Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Licenciatura Trabalho de Conclusão de Curso



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Transcrição:

Brasília - DF 2011 Pró-Reitoria de Graduação Curso de Educação Física Licenciatura Trabalho de Conclusão de Curso RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E O USO DE ELETROELETRÔNICOS COM A PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM ESCOLARES DE TAGUATINGA-DF. Autora: Nathalia Oliveira de Macedo Orientador: Prof. Msc. Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho

NATHALIA OLIVEIRA DE MACEDO RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E O USO DE ELETROELETRÔNICOS COM A PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM ESCOLARES DE TAGUATINGA DF. Artigo apresentado ao curso de Educação Física da Universidade Católica de Brasília, como requisito parcial para obtenção do Título de licenciatura em Educação Física. Orientador (a): Prof. Msc: Ronaldo Pacheco de Oliveira Filho. Brasília 2011

NATHALIA OLIVEIRA DE MACEDO RELAÇÃO ENTRE O NÍVEL DE ATIVIDADE FÍSICA E O USO DE ELETROELETRÔNICOS COM A PREVALÊNCIA DE OBESIDADE EM ESCOLARES DE TAGUATINGA-DF RESUMO: Este estudo teve como objetivo analisar se o nível atividade física e o uso de eletroeletrônicos estão relacionados com a prevalência de obesidade em adolescentes escolares, tendo em vista os grandes benefícios que as aulas de educação física podem trazer a estes escolares. Para isto foi elaborado um questionário adaptado de AARON et al, (citado por Silva, 2009) que procura analisar o nível de atividade física em adolescentes escolares, dentro e fora do ambiente escolar, possuindo perguntas abertas e fechadas. A amostra utilizada foi composta por 50 alunos, dos anos finais do ensino fundamental, de faixa etária 12 a 14 anos de idade, de escolas públicas e privadas de Taguatinga DF. A partir dos dados analisados, concluiu-se que o nível de atividade física e o uso de eletroeletrônicos, estão sim relacionados com a prevalência de obesidade nesses escolares. Palavras Chaves: Nível de atividade física. Uso de eletroeletrônicos. Prevalência de obesidade. INTRODUÇÃO A prática regular de exercícios físicos vem acompanhada de benefícios que se manifestam em todos os aspectos do organismo. Com relação aos ossos e músculos, auxilia na melhora da força, da flexibilidade, fortalecimento dos ossos e das articulações. No ponto de vista da saúde física, observa-se perda de peso e da porcentagem de gordura corporal, redução da pressão arterial em repouso, melhora do diabetes, diminuição do colesterol total e aumento do HDL-colesterol (o "colesterol bom"). Todos esses benefícios auxiliam na prevenção e no controle de doenças, sendo importantes para a redução da mortalidade associada a elas. 3

Já na saúde mental, a prática de exercícios ajuda na regulação das substâncias relacionadas ao sistema nervoso, melhora o fluxo de sangue para o cérebro. Há redução da ansiedade e do estresse. A atividade física pode também exercer efeitos no convívio social do indivíduo, tanto no ambiente de trabalho quanto no familiar. Segundo Portal da Educação Física (2011) - uma pesquisa realizada em 2008 pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) mostrou que o índice brasileiro de obesidade infantil (11,5%) está se aproximando ao encontrado nos Estados Unidos (15%), conforme relatado pela ABESO (Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica). Sobre a alimentação, as orientações visam diminuir alimentos gordurosos, excluindo-se as frituras do cardápio e utilizando pouco óleo na preparação dos alimentos. O teor de gordura não deve ultrapassar 25% do total da alimentação da criança e o consumo de doces/ açúcar e de alimentos industrializados do tipo fast food deve ser minimizado. O que é difícil de ser controlado no período escolar. Na programação da atividade física, uma das estratégias é garantir que, ao menos, a aula de educação física seja realizada, buscando, através da atividade em grupo, algum sucesso para o emagrecimento de forma lúdica e despercebida. Além disso, praticando exercícios físicos, o escolar tem a melhora da capacidade aeróbia, da pressão arterial, da densidade mineral óssea, da flexibilidade e à aquisição de habilidades psicomotoras, Portal da Educação Física (2011). E se for uma aula motivada, pode despertar o interesse pelos esportes e pela atividade física fora do ambiente escolar. Muitos professores, infelizmente, ainda desperdiçam o tempo das aulas de educação física dando uma bola aos alunos para que eles joguem o que quiserem. Há muitos profissionais que não se preocupam com a motivação, a interação, a parte motora e cognitiva dos alunos, muito menos com os benefícios físicos que uma atividade bem direcionada pode trazer. Em muitos casos não planejam as aulas, nem tem um objetivo pré-definido. As aulas de Educação Física não se resumem somente em jogar bola, correr, brincar... Ela deve, sim, integrar o aluno na cultura corporal do movimento, mas de forma completa, buscando transmitir conhecimentos sobre a saúde, sobre o mundo 4

