Brasil, conjuntura e perspectiva
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- Ana Vitória Martins Faro
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1 Brasil, conjuntura e perspectiva Julho 2015 Rodolfo Margato
2 Estrutura da Apresentação: 1) Conjuntura Macroeconômica; 2) Principais Oportunidades e Desafios para a Economia Brasileira.
3 Cenário Internacional PIB regiões selecionadas Fontes: Fundo Monetário Internacional e Santander Recuperação consistente dos EUA fortalecimento do dólar; Retomada bastante gradual da Zona do Euro e Grexit; Desaceleração Chinesa - queda dos preços das commodities.
4 Destaques do Cenário Doméstico Deterioração da atividade econômica: - Piora disseminada entre os componentes do PIB; - Recuos persistentes e generalizados na produção industrial e no comércio varejista; - Enfraquecimento do mercado de trabalho; - Índices de confiança em níveis bastante deprimidos. Inflação pressionada e ciclo de aperto da política monetária; Esforços e dificuldades do processo de ajuste fiscal.
5 Atividade Econômica Contração disseminada PIB e Componentes (%) PIB Ótica da Oferta Agropecuária Indústria Transformação Extrativa Mineral Construção Civil Eletricidade, gás, água e esgoto Serviços Ótica da Demanda Consumo das Famílias Consumo do Governo Formação Bruta de Capital Fixo Exportações Importações Fonte: IBGE Projeções: Santander
6 Atividade Econômica Forte retração do setor industrial Queda generalizada entre os setores: 24 das 26 atividades acumulam perdas no ano Fonte: IBGE Fonte: IBGE
7 Desdobramentos Setoriais A queda da indústria é generalizada (indústria extrativa como exceção) Setor Peso T/T-12 (%) Acum. Ano (%) Indústria Geral 100.0% Indústria de Transformação 88.8% Indústria Extrativa 11.2% Alimentos 13.9% Coque, Produtos Derivados do Petróleo e Biocombustíveis 10.3% Veículos Automotores, Reboques e Carrocerias 10.1% Metalurgia Básica 5.4% Outros Produtos Químicos 5.3% Máquinas e Equipamentos 4.9% Produtos de Metal - Exclusive Máquinas e Equipamentos 3.6% Minerais não Metálicos 3.6% Borracha e Plástico 3.5% Bebidas 3.3% Celulose, Papel e Produtos de Papel 3.0% Máquinas, Aparelhos e Materiais Elétricos 2.6% Informática, Produtos Eletrônicos e Ópticos 2.5% Farmacêutica 2.3% Vestuário e Acessórios 2.3% Calçados e Artigos de Couro 1.6% Têxtil 1.6% Outros Equipamentos de Transporte 1.5% Manutenção, Reparação e Instalação de Máquinas e Equipamentos 1.3% Mobiliário 1.3% Perfumaria, Cosméticos, Sabões, Detergentes e Prod. de Limpeza 1.3% Madeira 1.0% Impressão e Reprodução de Gravações 1.0% Diversos 1.0% Fumo 0.6% Fonte: PIM-PF / IBGE Dados referentes a Maio/15
8 Desdobramentos Setoriais Indústria Automobilística
9 Atividade Econômica Queda vertiginosa dos investimentos
10 Atividade Econômica Fraqueza do comércio varejista Volume de Vendas no Comércio Varejista Ampliado Variação Interanual (a/a) e Acumulado em 12 meses - % Destaque para as quedas dos grupos Veículos, motos, partes e peças (-13,9%) e Móveis e Eletrodomésticos (-6,1%) nos últimos 12 meses.
11 Atividade Econômica Acentuada destruição líquida de vagas Fonte: CAGED - MTE No acumulado em 12 meses findo em junho/15, a economia brasileira mostra uma destruição líquida de 730 mil postos.
12 Atividade Econômica Intensa elevação da taxa de desemprego Projeções para a População Ocupada: -1,1% em 2015 e -0,8% em 2016.
13 Atividade Econômica Redução substancial dos salários reais
14 Atividade Econômica Desaceleração no mercado de crédito Fonte: Banco Central do Brasil Projeções: Santander projeção Aumento da inadimplência nas modalidades mais emergenciais
15 Atividade Econômica Confiança segue em níveis bastante deprimidos Fonte: Fundação Getúlio Vargas Os índices de confiança da indústria e do consumidor estão nos menores patamares das séries históricas.
