditar, então, que desta forma o desenvolvimento destas aconteça de maneira mais coesa e segura. Ainda neste ponto, parece necessário desenvolver planos de pesquisa conjuntos, diminuindo os custos e aumentando as chances de sucesso entre as empresas para que, com isso, a pesquisa gere resultados concretos e mostre que, dada a devida importância, ela significa geração de maiores lucros e crescimento. Conclui-se então, que a gestão da informação de moda, assim como a própria pesquisa em busca desta informação deve ser aprimorada também quando se trata de micro e pequenas empresas, já que é um fator determinante para a concretização das mesmas no mercado e seu crescimento.

7 Referências GOULARTI FILHO, Alcides; JENOVEVA NETO, Roseli. A indústria do vestuário: Economia, estética e tecnologia. Florianópolis: Letras Contemporâneas, 1997. AMESC -Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense. http://www.amesc.com.br/home/, acessado em 27 de Maio de 2013. Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina. Santa Catarina em Dados / Unidade de Política Econômica e Industrial. - Florianópolis: FIESC, 2011.