dos esportes e do fitness, adaptando o conteúdo das aulas à individualidade de cada aluno e a fase de desenvolvimento em que estes se encontram. É uma oportunidade de desenvolver as potencialidades de cada um, mas nunca de forma seletiva e sim, incluindo todos os alunos no programa. Para isso, o professor deve inovar e diversificar as suas aulas utilizando a grande quantidade de jogos, brincadeiras, danças, músicas, teatros, trabalhos escritos e práticos, competições que o curso proporciona. Basta ele ter seriedade, ser criativo e muita responsabilidade para administrar suas aulas. Ele deverá procurar levar os alunos, ao realizar as ações motoras, a compreender seu significado e as formas de execução. Desse modo, além de fazer compreender as razões do fazer, os alunos adquirirão autonomia crescente, sentindo prazer em realizar as atividades. (DAOLIO, 2006). O que temos visto hoje é que somente os alunos mais habilidosos gostam das aulas de educação física e praticam algumas modalidades. Os menos habilidosos não têm chances nas aulas e, muitas vezes, acabam detestando os esportes (DAOLIO, 2006). Daí o crescimento do índice de obesidade infantil no Brasil. Crianças sem motivação, por não serem habilidosos, ficam fora da educação física escolar e não praticam outras atividades fora do ambiente escolar. Eles terão dificuldade de se relacionar com outros colegas de turma, além de não sentir prazer em realizar nenhum tipo de atividade, pelo menos atrás do computador, não existirá nenhum julgamento. Isso mostra que uma pequena mudança nos hábitos de vida é capaz de provocar uma grande melhora na saúde e na qualidade de vida. Tendo a prática habitual de atividade física desde a infância, uma boa parte desses problemas seria evitada. A Organização Mundial da Saúde reconhece a obesidade como doença epidêmica do século XXI. Pesquisa realizada nas vinte e sete capitais do país em 2008 mostra que 56% da população brasileira sofrem com excesso de peso, (RODRIGUES, 2009). 5

