Boletim Econômico. Edição: Maio/2017

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Transcrição:

Boletim Econômico Edição: Maio/2017 Cenário Internacional - Juros americanos, eleições na Europa e crescimento chinês. Na última reunião do Banco Central norte-americano (FED), como esperado, não houve alteração da taxa de juros, que continua entre 0,75% e 1,0%. No entanto, a ata da reunião deu sinais de que poderão ocorrer novos aumentos nos juros já nos próximos encontros, o que tende a influenciar a desvalorização do Real frente ao Dólar. Na China, o crescimento de 6,9% do PIB no primeiro trimestre foi o maior em seis trimestres e superou as expectativas tanto do governo (6,5%) quanto do mercado (6,8%). O resultado foi impulsionado principalmente pelos maiores gastos do governo com infraestrutura e pelo setor imobiliário, ambos com efeitos positivos sobre a produção industrial. Na União Europeia, a saída do Reino Unido continua avançando às vésperas das eleições gerais britânicas, antecipadas para junho. Ainda existem muitas incertezas, especialmente sobre a relação comercial com o bloco. Nas eleições presidenciais da França, o candidato de centro Emmanuel Macron derrotou a candidata de extrema direita Marine Le Pen com 66% dos votos. O mercado reagiu positivamente à vitória de Macron na segunda-feira após a eleição, com avanço do Euro frente ao Dólar e alta em alguns dos principais mercados mundiais. Contas Externas Preços impulsionam saldo das exportações. Em abril, pelo quarto mês consecutivo, as exportações (+15,1%) e importações (+2,0%) cresceram na comparação com o mesmo mês do ano anterior. O saldo comercial superavitário de US$ 6,9 bi ficou 43,3% acima do resultado registrado em abril de 2016. No ano, as exportações (US$ 68,1 bi) superaram as importações (US$ 46,7 bi), tornando o superávit no período (US$ 21,3 bi) 61,4% superior ao registrado no mesmo período de 2016. A principal influência partiu dos preços dos produtos exportados, que subiram 22,1% em 2017; a quantidade exportada recuou 0,3%. Câmbio Andamento das reformas é fator determinante em 2017. A moeda brasileira fechou abril em R$3,17/US$1, a maior cotação entre os fechamentos mensais de 2017. O fator determinante para a desvalorização no mês foi a queda nos preços das commodities, sobretudo as agrícolas e o minério de ferro. O índice de commodities no final de abril apresentou queda de -2,0% na comparação com o fechamento de março. Além disso, a incerteza quanto à aprovação das reformas impulsionou o risco país medido pelo CDS, e consequentemente o câmbio. Para as próximas semanas, caso as reformas trabalhista e previdenciária avancem, o real deve voltar a ganhar força. Para o final do ano, a projeção da FIRJAN é de R$ 3,10/US$1.

