LEC206 MACROECONOMIA II

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LICENCIATURA EM ECONOMIA (2006-07) LEC206 MACROECONOMIA II Exame Final (19 de Junho de 2007) Duração: 1h30 (escolha múltipla 12,0 valores) + 1h30 (parte prática 8,0 valores) Não é permitida qualquer forma de consulta. Os telemóveis deverão ser desligados e guardados antes do início do teste. Durante a prova de escolha múltipla, não é permitido o uso de máquinas de calcular. No final do exame, os alunos deverão aguardar sentados até que sejam recolhidas as folhas de resposta e seja autorizada a saída da sala. Responda às seguintes questões, indicando qual das quatro alternativas apresentadas é a mais correcta. Às respostas erradas será atribuída uma classificação negativa, correspondente a um terço da cotação de uma resposta certa. Utilize a matriz de respostas fornecida, assinalando a resposta certa com um X. Na quadrícula correspondente à versão, deverá assinalar a versão I. Boa sorte! CRESCIMENTO ECONÓMICO (5 questões) 1. No modelo de crescimento económico proposto por Solow, com progresso tecnológico exógeno (a), depreciação (d) e crescimento da população (n), espera-se que, em steady-state, o produto por trabalhador e o stock de capital cresçam, respectivamente, às taxas: a) a e 0. b) a e a+n. c) a+n e a. d) a+n+d e a+n. 2. Considere uma economia fechada, em steady-state, com crescimento populacional nulo e sem progresso técnico. Segundo o modelo de Solow, em resultado de um aumento da taxa de poupança, no novo steady-state: a) O desemprego será mais elevado. b) O investimento líquido será inferior. c) É possível que o consumo por trabalhador seja inferior. d) A produtividade marginal do capital será mais elevada. 1

3. O modelo de Solow indica que, tudo o resto constante, países com taxas de poupança mais baixas tenderão a: a) Crescer mais rapidamente. b) Ser mais pobres. c) Ter um maior stock de capital por trabalhador. d) Verificar todas as condições anteriores. 4. Considere uma economia com crescimento populacional positivo e constante (n), mas sem progresso tecnológico. De acordo com o modelo de Solow, em steady-state: a) A proporção da força de trabalho desempregada está a aumentar. b) O produto é constante. c) O produto per capita é tanto maior quanto maior for a taxa de poupança. d) O stock de capital por trabalhador está a crescer à taxa n. 5. As teorias de crescimento endógeno diferem do modelo de crescimento económico de Solow porque: a) São teorias monetárias e a teoria de Solow é uma teoria real. b) Assumem que a produtividade marginal do capital é decrescente. c) Oferecem uma explicação económica para a existência de progresso técnico. d) Todas as afirmações anteriores são verdadeiras. MERCADO DE TRABALHO E DESEMPREGO (4 questões) 6. Um avanço tecnológico significativo faz com que o equilíbrio no mercado de trabalho passe a apresentar: a) Níveis inferiores de emprego e de salário real. b) Níveis superiores de emprego e de salário real. c) Um nível inferior do emprego e um nível superior do salário real. d) Um nível superior de emprego e um nível inferior do salário real. 7. O desemprego estrutural: a) É atenuado pelo chamado conflito insiders/outsiders no âmbito da actividade sindical. b) Está associado a um excesso de oferta de trabalho, relativamente à procura, ao salário em vigor. c) É nulo, no longo prazo. d) Todas as afirmações são verdadeiras. 8. Em Portugal: a) A taxa de desemprego é cerca de 20%. b) A população activa representa cerca de 80% da população total. c) Cerca de 500 mil trabalhadores estão desempregados. d) Cerca de 2 milhões de trabalhadores estão empregados. 2

