SECRETARIA DA FAZENDA VOLUME 10 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR



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Transcrição:

SECRETARIA DA FAZENDA VOLUME 10 PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR Versão Novembro/2014

VOLUME 10 PREFÁCIO... 2 INSTRUÇÕES GERAIS... 4 INSTRUÇÕES SOCIOAMBIENTAIS ESPECÍFICAS... 8 CAPÍTULO I - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS... 10 A - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIDADE CONTRATANTE... 10 B PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA CONTRATADA... 24 C PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA CONTRATADA COM LOCAÇÃO DE ENXOVAL... 35 CAPÍTULO II VALORES REFERENCIAIS... 60 A. RESUMO - VALORES REFERENCIAIS... 60 B. COMPOSIÇÃO DOS VALORES UNITÁRIOS... 61 C. MEMÓRIAS DE CÁLCULO... 63 CAPÍTULO III - EDITAIS... 91 1. MODALIDADE DE LICITAÇÃO E ELABORAÇÃO DO EDITAL... 91 2. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS... 93 3. PLANILHAS DE PROPOSTA DE PREÇOS... 93 4. MINUTA DE TERMO DE CONTRATO... 93 CAPÍTULO IV CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DOS PREÇOS... 99 A. CUSTO DO SERVIÇO... 99 B. ENCARGOS SOCIAIS E TRABALHISTAS... 109 C.BENEFÍCIO E DESPESAS INDIRETAS... 125 ADENDO 1 A... 128 A - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIDADE CONTRATANTE... 128 ADENDO 1 B... 138 B - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIDADE CONTRATADA... 138 ADENDO 1 C... 149 C - AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIDADE CONTRATADA COM LOCAÇÃO DE ENXOVAL... 149 ADENDO 2... 161 Instrumento disponibilizado pela ANVISA para realização de vistoria técnica à Lavanderia... 161 ADENDO 3... 165 Acompanhamento da Evolução de Objetos Perfurocortantes, Instrumentos e Outros Artigos Encaminhados com a Roupa Suja... 165 ANEXO 1... 166 Caminho para Obtenção do Manual de Processamento de Roupas... 166 CRÉDITOS... 167 Índice 1

PREFÁCIO As roupas hospitalares representam todo e qualquer material de tecido utilizado dentro de hospitais e que necessitam passar por um processo de lavagem e secagem para sua reutilização. Roupas hospitalares, por exemplo, incluem lençóis, fronhas, cobertores, toalhas, colchas, cortinas, roupas de pacientes e roupas de funcionários, fraldas em tecido, compressas, campos cirúrgicos, máscaras, aventais, gorros, panos de limpeza, entre outros. Com esses exemplos, pode-se perceber a grande variedade, origem, diferentes utilizações, sujidades e contaminação das roupas utilizadas dentro de hospitais. As roupas hospitalares diferem daquelas utilizadas em outros tipos de instituições ou residências porque alguns itens apresentam-se contaminados com sangue, secreções ou excreções de pacientes em maior quantidade de contaminação e volume de roupa, mas não há distinção das sujidades encontradas nas roupas da comunidade em geral. O processamento das roupas hospitalares abrange todas as etapas pelas quais as roupas passam, desde sua utilização até seu retorno em ideais condições de reuso. Estas etapas são geralmente classificadas em: coleta no expurgo e transporte da roupa suja utilizada nos diferentes setores do hospital; recebimento e lavagem da roupa suja na lavanderia; secagem e calandragem da roupa limpa; separação e transporte da roupa limpa da lavanderia para a rouparia do hospital. Também podem estar incluídas neste processo a locação e o reparo das roupas. Por reparo de roupas, entende-se a restituição dos padrões das peças que se encontram danificadas ou desgastadas, mas ainda dentro do padrão de aceitabilidade estipulado pelo Hospital. As peças que não se apresentarem de acordo com os padrões aceitos pelo Contratante serão consideradas excluídas, não cabendo à Contratada quaisquer ações para sua transformação. A lavanderia hospitalar tem o objetivo de transformar toda a roupa suja ou contaminada utilizada no hospital em roupa limpa. Este processo é extremamente importante para o bom funcionamento do hospital em relação à assistência direta ou indireta prestada ao paciente. O processamento de roupas dentro dos hospitais deve ser dirigido de forma que a roupa não represente um veículo de infecção, contaminação ou mesmo irritação aos pacientes e trabalhadores. A lavanderia hospitalar realiza atividades que envolvem riscos à saúde do trabalhador, usuário e meio ambiente e, por isso, é alvo da ação de regulação da vigilância sanitária. Este estudo trata do estabelecimento de diretrizes e parâmetros para orientar a contratação dos Serviços de Lavanderia Hospitalar, para processamento de roupas e tecidos em geral em todas as suas etapas, desde sua utilização até seu retorno em ideais condições de reuso, sob situações higiênico-sanitárias adequadas, mediante a operacionalização e o desenvolvimento de todas as Prefácio 2

atividades proporcionando um enxoval em condições higiênico-sanitárias adequadas. Os comandos legais pertinentes à lavanderia estão contidos no Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco, 2007 da ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, que atualiza o Manual de Lavanderia Hospitalar do Ministério da Saúde 1986, congregando instrumentos normativos elaborados com a finalidade de atender aos seguintes requisitos: Controle das infecções; Recuperação, conforto e segurança do paciente; Facilidade, segurança e conforto da equipe de trabalho; Racionalização de tempo e material; e Redução dos custos operacionais. No Anexo I deste estudo encontra-se o caminho para efetuar o download do Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco, 2007 da ANVISA. Este estudo apresenta as especificações técnicas mínimas a serem cumpridas pela Contratada, tanto no que diz respeito ao serviço prestado ao Contratante, quanto às normas de higiene e segurança de todos os indivíduos envolvidos na atividade aqui especificada. O estudo mostra também a estrutura de custos de uma lavanderia hospitalar para 3 (três) serviços específicos: 1) Processamento de roupa nas dependências do Contratante; 2) Processamento de roupa nas dependências da Contratada; e 3) Processamento de roupa nas dependências da Contratada com locação de enxoval. Apresentada a estrutura de custos, na etapa seguinte do caderno, é mostrada a memória de cálculo e as referências técnicas que deram suporte à confecção da estrutura de custos. O Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco, 2007 da ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária alterou a denominação lavanderia hospitalar para unidade de processamento de roupas de serviços de saúde, tendo em vista que tanto hospitais quanto os demais serviços que utilizam algum tipo de roupa ou têxtil na assistência à saúde necessitam submetê-las ao processamento especializado e com profissionais capacitados, sendo, portanto, normatizado pelo referido instrumento. Prefácio 3