Os excessos de gordura são sucessivos balanços energéticos positivos onde a quantidade de energia ingerida é superior à quantidade de energia liberada. Segundo Campos (2008), os fatores de predisposição para a obesidade se dividem em duas áreas: Fatores endógenos, resultantes de anormalidades endócrinas e das lesões cerebrais. Fatores exógenos, resultantes de fatores externos como alimentação excessiva e sedentarismo. Excesso de alimentos com alta quantidade de gorduras, álcool e uma vida sedentária levam à acumulação de massa gorda. A gordura contém nove calorias por grama, sendo, portanto mais do que duas vezes mais calórica que a proteína ou o carboidrato (ambos têm quatro calorias por grama). Esta diferença energética pode explicar porque a gordura promove ganho de peso, (CAMPOS, 2008). A persistência à vida sedentária também é um grande fator a prevalência a obesidade. Adolescentes mais ativos tendem a apresentar menores valores de gordura corporal (SILVA; MALINA, 2003). Ainda em Silva e Malina (2003) também encontraram essa tendência, embora as diferenças não sejam significativas em nenhum dos sexos. As pessoas que são mais ativas fisicamente têm um maior dispêndio de energia que pode, na maioria das vezes, ajudar a manter o equilíbrio calórico entre ganho e ingestão (CAMPOS, 2008). A obesidade acarreta conseqüências para a saúde, tais como as doenças cardiovasculares, hipertensão arterial, doenças pulmonares entre outros riscos. A melhor forma de prevenção à obesidade é ter uma dieta equilibrada, praticar atividade física regularmente e ter modo de vida saudável (MINISTÉRIO DA SAÚDE). Dietz e Gortmaker citados por Silva e Malina (2003) demonstraram que a incidência de obesidade em crianças e adultos também tem sido relacionada ao tempo de assistência a televisão. Eles também colocaram uma relação causal entre 6

televisão e obesidade, onde aumentava 2% a cada hora adicional de TV e sugeriram que o risco de sobrepeso aumenta em 4,6 vezes em adolescentes de 10-15 anos que assistem TV mais de 5h/dia, comparados àqueles que assistiam até 2h/dia. A televisão está em quase todos os lares brasileiros. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios PNAD 2009, a parcela de domicílios que possuía televisão foi de 95,1% para 95,7%, em continuidade a elevações observadas desde 2004(90,3% dos domicílios). Além disso, substitui a atividade física e exerce influências negativas sobre a saúde, com propagandas de sexualidade, conteúdos de violência, o uso de tabaco e álcool (drogas em geral). São poucos os assuntos sobre saúde e bem estar. Além da TV, outros eletroeletrônicos também auxiliam no ganho de gordura corporal, cita-se, por exemplo, o computador e o vídeo game. Em outra pesquisa, o IBGE indica que no Brasil, dos 58,6 milhões de domicílios investigados em 2009, pelo PNAD, quase 35% deles tinham microcomputador (20,3 milhões), sendo 27,4% com acesso à internet (16 milhões). O presente trabalho tem por objetivo analisar se o nível de atividade física e o uso de eletroeletrônicos estão relacionados com a prevalência de obesidade em escolares de Taguatinga - DF. MATERIAIS E MÉTODOS Foi aplicado um questionário, utilizou-se de abordagem qualitativa e quantitativa de investigação. A pesquisa teve como amostra 50 alunos dos anos finais do ensino fundamental, de faixa etária 12 a 14 anos de idade, de escolas públicas e privadas de Taguatinga DF, por amostra de conveniência, englobando meninos e meninas. A média de idade foi de 13 anos e 3 meses (desvio padrão de 0,77 anos). O instrumento utilizado foi um questionário adaptado de Aaron et al, (citado por SILVA, 2009) que procura analisar o nível de atividade física em adolescentes escolares, dentro e fora do ambiente escolar, possuindo perguntas fechadas e abertas. 7

