A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUA FUNÇÃO NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL

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Transcrição:

A COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUA FUNÇÃO NO DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL Emersanda da Silva Marcolino Barros 1 RESUMO Esta pesquisa tem como objetivo contribuir para discussões sobre o papel do Coordenador Pedagógico no seu dia a dia na escola, buscando compreender a importância deste ator na contribuição do desenvolvimento do ensino aprendizagem na unidade escolar. Bem como, demonstrar a atuação do coordenador pedagógico no contexto Gestão Democrática. Pois, mesmo enfrentando os desafios do ambiente escolar, o coordenador pedagógico deve proporcionar uma gestão democrática no desenvolver de todo funcionamento escolar. Realizou-se uma pesquisa bibliográfica considerando as importantes contribuições de autores como: Falcão Filho (1994), Piletti (1998), Lima (2007), entre outros, procurando refletir sobre a importância da Coordenação Pedagógica perante o ensino aprendizagem. Conclui-se que a Coordenação Pedagógica é de suma importância para o bom desenvolvimento do ensino aprendizagem do educando, proporcionando também uma interação mais intensa entre todos os profissionais envolvidos em torno da unidade escolar, tornando desta maneira um ambiente escolar mais agradável e produtivo para todos. Palavras-chave: Coordenação Pedagógica. Gestão Democrática. Ensino. Aprendizagem. Introdução O presente trabalho tem como tema a Coordenação Pedagógica e sua Função no Desenvolvimento Educacional diante o desenvolvimento do ensino e aprendizagem do aluno. Nesta perspectiva, construíram-se questões que nortearam este trabalho: Qual é a função do coordenador pedagógico perante uma entidade educacional? As relações entre: coordenador pedagógico x gestão democrática x ensino x aprendizagem. 1 Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia pela Universidade Luterana do Brasil (ULBRA) no ano de 2012; Especialização em: * EDUCAÇÃO INFANTIL, ESPECIAL E TRANSTORNOS GLOBAIS;

Quando se fala em Coordenação Pedagógica, pressupõe-se da importância que a mesma possui diante da gestão escolar, assim como na aprendizagem dos educandos. O coordenador pedagógico faz parte diretamente na gestão democrática da escola e no processo de ensino aprendizagem dos alunos, fazendo acontecer significamente a qualidade da educação em nossas escolas. O trabalho do coordenador pedagógico deve se basear num projeto de execução da escola que se realize em um trabalho de qualidade e em coletivo, visando o resultado de reflexões e debate de seus profissionais da escola do que é hoje e poderá a vir com as inovações da prática pedagógica do ensino aprendizagem. Conforme Falcão Filho (1994) ressalta: [...] Do aluno requer um conjunto de ações que apenas um docente não pode a formação realizar; portanto o processo de ensino aprendizagem não se alimenta exclusivamente da contribuição individualizada de cada conteúdo ou professor isoladamente; pelo contrário, além dessas contribuições individuais, há aquelas provenientes do trabalho conjunto de todos os docentes e destes com os demais profissionais da educação lotados na escola. (FALCÃO FILHO, 1994, p.46). Neste contexto, o principal objetivo de estudo é investigar como o coordenador pedagógico deve atuar junto ao sistema de ensino. Para alcançar os objetivos citados, utilizou-se como recurso metodológico, os livros didáticos, artigos científicos divulgados no meio eletrônico e a observação. O texto foi embasado nas ideias e concepções dos seguintes autores: Dourado (1998), Piletti (1998), Vieira (2009), Pimenta (1993), Veiga (2003), Lopes (1999), Souza (1990), Pires (2004), Hora (1994), Brasil (2006), Dourado (2007), Falcão Filho (1994:46). 2. DESENVOLVIMENTO O papel do coordenador pedagógico na unidade escolar demanda de grande responsabilidade, com habilidades e formação para lidar com as COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E SUPERVISÃO ESCOLAR.