Mercado de trabalho Desemprego mantém trajetória de alta. A taxa de desemprego nacional medida pela PNAD contínua subiu para 13,7% no primeiro trimestre de 2017, pior resultado desde o início da série histórica, em 2012. O indicador cresceu 2,8 p.p. frente ao registrado no mesmo período do ano anterior (10,9%), movimento explicado pelo recuo da população ocupada (-1,9%) e pelo aumento da população economicamente ativa (+1,4%). Para o restante do ano, esperamos que a taxa de desemprego supere 14% no segundo trimestre e recue nos trimestres seguintes até fechar o ano em 13,4%. Atividade econômica indústria extrativa puxa crescimento da produção industrial no primeiro trimestre. Em março, a produção industrial brasileira recuou 1,8% frente a fevereiro, na série livre de influências sazonais. Na comparação com o mesmo mês de 2016, contudo, houve expansão de 1,1%. Dos 26 segmentos pesquisados, 16 registraram aumento de produção frente ao mesmo mês do ano passado, com destaque para equipamentos de informática (+16,9%) e veículos automotores (+10,9%). No 1º trimestre a produção industrial brasileira acumulou alta de 0,6%, influenciada, sobretudo, pela indústria extrativa, que apresentou crescimento de 8,2% no período; a indústria de transformação recuou -0,5%. Para o fim de 2017, esperamos crescimento da produção industrial de 1,3%, após três anos de queda. Inflação Menor taxa para o mês desde 1994. A inflação medida pelo IPCA variou +0,14% em abril, registrando a menor taxa para o mês desde o inicio do Plano Real, em 1994. Dentre as principais influências para o resultado mensal, Habitação (-1,09%) foi o grupo que mais contribuiu para desaceleração do índice em relação ao resultado de março (+0,25%). No acumulado do ano, o índice registrou alta de +1,10%, menos da metade do registrado no mesmo período do anterior (+3,25%). No acumulado em doze meses, o índice variou +4,08%, o primeiro resultado abaixo da meta (4,5%) desde 2010. Diante do cenário de queda da inflação e lenta recuperação da atividade econômica, as expectativas de mercado coletadas pelo boletim Focus já projetam inflação abaixo da meta de 4,5% no fim de 2017 (4,01%) e taxa de juros em 8,50%. A FIRJAN projeta inflação em 4,1% no fim do ano e taxa de juros em 8,25%. Política Fiscal Esforço fiscal é insuficiente frente às despesas obrigatórias. O governo central (Tesouro Nacional, INSS e Banco Central) apresentou déficit primário de R$ 11,0 bilhões em março. Esse é o pior desempenho para o mês em toda da série que teve início em 1997. No primeiro trimestre, o déficit do governo central foi de R$ 18,2 bilhões. Esse resultado foi direcionado pelo déficit de R$ 40,1 bilhões do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), ao passo que o Tesouro Nacional e o Banco Central registraram juntos um superávit de R$ 21,9 bilhões. No acumulado em 12 meses, o déficit primário do Governo Central alcançou R$ 156,5 bilhões, a meta para o ano é de déficit de R$ 139 bilhões. Vale destacar que as despesas obrigatórias continuam crescendo, enquanto as despesas discricionárias já caíram, em termos reais, para o patamar de 2012, o que reforça a importância da aprovação da reforma da previdência.

Economia Fluminense Crise fiscal do estado continua sendo entrave para recuperação da atividade Indicadores Industriais - FIRJAN Em março, três dos cinco indicadores industriais acompanhados pela FIRJAN apresentaram crescimento frente ao mês anterior, nas séries com ajuste sazonal. O indicador de Faturamento (+5,3%) aumentou pelo segundo mês consecutivo, impulsionado pelo aumento das vendas no mercado interno. Por sua vez, a Massa Salarial (+2,5%) e as Horas Trabalhadas (+1,7%) interromperam sequência de queda observada nos últimos meses. Os indicadores de Emprego e Utilização da Capacidade Instalada ficaram estáveis. Apesar dos resultados positivos no mês, no acumulado do ano a indústria de transformação fluminense registrou queda em quatro dos cinco indicadores: Horas Trabalhadas (-4,9%), Emprego (-4,5%), Massa Salarial (-1,1%) e Faturamento (-0,5%). Dessa forma, a demanda vem sendo atendida pelo aumento da Utilização da Capacidade Instalada (+1,7 p.p.), indicador que avança há 12 meses. Produção Industrial - IBGE Var. % dos três últimos meses contra igual período do ano anterior Em março, a produção industrial fluminense avançou 0,7% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais. Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção subiu 6,1%, com 7 das 14 atividades pesquisadas registrando aumento na produção. No primeiro trimestre, o crescimento foi de 4,8%, melhor resultado desde março de 2011 (+5,22%). O bom desempenho trimestral, em comparação com a média nacional, teve como principal influência a Indústria Extrativa, que cresceu 10,4% no período, enquanto a Indústria da Transformação cresceu 2,1%. Fonte: IBGE Vale ressaltar que o bom desempenho da produção industrial no 1º trimestre é influenciado pela fraca base comparativa do mesmo período de 2016. Para 2017, a FIRJAN projeta crescimento de 2,0% da indústria fluminense.