INSTRUÇÕES GERAIS 1. Recomenda-se a utilização da seguinte nomenclatura nas contratações: Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar. 2. A Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar dar-se-á nas seguintes formas: Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar Interna Processamento de roupa nas dependências do Contratante; Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar Externa Processamento de roupa nas dependências da Contratada; Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar Externa com Locação de Enxoval Processamento de roupa nas dependências da Contratada com locação de enxoval hospitalar. 3. A lavanderia hospitalar é um setor de apoio que tem como finalidade coletar, pesar, separar, processar, reparar e distribuir roupas em condições de uso, higiene, quantidade, qualidade e conservação a todas as unidades do serviço de saúde. 4. Na Locação de Enxoval Hospitalar é obrigatório que o enxoval locado esteja em perfeitas condições de uso, tanto por estar dentro de sua vida útil, quanto pelo fato de ter passado pelo processamento adequado ao qual se refere o próximo item. 5. O processamento das roupas hospitalares abrange todas as etapas pelas quais as roupas passam, desde sua utilização até seu retorno em ideais condições de reuso: Para lavanderia interna: Coleta da roupa suja no setor de expurgo da unidade; Separação da roupa suja; Lavagem da roupa suja; Secagem e calandragem da roupa limpa; Reparos e reaproveitamento de peças danificadas; Separação e embalagem da roupa limpa. Para lavanderia externa: Coleta da roupa suja no setor de expurgo da unidade Contratante; Transporte da roupa suja para a lavanderia da Contratada; Recebimento da roupa suja na lavanderia; Separação da roupa suja; Lavagem da roupa suja; Secagem e calandragem da roupa limpa; Instruções Gerais 4

Reparos e reaproveitamento de peças danificadas; Separação e embalagem da roupa limpa; Transporte da roupa limpa da lavanderia para o hospital; Entrega da roupa limpa na rouparia do hospital. 6. No caso de Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar Interna, a unidade Contratante deve possuir equipamentos compatíveis com um sistema de processamento de roupas eficiente. 7. A prestação de serviços de Lavanderia Hospitalar deve seguir as Boas Práticas de Funcionamento para as Unidades de Processamento de Roupas de Serviços de Saúde, estabelecida na Resolução RDC n o. 6, de 30 de janeiro de 2012, observando em especial: 7.1. As lavanderias devem possuir licença atualizada de funcionamento, em conformidade com a legislação sanitária, afixada em local visível ao público; 7.2. As lavanderias internas só podem processar roupas provenientes do Serviço de Saúde; 7.3. As lavanderias externas podem processar roupas além das provenientes do Serviço de Saúde, entretanto o seu ciclo deve ser separado; 7.4. Os equipamentos, quando couber, e os produtos saneantes utilizados devem estar regularizados junto à ANVISA; 7.5. A unidade deve manter o registro das manutenções e monitoramento de todos os equipamentos; 7.6. A lavagem das vestimentas dos trabalhadores da coleta e da sala de recebimento de roupa suja deve ser realizada na própria unidade de processamento de roupas; 7.7. Deve ser promovida capacitação para todos os profissionais envolvidos diretamente na prestação de serviços, antes do início do contrato e de forma permanente em conformidade com as atividades desenvolvidas. O conteúdo mínimo das capacitações deve contemplar: 7.7.1. As etapas do processamento de roupas de serviços de saúde; 7.7.2. Segurança e saúde ocupacional; 7.7.3. Prevenção e controle de infecção; 7.7.4. Uso de produtos saneantes. 7.8. As unidades de processamento de roupas de serviços de saúde devem possuir um profissional responsável pela coordenação da unidade. 8. A Licitante tem por obrigação, no ato do processo licitatório, tanto para os serviços prestados nas dependências da Contratada quanto para aqueles prestados nas dependências do Contratante, de apresentar documentação comprovando que o objeto social da empresa é a prestação de serviços de Lavanderia Hospitalar, bem como que possui instalações devidamente autorizadas pelos órgãos reguladores do setor para exercer a atividade-fim. 9. A unidade utilizada como medida para a contratação dos serviços deverá ser o quilograma (kg) de roupa coletada, tendo em vista a facilidade de administração e gerenciamento do contrato e consequente padronização no âmbito do Estado. Instruções Gerais 5

10. As coletas de roupa suja e entrega de roupa limpa deverão ser realizadas em horários que atendam à demanda da unidade Contratante e que estejam de acordo com as especificações técnicas listadas neste estudo. 11. Deverão estar claramente definidas as áreas de coleta da roupa suja e entrega da roupa processada, seguindo as especificações técnicas apresentadas neste estudo. 12. As Especificações Técnicas, os Critérios para Composição de Preços, os Encargos Sociais, os Benefícios e Despesas Indiretas - BDI e os Critérios de Reajuste de Preços foram desenvolvidos levando-se em consideração a experiência, dados históricos do Estado de São Paulo e a legislação vigente. 13. Foi pesquisada e aplicada toda a legislação para a prestação de serviços objeto do presente trabalho: específica, referente a licitações e contratos, encargos trabalhistas, previdenciários, tributário/ fiscal, bem como acordo/ convenção/ dissídio coletivo da categoria profissional. 14. Os valores referenciais apresentados neste estudo, que deverão ser utilizados como parâmetro de aceitabilidade dos preços ofertados, foram obtidos com base no desenvolvimento de composição de preços que buscaram refletir as exigências contidas nas Especificações Técnicas e na legislação vigente. Para a composição de preços foram utilizados parâmetros de produtividade e custos médios de insumos obtidos no mercado, com mão-de-obra, salários, encargos sociais e trabalhistas, benefícios, materiais, equipamentos, transporte e demais insumos necessários à execução dos serviços, acrescidos da taxa de BDI Benefícios e Despesas Indiretas, que engloba todos os custos e despesas indiretas, tributos e impostos, bem como a taxa de lucro da Contratada. 15. Ao planejar a licitação para os serviços de processamento de roupas hospitalares, o administrador deverá considerar, entre outros fatores, a expressiva representatividade da mão-de-obra na composição de custos destes serviços. Portanto, as licitações destes serviços devem ser processadas considerando que os valores das propostas comerciais ofertadas devem estar referenciados à base do último acordo/ convenção/ dissídio coletivo de trabalho da respectiva categoria profissional (novembro), de forma que o reajuste de preços contemple a majoração do valor real dos insumos que compõem o custo dos serviços. 16. Para o reajustamento dos preços deverão ser observadas as disposições contidas no Decreto Estadual nº 48.326/03 e Resolução C.C. 79/03. 17. Como as exigências estabelecidas nas Especificações Técnicas são, em princípio, de uso comum aos órgãos da administração pública estadual e são de cunho abrangente, as especificidades de serviços de lavanderia hospitalar que se apresentem como importantes para cada Contratante deverão ser consideradas, tanto na adaptação das Especificações Técnicas como na composição dos respectivos preços dos serviços. 18. Necessidades específicas não contempladas nas Especificações Técnicas ou itens Instruções Gerais 6

