PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 28 DE OUTUBRO DE 2010.
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- Edson Castro Fidalgo
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1 PODER JUDICIÁRIO ESTADO DE PERNAMBUCO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Gabinete da Presidência INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 27, DE 28 DE OUTUBRO DE EMENTA: Regulamenta a concessão e o pagamento de auxílio funeral no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco e dá outras providências. O Desembargador JOSÉ FERNANDES DE LEMOS, Presidente do Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, no uso de suas atribuições legais e regimentais, CONSIDERANDO que, em conformidade com o art. 37, caput, da Constituição da República, a Administração Pública direta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios deve se nortear pelo princípio da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência; CONSIDERANDO o disposto no art. 172, da Lei nº 6.123, de 20 de julho de 1968, que institui a concessão de auxílio funeral no âmbito do funcionalismo público do Estado de Pernambuco; CONSIDERANDO o art. 167, da Lei Complementar Estadual nº 100/2007 (Código de Organização Judiciária do Estado de Pernambuco), que autoriza, de forma expressa, a aplicação do Estatuto dos Servidores Públicos Civis do Estado de Pernambuco aos magistrados do Estado; CONSIDERANDO, por fim, a necessidade de regulamentar o procedimento administrativo para a concessão e o pagamento de auxílio funeral no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco; RESOLVE: TÍTULO I DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
2 Art. 1º A tramitação dos processos administrativos para concessão de auxílio funeral no âmbito do Poder Judiciário do Estado de Pernambuco é definida por esta Instrução Normativa. Art. 2º O auxílio funeral será pago em pecúnia, mediante requerimento, à família do magistrado ou servidor efetivo falecido, na atividade ou aposentado, com o objetivo de subsidiar as despesas com o respectivo funeral. Parágrafo único. Excepcionalmente, o auxílio funeral poderá ser concedido a terceiro que comprove ter efetuado despesas com o funeral, conforme os termos desta Instrução Normativa. TÍTULO II DO VALOR DO AUXÍLIO FUNERAL Art. 3º O valor do auxílio funeral corresponderá a 01 (um) mês de subsídio, remuneração ou provento, conforme o caso, a que teria direito o magistrado ou servidor no mês do seu falecimento. 1º Ficam excluídas do valor compreendido para pagamento do auxílio funeral as parcelas de caráter indenizatório recebidas pelo magistrado ou servidor falecido. 2º O valor será isento de Imposto de Renda, nos termos da Lei Federal nº 8.541, de 23 de dezembro de º No caso de acumulação legal de cargos públicos, o auxílio funeral será pago somente em razão do cargo de maior remuneração. Art. 4º O terceiro que efetuar despesas com o funeral poderá requerer a restituição dos valores gastos, desde que devidamente comprovados, nos termos desta Instrução e respeitado o limite de valor especificado no caput do artigo anterior. Parágrafo único. Na hipótese prevista no caput deste artigo, caso o valor concedido a terceiro não atinja o limite citado, o valor remanescente poderá ser requerido pela família do magistrado ou servidor falecido. TÍTULO III DOS PROCEDIMENTOS PARA CONCESSÃO DO AUXÍLIO FUNERAL Art. 5º O processo administrativo para concessão do auxílio funeral obedecerá ao rito sumário e deverá ser concluído no prazo de 48 (quarenta e oito) horas da apresentação
3 dos documentos necessários, incorrendo em pena de suspensão o responsável pelo retardamento indevido (Lei Estadual nº 6.123/68 Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de Pernambuco, 3º do art. 172). CAPÍTULO I DO REQUERIMENTO Art. 6º O requerimento do auxílio funeral deverá ser dirigido à Secretaria de Gestão de Pessoas e deverá vir acompanhado dos seguintes documentos e informações: I fotocópia autenticada da certidão de óbito do magistrado ou servidor; II fotocópias autenticadas do CPF e de documento de identidade do requerente; III fotocópias autenticadas de documento(s) e/ou nota(s) fiscal(is), em nome do requerente, comprovando as despesas efetuadas com o funeral; IV dados bancários para crédito do valor correspondente. 1º O familiar do magistrado ou servidor falecido deverá apresentar também fotocópia autenticada de documento que comprove a relação de parentesco. 2º Caso o requerimento seja protocolado por representante legal do requerente, este deverá apresentar fotocópias autenticadas de CPF e documento de identidade e procuração específica com firma reconhecida. 3º Fica dispensada a autenticação em cartório das fotocópias dos documentos que sejam apresentados com seus respectivos originais para conferência e autenticação de servidor da Secretaria de Gestão de Pessoas. Art. 7º O direito de requerer auxílio funeral na esfera administrativa decai em 05 (cinco) anos. CAPÍTULO II DA ANÁLISE E EMISSÃO DE PARECER Art. 8º O requerimento deverá ser autuado na forma de procedimento administrativo pela Secretaria de Gestão de Pessoas, que certificará se o mesmo está devidamente instruído e informará a situação funcional do magistrado ou servidor falecido. Parágrafo único. Caso seja identificada alguma pendência na documentação apresentada, o requerente deverá ser cientificado.
4 Art. 9º A Gerência de Execução de Pagamento da Secretaria de Gestão de Pessoas deverá elaborar planilha de cálculo para estipular o valor do auxílio funeral devido. Parágrafo único. Antes de ser efetuado o pagamento do auxílio funeral, a Diretoria Financeira poderá solicitar a atualização dos valores. Art. 10. O processo de requerimento de auxílio funeral será encaminhando à Consultoria Jurídica para análise e pronunciamento através de parecer fundamentado. CAPÍTULO III DO DEFERIMENTO E PAGAMENTO Art. 11. O deferimento da concessão do auxílio funeral dar-se-á através de despacho do Presidente do Tribunal. 1º Quando o deferimento tiver relação com processo judicial, deverá ser oficiado ao Juízo competente, cientificando-o da ocorrência. 2º Caso o deferimento seja condicionado à apresentação de alvará judicial, a Secretaria de Gestão de Pessoas deverá emitir certidão com o valor do auxílio funeral a ser concedido, notificando o(s) interessado(s). 3º Caso o requerimento seja indeferido, a Secretaria de Gestão de Pessoas deverá cientificar o interessado, que terá o prazo de 10 (dez) dias para interpor recurso administrativo (Lei Estadual nº /2000, art. 59). Art. 12. A Diretoria Financeira efetuará o pagamento do auxílio funeral através de depósito em conta corrente indicada no requerimento. Parágrafo único. Na hipótese prevista no 2º do artigo anterior, o pagamento deverá ser efetuado conforme determinação judicial. Art. 13. O processo será arquivado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, após a inclusão das informações relativas ao pagamento do auxílio funeral no assentamento funcional do magistrado ou servidor falecido. TÍTULO IV DAS DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
5 Art. 14. Caso o requerimento fique paralisado por prazo igual ou superior a 30 (trinta) dias por inércia do requerente em cumprir alguma solicitação ou exigência, será arquivado pela Secretaria de Gestão de Pessoas, sem prejuízo de nova manifestação do interessado nos mesmos autos, o que se dará com pedido de desarquivamento do processo administrativo. Art. 15. Em caso de falecimento de magistrado ou servidor em serviço fora do local de trabalho, inclusive no exterior, as despesas de transporte do corpo correrão à conta de recursos da Instituição. Art. 16. A despesa com o auxílio funeral correrá à conta de dotação orçamentária própria. Art. 17. Esta instrução normativa entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário. Publique-se. Cumpra-se. Recife, 28 de outubro de Desembargador JOSÉ FERNANDES DE LEMOS PRESIDENTE
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