Mercado de Trabalho RJ Fonte: CAGED/MTE Saldo de Contratação Acumulado 12 meses Atividades econômicas Março Mês Ano 12 Meses Indústria -2.323-9.759-101.324 Extrativa mineral -417-886 -5.501 Indústria de Transformação -935-3.521-25.303 Serv. Industriais Utilidade Púb. -36-116 -1.076 Construção -935-5.236-69.444 Comércio -4.370-22.349-22.473 Serviços -11.061-18.772-101.059 Administração Pública 14-1.147-2.467 Agropecuária -154-161 -131 Total do Estado do Rio de Janeiro -17.894-52.188-227.454 Total Brasil -63.624-64.378-1.090.429 Participação ERJ no BR 28% 81% 21% Dados do CAGED com ajustes No mercado de trabalho o estado registrou fechamento de postos de trabalho em março (-17,9 mil) pelo 24º mês consecutivo. O resultado foi o pior dentre todas as unidades da federação e mais intenso que o observado no mesmo mês de 2016 (-13,1 mil). Desta forma, no acumulado do primeiro trimestre, o Rio de Janeiro também foi o estado com maior número de vagas fechadas (-52,2 mil), com todos os setores apresentando saldos negativos. Para se ter uma ideia da intensidade da crise econômica no estado, 8 em cada 10 postos de trabalho fechados no Brasil foram fechados no Rio de Janeiro. Entre os setores, Serviços fechou o maior número de empregos formais em março (-11,1 mil), seguido pelo Comércio (-4,4 mil) e pela Indústria (-2,3 mil), que apresentou fechamento de vagas na Construção Civil, na Indústria de Transformação (ambos -935) e na Indústria de Extrativa (-417). Índice de confiança do empresário industrial (ICEI RJ) Após três meses seguidos de crescimento, o Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense (ICEI-RJ) recuou em abril, registrando pessimismo (47,5 pontos) pelo 37º mês consecutivo. A dificuldade de aprovação das reformas necessárias ao país e, principalmente, a ausência de perspectivas concretas quanto à resolução da grave crise fiscal do estado determinaram a menor confiança do empresário fluminense. Importante notar que o empresário industrial fluminense continua mais pessimista em relação à conjuntura local do que à nacional, com a confiança na economia brasileira apresentando mais de 10 pontos de vantagem sobre a fluminense. Nos demais estados da região sudeste, por exemplo, não há essa diferença. Para os próximos seis meses, os industriais entrevistados esperam melhora na demanda por seus produtos, e por isso projetam aumento da compra de matérias primas. Por outro lado, esperam reduzir o número de empregados, as exportações e os investimentos.

Bloco Especial Recuperação Fiscal dos estados Na última semana de maio, a votação dos destaques ao Projeto de Lei Complementar 343/17 na Câmara, que trata do Regime de Recuperação Fiscal dos Estados e Distrito Federal, foi suspensa após a retirada do texto a contrapartida que trata da elevação da alíquota de contribuição previdenciária de servidores de 11% para 14%. O plenário havia rejeitado os destaques que estabeleciam o fim da obrigatoriedade da privatização de estatais dos estados que aderissem ao plano de recuperação fiscal e o congelamento de salários de servidores. Com a rejeição do aumento da alíquota, os deputados ainda precisam analisar mais seis destaques. A despesa com inativos e pensionistas é um grande desafio às contas públicas estaduais, pelo simples fato do volume de contribuições não fazer frente ao de benefícios. Esta é a realidade de 24 estados, que tiveram que aportar, em média, 11,0% da RCL para cobrir as despesas com inativos e pensionistas em 2016. Sem a mudança nas alíquotas previdenciárias, a resolução da crise fiscal dos estados fica ameaçada. EXPEDIENTE: Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN) - Av. Graça Aranha, 01 CEP: 20030-002 - Rio de Janeiro. Presidente: Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira; Diretora de Desenvolvimento Econômico: Luciana de Sá; Gerente de Estudos Econômicos: Guilherme Mercês; Coordenador da Divisão de Estudos Econômicos: Jonathas Goulart; Equipe Técnica: Nayara Freire, Tomaz Leal e Júlia Ornelas. Estagiários: Claudio Guilherme e Rafael Sol; Informações: economia@firjan.com.br