originalmente agregados que se apresentem como excessivos em uma determinada contratação implicarão em ajustes e adaptações, pelos próprios órgãos, nas correspondentes composições de preços constantes neste volume. 19. Este procedimento é extensivo para situações diferenciadas nas diversas regiões do Estado, a exemplo dos valores do piso salarial regional, vale-transporte, etc. 20. As Especificações Técnicas constantes do Capítulo I deste volume deverão, obrigatoriamente, estar adequadas às modificações de composição de preços tratadas no item anterior. 21. As Especificações Técnicas poderão, ainda, sofrer adaptações para atender às peculiaridades de cada órgão da administração, mesmo que tais modificações não venham a alterar a composição dos preços dos serviços. 22. Recomenda-se o período de 15 (quinze) meses para a vigência inicial dos contratos. 23. Encontram-se inseridas ao presente estudo, na forma de Adendo, ferramentas a serem utilizadas na gestão contratual integrantes do procedimento Avaliação da Qualidade dos Serviços de Lavanderia Hospitalar. Instruções Gerais 7

INSTRUÇÕES SOCIOAMBIENTAIS ESPECÍFICAS 1. Este estudo foi revisado a partir de uma ótica mais humanista e legal voltada à proteção do homem e do ambiente em que vive, para preservá-lo e, assim, proteger a vida em termos imediatos e a médio e longo prazos. Considerando que os recursos naturais são finitos, o Governo do Estado de São Paulo tem buscado elaborar políticas para regular a necessária e equilibrada interação do homem com a natureza. Essas políticas também se encontram neste Caderno de Serviços Terceirizados. 2. Este estudo estabelece ações ambientais, por meio de treinamento de empregados da Contratada, por conscientização de todos os envolvidos, por meio de ações concretas apontadas especialmente nas Especificações Técnicas e nas obrigações da Contratada e do Contratante que integram este Volume. 3 - Neste contexto, cabe ressaltar que a transparência na administração pública deve ser reconhecida como ação de cunho socioambiental, pois o acesso às informações propiciada à sociedade por meio de ferramentas como os sítios Cadastro de Serviços Terceirizados, Pregão e e-negociospublicos, a exemplo de outros sistemas de apoio à Gestão da Administração Pública Estadual, facilita o acompanhamento do desempenho das compras governamentais. 4 - Observamos que a prática de valores éticos e socioambientais que envolve a licitação e se estende na gestão contratual reflete a responsabilidade da Administração no desempenho do papel de consumidor. Assim devem ser entendidas, por exemplo, a exigência de declarações de que o licitante se encontra regular perante o Ministério do Trabalho, a vedação à contratação de fornecedores imposta em razão da prática de atos de preconceito de raça, de cor, de sexo ou de estado civil, etc., assim como exigências relativas ao atendimento às normas de saúde e segurança do trabalho. 5 - Merecem também destaque práticas de gestão no cumprimento das determinações legais que conferem à Administração importante papel na garantia de diretos e conquistas trabalhistas, tais como a observação quanto ao recolhimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço e retenções da Previdência Social, bem como exigências decorrentes de Convenção ou Acordo Coletivo das categorias profissionais envolvidas na execução dos serviços terceirizados. 6 - Ainda, a justa aplicação de sanções administrativas e a respectiva divulgaçãowww.sancoes.sp.gov.br refletem o tratamento a fornecedores com comportamentos incompatíveis com os valores éticos da administração pública. 7 As boas práticas de otimização de recursos/ redução de desperdícios/ menor poluição, se pautam por alguns pressupostos, que deverão ser observados tanto pela Contratada como pelo Contratante, a saber: Racionalização do uso de substâncias potencialmente tóxicas/ poluentes; Substituição de substâncias tóxicas por outras atóxicas ou de menor toxicidade; Racionalização/ economia no consumo de energia - especialmente elétrica e água; Instruções Gerais 8

Treinamento/ capacitação periódicos dos empregados sobre boas práticas de redução de desperdícios/poluição; e manipulação de produtos químicos e cuidados para evitar acidentes com materiais perfurocortantes e instrumentos médicos, como agulhas e bisturis; e; Reciclagem/ destinação adequada dos resíduos gerados nas atividades desenvolvidas. 8 Para as ocorrências relativas ao descarte de materiais potencialmente poluidores deverão ser elaborados manuais de procedimentos a serem observados tanto pelo Contratante como pela Contratada, quando for o caso. 9 Recomenda-se que na utilização de caldeiras para geração de vapores, sejam incentivadas medidas de eliminação de consumo de óleo combustível, mediante a substituição do mesmo por gás natural. Instruções Gerais 9

