40 BRASIL-ÍNDIA. Um olhar sobre a

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Transcrição:

40 BRASIL-ÍNDIA Um olhar sobre a

Maio 2010 BRASIL-ÍNDIA 41 A Índia continua praticamente desconhecida dos brasileiros em geral, mesmo depois da novela de sucesso que mostrou um pouco do estilo de vida daquele país da Ásia. A troca cultural com os indianos, dada a distância não só geográfica, mas de matriz de civilização, ainda é pequena, a exemplo do que ocorre com as demais nações emergentes que, junto do Brasil e da Índia, formam os Brics (China e Rússia). Fora os interesses gerais que unem esses países em torno do bloco econômico do futuro pelo seu elevado potencial de crescimento nas próximas décadas, por aqui não se sabe muito além de a população indiana se dividir em castas e que a moeda é a rupia. Depois da China, o país mais populoso do mundo, com cerca de 1,2 bilhão de habitantes, a Índia é uma das economias com melhor desempenho na saída da crise mundial e deverá apresentar o segundo maior crescimento neste Liliana Lavoratti, do Rio de Janeiro ano (8,8%), ficando atrás somente da China (10,0%), conforme previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI), e seguida do Brasil (6,5%), segundo o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre-FGV). Essa posição está centrada em um forte mercado interno e na baixa exposição ao setor externo, reforçados pelos estímulos fiscais e monetários concedidos no final de 2008. Para conter as pressões inflacionárias decorrentes do aquecimento econômico acima do esperado, esses incentivos estão sendo retirados. O FMI prevê inflação de 8,1% para este ano. Reformas A Índia obteve uma série de conquistas a partir de 1991, com um amplo programa de reformas liberalizantes que visaram à liberalização comercial, a reforma do sistema financeiro doméstico e a abertura financeira. Tudo isso para promover o desenvolvimento com estabilidade macroeconômica. Essas Foto: Gavin Gough

42 BRASIL-ÍNDIA Maio 2010 Índia Participação nas importações (2008) Outros 19,3% Ásia emergente 11,5% (exceto China) China 10,4% EUA 5,7% Reino Unido 1,9% Japão 2,5% Zona do Euro 15,2% Exportadores de petróleo 33,5% Participação nas exportações (2008) Outros 28,1% Ásia emergente 16,9% (exceto China) Arábia Saudita 2,8% Japão 1,9% Brasil 1,7% Reino Unido 3,6% China 5,4% EUA 11,5% Emirados Árabes 12,2% reformas geraram transformações na estrutura produtiva, na inserção externa e no sistema financeiro, explica Silvia Matos, economista do Ibre-FGV. A Índia apresentou elevadas taxas de crescimento econômico, com alta expressiva nas exportações no setor de serviços intensivos em tecnologia. Entre 1992 e 2002 o crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) foi de 5,3%, enquanto entre 2003 e 2008 alcançou 8,4%, de acordo com dados do Fundo Monetário Internacional (FMI). O setor de tecnologia da informação, que contou com intensas pesquisas, se destacou nesse processo. Os ramos de telecomunicação e finanças também se expandiram em ritmo superior ao do PIB. As reformas criaram as bases para um rápido crescimento fundamentado no setor de serviços e com forte redução da participação da agricultura no PIB, comenta Silvia. Conforme dados do Banco Mundial (BIRD), os serviços, que representavam 39,8% do PIB, em 1980, passaram para 52,8%, em 2007. Nesse período, o peso da agricultura fez movimento contrário: caiu de 35,7% para 17,8% do PIB. A indústria saiu de 24,7% para 29,4% do PIB. Mesmo assim, a Índia ultrapassou o Brasil no ranking mundial de produção industrial, da Organização de Desenvolvimento Industrial da Organização das Nações Unidas (ONU). O país asiático, que conquistou a nona posição no ranking dos maiores parques industriais do mundo, em 2009, dobrou sua participação no mercado mundial em dez anos, subindo de 1,1%, em 2000, para quase 2% no ano passado, deixando o Brasil em décimo lugar. O aumento do grau de abertura da economia ou corrente de comércio (soma das exportações mais importações sobre o PIB) é outra característica da Índia. Em 1990, registrava 14,6%, chegando a 34,7%, em 2007. Igualmente relevante no processo de desenvolvimento da Índia foram os ganhos de produtividade no período: entre 1997 e 2007, a Produtividade Total dos Fatores, calculada por pessoa, cresceu 15,2%, conforme estudo do economista Samuel Pessoa, do IBRE, feito em 2009. Outro aspecto importante é a elevada participação dos investimentos no PIB, da ordem de 40%, em 2007, contra 18,5% no início dos anos de 1980. A expansão da Formação Bruta de Capital Fixo foi de 6,7% no ano passado e os gastos do governo fecharam 2009 com aumento de 12,1%. Durante a crise se questionou se a Índia conseguiria sustentar a rota positiva na qual se encontrava, mas o país se saiu melhor que a encomenda, assinala o professor Frederico Turolla, da Escola de Economia de São Paulo da FGV. No entanto, ele chama a atenção para os indicadores fiscais, que ainda são negativos. Apesar de ter uma carga tributária baixa ao redor de 18% do PIB, mesmo patamar da China, contra 35% do PIB no Brasil, o problema do déficit público é parecido com o daqui. A diferença é o perfil da despesa governamental. O gasto público aqui é de péssima qualidade por se constituir basicamente de consumo. Lá é o contrário, a despesa governamental tem como forte componente os investimentos, afirma Turolla. Segundo ele, o governo federal destina 11% da sua Zona do Euro 15,9% Fonte: CEIC Elaboração: Bradesco

