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Boletimj Manual de Procedimentos Fascículo N o 20/2014 Santa Catarina // Federal IPI Embalagem de apresentação e de transporte.... 01 // Estadual ICMS Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Dacte.... 04 // IOB Setorial Estadual Medicamentos - Redução da base de cálculo nas operações com medicamentos.... 12 // IOB Comenta Federal IPI - Base de cálculo - Aplicação do arbitramento.... 12 // IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de câmbio - Cartão de crédito... 13 Operações de crédito - Recolhimento - Mutuário pessoa jurídica - Código de receita... 13 Operações de crédito - Recolhimento - Prazo.................. 14 ICMS/SC Base de cálculo reduzida - Distribuidores ou atacadistas... 14 Programa governamental estadual - Pró-Cargas - Objetivo.... 14 Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de crédito a ICMS - ECF a ICMS - Escrituração Fiscal Digital (EFD)

2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Capa: Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo) 0800-724-7900 (Outras Localidades) Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) ICMS, IPI e outros : IPI : DIPJ : 2014 : informações... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos) ISBN 978-85-379-2151-7 1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série. 14-03727 CDU-34:336.223(81) Índices para catálogo sistemático: 1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81) Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei n o 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998). Impresso no Brasil Printed in Brazil Boletim IOB

Boletimj Manual de Procedimentos a Federal IPI Embalagem de apresentação e de transporte SUMÁRIO 1. Introdução 2. Acondicionamento destinado à apresentação do produto 3. Produtos adquiridos de terceiros - Aposição de rótulos e/ou realização de pequenas alterações na embalagem 4. Acondicionamento para transporte 5. Tributação caracterizada pelo peso das unidades 1. Introdução O acondicionamento de produtos em embalagem de apresentação ou para transporte caracteriza, ou não, a operação como de industrialização, definindo, dessa forma, a incidência ou não do IPI no momento da saída do produto do estabelecimento. Neste texto, examinaremos os requisitos que caracterizam a embalagem como de apresentação ou para o simples transporte de produtos, com fundamento no Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, e em outros atos que serão citados no transcorrer da matéria. (RIPI - Decreto nº 7.212/2010) 2. Acondicionamento destinado à apresentação do produto É considerada industrialização, nos termos do art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010, entre outras hipóteses, a operação que importe em alterar a apresentação do produto pela colocação de embalagem, Não são consideradas embalagens de apresentação, nos termos do 2º do art. 6º do RIPI/2010, aquelas cuja natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou a outras estabelecidas em lei ou atos administrativos ainda que em substituição da original, salvo quando a embalagem colocada for destinada apenas ao transporte da mercadoria (acondicionamento ou reacondicionamento). Assim, segundo o mencionado dispositivo, verifica-se que, em relação a determinados produtos, a incidência do IPI é determinada em função de seu acondicionamento ou não em recipientes, embalagens ou envoltórios destinados à sua apresentação. Os produtos estão sujeitos à tributação do IPI de acordo com a Tabela de Incidência do IPI (TIPI) quando estiverem acondicionados em embalagens de apresentação, e estão fora do campo de incidência do imposto se a embalagem se destinar ao simples transporte, visto que, segundo a ressalva contida no mencionado dispositivo (art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010), essa operação é excluída do conceito de industrialização item 4). (examinar Nessa linha de raciocínio, encontra-se na TIPI o produto castanha de caju com as seguintes classificações fiscais: 0801.31.00 - castanha de caju com casca; e 0801.32.00 - castanha de caju sem casca. Conforme disposto na TIPI, tanto o produto classificado no código 0801.31.00 como o classificado no código 0801.32.00 não estão sujeitos à incidência do IPI (não tributados ou NT ). Contudo, esses produtos estarão sujeitos à incidência do imposto (embora tributados com alíquota zero) caso sejam acondicionados em embalagem de apresentação, segundo os destaques Ex contidos logo após a descrição de cada produto. Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-01

Observe-se que a operação sob análise, ou seja, acondicionamento ou reacondicionamento, figura entre várias outras que a legislação considera como industrialização. Portanto, se o estabelecimento executa, por exemplo, operação de transformação, assim entendida aquela que, exercida sobre matéria-prima ou produto intermediário, importe na obtenção de espécie nova (prevista no art. 4º, caput, I, do RIPI/2010), o produto obtido estará no campo de incidência do IPI. A embalagem, nessa hipótese, tem caráter meramente acessório em relação ao produto final, isto é, o valor da embalagem seguirá o mesmo tratamento que é atribuído ao produto final (salvo aquela susceptível de utilização repetida). (RIPI/2010, art. 4º, caput, I e IV; TIPI - Decreto nº 7.660/2011) 2.1 Critério de definição por exclusão A Coordenação do Sistema de Tributação (CST) analisou a matéria por intermédio do Parecer Normativo CST nº 66/1975. De acordo com esse Parecer, enquanto o Regulamento do Imposto de Consumo procurou dar uma diferenciação objetiva ao assunto, definindo, isoladamente, cada tipo de embalagem, os Regulamentos posteriores passaram a adotar o critério de definição por exclusão, isto é, toda e qualquer embalagem que não se enquadrar no conceito de acondicionamento para transporte há de ser de apresentação. Acrescente-se que esse critério foi mantido pelos Regulamentos anteriores ao vigente RIPI/2010, inclusive, pelo art. 6º deste último, razão pela qual continuam vigentes os esclarecimentos trazidos pelo mencionado Parecer Normativo CST nº 66/1975. O item 3 do referido Parecer esclarece, ainda, que: Da sistemática