CAPÍTULO I - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS A - PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE LAVANDERIA HOSPITALAR NAS DEPENDÊNCIAS DA UNIDADE CONTRATANTE 1 OBJETO DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS 1.1. Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar, envolvendo o processamento de roupas e tecidos em geral em todas as suas etapas, desde sua utilização até seu retorno em ideais condições de reuso, sob situações higiênico-sanitárias adequadas. 1.2. A prestação de serviços de Lavanderia Hospitalar realizar-se-á mediante a utilização das dependências do Contratante, onde a roupa será processada e entregue. 1.3. O objeto inclui a coleta da roupa suja no setor de expurgo do hospital; recebimento e lavagem da roupa suja na lavanderia; secagem e calandragem da roupa limpa; separação e transporte da roupa limpa à rouparia ou setor do hospital responsável pela centralização e distribuição do enxoval aos setores da unidade. 1.4 Para execução dos serviços supramencionados, a Contratada deverá garantir mão-de-obra especializada, pessoal técnico, operacional e administrativo, em número suficiente para desenvolver todas as atividades previstas, observadas as normas vigentes de vigilância sanitária. 1.5. A Contratada deverá possuir lavanderia própria para processamento da roupa, dotada de condições totais a suprir a necessidade - desinfecção, higienização, acondicionamento e guarda de toda a roupa processada de modo que garanta a qualidade dos serviços prestados, bem como a remoção e entrega da roupa por meio de veículos adequados, quando, por quaisquer motivos, a lavanderia do hospital não estiver em funcionamento. 2 DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS 2.1. A prestação de serviços de lavanderia hospitalar envolverá todas as etapas do processo de higienização das roupas, conforme o padrão estabelecido no Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - 2007, que atualiza o Manual de Lavanderia Hospitalar do Ministério da Saúde 1986. 2.2. O processamento das roupas hospitalares será executado nas instalações - lavanderia - do Contratante. 2.3. O processamento das roupas hospitalares abrange todas as etapas pelas quais as roupas passam, desde sua utilização até seu retorno em ideais condições de reuso, quais sejam: Coleta da roupa suja no setor de expurgo da unidade; Separação da roupa suja; Lavagem da roupa suja; Secagem e calandragem da roupa limpa; Reparos e reaproveitamento de peças danificadas; Separação e embalagem da roupa limpa; Transporte e entrega da roupa limpa na rouparia do hospital. Especificações Técnicas 10 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

2.3.1 - Coleta da roupa suja no setor de expurgo da Unidade: Para a efetiva execução dos serviços de recebimento de roupas hospitalares, a Contratada deverá disponibilizar na unidade hospitalar: Balança Digital com laudo de aferição válido por 6 (seis) meses emitido por empresa especializada do ramo sem ônus para o Contratante; Contêineres com tampa lavável; Sacos hampers de tecido ou de plástico descartáveis, conforme definição do Contratante. Caso o saco hamper a ser utilizado seja o de tecido, o seu peso deve ser descontado do total de roupas para efeitos de pagamento; Carros prateleiras ou do tipo gaiolas. A coleta será feita no setor de expurgo das unidades, por funcionários da Contratada devidamente treinados, uniformizados, e equipados com os EPIs -Equipamentos de Proteção Individual. A coleta será feita com a utilização de carrinhos tipo contêiner com tampa, lavável, com dreno para eliminação de líquidos e devidamente identificados, os quais NÃO devem servir à distribuição de roupas limpas. As roupas retiradas, diariamente, deverão ser devidamente acondicionadas, conforme normas de biossegurança sob supervisão da C.C.I.H. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar. A periodicidade de retirada da roupa deverá ser de 2 (duas) vezes ao dia, em horário estabelecido pelo Contratante, de forma a cobrir a necessidade de roupas limpas, inclusive aos domingos e feriados. O transporte da roupa suja até o setor de triagem deverá ser feito por meio da rota de roupa suja, observando-se que, em hipótese alguma, haja cruzamento entre roupa limpa e roupa suja. 2.3.2 - Separação e retirada da roupa suja: A roupa suja deverá ser separada seguindo critérios e técnicas estabelecidas de acordo com o tipo de tecido e tipo de sujidade; O funcionário que faz a separação da roupa deve usar máscara, proteção ocular, avental, botas e luvas de borracha cobrindo os braços; Para diminuir a contaminação dos profissionais e do ar, a roupa suja deve ser manuseada com um mínimo de agitação possível. Além disto, para evitar acidentes com objetos perfurocortantes inadvertidamente coletados, é recomendável puxar as roupas pelas pontas, cuidadosamente, sem apertar nem recolher várias peças de uma só vez; O controle da roupa suja será efetuado pelo funcionário designado pelo Contratante em conjunto com a Contratada. A roupa deverá ser pesada pela Contratada na presença do funcionário do Contratante; Deverá ser elaborado um relatório diário pela Contratada, informando o peso da roupa retirada - em kg. Este relatório deverá ser aprovado pelo funcionário do Contratante; O relatório citado deverá ser emitido em 02 (duas) vias, conferidas e assinadas pelos responsáveis pela Contratada e Contratante. Uma das vias deverá ficar com o responsável pelo Contratante. Caso exista diferença entre a quantidade de roupas apurada pelo Contratante e pela Especificações Técnicas 11 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

