PROJETO DE INTERVENÇÃO EM ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAM CARNES



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Transcrição:

.Sistema Único de Saúde Ministério da Saúde Governo do Estado de Goiás Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental Coordenadoria de Saúde do Trabalhador PROJETO DE INTERVENÇÃO EM ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAM CARNES GOIÂNIA 2003

PROJETO DE INTERVENÇÃO EM ESTABELECIMENTOS QUE COMERCIALIZAM CARNES Apresentado à Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental / SES-GO

Governo doestado de Goiás Marconi Ferreira Perillo Júnior Secretaria do Estado da Saúde Fernando Passos Cupertino de Barros Superintendência de Vigilância Sanitária e Ambiental Maria Cecília Martins Brito Gerência de Desenvolvimento Técnico em Produtos Ângela Maria de M. Miranda Cardoso Coordenadoria de Alimentos Márcia Regina Moura Dias Gerência de Desenvolvimento Técnico em Serviços e Ambientes Elaine Sousa Santos Coordenadoria de Saúde do Trabalhador Maria Ester Ferreira dos Santos Projeto Elaboração do Projeto Maria Ester Ferreira dos Santos Apoio Técnico Izilda Simões Vitorino Eliam Márcia Regina Moura Dias Grupo de Trabalho Márcia Regina Moura Dias Maria Ester Ferreira dos Santos

SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO... 5 2 JUSTIFICATIVA... 5 3 OBJETIVOS... 7 3.1 Objetivo Geral... 7 3.2 Objetivos Específicos... 7 4 PÚBLICO ALVO... 7 5 METODOLOGIA... 8 6 ESTRATÉGIAS... 8 7 METAS... 9 8 AVALIAÇÃO... 9

5 1 APRESENTAÇÃO A Superintendência de Vigilância Sanitária através das Coordenadorias de Saúde do Trabalhador e de Alimentos desenvolveu o presente projeto, tendo em vista o não cumprimento das normas sanitárias e de promoção e proteção à saúde da população e dos trabalhadores, por parte dos estabelecimentos que comercializam carne no Estado de Goiás. A comercialização da carne requer normas e critérios para atender aos padrões de identidade e qualidade previstas em legislação, bem como a prevenção de doenças e acidentes relacionados ao trabalho. Com proposta de ações planejadas, novas metodologias de combate ao abate clandestino estão sendo definidas na perspectiva de promover e proteger os cidadãos dos malefícios causados pela ingestão de carne sem padrões sanitários. Tendo em vista que a carne está exposta à contaminação em todas as fases, particularmente na que é mais manipulada, é por essa razão que foram estabelecidos métodos e padrões e a adoção das Boas Práticas de Manipulação que visa reduzir a contaminação de origens variadas.

2 JUSTIFICATIVA 6 A SVISA recebeu requisição do Ministério Público, para fiscalização nos estabelecimentos que comercializam carnes, com o objetivo de apurar as eventuais irregularidades encontradas no cumprimento das normas sanitárias e de proteção à saúde do trabalhador. Considerando os riscos a que estes trabalhadores estão expostos, sendo os acidentes mais freqüentes aqueles provocados por ferramentas cortantes, a Coordenadoria de Saúde do Trabalhador optou pela estratégia de realizar o diagnóstico da situação atual do funcionamento destes estabelecimentos para definir as ações mais eficazes na redução do risco que esta atividade representa para o trabalhador. Conhecendo a facilidade de contaminação, bem como a grande quantidade de doenças veiculadas pela carne, a Coordenadoria de Alimentos elaborou normas de Boas Práticas de Manipulação e Roteiro de Inspeção para verificação do cumprimento das Boas Práticas. As ações propostas pela equipe serão desenvolvidas de acôrdo com a competência da SVISA, que tem a missão de eliminar, reduzir e prevenir riscos à saúde das pessoas, intervindo nos problemas sanitários decorrentes da produção, distribuição, comercialização e uso de bens de capital e de consumo e na prestação de serviços de interesse da saúde.

3 OBJETIVOS 7 3.1 Geral Executar um conjunto de ações para minimizar o risco de doenças e acidentes ocupacionais, decorrentes da manipulação e das atividades realizadas nos Comércios de Carnes. 3.2 Específico 3.2.1 Construir um plano de ação, utilizando medidas corretivas e/ou alternativas, através de treinamentos e palestras visando promover a saúde, prevenir as doenças e acidentes ocupacionais. 3.2.2 Realizar o trabalho de campo e levantamento dos problemas. 3.2.3 Realizar inspeções para correção das irregularidades. 4 PÚBLICO ALVO As ações visam proteger a saúde dos trabalhadores de Comércios de Carnes, e os consumidores dos produtos manipulados nestes estabelecimentos.

8 5 METODOLOGIA Serão realizadas inspeções sanitárias nos açougues, com estudo descritivo dos ambientes, condições de trabalho e manipulação, orientado por roteiro elaborado conforme as Boas Práticas de Manipulação, nos moldes de inquérito preliminar e questionário individual. A tabulação dos dados com análise dos resultados permitirá à equipe da SVISA, a definição das propostas de intervenção nos riscos identificados. 6 ESTRATÉGIAS 6.1 Treinar os fiscais sanitários, das Regionais e Municípios na técnica de preenchimento do questionário e roteiro de inspeção, com um total de 08 (oito) horas/aula. 6.2 Desenvolver ações conjuntas com as equipes municipais, sensibilizando-as e capacitando-as para realizarem o monitoramento e exigirem o cumprimento das normas sanitárias pelos estabelecimentos. 6.3 Supervisionar as ações executadas pelas equipes municipais, onde o trabalho estiver sendo desenvolvido.

7 METAS 9 Serão fiscalizados 70% (setenta por cento) dos açougues localizados no Estado de Goiás num período de 08 (oito) meses. A aplicação do questionário deverá alcançar 100% dos trabalhadores destes estabelecimentos. 8 CRONOGRAMA DE IMPLANTAÇÃO Mês/03 Abr Ago Set Out Nov Regional Anápolis Goiânia Rio Verde Ceres Formosa Catalão Iporá Porangatu Luziânia Goiás Jataí Itumbiara São L. M. Belos Campos Belos 9 AVALIAÇÃO 8.1 Reuniões mensais para avaliar a execução das metas propostas e cumprimento das normas estabelecidas.