9. O desemprego friccional: a) Deve ser menor em países nos quais o período de duração do subsídio de desemprego é mais elevado. b) Deve ser superior em economias com baixo ritmo de progresso técnico. c) Seria nulo se o salário real coincidisse com o salário real de equilíbrio. d) Todas as afirmações anteriores são falsas. CONSUMO E POUPANÇA (3 questões) 10. De acordo com a função consumo keynesiana, a taxa de poupança: a) Aumenta a ritmos decrescentes com aumentos do rendimento disponível. b) Aumenta a ritmos constantes com aumentos do rendimento disponível. c) É positiva para qualquer valor do rendimento disponível. d) Diminui com aumentos do rendimento disponível. 11. De acordo com o modelo da escolha intertemporal dos consumidores, uma diminuição da taxa de juro real implica necessariamente: a) Aumento do consumo presente e diminuição do consumo futuro, se o agente for devedor. b) Aumento do consumo presente e do consumo futuro, se o agente for credor. c) Aumento do endividamento e aumento da utilidade, se o agente for devedor. d) Aumento do consumo futuro e aumento da utilidade, se o agente for credor. 12. De acordo com a hipótese do rendimento permanente: a) Perante um aumento temporário do rendimento, a taxa de poupança diminui. b) Os agentes consomem uma fracção constante do seu rendimento médio futuro. c) Perante uma diminuição do rendimento vista como temporária, a taxa de poupança mantém-se constante. d) O consumo é extremamente sensível a alterações do rendimento corrente. INVESTIMENTO (3 questões) 13. O investimento bruto: a) Tem um comportamento anticíclico. b) Diminui após um avanço tecnológico. c) É mais volátil na teoria do acelerador simples do que na do acelerador flexível. d) Não inclui a variação dos stocks. 14. A teoria do acelerador flexível baseia-se no pressuposto de que: a) As empresas têm expectativas adaptativas. b) O rácio capital-produto efectivo é constante. c) O investimento não está sujeito a custos de instalação. d) Todos os anteriores pressupostos se verificam. 3

15. O custo de uso do capital depende: a) Da taxa de juro real. b) Da taxa de depreciação do capital. c) Da produtividade marginal do capital. d) De a) e b). MOEDA E MERCADOS FINANCEIROS (5 questões) 16. De acordo com o modelo de Baumol-Tobin, a procura nominal de moeda: a) Não depende do nível de preços. b) Depende positivamente do nível de preços. c) Depende positivamente da taxa de juro nominal. d) Depende negativamente do rendimento. 17. A oferta nominal de moeda depende: a) Positivamente da fracção dos depósitos que os bancos mantêm sob a forma de reservas (e=r/db). b) Positivamente do rendimento (Y). c) Negativamente do valor da base monetária (H). d) Negativamente da preferência por circulação monetária (c=c/db). 18. Quando a taxa de inflação efectiva (ex post) é superior à taxa de inflação esperada (ex ante): a) Há uma redistribuição da riqueza a favor dos credores. b) A taxa de juro nominal esperada é superior à efectiva. c) A estrutura temporal das taxas de juro é crescente. d) A taxa de juro real efectiva é inferior à esperada. 19. Supondo que se verifica a hipótese das expectativas, e que a curva de rendimentos tem um declive positivo, podemos dizer que: a) Os agentes esperam que as taxas de juro de curto prazo venham a descer. b) Existe um prémio de liquidez. c) As taxas de juro no mercado de capitais são superiores às taxas de juro no mercado monetário. d) Há um excesso de procura de fundos de curto prazo por parte das empresas. 20. Qual das seguintes afirmações está correcta? a) Podemos afirmar com absoluta segurança que o valor do agregado M1 não é superior ao valor do agregado M2. b) De acordo com o efeito de Fisher e a teoria quantitativa da moeda, países com crescimento mais elevado da massa monetária deverão registar taxas de juro reais superiores. c) A taxa de juro real ex ante é normalmente inferior à taxa de juro real ex post. d) O declive da curva de rendimentos não pode ser positivo. 4