Contratada, utilizar-se-á aquela apurada pelo Contratante para efeitos de pagamento. 2.3.3 - Lavagem das roupas: A Contratada deverá utilizar o processo preconizado pela CCIH - Comissão de Controle de Infecção Hospitalar da Unidade e no Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco, 2007 da ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária; Os custos advindos do consumo de produtos químicos e demais insumos do processo de lavagem, exceto consumo de água e energia em geral, são de responsabilidade da Contratada; Para os produtos químicos a serem empregados nos processamentos, suas propriedades e composição química deverão ser comprovadas mediante apresentação de cópia reprográfica autenticada: frente e verso do certificado de registro dos mesmos nas D.I.S.A.D.S - Divisão de Produtos Saneantes Domissanitários e Divisão Nacional de Vigilância do Ministério da Saúde, sendo que a qualidade do produto deverá manter o padrão de cor ou de brancura e resistências dos tecidos que serão testados a cada 60 (sessenta) dias. Os laudos com os resultados dos testes de durabilidade dos tecidos deverão ser entregues ao Contratante semestralmente; A Contratada deverá apresentar separadamente as formulações do processo de lavagem, descrevendo a operação dosagem dos produtos, tempo de lavagem e temperatura da água e dos procedimentos a serem realizados para: sujeira pesada sangue, fezes, pomada, etc.; sujeira leve sem presença de secreções, retirada de manchas químicas e orgânicas; As dosagens dos produtos a serem utilizados deverão seguir rigorosamente às instruções do fabricante, visando à garantia do serviço executado; Um ciclo completo de lavagem de roupa com sujidade pesada deve incluir: umectação, enxágue inicial, pré-lavagem, lavagem, alvejamento, enxágues, acidulação e amaciamento; A roupa com sujidade leve está liberada das primeiras etapas do processamento, quais sejam, umectação, primeiros enxágues e pré-lavagem, sendo seu ciclo iniciado já na etapa de lavagem. 2.3.4 - Secagem e calandragem da roupa limpa: A pré-secagem se dará com extratores centrífugos que extrairão a água de lavagem residual. Estes maquinários serão dispensados sempre que o sistema de lavagem for efetuado, por meio de lavadora extratora; A secagem se dará por meio de secadores rotativos e, depois, enviada a área de acabamentos; Toda roupa limpa deverá ser calandrada ou prensada a vapor, à exceção das felpudas e roupas cirúrgicas que deverão ser entregues dobradas tecnicamente. As roupas cirúrgicas deverão ser embaladas e empacotadas prontas para o processo de esterilização; As roupas que não serão passadas na calandra serão encaminhadas aos secadores onde serão secas conforme o tipo têxtil. 2.3.5 Reparo e reaproveitamento de peças danificadas: As peças danificadas, desgastadas, mas ainda dentro do padrão de aceitabilidade definido pelo Contratante, serão reparadas por costureiras da Contratada; Especificações Técnicas 12 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

As peças que não se apresentarem de acordo com os padrões aceitos pelo Contratante serão consideradas excluídas. 2.3.6 Separação e embalagem das roupas limpas: No processo final do processamento das roupas, estas devem ser dobradas e embaladas com filme plástico ou embalagens que preservem a qualidade e higiene dos produtos entregues ou de acordo com as necessidades do Contratante; Cabe ao hospital definir no termo de referência como deverão ser entregues as embalagens de roupa limpa. As peças de unidades que contenham conjuntos, deverão ser entregues agrupadas, conforme determinação do Contratante; Os custos com embalagens são de responsabilidade da Contratada. 2.3.7 Entrega da roupa limpa à rouparia da unidade: O tempo entre a retirada e a devolução da roupa não poderá ser superior a 24 (vinte e quatro) horas; A roupa processada deve ser entregue junto à rouparia da unidade, separada por tipos de peças e natureza de uso, de acordo com as necessidades do Contratante; Quando da entrega da roupa processada, esta deverá ser pesada na presença de um empregado da Contratada e outro do Contratante O peso da roupa limpa não deverá ser inferior ao peso do mesmo lote de roupa suja multiplicado por (1 menos o índice de sujidade definido pela Unidade Contratante). Os valores desse índice devem estar entre 8% e 15%; As roupas limpas, quando de sua entrega, deverão vir acompanhadas de uma relação geral, constando o rol da roupa entregue - número total de cada peça e peso da roupa limpa; As relações acima deverão ser emitidas em 02 (duas) vias, conferidas e assinadas pelos responsáveis da Contratada e do Contratante. Uma das vias deverá ficar com o responsável do Contratante; As roupas entregues diariamente deverão ser devidamente acondicionadas, conforme normas de biossegurança, sob a supervisão da C.C.I.H. Comissão de Controle de Infecção Hospitalar; Toda roupa limpa que apresentar qualidade de limpeza insatisfatória deverá ser separada, retornando para a seção de rouparia para que seja feito, pela Contratada, um novo processo de lavagem ou remoção de manchas, e desinfecção, ficando isento de nova pesagem, não havendo ônus para o Contratante; Cabe à Contratada proceder à inspeção das roupas limpas a serem entregues. 2.3.8 Dos resíduos: Fica a cargo da Contratada a correta destinação dos resíduos sólidos, segundo legislação vigente e melhor técnica e tecnologia disponíveis; O procedimento de recolhimento dos resíduos gerados no processo de lavanderia hospitalar deve sempre contemplar as etapas de tratamento e disposição final, sempre obedecendo as normas da ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas, bem como a legislação vigente; O local reservado à destinação final dos resíduos deverá estar regularizado junto aos órgãos ambientais dos poderes públicos, devendo as regularidades de documentação Especificações Técnicas 13 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

referente à empresa e o volume transportado serem devidamente encaminhados ao Contratante. 2.3.9 Além das atividades primárias, deverão ser realizadas a higienização do ambiente e de seus equipamentos, ações voltadas à prevenção de riscos e à saúde dos trabalhadores, assim como a manutenção dos equipamentos. 2.4. Caberá à Contratada a devolução de roupas e objetos, de propriedade da Unidade Hospitalar ou dos pacientes, que porventura forem misturados à roupa hospitalar. Estes itens deverão ser devolvidos ao setor ou ao paciente. 2.5. Deverão ser rigorosamente observados os prazos de execução dos serviços previamente estabelecidos. 2.6. A Contratada deverá executar a manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos utilizados em todo o processamento das roupas bem como proceder à limpeza e desinfecção, de acordo com as recomendações dos fabricantes da maquinaria, além de seguir normas de procedimentos que visem conservar o equipamento em bom estado e limpeza, devendo os equipamentos danificados serem reparados em até 24 (vinte e quatro) horas. Na impossibilidade de reparo no prazo mencionado, a Contratada deverá providenciar o processamento contingencial da roupa, em dependência própria ou naquela declarada. 2.7. A Contratada deverá disponibilizar materiais de consumo em quantidades suficientes para atender a legislação técnica e sanitária vigente. 2.8. Caberá à Contratada estabelecer um programa de controle das condições de higiene envolvendo processos e produtos como análise de amostras coletadas das mãos de manipuladores de roupas limpas, superfícies que entram em contato com as roupas limpas durante seu acabamento e análise microbiológica do tecido submetido ao processo de lavagem, apresentando resultados/laudos ao Contratante. 2.9. É responsabilidade da Contratada observar as considerações gerais e especificas sobre o assunto, conforme descrito no Manual de Processamento de Roupas de Serviço de Saúde: Prevenção e Controle de Risco, 2007 da ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, tais como: a) O empregado que realiza o transporte de roupa suja deve utilizar equipamento de proteção individual, inclusive proteção ocular conforme capítulo de controle de infecção, no momento do recolhimento da roupa, porém, ao abrir portas ou apertar botão de elevador deve fazê-lo sem luva. b) É indicado que os trabalhadores da área suja, ao término do trabalho, não saiam do local sem tomar banho e trocar de roupa. c) Na separação, as peças de roupa devem ser cuidadosamente abertas, puxando-as pelas pontas sem apertar, para a verificação e retirada de objetos estranhos, como instrumentais, artigos perfurocortantes, de uso pessoal, tecidos humanos, entre outros, provenientes da unidade geradora e que foram encaminhados misturados com a roupa suja. Além disso, devem ser manuseadas com o mínimo de agitação. d) A frequente higienização das mãos pelo pessoal que manuseia roupa suja é essencial para a prevenção de infecções. e) A circulação do trabalhador entre a área limpa e a área suja deve ser evitada. A passagem de um trabalhador da área suja para a limpa deve ser precedida de banho. f) É recomendável a utilização de estrados e proteção para os pés ou sapatos na área de alimentação da calandra para evitar que lençóis e outras peças grandes entrem em contato com o piso. g) A roupa limpa deve ser manuseada somente quando necessário e com prévia higienização das mãos. Especificações Técnicas 14 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