adotada pelo dispositivo regulamentar de definição por exclusão se infere que toda e qualquer embalagem que não se enquadrar perfeitamente dentro do conceito de acondicionamento para transporte, há que ser de apresentação, não havendo como fugir dessa alternativa. Em suas considerações finais, o parecerista consigna os seguintes exemplos de embalagem de apresentação: a) as embalagens, ainda que com capacidade superior a 20 kg (veja letra b do item 4), em que são apostos rótulos dispensáveis, assim entendidos aqueles que contenham figuras e dizeres impressos em cores, que impliquem despesa mais elevada, obviamente com o propósito de promover o produto; b) o acondicionamento em latas de folhas de flandres de capacidade inferior a 20 kg, hermeticamente fechadas por processo de segurança, igualmente dispensável, mas que implique elevação de despesa para assegurar ao produto maior probabilidade de comercialização. É conveniente salientar que não são consideradas embalagens de apresentação, nos termos do 2º do art. 6º do RIPI/2010, aquelas cuja natureza do acondicionamento e as características do rótulo atendam, apenas, a exigências técnicas ou a outras estabelecidas em lei ou atos administrativos. (RIPI/2010, art. 6º, caput, II, 2º; Parecer Normativo CST nº 66/1975) 2.2 Solução de Consulta RFB Transcrevemos, a seguir, a Solução de Consulta RFB nº 5/2011, que trata do assunto: MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 5 de 14 de Janeiro de 2011 ------------------------------------------------------------------------------ ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO: BENEFICIAMENTO - TRANS- FORMAÇÃO ACONDICIONAMENTO/REACONDICIONA- MENTO - EMBALAGEM DE APRESENTAÇÃO. Corte, Rebobinamento e Colocação de dados e logomarca na Revenda A operação de corte em correia transportadora plana adquirida em rolo maior para revenda em metragem linear, na medida desejada pelos clientes, não constitui industrialização. Todavia a operação de rebobinamento em carretel após o seu corte, com rotulação promocional de logomarca e dados para revenda a clientes caracteriza industrialização. (Solução de Consulta RFB nº 5/2011) 3. Produtos adquiridos de terceiros - Aposição de rótulos e/ou realização de pequenas alterações na embalagem A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo que em substituição da original, é caracterizada como industrialização (acondicionamento ou reacondicionamento), salvo quando se destinar ao simples transporte do produto, de acordo com o art. 4º, caput, IV, do RIPI/2010. 20-02 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

Contudo, segundo entendimento manifestado pelo Parecer Normativo CST nº 520/1971 (item 3), a mera aposição de rótulos e/ou a realização de pequenas e irrelevantes alterações na embalagem original de produtos adquiridos de terceiros não constitui industrialização, como, por exemplo, a simples pintura de produtos que venham acondicionados em latas. Especificamente no que se refere à rotulagem, o citado Parecer faz advertência no sentido de que é vedado ao adquirente, contribuinte ou não do IPI, rotular os produtos (adquiridos de terceiros) como se fossem de sua fabricação. Posteriormente, o assunto voltou a ser examinado pela CST, por intermédio do Parecer Normativo CST nº 163/1973, no qual foi consignado o entendimento de que é facultado aos comerciantes não contribuintes do IPI rotular os produtos industrializados adquiridos de terceiros para venda ou revenda. Entretanto, dessa prática não poderá resultar nenhum prejuízo à perfeita identificação da verdadeira procedência dos referidos produtos. (RIPI/2010, art. 4º, IV; Parecer Normativo CST nº 520/1971, item 3; Parecer Normativo CST nº 163/1973) 3.1 Anexação de um produto a outro (kit) O Parecer Normativo CST nº 112/1974 esclarece que qualquer operação de anexação de produtos, pela juntada de suas embalagens, por qualquer processo, que forme um único conjunto, para venda no varejo, é considerada acondicionamento para efeito de incidência do IPI. Segundo o mencionado Parecer, embalagem não é só o envoltório de cada um dos produtos isoladamente considerados, mas também o envoltório, mesmo separado em suas partes internas, que acondiciona um conjunto de objetos, destinado a venda no varejo. (TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Parecer Normativo CST nº 112/1974) 3.2 Solução de Consulta Cosit A Solução de Consulta nº 15/2014, da Coordenação-Geral de Tributação (Cosit), estabelece que a colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento. Veja, a seguir, a íntegra dessa solução de consulta: SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT Nº 15, DE 13.01.2014 - DOU 1 de 14.02.2014 Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI Ementa: ACONDICIONAMENTO E REACONDICIONA- MENTO - PRODUTO IMPORTADO - COLOCAÇÃO DE NOVA EMBALAGEM COM LOGOMARCA. A colocação de embalagem em produtos tributados adquiridos de terceiros, mesmo em substituição da original, salvo quando se destine ao simples transporte do produto, caracteriza industrialização por acondicionamento ou reacondicionamento. Dispositivos Legais: Decreto nº 7.212, de 2010 - RIPI/ 2010, arts. 4º, inciso IV, e 6º; Pareceres Normativos CST nº 460, de 1970, 520, de 1971, e 66, de 1975. Cláudia Lúcia Pimentel Martins da Silva - Coordenadora- -Geral Substituta. (Solução de Consulta Cosit nº 15/2014) 4. Acondicionamento para transporte Para que o acondicionamento seja entendido como embalagem para transporte, caso em que a operação é excluída do conceito de industrialização, devem ser observadas, cumulativamente, as seguintes condições: a) ser feito em caixas, caixotes, engradados, barricas, latas, tambores, sacos, embrulhos e semelhantes, sem acabamento e rotulagem de função promocional e que não objetive valorizar o produto em razão da qualidade do material nele empregado, da perfeição do seu acabamento ou da sua utilidade adicional; e b) ter capacidade acima de 20 kg ou superior àquela em que o produto é comumente vendido, no varejo, aos consumidores. Verifica-se, portanto, que é de fundamental importância o atendimento cumulativo das condições descritas nas letras a e b para que o acondicionamento possa ser considerado como embalagem para transporte. O não atendimento de qualquer uma delas implicará considerar a operação de acondicionamento como de industrialização. Por essa razão é que o Parecer Normativo CST nº 66/1975, mencionado no subitem 2.1, assinala que as embalagens, ainda que com capacidade superior a 20 kg, com acabamento e rotulagem de função promocional, são consideradas como de apresentação. (RIPI/2010, art. 6º, 1º; Parecer Normativo CST nº 66/1975) 4.1 Solução de Consulta RFB Transcrevemos, a seguir, a Solução de Consulta RFB nº 86/2011, que trata do assunto: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-03