A coleta de dados foi realizada pela própria pesquisadora. Além disso, foi calculado o índice de Massa Corporal (IMC) dos alunos. Para calcular se um adulto está acima do peso, basta utilizar a fórmula peso/(altura) 2 e a tabela de IMC (não será avaliado, por isso não consta a tabela). No caso de crianças e adolescentes, o IMC a partir da fórmula, peso/(altura) 2, considerado normal varia com a idade. Para possibilitar um cálculo mais prático, foi publicada a tabela de Osório (2011), (em anexo) para avaliar se uma criança está abaixo, com sobrepeso ou acima do peso para a idade e o sexo correspondentes. O risco de doenças, de acordo com o histórico familiar, que a falta da atividade física pode proporcionar, não será avaliado nessa pesquisa, pois as crianças não saberiam responder a tais perguntas. Mas é importante ressaltar que essa falta pode acarretar a saúde dessas crianças se não tiver o devido cuidado principalmente se houver casos de doenças na família. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS A análise dos dados partiu da codificação e tabulação das respostas do questionário que foi aplicado para essas crianças, este apresentou quatro questões fechadas e uma aberta. Espera- se que com estas análises pudéssemos avaliar se o uso de eletroeletrônicos e o nível de atividade física estão associados à prevalência de obesidade dessas crianças. Durante a aplicação do questionário, que foi nas aulas de educação física da escola, todas as dúvidas foram sanadas para que nenhum aluno ficasse sem responder ao questionário. O tempo para responder as questões foi o suficiente, sem nenhum tipo de interferência. Todos os questionários entregues foram devolvidos respondidos, não era necessária a identificação para que não causasse nenhum tipo de constrangimento para o aluno. 8

É importante ressaltar que uma questão está ligada à outra, quatro questões avaliam o nível de atividade física, e uma avalia o tempo gasto com o uso de eletroeletrônicos fora do ambiente escolar. Questão 1: Você vai para a escola: Tabela de Frequência - Análise Univariada Meios de transporte n % A pé / Andando 15 30% Bicicleta 0 0% Carro / ônibus 35 70% Outros 0 0% Total 50 100% 70% 30% A pé / Andando Carro / ônibus Tabela de Frequência - Análise Bivariada Meios de transporte IMC A B C Total Andando 6 6 3 15 Bicicleta 0 0 0 0 Carro / ônibus 22 8 5 35 Outros 0 0 0 0 Total 28 14 8 50 OBS: A = IMC (crianças com peso normal) B = IMC (crianças com sobrepeso) C = IMC (crianças obesas) Na primeira questão foram perguntados quais os meios de locomoção que a criança utiliza para ir e voltar da escola. Dos cinqüenta alunos que responderam o questionário, quinze vão para a escola andando, ou seja, 30%. O restante, 70% das crianças vão de carro ou ônibus. Nenhuma criança que respondeu o questionário vai para a escola de bicicleta ou outro transporte. Fazendo a análise bivariada entre as variáveis meios de transporte e IMC, verifica-se que seis crianças com peso normal e seis com sobrepeso vão para a escola caminhando enquanto das obesas somente três vão caminhando. O resultando mostra que mesmo a tabela apontando que vinte e duas crianças vão para a escola a pé e se 9

encontram com peso normal, crianças que vão para a escola caminhando, diminuem o risco de obesidade. O fato de ir para a escola caminhando não quer dizer que somente isso vai interferir na prevalência de obesidade, essas crianças podem praticar atividades físicas ou esportes que diminuem esse risco, como veremos nas questões seguintes, o fato de ir caminhando ou não é somente um risco que pode ser evitado. Questão 2: A sua aula de educação física acontece: Tabela de Frequência Aulas de Educação Física n % 1 vez por semana 0 0% 2 vezes por semana 42 84% Não faço 8 16% Total 50 100% 16% 84% 2 vezes por semana Não faço Tabela de Frequência - Análise Bivariada IMC Aulas de Educação física A B C Total 1 vez por semana 0 0 0 0 2 vezes por semana 27 12 3 42 Não faço 1 2 5 8 Total 28 14 8 50 Nessa questão, verifica-se que dos 50 alunos, 84% fazem as aulas de educação física na escola duas vezes por semana. E 16% não fazem as aulas. Essas crianças disseram não fazer as aulas por falta de motivação. Para Maggil (1984), a motivação é importante para a compreensão da aprendizagem e do desempenho de habilidades motoras, pois tem um papel importante na iniciação, manutenção e intensidade do comportamento. Sem a presença da motivação, os alunos em aulas de Educação Física, não exercerão as atividades, ou então, farão mal o que for proposto. Das 28 crianças que tem o peso normal, 27 praticam as aulas de educação física, 12 crianças com sobrepeso, também praticam e apenas e 3 das 8 crianças com obesidade praticam as aulas. 10