DÉFICE ORÇAMENTAL E DÍVIDA PÚBLICA (5 questões) 21. As estatísticas recentes acerca do sector público em Portugal revelam que: a) As receitas correntes representam cerca de 40% do PIB. b) O saldo orçamental tem sido positivo. c) A capacidade de financiamento tem sido positiva. d) A dívida pública é aproximadamente igual a 25% do PIB. 22. Em Portugal, os encargos com juros da dívida pública são cerca de 3% do PIB. Se o saldo orçamental for igual a 1% do PIB: a) A dívida pública diminui. b) O saldo orçamental primário é negativo. c) A dívida pública aumenta. d) O saldo orçamental primário é inferior ao saldo orçamental. 23. A hipótese da equivalência ricardiana: a) Está de acordo com a teoria keynesiana relativamente ao efeito expansionista de uma redução da carga fiscal. b) Verifica-se, na realidade, desde que os indivíduos sejam egoístas e tenham um horizonte de vida finito. c) Afirma que a despesa pública não tem efeito nas decisões de consumo e poupança das famílias. d) Considera que uma redução dos impostos não aumenta a riqueza das famílias. 24. O imposto inflacionário: a) Resulta do facto de a inflação fazer aumentar o valor real da dívida pública e da base monetária. b) Ocorre pelo facto de a dívida do sector público ser emitida em termos reais. c) Não afecta a dívida do sector público para com os particulares, pelo facto de a taxa de juro nominal incorporar, pelo efeito de Fisher, a inflação esperada. d) Alivia a restrição orçamental do sector público, tanto mais quanto maior for a inflação não antecipada. 25. No âmbito da Segurança Social: a) Um sistema redistributivo ( pay-as-you-go ) baseia-se em transferências intergeracionais, das gerações trabalhadoras para as gerações reformadas. b) Um sistema de capitalização força cada trabalhador a poupar parte dos seus rendimentos para que possa usufruir dessas poupanças na idade de reforma. c) A sustentabilidade de um sistema de capitalização não é posta em causa pelo envelhecimento da população. d) Todas as afirmações são verdadeiras. 5

TAXA DE CÂMBIO E EQUILÍBRIO EXTERNO (2 questões) 26. De acordo com a restrição orçamental da nação, num país com dívida externa: a) A produtividade no sector de bens transaccionáveis baixa. b) O valor actualizado do fluxo de exportações líquidas terá de ser positivo. c) O efeito Balassa-Samuelson só se verifica se o país for desenvolvido. d) A doença holandesa impede o crescimento das exportações de recursos naturais. 27. Se combinarmos a teoria da paridade dos poderes de compra com a teoria quantitativa da moeda, podemos concluir que, com tudo o resto constante: a) Um aumento da taxa de crescimento da moeda causa um aumento da depreciação anual da taxa de câmbio real. b) Um aumento da taxa de crescimento da moeda causa um aumento da depreciação anual da taxa de câmbio nominal. c) Um aumento da depreciação anual da taxa de câmbio nominal causa um diminuição da taxa de crescimento da moeda. d) Um aumento da depreciação anual da taxa de câmbio nominal causa um aumento da depreciação anual da taxa de câmbio real. EQUILÍBRIO MACROECONÓMICO (9 questões) 28. Um aumento da produtividade dos trabalhadores faz com que o emprego: a) Aumente no curto prazo e diminua no longo prazo. b) Aumente tanto no curto como no longo prazo. c) Diminua no curto prazo e aumente no longo prazo. d) Diminua tanto no curto como no longo prazo. 29. Numa economia grande, uma política monetária expansionista: a) Apenas afecta as variáveis nominais, tanto no curto como no longo prazo. b) Provoca uma diminuição temporária da taxa de juro real. c) Conduz, no longo prazo, aos chamados défices-gémeos. d) Faz com que aumente a taxa de juro real. 30. Considere uma economia fechada. No longo prazo, uma política orçamental expansionista: a) Faz aumentar o produto. b) Não tem efeito sobre a taxa de juro. c) Faz diminuir o nível geral de preços. d) Faz diminuir o investimento privado. 6