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 86 de 15 de Abril de 2011 ------------------------------------------------------------------------------ ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI EMENTA: ACONDICIONAMENTO E REACONDICIO- NAMENTO. PRODUTO IMPORTADO. EMBALAGEM DE TRANSPORTE. COLOCAÇÃO DE IMPRESSOS. O estabelecimento que importar diversas unidades de um mesmo produto estrangeiro acondicionadas em embalagem de transporte (no caso, caixa de papelão com 20 embalagens individuais de 500 gramas do produto), para revenda, não pratica reacondicionamento de produto estrangeiro em embalagem de apresentação, caracterizada como industrialização pelo art. 4º, inciso IV, do Ripi/2010, quando, em seu estabelecimento, fixar, em um canto externo da referida embalagem de transporte, impresso (folder), adquirido de terceiros, inserido numa capa plástica transparente, autoadesiva, divulgando receita culinária com o uso do produto, fotos de outros produtos de própria fabricação e endereços diversos da empresa. Nesta hipótese, a embalagem de transporte estará sendo utilizada como mero veículo de distribuição do impresso promocional, uma vez que o material nela fixado é objeto complementar de cunho promocional, não alterando a apresentação daquele produto individualmente embalado, nem tampouco consiste em rótulo ou embalagem de função promocional, de que trata o inciso I do 1º do art. 6º do Ripi, de 2010, nem em material contendo informações indispensáveis à utilização do produto. (Solução de Consulta RFB nº 86/2011) 5. Tributação caracterizada pelo peso das unidades Alguns produtos têm a tributação subordinada apenas ao peso da unidade acondicionada, sendo irrelevante, nesses casos, a forma de acondicionamento adotada. Exemplificando: segundo a TIPI, o produto mate simplesmente cancheado (NCM 0903.00.10) não está sujeito à incidência do IPI. Entretanto, conforme o destaque Ex constante no referido código, esse produto estará sujeito à incidência do imposto (embora com alíquota zero) caso seja apresentado em embalagens imediatas de conteúdo não superior a 5 kg. Caracterizará o acondicionamento desses produtos (cuja tributação está subordinada apenas ao peso da unidade) a colocação de qualquer envoltório, embalagem ou recipiente, de qualquer modo fechados, mesmo em substituição ao original (reacondicionamento), sendo irrelevante o fim a que se destinem - preservação, apresentação, valorização do produto etc. (Parecer Normativo CST nº 313/1970). Na hipótese em que houver mais de uma embalagem no mesmo produto, ou seja, quando inicialmente acondicionado em unidades de peso, as quais, por sua vez, são acondicionadas em outra embalagem, prevalecerá, nesse caso, para efeito de tributação, o primeiro acondicionamento (conforme o referido Parecer Normativo CST nº 313/1970). (TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Parecer Normativo CST nº 313/1970) N a Estadual ICMS Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) e Dacte SUMÁRIO 1. Introdução 2. Utilização 3. Prazos de obrigatoriedade de uso 4. Subcontratação ou redespacho 5. Emissão 6. Características do CT-e 7. Autorização de uso 8. Prazo de arquivamento 9. Documento Auxiliar de CT-e (Dacte) 10. Cancelamento e inutilização de números do CT-e 11. Carta de Correção Eletrônica 12. Consulta ao CT-e 13. Infrações e penalidades 1. Introdução O documento fiscal eletrônico surgiu com o projeto da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), que tinha como objetivo a implantação de um modelo nacional de documento fiscal eletrônico para substituir a sistemática atual de emissão do documento fiscal em papel, modelos 1 e 1-A, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do emissor. O documento fiscal eletrônico simplifica o cumprimento das obrigações acessórias dos contribuintes e permite um melhor acompanhamento das operações comerciais pelo Fisco, mostrando-se uma solução vantajosa para todos os interessados. O Projeto Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e) está sendo desenvolvido, de forma integrada, 20-04 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e pela Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do Protocolo Enat nº 3/2006, que atribui ao Encontro Nacional de Coordenadores e Administradores Tributários Estaduais (Encat) a coordenação e a responsabilidade pelo desenvolvimento e pela implantação do Projeto CT-e. O CT-e é o novo modelo de documento fiscal eletrônico e foi instituído pelo Ajuste Sinief nº 9/2007. Neste procedimento, analisamos os principais aspectos fiscais relacionados ao CT-e, com base nas disposições do RICMS-SC/2001, aprovado pelo Decreto nº 2.870/2001. 2. Utilização Considera-se CT-e o documento emitido e armazenado eletronicamente, de existência apenas digital, para documentar prestações de serviço de transporte de cargas, com validade jurídica garantida pela assinatura digital do emitente e autorização de uso fornecida pela Secretaria de Estado da Fazenda antes da ocorrência do fato gerador. O CT-e poderá ser utilizado pelos contribuintes em substituição aos seguintes documentos: a) Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo 8; b) Conhecimento de Transporte Aquaviário de Cargas, modelo 9; c) Conhecimento Aéreo, modelo 10; d) Conhecimento de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 11; e) Nota Fiscal de Serviço de Transporte Ferroviário de Cargas, modelo 27; e f) Nota Fiscal de Serviço de Transporte, modelo 7, quando utilizada em transporte de cargas. O CT-e também poderá ser utilizado na prestação de serviço de transporte de cargas efetuada por meio de dutos. Aplicam-se ao CT-e, no que couberem, as normas previstas no RICMS-SC/2001, Anexo 5, que dispõe sobre obrigações acessórias (notas fiscais, livros fiscais etc.). Nos casos em que a emissão do CT-e for obrigatória, o tomador do serviço deverá exigir sua emissão, vedada a aceitação de qualquer outro documento em substituição. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, arts. 34, 53 e 55) 3. Prazos de obrigatoriedade de uso A utilização do CT-e, em substituição aos documentos mencionados no tópico 2, será obrigatória a partir de: OBRIGATORIEDADE Data Obrigatoriedade para os contribuintes a) rodoviário relacionados no Anexo Único do Ajuste Sinief nº 09/2007 que possuam inscrição no CCCICMS/SC; 1º.12.2012 b) dutoviário; e c) ferroviário. 1º.07.2013 do modal aquaviário e aéreo; do modal rodoviário, cadastrados com regime de apuração normal; 1º.08.2013 do modal rodoviário optantes pelo regime do Simples 1º.12.2013 Nacional. A obrigatoriedade de uso do CT-e por modal aplica-se a todas as prestações efetuadas por todos os estabelecimentos do contribuinte, ficando vedada a emissão dos documentos substituídos, no transporte de cargas. O microempreendedor individual (MEI) está dispensado da obrigatoriedade prevista neste tópico. Fica vedado ao modal ferroviário emitir Despacho de Cargas conforme Ajuste Sinief nº 19/1989 a partir da obrigatoriedade de 1º.12.2012. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 55-A) 4. Subcontratação e redespacho Ocorrendo subcontratação ou redespacho, considera-se: a) expedidor o transportador ou remetente que entregar a carga ao transportador para efetuar o serviço de transporte; b) recebedor a pessoa que receber a carga do transportador subcontratado ou redespachado. No redespacho intermediário, quando o expedidor e o recebedor forem transportadores de carga não própria, devidamente identificados no CT-e, fica dispensado o preenchimento dos campos destinados ao remetente e ao destinatário, sendo que, nessa hipótese, poderá ser emitido um único CT-e englobando a carga a ser transportada, desde que relativa ao mesmo expedidor e recebedor, devendo ser informados, em substituição aos dados dos documentos fiscais relativos à carga transportada, os seguintes dados dos documentos fiscais que acobertaram a prestação anterior: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-05

a) identificação do emitente, Unidade da Federação, série, subsérie, número, data de emissão e valor, no caso de documento não eletrônico; b) chave de acesso, no caso de CT-e. O emitente do CT-e, quando se tratar de redespacho ou subcontratação, deverá informar no CT-e, alternativamente: a) a chave do CT-e do transportador contratante; ou b) os campos destinados à informação da documentação da prestação do serviço de transporte do transportador contratante. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 36) 5. Emissão Para emissão de CT-e, o contribuinte deverá solicitar previamente seu credenciamento junto à Secretaria de Estado da Fazenda. A forma e os requisitos para credenciamento estão definidos na Portaria SEF nº 3/2012. A emissão dos documentos discriminados no tópico 2, letras a a f, é vedada por contribuinte credenciado à emissão de CT-e, salvo se na legislação existir disposição diversa. O contribuinte credenciado à emissão de CT-e deverá observar, no que couber, as disposições relativas à emissão de documentos fiscais por sistema eletrônico de processamento de dados constantes do Anexo 7 do RICMS-SC/2001. Para efeito da emissão de CT-e, observado o disposto no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC), é facultado ao emitente indicar também as seguintes pessoas: a) expedidor, aquele que entregar a carga ao transportador para este efetuar o serviço de transporte; b) recebedor, aquele que receber a carga do transportador. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, arts. 35 e 37) 6. Características do CT-e O CT-e deverá ser emitido com base no leiaute estabelecido no MOC por meio de Programa Aplicativo desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda. O arquivo digital do CT-e deverá: a) conter os dados dos documentos fiscais relativos à carga transportada; b) ser identificado por chave de acesso composta por código numérico gerado pelo emitente, CNPJ do emitente, número e série do CT-e; c) ser elaborado no padrão XML (Extended Markup Language); d) possuir numeração sequencial, de 1 a 999.999.999, por estabelecimento e por série, que deverá ser reiniciada quando atingido esse limite; e) ser assinado digitalmente pelo emitente. Para a assinatura digital, deverá ser utilizado certificado digital emitido dentro da cadeia de certificação da ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer estabelecimento do emitente. O contribuinte poderá adotar séries distintas para a emissão do CT-e, designadas por algarismos arábicos, em ordem crescente, vedada a utilização de subsérie, observado o disposto no MOC. Quando o transportador efetuar prestação de serviço de transporte iniciada em outra Unidade da Federação, deverá utilizar séries distintas. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 38) 7. Autorização de uso O contribuinte credenciado deverá solicitar a concessão de Autorização de Uso de CT-e mediante vtransmissão do arquivo digital do CT-e via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, com utilização do Programa Aplicativo desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda. A Autorização de Uso de CT-e deverá ser transmitida à Secretaria da Fazenda junto à qual estiver credenciado o transportador para emissão de CT-e, independentemente do local de início da prestação do serviço de transporte. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 39) 7.1 Concessão A Autorização de Uso de CT-e será concedida mediante análise dos seguintes itens: a) regularidade fiscal do emitente; 20-06 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