16 Cenário Doméstico Inflação Pressionada e Resistente Inflação segue bastante pressionada em 2015, com destaque ao reajuste dos preços administrados. Vale notar também a relevância do componente inercial. Fonte: IBGE IPCA Abertura (%) (e) 2016 (e) IPCA Administrados Livres Fonte: IBGE Projeções: Santander
17 Política Monetária Ciclo de aperto Acreditamos que a taxa básica de juros (Selic) encerrará 2015 em 14,5% - duas altas adicionais Para o final de 2016, projetamos 11,5% Fonte: Banco Central do Brasil Projeções: Santander
18 Cenário Doméstico Finanças Públicas Deterioração das contas públicas necessidade de ajuste Acumulado em 12 meses (% do PIB) META DE SUPERÁVIT PRIMÁRIO EM 2015: 1,1% para 0,15% do PIB Forte impacto da recessão sobre a arrecadação; Mais impostos? Fonte: Secretaria do Tesouro Nacional
19 Setor Externo: Fundamentos apontam para desvalorização cambial Desafios 19
20 Trajetória de desvalorização da taxa de câmbio Oportunidades Desafios Fonte: BCB, FGV, Funcex, IBGE e FMI 20
21 Retomada, ainda que lenta, do comércio mundial Oportunidades Desafios Fonte: CPB Netherlands Bureau 21
22 Contribuições positivas do setor externo Oportunidades Desafios Fonte: Contas Nacionais IBGE Projeções: Santander 22
23 Cenário mais favorável para as exportações Oportunidades Desafios Fonte: FMI Elaboração: Santander 23
24 E depois? Oportunidades Desafios 7º maior mercado consumidor; Posição externa favorável; Um dos destinos prediletos dos investidores estrangeiros; Bônus demográfico; Consolidação da classe média; Burocracia excessiva; Sistema tributário complexo; Infraestrutura deficiente; Tecnologia; Produtividade. Mercado financeiro desenvolvido. 24
25 E depois? Oportunidades O Brasil é um dos principais mercados consumidores e destinos de investimentos estrangeiros Consumo Anual das Famílias (US$ Bi) Investimentos Estrangeiros Diretos (US$ Mi) 1 Estados Unidos 10,729 2 Japão 3,544 3 China 2,517 4 Alemanha 2,066 5 França 1,599 6 Reino Unido 1,573 7 Brasil 1,494 8 Itália 1,346 9 Canadá 1, Espanha Estados Unidos 187,520 2 China 123,980 3 Rússia 79,314 4 Hong Kong 76,702 5 Brasil 64,051 6 Cingapura 63,849 7 Canadá 62,321 8 Austrália 49,816 9 Espanha 39, Chile 32,323 * Dados referentes a 2013 Fonte: UNCTAD ONU 25
26 E depois? Oportunidades Grande volume de reservas internacionais e ascensão socioeconômica Posição Externa Favorável (US$ Bi) Consolidação da Classe Média Reservas International Internacionais Reserves 349 Dívida 289 Externa External Debt Fonte: Banco Central do Brasil, FGV, IBGE 26
27 E depois? Oportunidades Bônus Demográfico Fonte: PME IBGE e Santander 27
28 E depois? Desafios Ranking "Doing Business" (1-144) Menos Atrativo para Negócios Barato India Mexico Russia Indonesia Tailandia Rep Tcheca Mais Atrativo para Poland China Polônia Inglaterra Negócios e Caro França Coreia Austria Belgica Taiwan Australia Canadá Mais Atrativo para Alemanha Negócios e Barato Espanha Suécia Suiça Estados Unidos Japão Custos de Produção da Indústria (EUA = 100) Menos Atrativo para Negócios Caro Italia Brasil Fonte: Boston Consulting Group ("The Shifting Economics of Global Manufacturing: How Cost Competitiveness Is Changing Worldwide", August 2014) e Banco Mundial (Global Competitiveness Report ( ), World Economic Forum) 28
29 E depois? Desafios Reversão do quadro de aumento dos salários bastante acima da produtividade da mão de obra Fonte: PNAD, Contas Nacionais/IBGE e FIESP 29
30 E depois? Desafios Eficiência, Inovação, Ambiente de Negócios Investimento em P&D (% do PIB) Patentes por pesquisadores 1,2% 1,1% 1,7% 0,4% 1,9% 4,0 7,4 5,4 5,9 26,9 * Dados referentes a 2012 Fonte: UNESCO, WEF (2012) e Banco Mundial 30
31 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico O Brasil gasta um percentual relativamente alto do PIB com Educação Fonte: UNESCO - ONU 31
32 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico O Governo Brasileiro gasta um percentual relativamente alto com Educação Fonte: UNESCO - ONU 32
33 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico No entanto, o Brasil precisa seguir mostrando melhora em diversos indicadores Fonte: UNESCO - ONU 33
34 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico No entanto, o Brasil precisa seguir mostrando melhora em diversos indicadores Fonte: OCDE 34
35 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico No entanto, o Brasil precisa seguir mostrando melhora em diversos indicadores Fonte: UNESCO - ONU 35
36 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico Dentre os 65 países participantes do PISA em 2012, o Brasil ocupou apenas a 57ª posição, considerando a média dos pontos obtidos nas três áreas do conhecimento. Fonte: OCDE 36
37 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico Necessidade de reduzir as expressivas discrepâncias regionais Fonte: INEP 37
38 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico Necessidade de reduzir as expressivas discrepâncias regionais Fonte: INEP 38
39 Educação: A Base para o Desenvolvimento Econômico Fonte: UNESCO - ONU 39
40 Obrigado!
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