31. Numa economia grande, no longo prazo (com preços flexíveis), um choque de produtividade positivo causa: a) Aumento do produto e redução da taxa de juro. b) Redução da taxa de juro e aumento do desemprego. c) Aumento do desemprego e aumento do nível geral de preços. d) Aumento do nível geral de preços e aumento do produto. 32. Numa economia grande, no curto prazo (com todos os preços fixos), uma política monetária expansionista causa: a) Aumento do produto e redução da taxa de juro. b) Redução da taxa de juro e aumento do desemprego. c) Aumento do desemprego e aumento do nível geral de preços. d) Aumento do nível geral de preços e aumento do produto. 33. Numa economia pequena, no curto prazo (com preços e câmbios fixos), uma redução da taxa de imposto sobre o rendimento das pessoas singulares causa: a) Aumento do produto e redução do investimento. b) Redução do investimento e aumento do desemprego. c) Aumento do desemprego e aumento do consumo. d) Aumento do consumo e aumento do produto. 34. Considere uma pequena economia aberta, com taxas de câmbio flexíveis. No longo prazo, uma política monetária expansionista provoca: a) Um aumento do produto. b) Um aumento das exportações. c) Um aumento das importações. d) Uma depreciação da taxa de câmbio nominal. 35. No modelo de informação imperfeita de Friedman-Phelps, a curva SAS tem uma inclinação positiva porque: a) As empresas têm informação imperfeita sobre o nível geral de preços. b) As empresas têm custos de menu significativos. c) Os trabalhadores têm informação imperfeita sobre o nível geral de preços. d) Os trabalhadores têm contratos de longa duração. 36. Na maior parte das economias avançadas, a produtividade do trabalho é: a) Pro-cíclica, como prevê a teoria dos ciclos económicos reais. b) Pro-cíclica, como prevê o modelo AS/AD. c) Anti-cíclica, como prevê a teoria dos ciclos económicos reais. d) Anti-cíclica, como prevê o modelo AS/AD. FIM 7

LICENCIATURA EM ECONOMIA (2006-07) LEC206 MACROECONOMIA II Exame Final (19 de Junho de 2007) Duração: 1h30 (escolha múltipla 12,0 valores) + 1h30 (parte prática 8,0 valores) Responda a cada grupo numa folha separada. Os telemóveis deverão ser desligados e guardados antes do início do teste. Não é permitida qualquer forma de consulta. No final do exame, os alunos deverão aguardar sentados até que sejam recolhidas as folhas de resposta e seja autorizada a saída da sala. Boa sorte! GRUPO 1 [25% da cotação da prova prática 2,0 valores; 20 minutos] Considere uma economia que se encontra em equilíbrio ( steady-state ), verificando a condição conhecida como golden-rule. A função de produção é dada pela expressão Y=K 0,4 N 0,6 (sendo Y o produto real, K o stock de capital e N a quantidade de trabalho utilizada). a) Calcule a taxa de poupança que caracteriza esta economia. Considerando a figura seguinte, diga se esta corresponde a s 1 ou a s 2. 8

b) O agente representativo dispõe de 24 horas diárias para afectar a trabalho e lazer, sendo as suas preferências descritas pela função utilidade: U(C,l)=C 1/3 l 2/3, (sendo C o seu nível de consumo e l o número de horas de lazer). i) Determine a escolha óptima do agente representativo (C,l). ii) Diga, justificando, se concorda com a seguinte afirmação: Nesta economia, a oferta individual de trabalho é muito elástica. GRUPO 2 [25% da cotação da prova prática 2,0 valores; 20 minutos] Considere um agente com uma esperança de vida de dois períodos, que espera obter rendimentos de 2000 e 2700 unidades no primeiro e segundo períodos de vida, respectivamente. Sabe-se, ainda, que as suas preferências são representadas pela função de utilidade: U(C 1, C 2 ) = C 1 0,8 C 0,4 2 ; e que, dada a sua restrição orçamental, poderá consumir no máximo 4860 unidades no segundo período. a) Calcule a taxa de juro real inerente à restrição orçamental e o perfil de consumo óptimo do agente. b) Devido ao seu comportamento no passado, o agente receia que lhe seja vedado o acesso ao crédito. Explique, com base numa representação gráfica, em que medida esta restrição iria alterar as escolhas do agente. c) Ignorando a restrição ao crédito considerada na alínea anterior, suponha que o agente tem a possibilidade de investir num negócio cuja função de produção é dada por Y = 21,6 K 0,5, estando o stock de capital sujeito a uma taxa de depreciação de 100%. Que montante aconselha o agente a investir? Que acréscimo de riqueza decorreria desse investimento? 9