b) credenciamento do emitente; c) autoria da assinatura do arquivo digital; d) integridade do arquivo digital; e) observância ao leiaute do arquivo estabelecido no MOC; f) numeração e série do documento. O arquivo do CT-e não poderá ser alterado após a concessão da Autorização de Uso de CT-e. A concessão de Autorização de Uso de CT-e: a) observará as regras especificadas no MOC, não implicando convalidação das informações tributárias contidas no CT-e e identificando, de forma única, um CT-e; e b) identifica por meio do conjunto de informações formado por CNPJ do emitente, número, série e ambiente de autorização. Os CT-e que, nos termos da letra b mencionada anteriormente, forem diferenciados somente pelo ambiente de autorização deverão ser regulamente escriturados nos termos da legislação vigente, acrescentando-se informação explicativa das razões para essa ocorrência. Sem prejuízo do disposto no tópico 7.3 deste texto, após a concessão da Autorização de Uso do CT-e, a Unidade da Federação cuja infraestrutura foi utilizada deverá transmitir o CT-e para o Ambiente Nacional da Receita Federal do Brasil, que disponibilizará para as Unidades da Federação interessadas. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 40 e art. 41, 1º, 7º, 8º e 11) 7.2 Resultado da análise Do resultado da análise a Secretaria de Estado da Fazenda, cientificará o emitente: a) da rejeição do arquivo do CT-e em virtude de: a.1) falha na recepção ou no processamento do arquivo; a.2) falha no reconhecimento da autoria ou da integridade do arquivo digital; a.3) emitente não credenciado para emissão do CT-e; a.4) duplicidade de número do CT-e; a.5) falha na leitura do número do CT-e; a.6) erro no número do CNPJ, do CPF ou da inscrição estadual (IE); a.7) outras falhas no preenchimento ou no leiaute do arquivo do CT-e; b) da denegação da Autorização de Uso de CT-e em razão de irregularidade fiscal: b.1) do emitente do CT-e; c) da concessão da Autorização de Uso de CT-e. Nota Considera-se irregular a situação do contribuinte, emitente do documento fiscal, tomador, expedidor, recebedor, remetente ou destinatário da carga que, nos termos da respectiva legislação estadual, estiver impedido de praticar operações ou prestações na condição de contribuinte do ICMS. A cientificação será efetuada mediante protocolo que conterá, em caso de não concessão da autorização de uso, informações que justifiquem o motivo da denegação de forma clara e precisa, disponibilizado ao emitente ou a terceiro por ele autorizado, via Internet, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da própria Secretaria de Estado da Fazenda, ou por outro mecanismo de confirmação de recebimento, contendo: a) a chave de acesso ; b) o número do CT-e; c) a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda; e d) o número do protocolo. O arquivo digital rejeitado não será arquivado na Secretaria de Estado da Fazenda para consulta, sendo permitida ao interessado nova transmissão do arquivo do CT-e nas hipóteses de rejeição especificadas nas letras a.1, a.2, a.5 e a.6 deste tópico. Quando denegada a Autorização de Uso de CT-e, o arquivo digital transmitido ficará arquivado na Secretaria de Estado da Fazenda para consulta, identificado como Denegada a Autorização de Uso. Nesse caso, não será possível sanar a irregularidade e solicitar nova Autorização de Uso de CT-e que contenha a mesma numeração. O emitente do CT-e deverá encaminhar ou disponibilizar download do arquivo eletrônico do CT-e e seu respectivo protocolo de autorização ao tomador do serviço, observados leiaute e padrões técnicos definidos no MOC. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 41, caput e 2º a 6º e 9º e 10) 7.3 Transmissão da autorização A Autorização de Uso de CT-e será transmitida pela Secretaria de Estado da Fazenda à: Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-07

a) Secretaria da Receita Federal do Brasil; b) Unidade da Federação: b.1) de início da prestação do serviço de transporte; b.2) de término da prestação do serviço de transporte; b.3) do tomador do serviço; c) Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), se a prestação de serviço de transporte tiver como destinatário pessoa localizada nas áreas incentivadas. A Secretaria de Estado da Fazenda também poderá transmitir a Autorização de Uso de CT-e ou dela fornecer informações parciais para: a) administrações tributárias estaduais e municipais, mediante prévio convênio ou protocolo; b) outros órgãos da administração direta, indireta, fundações e autarquias que necessitem de informações do CT-e para desempenho de suas atividades, mediante prévio convênio ou protocolo, respeitado o sigilo fiscal. O arquivo digital do CT-e só poderá ser utilizado como documento fiscal após ter seu uso autorizado por meio de Autorização de Uso de CT-e e estar cientificado. Ainda que formalmente regular, será considerado documento fiscal inidôneo o CT-e que tiver sido emitido ou utilizado com dolo, fraude, simulação ou erro que possibilite, mesmo que a terceiro, omissão do pagamento do imposto ou qualquer outra vantagem indevida, sendo que esses vícios atingem também o respectivo Documento Auxiliar de CT-e (Dacte). (RICMS-SC/2001, Anexo 11, arts. 42 e 43) 8. Prazo de arquivamento O transportador e o tomador do serviço de transporte deverão manter em arquivo digital os CT-e pelo prazo decadencial, devendo apresentá-los quando solicitado. O tomador do serviço deverá, antes do aproveitamento de eventual crédito do imposto, verificar a validade e autenticidade do CT-e e a existência de Autorização de Uso de CT-e por meio da consulta. Quando o tomador não for contribuinte credenciado à emissão de documentos fiscais eletrônicos, poderá, alternativamente, manter em arquivo o Dacte relativo ao CT-e da prestação. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 45) 9. Documento Auxiliar de CT-e (Dacte) O Dacte, conforme leiaute estabelecido no Manual de Orientação do Contribuinte (MOC-Dacte), utilizado para acompanhar o transporte de carga ou para facilitar a consulta: a) deverá ter formato mínimo de 210 x 148 mm (A5) e máximo de 210 x 297 mm (A4), impresso em papel, exceto papel jornal, podendo ser utilizadas folhas soltas, papel de segurança ou formulário contínuo, bem como ser pré- -impresso, e possuir títulos e informações dos campos grafados de modo que seus dizeres e indicações estejam bem legíveis; b) conterá o código de barras conforme padrão estabelecido no MOC-Dacte; c) poderá conter outros elementos gráficos, desde que não prejudiquem a leitura do seu conteúdo ou do código de barras por leitor óptico; d) será utilizado para acompanhar a carga durante o transporte, após a concessão da Autorização de Uso de CT-e ou em decorrência de problemas técnicos em função dos quais não seja possível gerar o arquivo do CT-e. Quando o tomador do serviço de transporte não for credenciado para emitir documentos fiscais eletrônicos, a escrituração do CT-e poderá ser efetuada com base nas informações contidas no Dacte. Quando a legislação tributária estabelecer a utilização de vias adicionais para os documentos previstos no tópico 2, letras a a f, o contribuinte que utilizar o CT-e deverá imprimir o Dacte com o número de cópias necessárias para cumprir a respectiva norma. O contribuinte, com autorização da Secretaria de Estado da Fazenda, poderá alterar o leiaute do Dacte previsto no MOC-Dacte para adequá-lo às suas prestações, desde que mantidos os campos obrigatórios do CT-e constantes do Dacte. Na hipótese de impressão em formato inferior ao tamanho do papel, o Dacte deverá ser delimitado por uma borda. 20-08 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

As informações complementares de interesse do emitente e não existentes no leiaute do Dacte podem ser impressas fora dele. Nota Nas prestações de serviço de transporte de cargas, realizadas no modal ferroviário, acobertadas por CT-e, fica dispensada a impressão dos respectivos Dacte para acompanharem a carga na composição acobertada por MDF-e. O tomador do serviço poderá solicitar ao transportador ferroviário as impressões dos Dacte previamente dispensadas. Em todos os CT-e emitidos, deverá ser indicado o dispositivo legal que dispensou a impressão do Dacte. Esta disposição não se aplica no caso da contingência com uso de FS- -DA prevista no subtópico 9.1 (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 44-A). (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 44) 9.1 Emissão de Dacte em contingência Quando, em decorrência de problemas técnicos, não for possível transmitir o CT-e para a Unidade da Federação do emitente ou obter resposta à solicitação de Autorização de Uso de CT-e, o contribuinte deverá gerar novo arquivo, conforme definido no MOC, informando que o respectivo CT-e foi emitido em contingência e adotar uma das seguintes medidas: a) transmitir o Evento Prévio de Emissão em Contingência (Epec) para o Sistema de Sefaz Virtual de Contingência (SVC); b) imprimir o Dacte em FS-DA; c) transmitir o CT-e para o SVC. O contribuinte deverá registrar a ocorrência de problema técnico, conforme definido no MOC. Devem constar no arquivo do CT-e: a) motivo da entrada em contingência; b) data e hora, com minutos e segundos, do seu início; e c) identificação, dentre as alternativas de medidas que podem ser adotadas, a que tiver sido utilizada. Considera-se emitido o CT-e em contingência, tendo como condição resolutória a sua autorização de uso na hipótese transmissão do Epec para o SVC, no momento da regular recepção do Epec pela SVC ou na hipótese impressão do Dacte em FS-DA, no momento da impressão do respectivo Dacte em contingência. Em relação ao CT-e transmitido antes da contingência e pendente de retorno, o emitente deverá, após a cessação do problema: a) solicitar o cancelamento, nos termos do tópico 10, do CT-e que retornar com Autorização de Uso, cuja prestação de serviço não se efetivou ou que for acobertada por CT-e emitido em contingência; e b) solicitar a inutilização, nos termos do subtópico 10.1, da numeração do CT-e que não for autorizado nem denegado. É vedada a reutilização, em contingência, de número de CT-e transmitido com tipo de emissão normal. O contribuinte deverá lavrar termo no RUDFTO, informando o motivo da entrada em contingência, o número dos formulários de segurança utilizados, a data e hora do seu início e seu término, bem como a numeração e série dos CT-e gerados neste período. Caso o tomador não puder confirmar a existência da Autorização de Uso de CT-e dentro do prazo de 30 dias do recebimento do Dacte impresso em contingência, o fato deve ser comunicado à SEF. Nota Para gerar o Epec, o contribuinte deverá observar o leiaute estabelecido no MOC e as formalidades relacionadas no Anexo 11, art. 46-A, do RICMS-SC/2001. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 46, caput, I a III e 7º a 13) 10. Cancelamento e inutilização de números de CT-e O emitente poderá solicitar o cancelamento do CT-e, no prazo não superior a 168 horas, após a concessão da Autorização de Uso de CT-e, desde que não tenha iniciado a prestação de serviço de transporte, observadas as demais normas da legislação pertinente, mediante Pedido de Cancelamento de CT-e, transmitido pelo emitente à Secretaria de Estado da Fazenda. Cada pedido de cancelamento de CT-e corresponderá a um único CT-e, devendo atender ao leiaute estabelecido no MOC. O Pedido de Cancelamento de CT-e deverá ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer estabelecimento do emitente. A transmissão do Pedido de Cancelamento de CT-e será efetivada via Internet, por meio de protocolo Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-09

de segurança ou criptografia, podendo ser realizada por meio de programa aplicativo desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte ou disponibilizado pela Secretaria de Estado da Fazenda. A cientificação do resultado do Pedido de Cancelamento de CT-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda, por ou outro mecanismo de confirmação de recebimento, contendo, conforme o caso: a) a chave de acesso ; b) o número do CT-e; c) a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda; e d) o número do protocolo. Após o Cancelamento do CT-e, a Secretaria de Estado da Fazenda transmitirá os documentos de Cancelamento de CT-e para as administrações tributárias e entidades previstas no subtópico 7.3. Caso tenha sido emitida Carta de Correção Eletrônica (CC-e) relativa a determinado CT-e, este não poderá ser cancelado. Os CT-e cancelados ou denegados e os números inutilizados devem ser escriturados sem valores monetários. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, arts. 47 e 54) 10.1 Inutilização de números de CT-e Na eventualidade de quebra de sequência da numeração do CT-e, o emitente deverá solicitar, mediante Pedido de Inutilização de Número de CT-e, até o 10º dia do mês subsequente, a inutilização de números de CT-e não utilizados. O Pedido de Inutilização de Número de CT-e deverá obedecer o leiaute estabelecido no MOC e ser assinado pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer dos estabelecimentos do contribuinte, a fim de garantir autoria do documento digital. A transmissão do Pedido de Inutilização de Número de CT-e será efetivada via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia. A cientificação do resultado do Pedido de Inutilização de Número de CT-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente, via Internet, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda, ou por outro mecanismo de confirmação de recebimento, contendo, conforme o caso: a) o número do CT-e; b) a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda; e c) o número do protocolo. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 48) 11. Carta de Correção Eletrônica Os erros em campos específicos do CT-e poderão ser sanados por meio de CC-e transmitida via Internet, por meio de protocolo de segurança ou criptografia, à administração tributária da Unidade da Federação à qual for jurisdicionado, após a concessão da Autorização de Uso de CT-e. A CC-e deverá obedecer o leiaute estabelecido em Ato Cotepe e ser assinada pelo emitente com assinatura digital certificada por entidade credenciada pela ICP-Brasil, contendo o CNPJ de qualquer de seus estabelecimentos. A cientificação da recepção da CC-e será feita mediante protocolo disponibilizado ao emitente via Internet, podendo ser autenticado mediante assinatura digital gerada com certificação digital da Secretaria de Estado da Fazenda, ou por outro mecanismo de confirmação de recebimento, contendo: a) a chave de acesso ; b) o número do CT-e; c) a data e a hora do recebimento da solicitação pela Secretaria de Estado da Fazenda; e d) o número do protocolo. Havendo mais de uma CC-e para o mesmo CT-e, o emitente deverá consolidar na última CC-e todas as informações anteriormente retificadas. A Secretaria de Estado da Fazenda, ao receber a CC-e, a transmitirá às administrações tributárias e entidades previstas no subtópico 7.3. O protocolo não implica validação das informações contidas na CC-e. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 49) 20-10 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

11.1 Anulação de valores Para a anulação de valores relativos à prestação de serviço de transporte de cargas em virtude de erro devidamente comprovado, desde que não descaracterize a prestação, deverá ser observado: a) na hipótese de o tomador de serviço ser contribuinte do imposto: a.1) o tomador deverá emitir documento fiscal próprio, pelos valores totais do serviço e do tributo, consignando como natureza da operação Anulação de valor relativo à aquisição de serviço de transporte, informando o número do documento fiscal emitido com erro, os valores anulados e o motivo, devendo a primeira via do documento ser enviada ao transportador; a.2) após receber o documento referido no subitem a.1 e registrá-lo no livro próprio, o transportador deverá emitir novo CT-e, referenciando o CT-e original por meio da expressão: Este documento está vinculado ao documento fiscal número..., de... (data), em virtude de... (especificar o motivo do erro) ; b) na hipótese de o tomador de serviço não ser contribuinte do imposto: b.1) o tomador deverá emitir declaração mencionando o número e a data de emissão do documento fiscal original e o motivo do erro; b.2) após receber o documento referido no subitem b.1, o transportador deverá emitir CT-e pelos valores totais do serviço e do tributo, consignando como natureza da operação Anulação de valor relativo a prestação de serviço de transporte, informando o número do documento fiscal emitido com erro e o motivo; b.3) o transportador deverá emitir novo CT-e referenciando o CT-e original por meio da expressão: Este documento está vinculado ao documento fiscal número..., de... (data), em virtude de... (especificar o motivo do erro). O transportador poderá, observadas as disposições da legislação, utilizar-se do eventual crédito decorrente do procedimento previsto neste tópico. Ocorrendo a regularização fora dos prazos da apuração mensal, o imposto devido será recolhido por intermédio de Dare, na qual deverão constar o número, o valor e a data do novo CT-e. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 50) 12. Consulta ao CT-e A Secretaria de Estado da Fazenda disponibilizará consulta aos CT-e por ela autorizados por intermédio da sua página oficial na Internet pelo prazo mínimo de 180 dias, mediante informação da chave de acesso do CT-e. Após o prazo, a consulta poderá ser substituída pela prestação de informações parciais que identifiquem o CT-e (número, data de emissão, CNPJ do emitente e do tomador, valor e sua situação), que ficarão disponíveis pelo prazo decadencial. A consulta poderá ser efetuada também, subsidiariamente, no ambiente nacional disponibilizado pela Receita Federal do Brasil. (RICMS-SC/2001, Anexo 11, art. 51) 13. Infrações e penalidades A seguir, apresentamos, em forma de tabela, algumas infrações e penalidades relacionadas à emissão de documentos fiscais previstas na legislação. Infração Penalidade Fundamento legal Prestar serviço de Multa de 30% do valor Lei nº 10.297/1996, transporte: da prestação. art. 61 a) sem documento fiscal; Não se aplica a mul- Nota b) com documento fiscal fraudulento; b quando a fraude ta prevista na letra c) com via diversa da identificada for relativa à emissão do do- exigida para acompanhar o transporte; ou cumento fiscal. d) acobertada com documento fiscal auxiliar de documento fiscal eletrônico que já tenha sido utilizado para prestar serviço de transporte, constatado por qualquer meio. Emitir documento fiscal de forma ilegível, documento, não infe- art. 70 Multa de R$ 5,00 por Lei nº 10.297/1996, com omissões, incorreções ou apresentanda a R$ 1.064,00, senrior a R$ 106,00, limitado emendas ou rasuras que dificultem ou da multa não elide a do que a imposição impeçam a verificação exigência do imposto dos dados nele informados e da multa cabíveis. N Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-11