Questão 3: Pratica exercícios físicos regulares ou esportes fora da escola? Tabela de Frequência Atividades físicas n % Sim 33 66% Não 17 34% Total 50 100% 34% 66% Sim Não Tabela de Frequência - Análise Bivariada Atividade física IMC A B C Total Sim 24 5 4 33 Não 4 10 3 17 Total 28 15 7 50 Dos 50 alunos que responderam o questionário, 66% praticam exercícios físicos ou esportes regulares fora do ambiente escolar e 34% não praticam. Desses praticantes, apenas 4 são obesos, 5 sobrepeso e 24 com peso normal. 3 crianças obesas, 10 com sobrepeso e 4 peso normal não praticam exercícios regulares. Novamente a não prática de exercícios ou esportes regulares implica ao ganho de massa gorda e apesar da maioria das crianças não estar com obesidade, à maioria delas encontra-se com sobrepeso. A inserção dos alunos obesos, lentos e sem muita coordenação motora trará mais Qualidade de Vida ao conjunto, ensinando, não apenas, nossos limites, mas também em como conviver com os limites alheios. Nas escolas, os pré-requisitos para os professores de Educação Física não devem ser grandes atletas que sabem jogar, devem ser grandes professores que saibam ensinar, (BARRETO, 2003). 11

Questão 4: Se sim, qual esporte ou atividade física? ESPORTES QUANTIDADE Natação 6 Futebol 6 Vôlei 6 Lutas 1 Academia de ginástica, ergometria e 14 musculação Os alunos apontaram que as atividades físicas praticadas em academia foi o item mais apontado. Algumas pessoas costumam fazer dietas milagrosas, tem má alimentação e ainda querem ver resultado no final do mês. Para ganhar massa muscular, definição muscular, queimar as gorduras, evitar doenças e uma boa saúde, tendo uma alimentação adequada e praticando exercícios físicos, não é necessário o uso de medicamentos e dietas. Não podemos deixa de enfatizar que a mídia é uma grande colaboradora para essa crescente procura, pois revistas, televisão e outros meios de comunicação estão sempre divulgando a cultura de um corpo perfeito. Também não devemos deixar de salientar que a população tem se importado bastante sobre os benefícios da pratica de exercícios físicos regulares, (ARAÚJO; PIMENTA, et al., 2007). Questão 5: Quanto tempo que você passa assistindo televisão, jogando vídeo game, no computador ou ao telefone por dia? Foi calculado a média e o desvio padrão das crianças da amostra, e verifica-se que em média, as crianças com peso normal gastam cerca de 4 a 5 horas por dia em frente à televisão, no telefone, computador ou vídeo game, (desvio padrão de 1,07). As que estão com sobrepeso, passam 6 horas por dia, (desvio padrão 1,24) nos eletroeletrônicos. E as obesas, acima de 7 horas por dia, (desvio padrão de 1,38) em frente a todos esses aparelhos. O que se pode avaliar com este resultado é que o tempo gasto com esses eletroeletrônicos se estivesse sendo aproveitado com exercícios físicos, com certeza, diminuiria a incidência de crianças com obesidade nessa faixa etária. 12