GRUPO 3 [20% da cotação da prova prática 1,6 valores; 20 minutos] Considere uma economia com um horizonte temporal de dois períodos. Foi divulgada a seguinte informação: A procura real de moeda é dada por 5Y L D =. i O produto real (Y) é igual a 100 unidades, em ambos os períodos. A taxa de juro real esperada (r e ) é igual a 5%, em ambos os períodos. A taxa de inflação esperada (π e ) é igual a 0%, em ambos os períodos. A base monetária (H) é igual a 10 euros. Os agentes detêm toda a sua moeda sob a forma de depósitos bancários e a taxa de reservas obrigatórias é igual a 10%. Os preços são perfeitamente flexíveis. O equilíbrio no mercado monetário estabelece-se instantaneamente. a) Determine o valor do nível geral de preços no período 1. b) No período 1, o défice orçamental primário foi igual a 1 unidade. Considerando que o Estado apenas obtém financiamento através da emissão de dívida pública, calcule o saldo orçamental primário e o nível de preços no período 2. c) Estando agora no período 2, o Estado pretende incorrer num novo défice orçamental primário, igual a 1 unidade. Para isso, pondera recorrer ao financiamento monetário. Determine, nesse caso, o nível geral de preços que vigorará neste período. 10

GRUPO 4 [30% da cotação da prova prática 2,4 valores; 30 minutos] Um estudo recente sobre a Dolarlândia, uma economia grande, identificou as seguintes funções representativas do comportamento das principais variáveis macroeconómicas: o Função de produção: Y = 25 N 0,5 o Oferta de trabalho colectiva: N C = 640 w o Consumo público: G = 125 o Taxa média de imposto: t = 0,25 o Consumo privado: C = 0,8 Y d 1250 r o Investimento: I = 150 2500 r o Exportações líquidas: NX = 0 o Procura real de moeda: M D /P = L D = 1,25 Y 6250 i o Oferta de moeda: M S = 1000 A última análise da conjuntura publicada pelo Instituto de Estatística da Dolarlândia revelou que a economia se encontra em equilíbrio de longo prazo, com: Y = 500 ; N = 400 ; W = 1,25 ; i = 0,02 ; P = 2 ; π = 0 Suponha que o governo da Dolarlândia decide aumentar o consumo público em 20%. Discuta qual deverá ser o efeito deste aumento do consumo público no nível de produto real (Y), no salário nominal (W), na taxa de juro (i) e no nível de preços (P), nas seguintes circunstâncias: a) No curto prazo, com todos os preços fixos. b) No longo prazo, com todos os preços flexíveis. c) Na transição do curto para o longo prazo, de acordo com a hipótese de expectativas racionais (modelo de Lucas). Nota: na resposta às alíneas a) e b), deverá apresentar uma resposta qualitativa, explicitando todas as relações relevantes entre variáveis, e quantitativa, evidenciando todos os cálculos necessários; a resposta à alínea c) deverá ser apenas qualitativa e restringir-se à evolução do produto real (Y) e do nível de preços (P). FIM 11

Soluções: 1 b 2 c 3 b 4 c 5 c 6 b 7 b 8 c 9 d 10 a 11 c 12 b 13 c 14 a 15 d 16 b 17 d 18 d 19 c 20 a 21 a 22 a 23 d 24 d 25 d 26 b 27 b 28 c 29 b 30 d 31 a 32 a 33 d 34 d 35 c 36 a 12