h) A roupa limpa não deve ser transportada manualmente, pois poderá ser contaminada com microrganismos presente nas mãos ou roupas dos profissionais. i) Tanto na área suja, quanto na área limpa da lavanderia hospitalar, é obrigatório a instalação de lavatórios/ pias. j) Na manipulação dos saneantes, principalmente em unidades de processamento de roupas que não possuem sistema automatizado de dosagem e distribuição dos saneantes, é fundamental o uso de equipamentos de proteção individual e que sejam seguidas as orientações quanto aos riscos químicos. k) Os trabalhadores da lavanderia hospitalar devem receber constantemente orientações referentes ao modo de transmissão de doenças e controle de infecções. l) A segurança do ambiente da lavanderia hospitalar está ligada a sua área física; à manutenção dos equipamentos, máquinas e sistemas; ao controle dos riscos físicos (temperatura ambiental, ruído, vibração, níveis de iluminação, umidade e ventilação); ao controle da exposição aos produtos químicos utilizados; à ergonomia; e aos agentes biológicos provenientes da roupa suja, de instrumentos e de resíduos de serviços de saúde que porventura venham misturados à mesma. 2.10. Submeter à apreciação do Contratante o resultado final do processamento, para avaliação da eficiência e eficácia dos processos utilizados. 2.11. Apresentar listagem de seus fornecedores, produtos e marcas utilizados, com fichas técnicas, no ato da assinatura do Contrato e sempre que solicitado pelo Contratante. 2.12. Apresentar Manual de Procedimentos da lavanderia, no ato da assinatura do Contrato, contendo todas as rotinas operacionais identificadas abaixo: Organograma da Empresa; Quadro de pessoal, qualificação, atribuição e jornada de trabalho; Fluxograma da roupa na lavanderia; Descrição de uniformes; Descrição de EPIs; Descrição dos procedimentos da empresa em relação à saúde dos seus funcionários, tais como: programa médico de prevenção, vacinação, orientação, tratamentos, etc.; Conteúdo programático do programa de desenvolvimento de capacitação profissional; Tempo aplicado no processamento das roupas; Descrição das rotinas de limpeza da lavanderia, bem como, a frequência com que ocorrerá o evento; Descrição dos equipamentos utilizados para circulação das roupas nas dependências das unidades; Descrição, passo a passo, dos processos de lavagem, para cada tipo de roupa e grau de sujidade; Tratamento e destinação dos resíduos sólidos do processo de lavagem. 2.13. Apresentar semestralmente laudo com os resultados dos: Testes bacteriológicos do meio ambiente e da água de abastecimento da lavanderia; Testes de durabilidade dos tecidos; Testes de PH de produtos e da água. 2.14. Manter arquivo de exames admissionais, periódicos, demissionais, mudanças de função e Especificações Técnicas 15 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

retorno ao trabalho, conforme preconiza a NR 7 do Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe Portaria nº. 3.214 de 08/06/78 e suas alterações. 2.15. Estabelecer Programa de Prevenção de Riscos Ambientais, conforme preconiza a NR 9 do Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe a Portaria nº 3.214 de 08/06/78 e suas alterações. 2.16. Manter registro de segurança e saúde ocupacional, conforme preconiza a NR 32 do Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe a Portaria nº 3.214 de 08/06/78 e suas alterações. 2.17. Manter registro da caldeira, caso o serviço possua, conforme preconiza a NR 13 do Ministério do Trabalho e Emprego, que compõe a Portaria nº 3.214 de 08/06/78 e suas alterações. 2.18. Manter registro e aprovação nos órgãos competentes (meio ambiente, defesa civil, prefeitura, entre outros). 2.19. Manter alvará sanitário/ licença de funcionamento da Lavanderia Hospitalar do Licitante, emitido(a) pelo órgão de vigilância sanitária estadual ou municipal competente, conforme exigido pela Lei Federal nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999 e Lei Federal nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Para as lavanderias estabelecidas no município de São Paulo, deve ser observada, ainda, a Lei Municipal nº 15.855, de 16 de setembro de 2013. (i) O documento deverá explicitar o tipo de serviço que atende e a origem das roupas a serem processadas como: serviços de saúde. 3. OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES DA CONTRATADA A Contratada terá 05 (cinco) dias a contar da data da contratação para assumir a execução do serviço. A Contratada, além do fornecimento da mão-de-obra, dos produtos químicos, dos materiais e dos equipamentos, e da manutenção necessária para a perfeita execução dos serviços de processamento de roupas hospitalares, obriga-se a: 3.1. Responsabilizar-se integralmente pelos serviços contratados, nos termos da legislação vigente; 3.2. Selecionar e preparar rigorosamente os empregados que irão prestar os serviços, encaminhando funcionários com funções profissionais devidamente registradas em suas carteiras de trabalho; 3.3. Manter seu pessoal uniformizado, identificando-os mediante crachás com fotografia recente e provendo-os dos Equipamentos de Proteção Individual - EPIs; 3.4. Manter todos os equipamentos e utensílios necessários à execução dos serviços, em perfeitas condições de uso, devendo os danificados serem reparados em até 24 (vinte e quatro) horas. Na impossibilidade de reparo no prazo mencionado, a Contratada deverá providenciar o processamento contingencial da roupa, em dependência própria ou naquela declarada; 3.5. Providenciar o processamento da roupa, em dependência própria ou naquela declarada, em caso de interrupção dos serviços devido a falhas no processo ou maquinaria, até que seja normalizado o processo de lavagem nas dependências do Contratante; 3.6. Caso a responsabilidade pela interrupção no processamento das roupas seja da Contratada, o processamento contingencial será remunerado pelo preço já praticado na lavagem interna; Especificações Técnicas 16 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