A vida sedentária facilitada pelos avanços tecnológicos (computadores, televisão, videogames, etc.), faz com que as crianças não precisem se esforçar fisicamente a nada. Ao contrário de alguns anos atrás, as crianças de hoje devido a violência urbana a pedido de seus pais, ficam dentro de casa com atividades que não as estimulam fazer atividades físicas como correr, jogar bola, brincar de pique etc., levando-as a passarem horas paradas enfrente a uma televisão ou outro equipamento eletrônico e quase sempre com um pacote de biscoito ou um sanduíche regados a refrigerantes. Isto é um fator preocupante para o desenvolvimento da obesidade (SILVA; NUNES, 2006). CONCLUSÃO Neste trabalho, fica evidenciado que o nível de atividade física e o uso de eletroeletrônicos estão sim relacionados com a prevalência de obesidade. Algumas medidas devem ser tomadas, e nas aulas de educação física é um ótimo lugar para começar. Incentivo dos professores nas aulas pode ser um ponto muito importante para tirar as crianças do sedentarismo e começar uma vida ativa no campo esportivo. Estas mesmas aulas sevem para trazer conhecimentos sobre o corpo, podendo abordar informações nutricionais. Daolio (2006), citado nesse trabalho O que temos visto hoje é que somente os alunos mais habilidosos gostam das aulas de educação física e praticam algumas modalidades. Os menos habilidosos não têm chances nas aulas e, muitas vezes, acabam detestando os esportes. Por sentirem vergonha ou rejeição, algumas crianças não fazem as aulas de educação física ou não praticam atividades físicas fora do ambiente escolar, e com o auxílio da tecnologia e o grande índice de violência das grandes cidades brasileiras, as crianças não passam por nenhum tipo de julgamento ou exclusão em frente o computador, televisão e vídeo game, e por medo dos pais, de deixarem seus filhos brincarem nas ruas, o uso de eletroeletrônicos é talvez o único caminho que eles encontraram de se divertir e não sofrer nenhum tipo de preconceito. Quanto mais incentivo dos professores de educação física e menor for o uso desses eletroeletrônicos, o índice de obesidade em crianças e adolescentes com 13

certeza irá diminuir. Além do bem estar, os exercícios proporcionam uma sensação de prazer, diminui o risco de doenças do coração, diabetes, obesidade, etc. é importante ressaltar que a maioria dos atletas de alto rendimento, tem sua vida esportiva iniciada nas aulas de educação física escolar, por incentivo de seus professores de educação física. 14

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARAÚJO, Alessandra Santana; PIMENTA, Flavio H. R. et al. http://www.efdeportes.com/efd115/fatores-motivacionais-que-levam-as-pessoas-aprocurarem-por-academias.htm Fatores motivacionais que levam as pessoas a procurarem por academias para a prática de exercício físico - Revista Digital Buenos Aires - Ano 12 - N 115 (2007). BARRETO, Selva Maria Guimarães http://www.cdcc.usp.br/ciencia/artigos/art_22/esportesaude.html Esporte e Saúde. Revista Eletrônica de Ciências nº 22-2003. CAMPOS, Maurício de Arruda - Musculação: diabéticos, osteoporóticos, idosos, crianças, obesos Rio de Janeiro: 4ª ed.: Sprint, P (140/141) 2008. DAOLIO, Jocimar - Cultura: educação física e futebol Campinas - SP: 3ª ed. P (88/89) Editora da Unicamp 2006. IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/trabalhoerendimento/pnad2009/defa ult.shtm População (PNAD Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios 2004/2009) (acesso em 30/03/2011). MAGGIL, R. A. - A aprendizagem motora: conceitos e aplicações. São Paulo: Edgard Blucher, 1984. MINISTÉRIO DA SAÚDE Portal da Saúde http://www.minsaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/obesidade/causaseconsequenciasdaob esidade.htm (acesso em 29/03/2011) OSÓRIO, Luiz Felipe Área de pesquisa da Clínica de Cirurgia da Obesidade e Aparelho Digestivo http://www.cirurgiadaobesidademorbida.com.br/obesidadeinfantil/crescimento.htm 2011(acesso em11/05/2011). PORTAL da Educação Física (site que tem por objetivo atender as necessidades de estudantes, profissionais e empresários do universo da atividade física) http://www.educacaofisica.com.br/noticias/educacao-fisica-escolar-nao-e-suficientepara-combate-a-obesidade-infantil (acesso em 03/05/2011). RODRIGUES, Thalita http://www.ucg.br/ucg/agencia/home/secao.asp?id_secao=2597 2009 (acesso em 29/03/2011). SILVA, Rosane C. R. da; MALINA, Robert M. http://portalrevistas.ucb.br/index.php/rbcm/article/viewfile/528/552 Sobrepeso, atividade física e tempo de televisão entre adolescentes de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil.. R. bras. Ci. e Mov. 2003; 11(4): 63-66. (acessado em 27/03/2011). 15