diferenças socioeconômicas e culturais da sociedade, ser instrumento de transformação da realidade, resgatar as potencialidades de cada um, sem perder o foco do coletivo e resgatar a esperança de que é possível superar as dificuldades encontradas, devolvendo trabalho de qualidade com responsabilidade de que a educação é tarefa de todos. Ser coordenador pedagógico exige conhecimento teórico e prático em todas as áreas de formação humana, para que o processo pedagógico seja favorável ao ensino aprendizagem dos estudantes. Ao tratar de uma reflexão sobre a atuação do coordenador pedagógico no contexto da gestão democrática educacional, podemos afirmar que o coordenador pedagógico, sem dúvida nenhuma, é uma peça fundamental no espaço escolar, atuando no sentido de integrar os envolvidos no processo de ensino aprendizagem, mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor e a sua própria formação. Diante de tantas transformações que atualmente vivenciamos, nota-se que se faz necessário e urgente uma mudança de paradigma dentro do sistema educacional de ensino. Em meios estas transformações, não apenas a escola desenvolve essa consciência, como a própria sociedade cobra que o faça. Por isso, a escola se encontra hoje no centro das atenções da sociedade, pelo motivo de que a sociedade globalizada gira em torno de um sistema econômico, e a economia é centrada no conhecimento e que esse conhecimento deve passar pela a escola. Nesse sentido, a função do coordenador pedagógico assume relevantes contribuições como partes da gestão democrática educacional na perspectiva de desenvolver trabalho de ensino aprendizagem com competência e qualidade libertadora. Como agente responsável pela a formação continuada na escola e com o objetivo de favorecer o bom desenvolvimento do trabalho pedagógico na escola, o coordenador deve sensibilizar seu saber fazer de maneira não

centralizada, tomando as decisões de acordo com o bem comum do coletivo. Embora muitos profissionais veem o coordenador pedagógico como uma figura que tem que saber tudo e dar resposta para os todos os encaminhamentos pedagógico, é necessário que este sujeito tenha liderança pedagógica e buscar no coletivo respostas aos desafios que apresenta no ambiente escolar. Piletti (1998, p. 125) aponta as principais atribuições do coordenador pedagógico, listadas em quatro dimensões: 1º - acompanhar o professor em suas atividades de planejamento, docência e avaliação; 2º - fornecer subsídios que permitam aos professores atualizarem-se e aperfeiçoarem-se constantemente em relação ao exercício profissional; 3º - promover reuniões, discussões e debates com a população escolar e a comunidade no sentido de melhorar sempre mais o processo educativo; 4º - estimular os professores a desenvolverem com entusiasmo suas atividades, procurando auxiliá-los na prevenção e na solução dos problemas que aparecem. (PILETTI, 1998, p.125). Mediante estas atribuições, coordenador pedagógico deve estar atento a todo desenvolvimento educacional no decorrer de cada bimestre em torno da unidade escolar. No entanto, a respeito das atribuições e até mesmo pelo desconhecimento das mesmas, muitos dos companheiros de serviço não aceita que o coordenador pedagógico desenvolve seu papel verdadeiro. Ao assumir a função de coordenador pedagógico, o professor perde a identidade, quando necessita intervir no trabalho pedagógico na sala de aula, como postura pedagógica, busca de melhoria do trabalho na intenção de resgatar a identidade da unidade escolar, também responder as demandas da escola, no cumprimento da legislação em vigor. Conforme Lima (2007), [...] Na sociedade do conhecimento em que vivemos que caracteriza pelo processo ensino-aprendizagem permanente e continuado (mundo globalizado e em processo de globalização) não é possível entender a escola e suas relações como se estivessem desvinculadas da totalidade social, materializando seus esforços, simplesmente, como transmissora de conhecimentos cujo dever formal se completa na formação de sujeitos determinados para uma sociedade impessoalizada e alienante. Também, o coordenador pedagógico é um instrumento viabilizador da prática pedagógica, financeira e educacional programada no coletivo da