Maio 2010 BRASIL-ÍNDIA 43 despesa primária em investimentos, enquanto os governos estaduais aplicam 25% para essa finalidade. Já no Brasil, apesar do crescimento da carga tributária, o investimento público, hoje, é proporcionalmente menos da metade do que era na década de 1970. De acordo com previsões do mercado, neste ano o déficit público no Brasil será de 8% do PIB. A dívida bruta do setor público, na Índia, foi de 78,2% do PIB (na China, de 17,7%), conforme dados do FMI (2008). No Brasil foi de 57,9%, segundo o Banco Central. Desafios Melhorar os serviços públicos, principalmente nos setores de infraestrutura, está entre os desafios da Índia. Segundo The Global Competitiveness Report 2009-2010, do Fórum Econômico Mundial, a infraestrutura e o excesso de burocracia governamental atrapalham a eficiência do país, colocado em 49º lugar no ranking de competitividade, contra a 29ª posição alcançada pela China. Já o Brasil, que ficou em 56º lugar, é criticado pela elevada carga tributária e complexidade da legislação sobre impostos e contribuições sociais. O documento capta a percepção dos empresários de 133 países. Apesar do investimento na educação, os dados da Índia ainda são ruins e a desigualdade educacional permanece elevada. De acordo com o Banco Mundial, a porcentagem da população alfabetizada com 15 anos ou mais era de apenas 66%, em 2005. Já na China, atingia 93% e, no Brasil, 90%. Segundo o banco de dados Barro- Lee Educational Attanment Dataset (2010), em 1960, a população com mais de 15 anos na Índia possuía, em média, 1,1 ano de escolaridade. Cinquenta anos depois, essa relação era de 5,1 anos para os indianos. Já no Brasil, essa relação era de 2 anos e 7,5 anos, na mesma comparação. Os chineses tinham em média 2,4 anos de escolaridade em 1960 e, em 1975, alcançavam 8,2 anos de escola. É preciso levar em conta também que dois terços da população 10 8 6 4 2 0-2 PIB 2010* O governo indiano elevou a participação dos investimentos no PIB, chegando a 40%, em 2007, contra 18,5% no início dos anos de 1980 China (9,4) Índia (8,5) Brasil (6,0) Indonésia (5,9) Tailândia (5,6) Chile (5,0) Arábia Saudita (4,5) Taiwan (4,2) Holanda (4,1) Turquia (4,0) Cingapura (4,0) Peru (3,9) Argentina (3,7) Polônia (3,5) Colômbia (3,2) Portugal (3,0) Espanha (2,5) África do Sul (2,4) Itália (2,4) Reino Unido (2,4) Canadá (2,1) Austrália (2,1) Alemanha (2,0) Rep. Tcheca (2,0) México (2,0) França (1,8) EUA (1,5) Coreia do Sul (1,1) Rússia (0,5) Japão (-0,2) Hungria (-0,9) Fonte: Bradesco elaboração e projeções*

44 BRASIL-ÍNDIA Maio 2010 O Estado ainda controla em torno de 70% dos ativos do setor bancário e existem poucos instrumentos financeiros privados da Índia ainda vivem no campo, o que influencia a produtividade do país e dificulta o avanço em vários aspectos, lembra a economista Silvia Matos. Na avaliação da economista do IBRE, a maior liberalização nos mercados financeiros está entre as prioridades da Índia nos dias atuais. O Estado ainda controla em torno de 70% dos ativos do setor bancário (dados do banco de investimento Goldman Sachs) e existem poucos instrumentos financeiros privados, como o corporate debt (endividamento de longo prazo das empresas). O desenvolvimento do setor industrial também está na lista dos aperfeiçoamentos pendentes, pois as restrições de infraestrutura contribuem para este fenômeno, bem como as limitações dos instrumentos financeiros privados, explica. A redução das desigualdades regionais completa a lista de desafios. A Índia adota regime parlamentar e as eleições, a cada cinco anos, são baseadas no direito a voto para maiores de idade. O Parlamento é constituído por duas Câmaras a Lok Sabha, com membros eleitos pelo povo, e a Rajya Sabha, na qual os integrantes são nomeados e eleitos. Membros das duas casas e das Assembleias Estatais elegem o presidente para um período de cinco anos. O presidente atualmente a advogada Pratibha Patil, de 72 anos é o chefe do Estado e comandante das Forças Armadas. O primeiro-ministro, Manmohan Singh, nomeado pelo presidente, precisa ter apoio da maioria na Lok Sabha. Cada um dos 26 estados e seis territórios tem um governador, assistido por um Conselho de Ministros. O Judiciário, independente do Executivo, é o guardião e o intérprete da Constituição, sendo o Supremo Tribunal sua instância máxima. 10 Anos de escolaridade médios 8 Índia 6 China Brasil 4 2 0 1950 1955 1960 1965 1970 1975' 1980 1985 1990 1995 2000 2005 2010 Fonte: Barro-Lee