3.7. Caso a responsabilidade pela interrupção no processamento das roupas for do Contratante, o processamento contingencial será remunerado pelo preço referencial vigente para a lavagem externa, constante do volume 10 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar - publicado pela Secretaria da Fazenda, aplicando-se o percentual de desconto igual ao ofertado no processo licitatório; 3.8. Identificar todos os equipamentos, ferramental e utensílios de sua propriedade, tais como: balança, carrinhos e outros, de forma a não serem confundidos com similares de propriedade do Contratante; 3.9. Adquirir todo o material de consumo que utilizará na execução dos serviços relativos aos serviços contratados; 3.10. Implantar, de forma adequada, a planificação, execução e supervisão permanente dos serviços, de maneira estruturada, mantendo constante suporte para dar atendimento a eventuais necessidades para o suprimento de roupas limpas; 3.11. Nomear encarregados responsáveis pelos serviços, com a missão de garantir o bom andamento dos trabalhos. Estes encarregados terão a obrigação de reportarem-se, quando houver necessidade, ao preposto dos serviços do Contratante e tomar as providências pertinentes; 3.12. Assumir todas as responsabilidades e tomar as medidas necessárias ao atendimento dos seus empregados acidentados ou com mal súbito; 3.13. Cumprir os postulados legais vigentes de âmbito federal, estadual ou municipal e as normas internas de segurança e medicina do trabalho; 3.14. Instruir seus empregados quanto às orientações para prevenção de incêndio nas áreas do Contratante; 3.15. Exercer controle sobre a assiduidade e a pontualidade de seus empregados; 3.16. Fazer seguro de seus trabalhadores contra riscos de acidentes de trabalho, responsabilizando-se, também, pelos encargos trabalhistas, previdenciários, fiscais e comerciais, resultantes da execução do contrato, conforme exigência legal; 3.17. Prestar os serviços dentro dos parâmetros e rotinas estabelecidos, fornecendo todos os produtos químicos, materiais, e equipamentos em quantidade, qualidade e tecnologia adequadas, com a observância às recomendações aceitas pela boa técnica, normas e legislação; 3.18. Observar conduta adequada na utilização dos produtos químicos, materiais e equipamentos, objetivando correta higienização dos utensílios e das instalações objeto da prestação dos serviços; 3.19. Executar os serviços em horários que não interfiram no bom andamento da rotina de funcionamento do Contratante; 3.20. Submeter-se à fiscalização permanente dos gestores do contrato, designados pelo Contratante; 3.21. Reparar, corrigir, remover, refazer ou substituir às suas expensas, no total ou em parte, os serviços prestados em que se verificarem vícios, defeitos ou incorreções resultantes da sua má execução; 3.22. Manter durante a execução do Contrato, em compatibilidade com as obrigações por ela assumidas, todas as condições de habilitação e qualificação exigidas na licitação; 3.23. Manter em rigorosa pontualidade o pagamento de seus empregados e demais encargos decorrentes do contrato de trabalho, inclusive quanto às anotações das respectivas Especificações Técnicas 17 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

Carteiras de trabalho e Previdência Social; 3.24. Utilizar veículos envolvidos na execução dos serviços preferencialmente movidos a etanol ou gás natural veicular - GNV; 3.25. Cumprir a legislação vigente para controle de infecções hospitalares, visando assegurar a qualidade dos serviços prestados; 3.26. Estar ciente que quando houver descumprimento total ou parcial da obrigação contratada e assumida serão aplicadas à Contratada, as penalidades previstas no ato convocatório e na legislação pertinente; 3.27. Reconhecer que os casos omissos serão analisados pelos representantes legais das partes, sem que haja prejuízo para nenhuma destas, tendo por base o que dispõe a legislação vigente e aplicável à espécie. 3.28. Dispor de um responsável técnico com formação mínima de nível médio, capacitação em segurança e saúde ocupacional e que responda perante a vigilância sanitária pelas ações ali realizadas. 3.29. Manter profissionais devidamente qualificados para que se possa viabilizar a construção de um mapa de risco e instaurar medidas eficazes de cunho preventivo, visando à proteção do trabalhador, visto a possibilidade de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais proporcionados nesse ambiente. (i) O empregado da Contratada deve estar capacitado para a execução das suas atividades no que se refere aos aspectos técnicos e operacionais, à legislação, a novas tecnologias, à prevenção e controle de infecção e à segurança e saúde ocupacional. O treinamento do trabalhador do serviço de processamento de roupas deve conter noções fundamentais sobre a exposição aos agentes químicos, biológicos e físicos. 3.30. Apresentar, quando da contratação, alvará sanitário/ licença de funcionamento da Lavanderia Hospitalar, emitido(a) pelo órgão de vigilância sanitária estadual ou municipal competente, conforme exigido pela Lei Federal nº 9.782, de 26 de janeiro de 1999 e Lei Federal nº 6.437, de 20 de agosto de 1977. Para as lavanderias estabelecidas no município de São Paulo, deve ser observada ainda a Lei Municipal nº 15.855, de 16 de setembro de 2013. (i) O documento deverá explicitar o tipo de serviço que atende e a origem das roupas a serem processadas como: serviços de saúde. 3.31. Informar mensalmente ao Contratante a quantidade de instrumentos perfurocortantes e outros artigos encaminhados junto com a roupa a ser processada. Especificações Técnicas 18 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