diretoria. Fica a cargo do coordenador pedagógico, também a organização de todo o processo educativo da unidade escolar, transformar investimentos em habilidades e competências educacionais aos alunos. Ao referenciar o trabalho do coordenador pedagógico, não podemos esquecer-nos de referenciar a importância desta função para o bom desenvolvimento dos trabalhos pedagógicos, aproveitando o espaço para construir um ambiente democrático, gestão participativa, despindo de seu posicionamento para ouvir os outros, deixando que o coletivo predomine no espaço escolar. CONCLUSÃO Diante do exposto, concluiu-se que o coordenador pedagógico, sem dúvida nenhuma, é uma peça fundamental no espaço escolar, devendo atuar no sentido de integrar os envolvidos no processo ensino aprendizagem, ou seja, mantendo as relações interpessoais de maneira saudável, valorizando a formação do professor, assim como sua própria formação. Devem-se desenvolver habilidades para lidar com as diferenças, buscando ser sensível em relação às problemas cotidianas encontradas no meio e em torno da unidade escolar. O coordenador pedagógico deve ter como meta primordial ajudar efetivamente na construção de uma educação de qualidade, sempre valorizando as decisões da coletividade envolvidas no processo de ensino. A prática pedagógica requer que se pense de forma dialética e que se faça uma educação para toda a sociedade, ainda que, através de diferentes meios e em diferentes espaços sociais. À medida que esta sociedade se torna tão complexa, há que se expandir a intencionalidade educativa para diversos outros contextos, abrangendo diferentes tipos de formação necessária ao exercício pleno da cidadania.

Enfim, a coordenação pedagógica possui imensa relevância no desenrolar das atividades propostas pela escola, auxiliando de maneira significativa no desenvolvimento das práticas dos educadores e da aprendizagem dos educandos, propiciando um ambiente agradável e prazeroso de trabalho e aprendizagem a todos envolvidos no âmbito educacional. REFERÊNCIAS BRASIL Ministério da Educação, Programa Nacional de Fortalecimento dos Conselhos Escolares Brasília (2006); DOURADO, Luiz Fernandes. Conselho Escolar e o Financiamento de Educação no Brasil. CIDADE EDITRA 1998; DOURADO, L. F. Gestão da Educação Básica no Brasil: Limite e Perspectiva. In: a Educação &Sociedades: Revista de Ciências da educação. Campinas: Cortez\ CEDES V.28, nº 100, 2007; FALÇÃO FILHO, José Leão M. Supervisão: Uma análise crítica das críticas. Coletânea vida na escola: os caminhos e o saber coletivo. Belo Horizonte, p 42 49 mai\ 94; HORA, Dinair Leal. Gestão Democrática na Escola. Campinas Parirus (1994); LIMA, Paulo Gomes. Possibilidades ou potencialidades: a postura piagetiana na epistemologia genética sobre a gênese da inteligência. Acta científica. Ciências Humanas. Engenheiro Coelho: Unaspress: v. 02, n. 09, p.17 21-2007; LOPES, Alicia Casimiro. Políticas Curriculares: Continuidade ou Mudanças de Rumos?. Bras. Educ.1999;

PILETTI, N. Estrutura e Funcionamento do Ensino Fundamental. São Paulo: Ática, 1998.p. 125; PIMENTA S. G. Questões sobre a Organização do Trabalho na Escola. Ideias, São Paulo, v.16, p.78-83, 1993; PIRES, Ennia Débora Passos Braga. A Prática do Coordenador Pedagógico Limites e Perspectivas. Dissertação (Mestrado em educação) Faculdade de Educação, Universidade Estadual de Campinas, 2004.p.182; SOUZA, Sandra Maria Zákia. Avaliação da Aprendizagem; Teoria; Legislação e Prática no Cotidiano da Escola de 1º Grau e Série. Ideias (8):p.106-118 Fundação para o Desenvolvimento. São Paulo. 1990; VEIGA, IIma Passos. Inovação e Projetos Políticos pedagógicos: Uma Relação Regulatória ou Emancipatória. Cad. CEDES, Campinas, v.23 nº 61 p.267 281, Dezembro 2003; VIEIRA, Sofia Lerche. Educação básica: Política da Gestão da Escola. Brasília: Líder Livro, 2009.