a IOB Setorial Estadual Medicamentos - Redução da base de cálculo nas operações com medicamentos A Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina anunciou que o orçamento estadual para 2014 será de R$ 1,7 bilhão e a atenção será voltada para ajustar e otimizar o sistema de compras de equipamentos e insumos. Como incentivo fiscal, a legislação do ICMS, por meio do Decreto nº 2.106/2014, estabeleceu redução da base de cálculo nas saídas internas e interestaduais de medicamentos relacionados nos itens 1 - Soros e vacinas, exceto para uso veterinário, código 3002, e 2 - Medicamentos, exceto para uso veterinário, código 3003 e 3004 da Seção XVI do Anexo 1 do RICMS-SC/2001. Assim, as alterações n os 3.399 e 3.400 trouxeram a possibilidade de reduzir a base de cálculo, dos itens mencionados, em 29,412%, quando forem tributadas em 17% e destinadas a pessoas jurídicas não contribuintes do imposto. Poderão usufruir do benefício os estabelecimentos que exerçam preponderantemente a atividade de distribuição de medicamentos. Ao contribuinte fica facultado aplicar diretamente o percentual de 12% sobre a base de cálculo integral, desde que, no documento fiscal, inclua a seguinte observação: Base de cálculo reduzida - Medicamento para não contribuinte - RICMS-SC/2001 - Anexo 2, art. 8º, XI. Cumpre ressaltar que tal benefício não se aplica, cumulativamente, com a concessão de crédito presumido na saída subsequente à importação de medicamentos, suas matérias-primas e produtos intermediários, produtos para diagnósticos e equipamentos médico-hospitalares prevista no art. 196, Anexo 2 do RICMS-SC/2001. (RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, XI e 5º, e art. 196; http://economiasc.com.br/governo-de-sc-concede-17-bilhao- -para-investir-na-saude-em-2014/) N a IOB Comenta Federal IPI - Base de cálculo - Aplicação do arbitramento O Fisco poderá arbitrar o valor tributável ou qualquer dos seus elementos, ressalvada a avaliação contraditória, decorrente de perícia, quando forem omissos ou não merecerem fé os documentos expedidos pelas partes ou, no caso de operação a título gratuito, quando inexistir ou for de difícil apuração o valor tributável. Considera-se valor tributável, para efeito de arbitramento, o preço corrente do produto ou seu similar, no mercado atacadista da praça do remetente, na saída desse produto do estabelecimento industrial ou a ele equiparado, quando for promovida a título de locação ou de arrendamento mercantil ou decorrer de operação a título gratuito, assim considerada também aquela que, em face de não transferir a propriedade do produto, não importe em fixar-lhe o preço. Salvo se for apurado o valor real da operação, nos casos em que este deva ser considerado, o arbitramento será processado com base, sempre que possível, no preço médio do produto no mercado do domicílio do contribuinte ou, na sua falta, nos principais mercados nacionais, no trimestre civil mais próximo ao da ocorrência do fato gerador. Na impossibilidade de apuração dos preços, o arbitramento obedecerá ao disposto no art. 196 do RIPI/2010, o qual estabelece que seja considerada a média ponderada dos preços de cada produto, em 20-12 SC Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 - Boletim IOB

vigor no mês precedente ao da saída do estabelecimento remetente ou, na sua falta, a correspondente ao mês imediatamente anterior àquele. Na falta de preço corrente no mercado atacadista, tomar-se-á por base de cálculo: a) no caso de produto importado, o valor que serviu de base ao Imposto de Importação (II), acrescido desse tributo e dos demais elementos componentes do custo do produto, inclusive a margem de lucro normal; e b) no caso de produto nacional, o custo de fabricação, acrescido dos custos financeiros e dos de venda, administração e publicidade, bem como do seu lucro normal e das demais parcelas que devam ser adicionadas ao preço da operação, ainda que os produtos tenham sido recebidos de outro estabelecimento da mesma empresa que os tenha industrializado. Na impossibilidade de identificação da mercadoria importada, em razão de seu extravio ou consumo, e de descrição genérica nos documentos comerciais e de transporte disponíveis, a base de cálculo do II será arbitrada em valor equivalente à média dos valores por quilograma de todas as mercadorias importadas a título definitivo, pela mesma via de transporte internacional, constantes de declarações registradas no semestre anterior, incluídas as despesas de frete e seguro internacionais, acrescida de duas vezes o correspondente desvio padrão estatístico. Nesse caso, para o cálculo do IPI, será aplicada a alíquota de 50% e, na falta de informação sobre o peso da mercadoria, será adotado o peso líquido admitido na unidade de carga utilizada no seu transporte. (RIPI/2010, arts. 192, 196 e 197 a 199) N a IOB Perguntas e Respostas IOF Alíquota - Operações de câmbio - Cartão de crédito 1) Qual é a alíquota do IOF para as operações de câmbio relacionadas a cartões de crédito de aquisições realizadas no exterior? A alíquota para essas operações é de 6,38%. Observa- -se que quando os usuários do cartão forem a União, os Estados, os Municípios, o Distrito Federal ou suas fundações e autarquias, a alíquota será reduzida a 0%. (Decreto nº 6.306/2007, art. 15-A, XX e XXI; Ato Declaratório Interpretativo RFB nº 39/2011) Operações de crédito - Recolhimento - Mutuário pessoa jurídica - Código de receita 2) Qual código deve ser utilizado no Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) para o recolhimento do IOF em contrato de empréstimo cujo mutuário é pessoa jurídica? Para recolher o IOF incidente em contrato de empréstimo cujo mutuário seja pessoa jurídica, deverá ser utilizado o código de Darf 1150. (Decreto nº 6.306/2007, art. 10; Listagem de Especificações de Receitas emitida pela SRF/Cosar em 1º.02.2001) Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Maio/2014 - Fascículo 20 SC20-13