Universidade Estadual de Feira de Santa Departamento de Tecnologia Curso de Engenharia de Computação Correspondência Oficial Profª. Michele Fúlvia Angelo mfangelo@ecomp.uefs.br
Correspondência Correspondência é qualquer forma de comunicação escrita entre duas pessoas ou entidades. Bilhete informal, despreocupado e íntimo Ofício com suas formalidades e seu tom grave. Os tipos de correspondência mais importantes: Oficial Comercial Particular
Correspondência Oficial Freqüente entre órgãos públicos Entre pessoas ou empresas e órgãos públicos Aspectos da correspondência oficial: inclui textos que têm caráter documental e jurídico mesmo que tramitem apenas entre pessoas. Ex.: declaração, ata, atestado, parecer etc.
Correspondência Oficial Divisão da correspondência oficial (Cauby de Souza, em Normas sobre Correspondência, Comunicação e Atos Oficiais (MEC-1972)): abaixo-assinado, alvará, ato, auto, boletim, certificado, diploma comunicação: apostila, ata, aviso, certidão, circular, contrato, convênio curriculum-vitae, declaração, decreto, edital, ementa exposição de motivos, instrução, lei, memorando, mensagem, ofício ordem de serviço ou instrução, parecer, petição, portaria, estatuto regulamento, relatório, requerimento, resolução, telegrama, telex, voto Manifesto, memorial, moção, norma, notificação, procuração, proposição
Redação Oficial É o conjunto de normas que regem as comunicações escritas, internas e externas de repartições públicas. Nas organizações privadas, a Redação Oficial é conhecida como Redação Comercial.
Redação Oficial Características das Redações Oficiais: Impessoalidade Padrão culto de linguagem Clareza Concisão Formalidade Uniformidade Artigo 37 da Constituição A administração pública direta, indireta, ou fundacional, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (...).
Impessoalidade Obrigatoriedade de que a Administração proceda de modo a não privilegiar ou prejudicar a ninguém, individualmente, já que o seu norte é, sempre, o interesse público. A comunicação se efetiva pela presença de três pessoas: alguém que comunique emissor o emissor é sempre o Serviço Público algo a ser comunicado mensagem é sempre algum assunto relativo às atribuições do órgão que comunica. alguém que receba essa comunicação receptor é o público, o conjunto dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo, do Legislativo ou do Judiciário.
Impessoalidade A impessoalidade que deve ser característica da redação oficial decorre: da ausência de impressões individuais de quem comunica da impessoalidade de quem recebe a comunicação: ela pode ser dirigida a um cidadão, sempre concebido como público, ou a outro órgão público do caráter impessoal do próprio assunto tratado: o tema das comunicações oficiais se restringe a questões que dizem respeito ao interesse público. Na redação oficial não há lugar para impressões pessoais, ela deve ser isenta da interferência da individualidade de quem a elabora.
Linguagem das Comunicações Oficiais Empregar linguagem padrão informar com clareza e objetividade São proibidas as expressões: gírias, regionalismos vocabulares, jargões técnicos, ou qualquer outro tipo de linguagem de um grupo específico. As comunicações que partem dos órgãos públicos devem ser compreendidas por todo e qualquer cidadão brasileiro. Requer o uso do padrão culto da língua. se observam as regras da gramática formal se emprega um vocabulário comum ao conjunto dos usuários do idioma.
Formalidade e Padronização Comunicações formais: são necessárias certas formalidades de tratamento. correto emprego do pronome de tratamento para uma autoridade de certo nível à polidez à civilidade no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a comunicação. Indispensáveis para padronização Uso de papéis uniformes para o texto definitivo Correta diagramação do texto
Clareza e Concisão Concisoé o texto que consegue transmitir um máximo de informações com um mínimo de palavras. cortar palavras inúteis, redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já foi dito. A comunicação oficial deve ser entendida por qualquer cidadão - publicidade citada na Constituição. Para que haja clareza é necessário: a impessoalidade; o uso do padrão culto de linguagem; a formalidade e a padronização; a concisão.
Correspondência Oficial O documento oficial não deve possuir: Reflexões e impressões individuais Uso de 1ª. pessoa Adjetivação excessiva Uso de linguagem irônica, pomposa ou rebuscada.
Pronomes de Tratamento É a forma respeitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. Vossa Excelência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades: Presidente da República, Vice-Presidente da República Ministros de Estado Governadores (e Vice) de Estado e do Distrito Federal Oficiais-Generais das Forças Armadas, Embaixadores Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes de cargos de natureza especial Secretários de Estado dos Governos Estaduais, Prefeitos Municipais.
Pronomes de Tratamento É a forma respeitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. Vossa Excelência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades: Deputados Federais e Senadores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais. Ministros dos Tribunais Superiores; Membros de Tribunais; Juízes; Auditores da Justiça Militar.
Pronomes de Tratamento É a forma respeitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. Vossa Excelência, em comunicações dirigidas às seguintes autoridades: Excelentíssimo Senhor Presidente da República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tribunal Federal. As demais autoridades serão tratadas com o vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Senador; Senhor Juiz; Senhor Ministro; Senhor Governador
Pronomes de Tratamento É a forma respeitosa de nos dirigirmos às autoridades civis, militares e eclesiásticas. Vossa Senhoria é empregado para as demais autoridades e para particulares. O vocativo adequado é Senhor seguido do cargo do destinatário: Senhor Chefe da Divisão de Serviços Gerais
Pronomes de Tratamento Vossa Magnificência, empregada em comunicações dirigidas a reitores de universidade. Magnífico Reitor Vossa Santidade, em comunicações dirigidas ao Papa Santíssimo Padre
Fechos para comunicações Arrematar o texto, a de saudar o destinatário para autoridades superiores, inclusive o Presidente da República: Respeitosamente para autoridades de mesma hierarquia ou de hierarquia inferior: Atenciosamente
Identificação do Signatário Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da República Todas as demais comunicações oficiais devem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede. (espaço para assinatura) AUSTRAGÉSILO DE OLIVEIRA Ministro da Fazenda
Padrões Ofício O aviso, o ofício e o memorando devem conter as seguintes partes: tipo e número do expediente, seguido da sigla do órgão que o expede: Mem. 123/MF Aviso 123/SG Of. 123/DP local e data em que foi assinado, por extenso, com alinhamento à direita: Brasília, 15 de março de 1991. assunto: resumo do teor do documento Assunto: Produtividade do órgão em 2002. Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. destinatário: o nome e o cargo da pessoa a quem é dirigida a comunicação. texto.
Texto Introdução Se confunde com o parágrafo de abertura É apresentado o assunto que motiva a comunicação Evite o uso das formas: Tenho a honra de, Tenho o prazer de, Cumpre-me informar que, empregue a forma direta; Desenvolvimento O assunto é detalhado Se o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere maior clareza à exposição; Conclusão É reafirmada ou simplesmente reapresentada a posição recomendada sobre o assunto.
Referência Brasil. Presidência da República. Manual de redação da Presidência da República / Gilmar Ferreira Mendes e Nestor José Forster Júnior. 2. ed. rev. e atual. Brasília : Presidência da República, 2002.