4 - OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES ESPECÍFICAS BOAS PRÁTICAS AMBIENTAIS 4.1. Elaborar e manter um programa interno de treinamento de seus empregados para redução de consumo de energia elétrica, consumo de água e redução de produção de resíduos sólidos, observadas as normas ambientais vigentes. 4.2. Receber do Contratante, informações a respeito dos programas de uso racional dos recursos que impactem o meio ambiente. 4.3. Responsabilizar-se, através do seu encarregado pelo preenchimento do "Formulário de Ocorrências para Manutenção", que poderá ser fornecido pelo Contratante. 4.4. Quando houver ocorrências, o encarregado deverá entregar o "Formulário de Ocorrências para Manutenção" devidamente preenchido e assinado ao Contratante. Exemplos de ocorrências mais comuns e que devem ser apontadas: Vazamentos na torneira ou no sifão do lavatório e chuveiros; Saboneteiras e toalheiros quebrados; Lâmpadas queimadas ou piscando; Tomadas e espelhos soltos; Fios desencapados; Janelas, fechaduras ou vidros quebrados; Carpete solto, entre outras. USO RACIONAL DA ÁGUA 4.5. A Contratada terá que capacitar parte do seu pessoal quanto ao uso da água. Essa capacitação poderá ser feita por meio do CURSO VIRTUAL oferecido pela SABESP. Os conceitos deverão ser repassados para a equipe por meio de multiplicadores; 4.6. A Contratada deverá adotar medidas para evitar o desperdício de água tratada, conforme instituído no Decreto Estadual n o 48.138 de 08/10/03; 4.7. A Contratada deve colaborar com as medidas de redução de consumo e uso racional da água, cujos encarregados devem atuar como facilitadores das mudanças de comportamento de seus empregados esperadas com essas medidas. Sempre que adequado e necessário, a Contratada deverá utilizar-se de equipamento de limpeza com jatos de vapor de água saturada sob pressão. Trata-se de alternativa de inovação tecnológica cuja utilização será precedida de avaliação pelo Contratante das vantagens e desvantagens. Em caso de utilização de lavadoras, sempre adotar as de pressão com vazão máxima de 360 (trezentos e sessenta) litros/hora; 4.8. A Contratada deve manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de equipamentos e complementos que promovam a redução do consumo de água; USO RACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA 4.9. A Contratada deve manter critérios especiais e privilegiados para aquisição de produtos e equipamentos que apresentem eficiência energética e redução de consumo; 4.10. Equipamentos com mau funcionamento ou danificados, como lâmpadas queimadas ou piscando, zumbido excessivo em reatores de luminárias e mau funcionamento de instalações energizadas, devem ser comunicados pela Contratada ao Contratante; 4.11 Locais e medidas que tenham a possibilidade de redução do consumo de energia, tais como desligamento de sistemas de iluminação, instalação de interruptores, instalação de sensores de presença, rebaixamento de luminárias, etc. devem ser sugeridos pela Contratada ao Contratante ou diretamente à CIRE Comissão Interna de Redução e Racionalização do Especificações Técnicas 19 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante

Uso de Energia; 4.12. A Contratada deve verificar se existem vazamentos de vapor ou ar nos equipamentos, sistema de proteção elétrica e as condições de segurança de extensões elétricas; 4.13. A Contratada deve realizar verificações e, se for o caso, manutenções periódicas nos seus aparelhos e equipamentos elétricos; 4.14. A Contratada deve repassar a seus empregados todas as orientações referentes à redução do consumo de energia fornecidas pelo Contratante. REDUÇÃO DE PRODUÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS 4.15. Quando implantado pelo Contratante Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos, a Contratada deve colaborar de forma efetiva no desenvolvimento das atividades do programa interno de separação de resíduos sólidos, em recipientes para coleta seletiva nas cores internacionalmente identificadas, disponibilizados pelo Contratante; 4.16. No Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Sólidos, a Contratada deverá observar as seguintes regras: a. MATERIAIS NÃO RECICLÁVEIS São todos os materiais que ainda não apresentam técnicas de reaproveitamento e são denominados REJEITOS, como: lixo de banheiro, papel higiênico, lenço de papel e outros como: cerâmicas, pratos, vidros pirex e similares; trapos e roupas sujas; toco de cigarro; cinza e ciscos (que deverão ser segregados e acondicionados separadamente para destinação adequada); acrílico; lâmpadas fluorescentes (acondicionadas em separado); papéis plastificados, metalizados ou parafinados; papel carbono e fotografias; fitas e etiquetas adesivas; copos descartáveis de papel; espelhos, vidros planos, cristais e pilhas (acondicionadas em separado e enviadas para o fabricante). b. MATERIAIS RECICLÁVEIS Para os materiais secos recicláveis, deverá ser seguida a padronização internacional para a identificação, por cores, nos recipientes coletores - VERDE para vidro, AZUL para papel, AMARELO para metal, VERMELHO para plástico e BRANCO para lixo não reciclável. Deverão ser disponibilizados pelo Contratante recipientes adequados para a coleta seletiva: vidro - recipiente verde plástico - recipiente vermelho papéis secos - recipiente azul metais - recipiente amarelo lixo não reciclável recipiente branco. PRODUTOS DE LAVAGEM E SANEANTES DOMISSANITÁRIOS 4.17. Manter critérios especiais e privilegiados para aquisição e uso de produtos de lavagem e de higienização; 4.18. Utilizar racionalmente os produtos adotados, cuja aplicação nos serviços deverá observar regra basilar de menor toxidade e livre de corantes; 4.19. Manter critérios de qualificação de fornecedores levando em consideração as ações ambientais por estes realizadas; 4.20. Observar, rigorosamente, quando da aplicação e/ou manipulação de detergentes e seus congêneres, no que se refere ao atendimento das prescrições do artigo 44, da Lei Federal n o 6.360 de 23 de setembro de 1976 e do Decreto Federal n o 8.077 de 14 de agosto de 2013, Especificações Técnicas 20 Prestação de Serviços de Lavanderia Hospitalar nas Dependências da Unidade Contratante