SILVA, Ivana; NUNES, Cássia - http://www.fiocruz.br/biosseguranca/bis/infantil/obesidade-infantil.htm Obesidade Infantil e na Adolescência 2006. SILVA, Odwaldo Barbosa DERC (Departamento de Ergometria e Reabilitação Cardiovascular) http://departamentos.cardiol.br/sbc-derc/revista/2009/45/pdf/rev45- p14-p18.pdf Questionários de Avaliação da Atividade Física e do Sedentarismo em Crianças e Adolescentes. 2009; Rev. DERC 45 (14-18) (acesso em 04/05/2011). 16

ANEXOS Figura 1. TABELA DE CONTROLE DE PESO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES Idade Excesso de peso Obesidade Meninos Meninas Meninos Meninos 2 18,4 18 20,1 20,1 2,5 18,1 17,8 19,8 19,5 3 17,9 17,6 19,6 19,4 3,5 17,7 17,4 19,4 19,2 4 17,6 17,3 19,3 19,1 4,5 17,5 17,2 19,3 19,1 5 17,4 17,1 19,3 19,2 5,5 17,5 17,2 19,5 19,3 6 17,6 17,3 19,8 19,7 6,5 17,7 17,5 20,2 20,1 7 17,9 17,8 20,6 20,5 7,5 18,2 18 21,1 21 8 18,4 18,3 21,6 21,6 8,5 18,8 18,7 22,2 22,2 9 19,1 19,1 22,8 22,8 9,5 19,5 19,5 23,4 23,5 10 19,8 19,9 24 24,1 10,5 20,2 20,3 24,6 24,8 11 20,6 20,7 25,1 25,4 11,5 20,9 21,2 25,6 26,1 12 21,2 21,7 26 26,7 12,5 21,6 22,1 26,4 27,2 13 21,9 22,6 26,8 27,8 13,5 22,3 23 27,2 28.2 14 22,6 23,3 27,6 28,6 14,5 23 27,2 28 28,9 15 23,3 23,9 28,3 29,1 15,5 23,6 24,2 28,6 29,3 16 23,9 24,4 28,9 29,4 16,5 24,2 24,4 28,9 29,4 17 24,5 24,7 29,4 29,7 17,5 24,7 24,8 29,7 29,8 18 25 25 30 30 17

Este questionário se destina ao trabalho de conclusão do curso de licenciatura em educação física da Universidade Católica de Brasília. O tema do trabalho é: Relação entre o nível de atividade física e o uso de eletro eletrônicos com a prevalência de obesidade. Os dados aqui obtidos preservarão a sua identidade, sendo as informações utilizadas unicamente para a execução do referido estudo. OBRIGADA! CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA Questionário para avaliar as atividades físicas de crianças e adolescentes: Sexo: ( ) M ( ) F I dade: anos Para responder a estas perguntas você vai procurar se lembrar das atividades físicas ou horas sem fazer atividade física no último mês: 1. VOCÊ VAI PARA A ESCOLA: ( ) andando ( ) bicicleta ( ) ônibus / carro ( ) outro transporte. 2. A SUA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ACONTECE: ( ) 1 vez por semana ( ) 2 vezes por semana ( ) não faço. 3. Pratica exercícios físicos regulares ou esportes fora da escola? ( ) Sim ( ) Não 4. Se sim, qual?. 5. Quanto tempo que você passa assistindo televisão, jogando vídeo game, no computador ou ao telefone por dia?. 18